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HEMORRAGIA DIGESTIVA 1.

HDA: Sangramento no esôfago, estômago e


duodeno.
ANATOMIA
 Hematêmese
1. Ramos do Tronco Celíaco  Melena (fezes em borra de café, fezes
escurecidas, odor pútrido).
 Gástrica esquerda  Enterorragia - hematoquezia (trânsito
 Hepática comum muito rápido) – 10 a 20%.
 Esplênica 2. HDB: jejuno, íleo, ceco, cólon, reto e ânus.
 Enterorragia (evacuação de sangue
Obs: Irriga  (1) Estômago; (2) fígado; (3) pâncreas;
vivo, mais volumoso).
(4) duodeno; (5) Baço.
 Hematoquezia (sangramento
2. Artéria Mesentérica Superior proveniente do reto e ânus, fica em
torno das fezes, mas não se mistura
 Pancreatidoduonal inferior com elas, ou goteja após evacuação).
 Jejunoileal  Melena (trânsito muito lento)
 Ileocólica
 Cólica direita Obs: Passagem de uma sonda nasogástrica pode
 Cólica Média ajudar na diferenciação do sítio de sangramento: (1)
Aspiração de conteúdo sanguinolento  HDA; (2)
Obs: irriga o intestino delgado, ceco, cólon aspiração de líquido bilioso  HDB; (3) aspiração de
ascendente e cólon transverso. Suco gástrico ou nada  não indica o sítio, o sangue
pode está presente no duodeno.
3. Artéria Mesentérica Inferior
CONDUTA GERAL
 Cólica esquerda
 Sigmóidea 1. Estabilização clínica (nas primeiras 48h: não
 Retal superior confiar no hematócrito baixo/avaliar diurese).
2. Descobrir fonte e tratar: sangramento alto ou
Obs: Irriga o cólon transverso, cólon descendente, baixo?
cólon sigmoide e reto. 3. Prevenir novos sangramentos (drogas,
Arcada de Riolan Deriva da Mesentérica Superior - endoscopia e cirurgia).
Comunica a artéria Cólica média com a cólica EPIDEMIOLOGIA
esquerda.
 HDA é a mais comum das hemorragias
Hepática comum digestivas – corresponde a 80 – 85%, e é a
 Hepática Própria  (1) Gástrica direita ; (2) mais grave.
ramos hepáticos HDA
 Gastroduodenal  (1) gastroepiplóica direita
Etiologia
Esplênica  Gastroepiploica esquerda
 Principal causa: Úlcera Péptica gástrica ou
Linha Z  marca a transição do espitélio escamoso duodenal  duodenal sangra mais.
para o colunar (junção escamocolunar).  (2) Varizes esofagogástricas; (3) laceração de
Hemorragia Digestiva: Vigência de sangramento na luz Malory-Weiss;
do trato digestivo.  Outras: (1) Lesão aguda de mucosa – gastrite
hemorrágica; (2) Lesão de dieulafoy; (3)
Referência Anatômica: Ângulo de Treitz – transição do tumores gástricos e esofágicos; (4) fístulas
duodeno para o jejuno. aortoentéricas; (5) Sangramento das vias
biliares – Hemobilia; (6) Sangramento no
pâncreas – Hemosulcospancreáticos.
Fatores Associados a aumento da mortalidade na HDA ureia em NH4 e CO2 criando um ambiente
alcalino – o estômago responde produzindo
1. Idade > 60 anos; mais ácido.
2. Início durante hospitalização; 3. Tabagismo
3. Insuficiência renal ou respiratória; 4. Idosos
4. Comorbidades; 5. Hipóxia Crônica – TGI não é nobre.
5. Doença cardíaca ou hepática; 6. Ingestão de álcool;
6. Coagulopatia;
7. Necessidade de cirrugia/hemotransfusão; Clínica
8. PAs < 100 mmHg.
1. 70 % Assintomática
ÚLCERA PÉPTICA  Principal causa de HDA. 2. Dispepsia: dor epigástrica, tipo queimação,
com íntima relação com o ritmo alimentar,
Localização geralmente cíclica, com períodos de acalmia.
 Mais comum: Duodeno  3 tempos: dói, 3. É comum a apresentação clínica ser uma
come, passa manifestação de uma complicação: (1)
 Segundo mais comum: Estômago  4 Perfuração; (2) Hemorragia; (3) Sangramento
tempos: não dói, come, dói, passa.  A hemorragia é a complicação com maior
