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DISSERTAÇÃO ENEM
Título opcional
contextualizar o tema
Introdução: usar palavras do tema
apresentar uma tese
Argumentos
Desenvolvimento Conectivo
Argumentos
Usar conectivo
Retomar o tema, usando palavras dele
Governo Família
Conclusão Proposta de intervenção: Sociedade Escola
Indivíduo Mídia
Frase de encerramento
Um negócio que apenas produz dinheiro é um negócio pobre, disse Henry Ford, um dos grandes
difusores do automóvel, e mais do que isso, da cultura do carro, que transformou veículo individual
em uma “necessidade“ em vez de uma comodidade. Porém, esse individualismo gera uma enorme
ineficiência no transporte urbano, colocando o ir e vir em cheque.
Primeiramente, é preciso apresentar as causas de tamanha ineficiência, sendo a mais
proeminente delas o enorme aumento na quantidade de veículos automotores — cerca de 77% nos
últimos 10 anos — o que gera grande pressão no sistema rodoviário. Além disso, existem graves
problemas com o sistema público de transporte, originados principalmente por falta de verba,
materializando-se como frotas insuficientes, altos preços e qualidade duvidosa. Vale ressaltar,
também, que ações do sistema também geram um estigma contra ele, caracterizando o transporte
público como “coisas de pobre“.
Consequentemente, esse aumento da quantidade de carros e os problemas da mobilidade
coletiva geram contexto preocupante ao fluxo urbano. Um exemplo gritante é a cidade de São Paulo,
onde se gasta, em média, 77 horas em trânsito por ano, sendo a sexta cidade mais congestionada do
mundo. Adicionalmente, os problemas de mobilidade como engarrafamentos também acarretam
males ambientais, como a poluição do ar, sonora e visual.
Conclusivamente, devido à enorme quantidade de carros e de um sistema público atrasado, a
mobilidade urbana se apresenta com grave ineficiência. A fim de remediar esses fatores, primeiro é
necessária uma mudança cultural em relação ao transporte, com o intuito de encorajar o uso de meios
alternativos — desde a bicicleta até o patinete elétrico — que ocupam menos espaço e geram menos
problemas. Também é preciso o investimento no sistema público, das frotas de veículos e na
infraestrutura, para enfatizar e desistigmatizar o transporte coletivo. Assim, será possível melhorar o
fluxo urbano e assegurar o direito de ir e vir.
Eduarda Matos
De acordo com o filósofo Jean-Jacques Rousseau, "o homem nasce livre e por toda parte encontra--se
acorrentado". Nesse sentido, os indivíduos vêm sendo, de alguma maneira, acorrentados pelos múltiplos e
errôneos padrões impostos pela sociedade. Em analogia a isso, é indubitável que o comportamento de manada,
isto é, a tendência dos cidadãos de seguir um influenciador ou um grupo — sem reflexão pessoal — e a
manipulação da opinião pública são, infelizmente, recorrentes hodiernamente— conjuntura que exige esforços
a fim de reverter esse cenário e efetivar maior senso crítico, autenticidade e singularidade na comunidade
brasileira.
Convém ressaltar, a princípio, que com advento da Segunda Revolução Industrial, o homem alcançou um
nível imensurável de desenvolvimento, o que possibilitou avanços em inúmeros setores — destacando-se o meio
digital. No entanto, percebe-se que apesar das vantagens desse desenvolvimento, houve a polarização máxima
das mídias sociais — Instagram, Twitter e Facebook — e, consequentemente, a efetivação de padrões de
comportamento, de beleza e de identidade. Ademais, cabe mencionar, que a manipulação da opinião pública é
efetiva ao longo da história. Um exemplo evidente disso foi a criação do Departamento de Imprensa e
Propaganda (DIP), durante a Era Vargas, que era responsável por controlar, influenciar e persuadir a população
a respeito da imagem do presidente — o que caracteriza um equívoco.
Importa salientar, ainda, a obra de José Saramago, "Ensaio sobre a cegueira", que retrata uma sociedade
que, paulatinamente, torna-se cega. Nessa perspectiva, sem dúvidas, a cegueira atual é causada pela reprodução
desmedida de estereótipos pelos cidadãos, uma vez que tendem a homogeneizar os comportamentos, os ideais
e os anseios sociais. Outrossim, vale enfatizar que essas formas de padronizar a sociedade não são responsáveis
por, muitas vezes, gerar problemas psicológicos - como ansiedade, depressão e fobias sociais — uma população
relacionada à frustração de não conseguir alcançar os moldes impostos.
À luz do exposto, são necessárias medidas eficazes no intuito de mitigar os comportamentos de manada
e a manipulação da opinião pública. Portanto, em primeiro lugar, a comunidade precisa verificar a veracidade
das informações recebidas, por meio de senso crítico, de modo a evitar a manipulação. Por último, as primeiras
instituições sociais elencadas por Durkheim — escola e família — devem incentivar as crianças a evitar o
comportamento de manada, por intermédio de autocontrole para que elas sejam autênticas, únicas e originais,
ao invés de padronizadas e facilmente controladas. Somente assim, será possível soltar as correntes propostas
pelo filósofo e vislumbrar a atenuação das condutas de manada e da manipulação da opinião pública no Brasil.
