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RECLAMATÓRIA TRABALHISTA
1. PRELIMINARMENTE.
tendo em vista a retenção total de seus rendimentos, quando fora induzida e coagida
pela ré a assinar o acordo de demissão, sob alegação de que tal forma de rescisão seria a
única para a empresa ajudar a autora, pois assim conseguiria sanar a dívida do plano que
ainda estava em aberto e teria acesso a seu FGTS.
Cabe ressaltar, Excelência, que a autora nunca quis pedir demissão,
porém devido estar laborando a 5 meses sem salário, com a retenção ilegal de todo seu
salário pela reclamada, não teve outra saída a não ser aceitar o acordo demissional,
diante de sua frágil situação financeira, pois estava passando extrema necessidade! Não
estava pagando as contas básicas de seu lar, um verdadeiro absurdo!
Resta claro que o acordo de demissão é nulo, pois a reclamante, diante
da pratica ilegal de retenção salarial total pela ré, foi pressionada a aceitar a proposta do
réu, sendo sua única saída para não PASSAR FOME!!
Contudo, a rescisão contratual da autora ocorreu em período inferior
ao de um ano de seu afastamento, que aconteceu justamente pelos movimentos
repetitivos que realizava ao executar suas atribuições, o que de maneira alguma poderia
ter acontecido, em virtude da estabilidade que a autora possuía na época.
Portanto, a reclamada agiu de má-fé ao criar uma situação na qual a
autora não viu outra saída, se não aceitar o acordo de demissão, pois assim, o réu
economizou nos pagamentos de diversas verbas rescisórias da autora.
Ademais, a autora foi contratada para trabalhar como técnica de
enfermagem, porém desde a contratação o réu exigiu que esta realizasse somente as
atividades de limpeza, como limpeza e coleta de lixo dos banheiros que, inclusive,
ficam dentro do centro cirúrgico, onde circulam diversos profissionais e pacientes, bem
como, realizada a limpeza e colete de lixo de todo o centro cirúrgico, sendo responsável
por fazer a limpeza, varrição úmida, desinfecção, lavagem e organização dos ambientes;
recolher o lixo comum, o lixo infectante e as roupas dos pacientes e acondicioná-los na
sala de resíduos, entre outras atividades, porém, apesar de tamanha exposição à agentes
nocivos à saúde, sempre fora pago apenas 20% de insalubridade, sendo que o correto
seria sua remuneração em nível máximo, qual seja de 40%.
3. DO DIREITO.
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amparo no art. 8º, §1º, da CLT (O direito comum será fonte subsidiária do direito do
trabalho).
Regional, foi editada a Portaria SGJ nº 17, a qual dispõe, em seu art. 1º:
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cinco anos, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
PRESCRIÇÃO BIENAL. PANDEMIA. SUSPENSÃO DA
PRESCRIÇÃO LIMITE. PERÍODO ESTABELECIDO NA
LEI 14.010/2020. Especificamente no tocante à prescrição houve a
criação da Lei nº 14.010/2020, que dispõe sobre o Regime Jurídico
Emergencial e Transitório das relações jurídicas de Direito Privado
(RJET) no período da pandemia do coronavírus (Covid-19), em cujo
art. 3º criou nova causa de impedimento ou suspensão da sua
contagem. E, acerca da aplicação da referida Lei na seara
trabalhista já houve julgamentos neste Egrégio Sexto Regional,
entendendo-a plenamente possível. Entretanto, a suspensão apenas
se daria no período expressamente definido pelo comando legal, ou
seja, da data da sua vigência (12.06.2020) a 31.10.2020, que não
compreende o dia em que ultimado o prazo para a acionante
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pressões da reclamada, acabou por aceitar esta situação, laborando sem salário por cinco
meses!!!
Sem ter de onde tirar sua subsistência, foi até a reclamada pleitear
uma outra maneira de pagar os valores de sua participação do plano de saúde
empresarial que ainda estavam em aberto, pois estaria passando necessidade face a
retenção total de seu salário, foi quando fora induzida pelo réu a assinar o acordo de
demissão, sob alegação de que está seria a única maneira de a empresa ajudar a autora,
pois assim conseguiria sanar a dívida do plano que ainda estava em aberto e teria acesso
a seu FGTS.
Veja Excelência que a autora nunca quis pedir demissão, porém face a
estar laborando a 5 meses sem salário, devida a retenção ilegal de seu salário pela
reclamada, não teve outra saída a não ser aceitar o acordo de demissão, diante de sua
frágil situação, pois estava passando necessidade! Não estava pagando as contas básicas
de seu lar, um verdadeiro absurdo!