mortalidade.
Fisiopatologia
Tratamento Clínico
1. Hipercloridria
2. Problemas na barreira mucoprotetora  Uso 1. IBP  Omeprazol 40mg VO 1x por dia, em
crônico de AINES jejum, por 8 – 12 semanas.
2. Erradicação da H. Pylori (Penicilina +
Fisiologia Macrolídeo ou quinolona)
 Amoxicilina 1g VO de 12/12h por 24
 pH gástrico normal: 3,5 – 4,0 – Ácido  a
dias
mucosa gástrica tem uma camada protetora
 Claritromicina 500mg VO de 12/12h
com muco e bicarbonado produziada pelas
por 14 dias.
prostaglandinas do estômago.
 As células parietais produtoras de H+ são Classificação de Forrest  Estima o prognóstico e
estimuladas pela gastrina, histamina e orienta o tratamento.
acetilcolina.
1. FORREST IA: Sangramento ativo arterial em
 Células G produtoras de gastrina são mais
jato (50% de ressangramento).
localizadas no Antro gástrico.
2. FORREST IB: Sangramento ativo lento
 Células enterocromafins (produtoras de
(babando) – 20 - 30% de ressangramento.
Histamina) a histamina quando se liga a seus
3. FORREST IIA: Vaso visível – 30-50% de
receptores estimula a produção de HCl –
ressangramento.
bloqueador de H2 (Ranitidina) age nessa via.
4. FORREST IIB: Coágulo – 5 – 10% de
 Inervação vagal (aCh)  estimula a secreção
ressangramento.
ácida.
5. FORREST IIC: Hematina (< 5% de
 Bomba de prótons: Capta K+ e excreta H+ 
ressangramento)
Omeprazol, pantoprazol, etc.
6. FORREST III: Base clara, sem estigma de
 Células D (produtoras de Somatostatina) 
sangramento (< 2% de ressangramento).
Inibem a gastrina.
Obs: Mais comum  Forrest IIB; Menos Comum 
Fatores de Risco
Forrest III
1. Uso prolongado de AINES
Obs 2: FORREST IB, IIA e IIB  alto risco de
2. Infecção de H. Pylori  A bactéria possui uma
ressangramento.
enzima denominada uréase que converte a
Obs 3: Forrest IIB  risco intermediário de  2 Acessos venosos periféricos de grosso
ressangramento; Forrest IIC e III  Baixo risco de calibre;
ressangramento.  Coleta de exames (hemograma,
coagulograma, função hepática; Na, K, Ureia,
FORREST IA, IB, IIA, IIB – CONDUTA
Creatinina).
1. Estabilizar o paciente  Tipagem sanguínea (reservar sangue);
2. Terapia Clínica: suspender AINEs e IBP VO ou  SNG (ainda se faz?).
IV, tratar H. Pylori e realizar EDA com terapia  IBP (Bloquear secreção H2  bloquear a
endoscópica combinada secreção de HCl)  80mg de omeprazol em
(química/térmica/mecânica). bólus; Depois faz 40mg de 12/12h.
 Procinéticos (aumentar o esvaziamento
Obs: defini-se falha endoscópica após 2 tentativas. gástrico);
 Transfusão sanguínea e drogas vasoativas, SN.
INDICAÇÃO DE CIRURGIA  Complicação
 Sinais de Choque  Estabilizar o paciente
CONDUTA NA EMERGÊNCIA
2º Passo: EDA  Mais precoce possível
1. História Clínica
 Função diagnóstica e terapêutica.
 Hematêmese/ Melena/ Enterorragia?
orienta o tratamento.
 Sinais de choque hipovolêmico: Taquicardia;
hipotensão; palidez; taquipnéia; 1. FORREST IA: Sangramento ativo arterial em
 Sinais de Hepatopatia (Síndrome da jato (50% de ressangramento).
Hipertensão Portal)  Ginecomastia; aranhas 2. FORREST IB: Sangramento ativo lento
vasculares; flapping; (babando) – 20 - 30% de ressangramento.
 Uso crônico de AINEs 3. FORREST IIA: Vaso visível – 30-50% de
 Transfusões prévias; ressangramento.
 Uso de anticoagulantes/antiagregantes. 4. FORREST IIB: Coágulo – 5 - 105 de
ressangramento.
VARICOSA  Relacionada à HP
5. FORREST IIC: Hematina (< 5% de
NÃO VARICOSA  Não relacionada à HP ressangramento)
6. FORREST III: Base clara, sem estigma de
Causas sangramento (< 2% de ressangramento).