Cassia Longhinott
A historiografia brasileira, retratada por Eduardo Bueno, em seu livro, “Brasil: uma história”, é permeada
por segregação, exclusão e crueldade. Nesse sentido, ao voltar-se o olhar para a contemporaneidade, em que
os direitos humanos vigoram, observa-se uma incompatibilidade gritante, já que há, ainda, monumentos que
homenagem figuras e fatos históricos desumanos do passado brasileiro, causando revolta e sua consequente
destruição como forma de protesto, resultado da invisibilidade e negligência das pautas sociais por parte do
Poder Público e da necessidade, real, de reparação histórica.
Diante desse cenário, é possível ressaltar que o descaso governamental brasileiro é diretamente
responsável pela problemática da destruição de patrimônios históricos materiais. A vista disso, explicita-se que
pautas sociais são, muitas vezes, negligenciadas pelo Estado, que, segundo os filósofos contratualistas — como
Locke e Hobbes — deveria manter a ordem e representar os interesses dos cidadãos, ou seja, da falta de ação
para atender a essas necessidades e reivindicações, derivam aos atos de vandalismo contra monumentos. Sob
essa perspectiva, destaca-se a necessidade de um canal de comunicação mais eficiente entre o povo e seus
representantes.
Somando-se a isso, a contradição que homenagens a atos e a figuras cruéis representam frente a
movimentos sociais contemporâneos revela necessidade de protesto populacional que, por falta de alternativas,
se submete a ações destrutivas. Em consequência disso, há um apagamento histórico nocivo às futuras gerações,
uma vez que, como salientou o historiador George Santayana “Aqueles que não conhecem o passado estão
condenados a repeti-lo”. Posto isso, a saída é a manutenção, a ressignificação e a difusão do conhecimento
sobre os monumentos e suas representações visando o progresso social, não à destruição inconsequente.
À luz do exposto, argumenta-se a necessidade do Poder Público - em suas instâncias municipais — investir
em mecanismos de interação e comunicação entre o povo e os órgãos representativos mediante o
financiamento de ouvidorias e departamentos que estejam abertos e atentos às manifestações populares que
ocorrem, por exemplo, via internet, a fim de oferecer resoluções efetivas às pautas — como a realocação dos
monumentos — e prevenir atos de vandalismo. Ademais, cabe às escolas, com colaboração do Estado, difundir
conhecimento sobre o passado bárbaro do país por meio de visitas a museus — que comportem os patrimônios
realocados —, de oficinas lúdicas e interativas da disciplina de história, de palestras e de mobilização nos meios
de comunicação, com objetivo de possibilitar justiça, ressignificação e reparação. Assim, livros historiográficos,
como o de Bueno, podem, aos poucos, falar mais sobre respeito e empatia.
Na Idade Média, as pessoas que apresentavam comportamento divergente eram perseguidas, torturadas,
queimadas. Com o passar dos séculos, houve significativa redução na frequência das práticas punitivas mais
violentas, no entanto, ainda há a, dita por Hans Kelsen, norma moral, que se aproveita da influência dos grupos
sociais — discutida por Durkheim — para punir com a exclusão e com o isolamento. Nessa perspectiva,
perpetuou-se o comportamento de manada e, assim sendo, as redes sociais na contemporaneidade
contribuíram com essa manutenção por meio da manipulação da opinião pública, fazendo-se necessárias
medidas a fim de combater a influência negativa das mídias e a conformidade de seguir o pensamento da
maioria.
Primeiramente, vale ressaltar a relação direta entre o comportamento de manada e a moral de rebanho
— conceito desenvolvido pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche e que consiste na moral dos fracos, dos que
apenas seguem as regras e não as questionam. Ademais, os indivíduos que são influenciados por condições
sociais, ambientais e emocionais a seguir as ações dos outros contrariam a ideia de pensamento crítico —
defendida não somente pela filosofia em geral, mas também por pensadores como Paulo Freire.
Sobre o mesmo ponto de vista, é imprescindível ressaltar os efeitos negativos da manipulação do
pensamento público amparada pelo restrito acesso a uma educação de qualidade e, por conseguinte, pela falta
de reflexão em parcela relevante das pessoas. Entre os principais deles, é possível apontar a perpetuação de
regimes políticos corruptos e a alienação discutida por Karl Marx, assim como o favorecimento do interesse de
um determinado grupo social, o que pode ampliar a desigualdade socioeconômica.
