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FACULDADE PITÁGORAS DE BACABAL

ELLEN MARIA FURTADO DE SOUSA

DIREITO CONSTITUCIONAL

-MÉTODOS E LIMITES DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL

-PRINCÍPIOS E REGRAS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL

BACABAL-MA

2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO

2. MÉTODOS E LIMITES DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL


2.1 CLÁSSICO
2.2 TÓPICO-PROBLEMÁTICO
2.3 HERMENÊUTICO-CONCRETIZADOR
2.4 CIENTÍFICO-ESPIRITUAL
2.5 COMPARAÇÃO CONSTITUCIONAL

3. PRINCÍPIOS E REGRAS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL


3.1 UNIDADE
3.2 EFEITO INTEGRADOR
3.3 MÁXIMA EFETIVIDADE
3.4 JUSTEZA
3.5 HARMONIZAÇÃO
3.6 FORÇA NORMATIVA
3.7 PROPORCIONALIDADE

4. REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho é sobre métodos e princípios de interpretação constitucional, mais


concretamente em relação aos conceitos que fazem parte do alcance interpretativo das normas
constitucionais, com propósito de evidenciar, analisar e entender os métodos já desenvolvidos
ao longo da história, dando ênfase também à importância dos princípios como fonte
interpretativa do direito constitucional.

2. MÉTODOS E LIMITES DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL

A compreensão constituinte envolve a interpretação do próprio texto constitucional de acordo


com seus princípios e regras, como também, a interpretação dos atos normativos da
Constituição no tocante à Carta Magna, isto é, o controle da constitucionalidade da lei. Portanto,
a interpretação constitucional engloba um amplo conjunto de detalhes, que a tornam única na
definição legal. Estas serão discutido nos próximos tópicos.