1. Úlcera Pépticas gastroduodenais (Mais HEMOSTASIA EDA


comum);
2. Esofagites erosiva; 1. Injeção
3. Neoplasias;
 Adrenalina; álcool; trombina; etanolamida;
4. Síndrome de Malory Weiss (laceração da
glicose 50%;
transição esofagogástrica após episódios de
vômitos repetidos); 2. Térmico
5. Angiodisplasia;
6. Hemobilia (sangramento oriundo das vias  Eletrocauterização bi ou monopolar; laser;
biliares com exteriorização no duodeno); plasma de orgônio;
7. Lesão de Dieulafoy;
3. Mecânico
8. Hemosuccus Pancreaticus (sangramento no
interior do pâncreas com exteriorização no  Hemoclip; ligadura elástica; Hemospray
duodeno);
9. Fístulas aortoduodenais (correção de Nova EDA se: (1) Ressangramento; (2) Exame inicial
aneurisma de aorta); incompleto.

Abordagem Inicial Verificar Grau de Forrest


SANGRAMENTO – PERFURAÇÃO – ESTENOSE. Cirurgia – Úlcera Gástrica

1. Falha endoscópica: 2 tentativas  Gastrectomia no local da ulceração +


2. Hemorragia (sangramento pequeno e vagotomia troncular.
contínuo): transfusão > 3U/dia.  Antrectomia + vagotomia troncular.
3. Choque refratário: > 6U sangue/hemorragia 1. Billroth I  gastroduodenoanastomose ou
recorrente. gastroduodenostomia.
4. Intratabilidade Clínica (raro).  Principal complicação: gastrite do
refluxo alcalino (refluxo de conteúdo
Epidemiologia
biliar a pancreático).
1. Úlceras duodenais são mais prevalentes que 2. Billroth II  (1) fecha o coto duodenal; (2) faz-
as úlceras gástricas. se uma anastomose gastrojejunal
2. As Úlceras duodenais localizam-se mais na 3. Y de Roux  Bypass gástrico.
parede posterior – maior chance de
hemorragia.
3. Úlcera gástrica – mais comum na parede
anterior – maior chance de perfuração.
4. Úlcera gástrica fora da classificação de
Jhonson (fora da pequena curvatura): pensar
em possível CA de estômago – a úlcera pode
está no fundo gástrico, na grande curvatura,
etc.
5. Toda úlcera gástrica deve ser biopsiada;
6. Toda úlcera gástrica deve ser feita uma nova
EDA de controle

Classificação de Jhonson – Úlcera Gástrica

1. Jhonson tipo I  pequena curvatura do antro


gástrico.
2. Jhonson tipo II  Úlcera dupla: (1) úlcera
gástrica na pequena curvatura do antro
gástrico; (2) Úlcera duodenal.
3. Jhonson tipo III  Úlcera pré-pilórica.
4. Jhonson tipo IV  Úlcera na transição
esofagogástrica.
 Jhonson tipo I e IV  Normocloridria.
 Jhonson tipo II e III  Relacionadas a
hipercloridria.

Conduta na Emergência - HDA

1. Avaliar vias aéreas e sinais vitais;


2. Fazer 2 acessos periféricos calibrosos – avaliar Cirurgia – Úlcera Duodenal
grau de choque – dar volume/sangue
 Cirurgia de Heineke-Mikulicz: Pilorotomia +
 90% dos pacientes estabilizam.
Ulcerorrafia + Vagotomia troncular +
3. Após estabilização  EDA: pode-se injetar
Piloroplastia.
substância esclerosante + cauterização.
 O clínico tenta tratar úlcera – se Complicação – Abdome Agudo perfurativo
sangrar, o endoscopista tenta tratar –
se não resolve – o cirurgião resolver.
 Úlcera péptica clássica na classificação de  Cintilografia (0,1 mL/min)  Vantagem:
Jhonson  de perfurou é porque tem necrose detecta fluxo a partir de 0,1mL/min (Mais
das bordas – faz-se um debridamento das sensível); Desvantagem: localização
bordas e faz ulcerorrafia. imprecisa/não é terapêutica.
 Pet de grahan (a gordura do epiploon ajuda a  Arteriografia (>0,5mL/min) – mais
fixar o ponto). terapêutica.