À luz do exposto, como o comportamento de manada e a manipulação da opinião pública são problemas
sociais nefastos, deve se combatê-los. Para isso, faz-se necessário que o governo — auxiliado pelas escolas —
incentive a construção do senso crítico a fim de que as pessoas desenvolvam opinião própria por meio de
informações relevantes. Além disso, é preciso que a sociedade, de modo generalizado, seja consciente a utilizar
as redes sociais, denunciando as Fake News e analisando criticamente as informações, visando a não influência
negativa das mídias. Por último, é primaz frisar que medidas urgentes e eficazes devem ser tomadas no sentido
de encorajar a formação de cidadãos preocupados com a garantia de seus direitos.
A escassez de alimentos é um problema que atinge milhões de cidadãos no mundo todo. É evidente que
as causas dessa falta de alimentos são as mais variadas possíveis. Todavia, em algumas regiões, as causas
naturais agravam a situação, mas essencialmente, a desigualdade é causada pelo próprio ser humano, com
concentração de riqueza desigual. Atualmente - mesmo com os avanços tecnológicos e sociais -, milhões de
pessoas ainda sofrem com o problema da fome no Brasil.
Em primeira análise, é importante ressaltar os fatores que contribuem para esse mal. Nesse contexto, um
dos aspectos é o crescimento econômico, insuficiente para acabar com a pobreza no Brasil. De modo que, isso
acontece – principalmente - devido à concentração de renda, que faz com que se perpetue a desigualdade social,
que tem como uma das consequências a fome e a miséria. Ademais, a instabilidade política, a má administração
dos recursos públicos e a injusta estrutura fundiária impossibilitam o acesso dos trabalhadores aos meios de
produção e concentram as terras nas mãos de poucos.
Além disso, qualquer tentativa de atacar os problemas da fome e da pobreza deve considerar as suas mais
profundas causas. Nesse sentido, esse diagnóstico aporta para a urgência de um amplo processo de
redistribuição de riqueza nacional, e essa não é, evidentemente, uma tarefa que possa ser deixada para o
mercado. Além do mais, a experiência internacional mostra que só se resolve o problema com ação firme e
planejada do estado. Portanto, as políticas públicas de combate à fome e à pobreza não devem se restringir a
compensar os efeitos de um modelo econômico concentrador. Nesse contexto, deve se romper com artificial
separação das áreas econômica e social.
Fica evidente, assim, a necessidade de se combater a desigualdade social como forma inicial de
erradicação da fome no Brasil. Nesse viés, o governo deve repensar projetos sociais a curto prazo reformulando
antigas iniciativas - como Fome Zero - e o atual Bolsa Família, além de que, a longo prazo, pensar em outras
maneiras de distribuição de renda e reforma agrária. Além disso, a sociedade, por meio da solidariedade, deve
organizar campanhas de doações, em parceria com a mídia e com as inúmeras ONGs espalhadas pelo país. Esse
é o primeiro passo para acabar com o problema que — ainda no século XXI — mata pessoas diariamente.
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 6º, prevê o direito ao transporte como inerente a
todo cidadão brasileiro. Contudo, é evidente que essa não é a realidade observada por parte da
população, que enfrenta problemas com a mobilidade urbana regularmente. Nesse contexto, pode-se
afirmar que os impasses ligados ao deslocamento interferem diretamente no cotidiano das pessoas e,
consequentemente, em sua qualidade de
Primeiramente, é válido pontuar que a concentração de pessoas em grandes centros —
intensificada partir do êxodo rural decorrente da revolução industrial —, juntamente com a falta de
planejamento das cidades, desfavorece a mobilidade urbana, uma vez que provoca
congestionamentos no trânsito. Isso ocorre também em função da elevação do poder de compra de
veículos individuais e do incentivo da indústria automobilística, ligado a péssima qualidade dos
transportes públicos — o que resulta no aumento da quantidade de automóveis em circulação.
Seguindo se essa acepção, considera-se que os obstáculos da mobilidade urbana prejudicar o
desenvolvimento de relações sociais e econômicas e, consequentemente, da qualidade de vida, pois o
tempo de chegada aos estabelecimentos cresce cada vez mais — assim como os acidentes no trânsito.
Ademais, o documentário "entre rios" retrata a substituição de nascentes por estradas de ferro e
avenidas na década de 1950, durante um plano de urbanização. Dessa forma, percebe-se que os
desafios da mobilidade urbana acarretam aumento de problemas ambientais e atmosféricos, gerando
danos à saúde.
A luz do exposto, entende-se que o fluxo de pessoas e o desempenho de atividades do cotidiano
são dificultados por diversas adversidades. Por isso o rodízio de veículos pode ser promovido por
órgãos governamentais, por meio do desenvolvimento e da implantação de uma regulamentação para
amenizar os congestionamentos nas ruas. Além disso, a mídia deve incentivar arquitetura sustentável
e o uso de transportes alternativos — como bicicletas —, divulgando informações e benefícios dessas
práticas, visando reduzir as taxas de impactos ambientais e favorecendo a saúde. Afinal, segundo
hobbies "os costumes resultam do hábito convertido em caráter".