Resta claro que o acordo de demissão nulo, pois a reclamante fora,
diante da pratica ilegal de retenção salarial total pela ré, pressionada a aceitar a proposta
do réu, sendo sua única saída para não PASSAR FOME!! A reclamada criou toda uma
situação para não deixar outra saída a autora se não aceitar o acordo de demissão, pois
assim, o réu economizou nos pagamentos de diversas verbas rescisórias da autora.
Excelência, foi um completo absurdo a atitude de reter todo salário da
autora, o que piorou quando a autora buscou sanar os valores do plano em aberto através
de um parcelamento, visando uma negociação que não tirasse todo seu salário, quando
então foi induzida a assinar o acordo de demissão, pois própria reclamada informou que
está seria a única saída, restando nítida a nulidade do acordo de rescisão, uma vez que
está claro a coação sofrida pela reclamante, induzida a erro por uma empresa que apenas
visou o lucro.
Sendo assim, necessário se faz o reconhecimento da nulidade do
acordo de rescisão, com consequente condenação do réu ao pagamento das seguintes
verbas rescisórias: Metade do aviso-prévio que é 30 dias, (vez que a autora fazia jus a
60 dias) no valor de R$ 1.667,59; 20% de multa de FGTS R$ 3.994,92; entrega das
guias para levantamento dos valores de FGTS retidos e entrega da guia de seguro
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desemprego ou indenização substitutiva nos termos da súmula 389, TST e multa do art.
477, da CLT.
dos seus salários. Neste sentido, é lídimo também o expresso no Decreto Lei 368/65,
que dispõe sobre efeitos de débitos salariais pendentes de empresas, e já no seu artigo 1º
assim dispõe:
Art. 1º - A empresa em débito salarial com seus empregados não
poderá: (...) Parágrafo único. Considera-se em débito salarial a
empresa que não paga, no prazo e nas condições da lei ou do
contrato, o salário devido a seus empregados.
organização dos ambientes; recolher o lixo comum, o lixo infectante e as roupas dos
pacientes e acondicioná-los na sala de resíduos, entre outras atividades.
A súmula 448 do TST, garante aos trabalhadores que realizam a
limpeza de sanitários de grande circulação o direito à percepção do adicional de
insalubridade.
Nesse sentido, se manifesta a jurisprudência consubstanciada na
Súmula 448 Inciso II do TST:
II - A higienização de instalações sanitárias de uso público ou
coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não
se equipara à limpeza em residências e escritórios, enseja o
pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo
o disposto no Anexo 14 NR 15 da portaria do TEM, N. 3214/78
quanto a coleta e industrialização de lixo urbano.
3. Acesso à Justiça
O acesso à justiça é direito humano e essencial ao completo exercício
da cidadania. Mais que acesso ao judiciário, alcança também o
acesso a aconselhamento, consultoria, enfim, justiça social. O
disposto no artigo 5º, XXXV, da Constituição Federal é muito mais
abrangente que o acesso ao Poder Judiciário e suas instituições por
lesão a direito. Vai além, enquadrando-se aí também a ameaça de
direito, e segue-se com uma enorme gama de valores e direitos
fundamentais do ser humano. Assim, quem busca a defesa de seus
direitos (ameaça ou lesão) espera que o Estado-juiz dite o direito
para aquela situação, em substituição da força de cada litigante,
pacificando os conflitos e facilitando a convivência social.
Cândido Rangel Dinamarco comenta o escopo social da jurisdição:
Saindo da extrema abstração consiste em afirmar que ela visa a
realização da justiça em cada caso e, mediante a prática reiterada, a
implantação do clima social de justiça, chega o momento de com
mais precisão indicar os resultados que mediante o exercício da
jurisdição, o Estado se propõe a produzir na vida da sociedade. Sob
esse aspecto, a função jurisdicional e legislativa estão ligadas pela
unidade de escopo fundamental de ambos: a paz social. Mesmo quem
postule a distinção funcional muito nítida e marcada entre os dois
planos de ordenamento jurídico (teoria dualista) há de aceitar que
direito e processo compõem um só sistema voltado à pacificação de
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https://www.rondoniagora.com/artigos/reforma-trabalhista-a-inconstitucionalidade-da-aplicacao-da-tr
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5. DO VALOR DA CAUSA
Dispõe o artigo Art. 491, do NCPC, o seguinte:
7. DOS PEDIDOS.
Sendo assim, por não ter a Reclamada cumprido com as obrigações
por ele assumidas em contrato, requer sua condenação deste nas verbas abaixo descritas,
com o consequente pagamento:
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