Síndrome de Zollinger-Ellinson DIVERTÍCULO DE MECKEL

 Tumor neuroendócrino produtor de gastrina Definição: Anomalia congênita mais comum do TGI
mais comumente localizado no duodeno e na (2%). É uma pequena protuberância (bolsa) no
cabeça do pâncreas. intestino delgado, causada pela obliteração
 Estímulo excessivo à produção de gastrina. incompleta do ducto vitelino e consiste em uma
separação congênita da borda antimesentérica do
Síndrome de Boerhaave íleo.
Definição: Ruptura total do esôfago com laceração  Principal complicação na criança: Enterorragia
transmural, configurando a perfuração mais letal do (sangramento vermelho-vivo nas fezes em
TGI. grande quantidade).
 Obs: 1/3 dos pacientes com Síndrome de  Complicação mais comum no adulto:
Boerhaave vão apresentar a tríade de Obstrução.
mackler. DIVERTICULOSE
 Tríade de Mackler: (1) Vômitos repetidos; (2)
Dor torácica inferior; (3) Enfisema  Principal causa de hemorragia nos cólons
Subcutâneo.
ANGIODISPLASIA

 Principal causa de hemorragia no intestino


Conduta delgado e Ceco.
 Principal causa de hemorragia de origem
1. EDA nas primeiras 24h  resolve até 98% dos
obscura
casos de sangramento digestivo alto.
Hemorragia de Origem Obscura
HDB
Definição: Sangramento persistente ou recidivante
Etiologia
não esclarecido após avaliação endoscópica primária
 Principal Causa: Doença diverticular dos (EDA e colonoscopia) – corresponde 5% dos casos de
cólons  Diverticulose; Divertículo de Meckel HD.
em crianças;
 Principal causa: angiodisplasia;
 2º principal causa  angiodisplasias;
 90% origem no I. Delgado;
 Doença inflamatória Intestinal  (1) Doença
 Conduta: repetir EDA e depois avaliar I.
de Chron e (2) Retocolite ulcerativa.
Delgado.
 Neoplasia colorretal;
DOENÇAS ANORRETAIS
CONDUTA
 Esfincter anal interno  Músculo liso
1. Exame confirmatório/terapêutico:
involuntário;
Colonoscopia.
 Esfincter anal externo  músculo estriado
Obs: Exames iniciais: (1) Toque Retal; (2) Anuscopia. voluntário.
 Linha Pectínea  diferencia as doenças
Obs 2: Se colonoscopia não evidenciar lesão, solicitar proctológicas internas e externas.
Obs: O epitélio acima da LP é mucosa; O Hemorróidas internas  Sangramento indolor; +/-
epitélio abaixo é Pele (anoderme). Prurido (o tecido glandular produz muco e gera uma
 Doenças acima da LP: Indolores – não possui resposta inflamatória local, podendo ter liberação de
inervação somática; histamina, levando a coceira).
 Doenças abaixo da LP: Dolorosas – inervação
 Hemorróidas acima da linha pectínea - Plexo
somática.
hemorroidário superior
 Glândula de Chiari: glândulas nas criptas
anais, responsáveis pela produção do muco
que lubrifica o canal anal.
 Mamilos hemorroidários: Existem 3  (1)
Dois à direita; (2) 1 à esquerda.

DOENÇAS ANORRETAIS

Conduta

1. 1º Grau  Dieta + tratamento da hipertensão


portal;
2. 2º grau  Ligadura elástica;
3. 3º grau  Ligadura/ +/- cirurgia;
4. 4º grau  Hemorroidectomia.

Hemorroidectomia – Técnica Cirúrgica

 Aberta (Milligan Morgan): cicatrização por 2º


intenção;
 Fechada (Fegurson): sutura, com maior risco
de infecção.
Reto: 17 – 19cm
Complicações do Pós-operatório
 Epitélio colunar
1. Dor
O reto é separado do ânus pela linha pectínia (Zona 2. Retenção urinária
de transição entre os epitélios escamoso e colunar  3. Sangramento
fusão embriológica do ectoderma com o endoderma).
Hemorróidas externas  sangramento doloroso +
Ânus: 2 – 5 cm prurido

 Epitélio escamoso  Hemorróidas abaixo da linha pectínea – plexo


 Esfincter anal interno: Sistema nervoso hemorroidário inferior
autônomo – formado por músculo líso.
 Esfincter anal externo: musculatura estriada Conduta
esquelética  formada pelo músculo 1. Dieta: cereais integrais, frutas, legumes e
levantador do ânus e puburretal  inverado oleaginosas;
pelo pudendo interno. 2. Banho de assento (analgesia + aumento da
HEMORRÓIDAS reabsorção);
3. Excisão (se trombose < 72h).
Acomete geralmente pacientes jovens.
FISSURA ANAL
Duas principais causas: (1) Constipação; (2)
Hipertensão Portal.
DOR A EVACUAÇÃO + SANGUE VIVO NAS FEZES 
pequena quantidade e cessa após defecação.