2.1CLÁSSICO
Como o próprio nome sugere, é um método tradicional na qual pressupõe que a Constituição
Federal é, acima de tudo, uma lei e, portanto, deve ser interpretada, buscando desvendar seu
verdadeiro significado, fundamentando em elementos históricos, gramaticais, finalísticos e
lógicos.
2.2TÓPICO-PROBLEMÁTICO
O método tópico-problemático, no que lhe concerne, é sustentada pela a ideia de que a
Constituição é um sistema aberto de normas e princípios, o que significa dizer que cada uma
das regras constitucionais permite diferentes interpretações, podendo divergir ao longo do
tempo. Além disso, o problema é uma questão que também permite uma pluralidade de
respostas distintas e que a tópica é uma forma de pensar a partir do problema. Esta a abordagem
propõe uma constatação mais lógica de uma solução jurídica concreta.
2.3HERMENÊUTICO-CONCRETIZADOR
A norma a ser concretizada, a compreensão prévia do intérprete e o problema concreto a ser
solucionado são os elementos essenciais desse método. Diferentemente, do método tópico-
problemático que parte do caso concreto para a norma, o método hermenêutico-concretizador
parte da norma para o problema, e o diálogo entre o que o interprete conhece e o texto
constitucional ocorre diversas vezes durante a interpretação e, assim, é chamado de “movimento
de ir e vir”, consagrando o denominado círculo hermenêutico. Destarte, o intérprete
constantemente dialoga com a Constituição, fazendo com que seus pré-conceitos tornem-se
úteis na construção do sentido normativo. A própria norma, por sua vez, também afeta sobre o
entendimento do intérprete, fazendo com que ele modifique seus próprios preconceitos à
medida que revela novas e importantes possibilidades.
2.4CIENTÍFICO ESPIRITUAL
Fundamenta-se na ideia de que o CF/88 é uma ferramenta integradora de questões políticas e
sociais, que contribui para a coesão social e combate aos conflitos sociais. Desse modo, o
intérprete deve estar atento aos valores subjacentes da Constituição, agregando a percepção de
suas normas a partir da captação espiritual da realidade da comunidade. Sendo assim, a
Constituição deve ser interpretada como algo dinâmico e renovável sempre, em consonância
com as mudanças na vida do corpo social.
2.5COMPARAÇÃO CONSTITUCIONAL
É aquele que se propõe a comparar entre diferentes textos constitucionais para obter pontos de
divergências e consenso, ou seja, a interpretação institucional se implementa mediante
comparação em diferentes ordenamentos jurídicos.
3. PRINCÍPIOS E REGRAS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
3.1 UNIDADE
A partir desse princípio, entende-se que a Constituição deve sempre ser interpretada como um
todo, ou seja, unidade obrigatória, por isso as contradições óbvias devem ser eliminadas. As
normas devem ser vistas como preceitos integrados em um sistema unificado de regras e
princípios, sem que haja qualquer hierarquia entre elas. Em razão disso, a Constituição só pode
ser assimilada e entendida corretamente levando em conta a compreensão como unidade.
3.2 EFEITO INTEGRADOR
Nesse princípio é sustentado a visão de que os intérpretes devem, sempre que possível, buscar
soluções que proporcionem integração social e unidade política na aplicação da norma jurídica,
sempre em resposta à grande diversidade existente na sociedade, de modo que possa produzir
e manter a coesão sociopolítica, para conduzir soluções pluralisticamente integradoras.
3.3 MÁXIMA EFETIVIDADE
Também conhecido como princípio da eficiência ou da interpretação efetiva. O princípio da
máxima efetividade deve ser compreendido no sentido de que a norma constitucional possa ter
a mais ampla efetividade social possível. Portanto, é usado principalmente, na esfera de direitos
fundamentais.
3.4 JUSTEZA
Também chamado de princípio da conformidade ou da correção funcional. Aquele que
prescreve ao intérprete da Constituição, o Supremo Tribunal Federal (STF), que é defeso alterar
a repartição de funções fixadas pela própria Constituição Federal. Assim, estabelece que o
órgão encarregado de interpretar a Constituição não pode chegar a um resultado que subverta
ou perturbe o esquema organizatório-funcional estabelecido pelo legislador constituinte.
3.5 HARMONIZAÇÃO
Também é decorrente do princípio da unidade da Constituição. Segundo, o princípio da
harmonização, deve o intérprete harmonizar os bens jurídicos em conflito, de modo a evitar o
sacrifício de uns em relação aos outros, dessa maneira, impondo a harmonização dos bens
jurídicos em caso de conflito entre eles. O fundamento da ideia de concordância decorre da
ausência de hierarquia entre os princípios.
3.6 FORÇA NORMATIVA
Este princípio exige que, ao interpretar a constituição, priorize aspectos presumidos da
Constituição, a fim de contribuir para a implementação efetiva da Lei Fundamental. De acordo
com este princípio, o intérprete deve considerar as soluções que facilitem a modernização
normativa, a eficácia e a permanência da Constituição. Em suma, o intérprete não deve rejeitar
a validade do texto constitucional, mas sim fornecer a máxima aplicabilidade.
3.7 PROPORCIONALIDADE
O princípio da proporcionalidade é aquele que direciona o intérprete buscar a medida adequada
de cada entidade jurídica, visando o equilíbrio entre os métodos utilizados e os fins seguidos.
Dirige a aplicação justa da norma e, embora não esteja explicitamente previsto na Constituição,
é sustentado pelo princípio do processo legal adequado e da própria justiça. Trata-se de um
princípio com um objetivo muito importante, especialmente no contexto de conflito entre os
valores constitucionais.
4. REFERÊNCIAS
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/119/edicao-1/metodos-de-interpretacao-
constitucional
https://www.google.com/amp/s/rafaelbertramello.jusbrasil.com.br/artigos/121943102/me
todos-interpretativos-a-luz-do-direito-constitucional/amp
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-constitucional/principios-da-
interpretacao-constitucional/
Braz, Jacqueline Mayer da Costa Ude - Teoria geral do direito constitucional – Londrina:
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
Lenza, Pedro - Direito constitucional / Pedro Lenza. – 25. Ed. – São Paulo: Saraiva
Educação, 2021. (Coleção Esquematizado®).

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