 Mais comum 3º 5º década de vida – mas


acomete qualquer idade.
 Úlceras no canal anal  principal causa:
esforço à evacuação.
 Principal local: Linha média posterior  pode
acometer a parede anterior também (menos
comum)
 Se fissura não está na linha média  pensar
em causa secundária (ex: chron).
 Se úlcera em parede lateral (onde entra
vascularização)  pensar em doença não
benigna.

Fissura Anal

1. Aguda: Dura < 6 semanas;  vermelhas,


irregulares
2. Crônica: Dura > 6 semanas;  (1) Branca, (2)
plicoma sentinela, (3) papila hipertrófica.

Fissura Anal Aguda – Conduta

1. Dieta;
2. Higiene Local;
3. Analgesia;
4. Corticóide;

Fissura Anal crônica – Conduta

1. Relaxante esfincteriano (nitrato, BCC).


2. Cirurgia (esfincterotomia lateral interna).

Principal Complicação

 Fístulas anais.

 A fissura anal crônica é secundária a


hipertonia do esfíncter anal causada pela dor
 o aumento do tônus esfincteriano causa
vasocontrição e piora o quadro.

Tratamento quadro agudo: tratar a causa base 


emolientes fecais se constipação; aumentar fibras na
dieta; anestésico tópico; banho de assento;
corticoides.

Tratamento quadro crônico:

 Uso tópico nitroglicerina; dinitrato de


isossorbida; diltiazem.

Se refratário ao tratamento clínico: Esfincterotomia


interna lateal.

ABSCESSO ANORRETAL

Clínica: DOR PERIANAL + FEBRE + DESCARGA DE


SECREÇÃO PURULENTA – A DOR NÃO TEM RELAÇÃO
COM A EVACUAÇÃO - ABAULAMENTO

 Sangramento é raro; pode ter dificuldade para  Abscesso retal = urgência médica  A
evacuar. conduta sempre será a incisão e drenagem
local do abscesso. (Evitar evoluir para
 Originam-se da inflamação das glândulas
fournier).
secretoras de muco que auxiliam na
defecação. Local mais comum: perianal
 O local mais comum é a região
interesfincteriana  podem-se deslocar Antibioticoterapia
localmente.
1. Febre
FATORES DE RISCO 2. Leucocitose
3. DII (Chron/RCU)
 Homem 4. Diabético
 Doença inflamatória intestinal
 Imunossupressão (DM, doença
hematológicas, HIV).
FÍSTULA ANAL
Tto: drenagem do abscesso.
É um pertuito entre um abscesso (com abertura
interna) e o canal anal.

 A maioria das fístulas tem sua abertura na


linha pectínea (região criptoglandular  local
onde as glândulas geram os abscessos).

Causas

 ABSCESSO ANAL (90%)


 Doença inflamatória intestinal
 Tuberculose
 Câncer ou irradiação
Leve: incapacidade de controlar flatos e fezes líquidas

Grave: incapacidade de controlas fezes sólidas

PROLAPSO RETAL

Exteriorização da parede do reto através do ânus 


mais comum em mulheres!

 Fraqueza na musculatura do assoalho pélvico.


 Associação: retocele, cistocele, enterocele e
incontinência urinária.

Clínica: (1) sensação de massa anal; (2) sangramento e


alteração dos hábitos intestinais (constipação ou
incontinência fecal).

NEOPLASIA

CLÍNICA: (1) DRENAGEM DE SECREÇÃO LOCAL; (2) FR: (1) Sexo anal receptivo; (2) tabagismo; (3) verrugas
DIFICULDADE DE REALIZAÇÃO DE HIGIENE; (3) genitais; (4) HIV; (5) promiscuidade sexual; (6) sexo
PRURIDO feminino.

 EF: linha endurecida  Neoplasia do canal anal  desenvolvem-se na


mucosa anal ou na junção mucocutânea.
Principal tipo: Intersfincteriana (45%).  Neoplasia da margem anal  localizadas na
pele perianal.
Regra de Goodsall-Salmon
 Histologia mais comum: carcinoma de células
 Prediz a origem e o trajeto da fístula de escamosas ou carcicona epidermóide do canal
acordo com o orifício de saída. anal.

1. Trajeto do orifício externo posterior:


Curvilíneo – entra na linha média.
2. Trajeto do orifício externo anterior: Retilíneo
– entra na cripta mais próxima.

Conduta

1. Fistulotomia +/- tração com seton.


2. Complicação da fistulotomia: incontinência
fecal.

INCONTINÊNCIA FECAL

 Principal causa: TRAUMA NO PARTO  Lesão


no esfíncter anal externo.

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