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REVISÃO ENEM - 2021

DISSERTAÇÃO ENEM
Título opcional

contextualizar o tema
Introdução: usar palavras do tema
apresentar uma tese

Argumentos

Desenvolvimento Conectivo

Argumentos

Usar conectivo
Retomar o tema, usando palavras dele
Governo Família
Conclusão Proposta de intervenção: Sociedade Escola
Indivíduo Mídia

Frase de encerramento

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - COMPETÊNCIAS

COMPETÊNCIAS NÍVEL MÁXIMO


Competência I: demonstrar domínio da norma Demonstrar excelente domínio da modalidade
culta da língua portuguesa escrita formal da língua portuguesa e de escolha de
registro. Desvios gramaticais ou de convenções da
escrita serão aceitos somente como
excepcionalidade e quando não caracterizem
reincidência.
Competência II: compreender a proposta de Desenvolver o tema por meio de argumentação
redação e aplicar conceitos das várias áreas de consistente, a partir de um repertório sociocultural
conhecimento para desenvolver o tema, dentro produtivo e apresentar excelente domínio do texto
dos limites estruturais do texto dissertativo- dissertativo-argumentativo.
argumentativo
Competência III: selecionar, relacionar, Apresentar informações, fatos e opiniões
organizar e interpretar informações, fatos, relacionados ao tema proposto, de forma
opiniões e argumentos em defesa de um ponto consistente e organizada, configurando autoria, em
de vista defesa de um ponto de vista.
Competência IV: demonstrar conhecimento dos Articular bem as partes do texto e apresentar
mecanismos linguísticos necessários para a repertório diversificado de recursos coesivos.
construção da argumentação
Competência V: elaborar proposta de solução Elaborar muito bem proposta de intervenção,
para o problema abordado, mostrando respeito detalhada, relacionada ao tema e articulada à
aos valores humanos e considerando a discussão desenvolvida no texto.
diversidade sociocultural
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LISTA DE POSSÍVEIS TEMAS PARA ENEM/2021

1. Cultura do cancelamento no Brasil nas redes sociais


2. Intolerância e discurso de ódio contra as minorias
3. A importância da vacina contra a Covid-19
4. Consumo sustentável na contemporaneidade
5. O papel da mídia na formação da opinião pública
6. Preconceito linguístico: reflexos da xenofobia
7. Os desafios do ensino remoto na pandemia
8. A importância da leitura
9. Tecnologia trabalhista: as mudanças no mercado do “novo normal”
10. Fome e insegurança alimentar: reflexos da desigualdade social
11. O contexto da taxação de livros no Brasil
12. Violência infantil: persistência e impunidade
13. A pressão sobre as mulheres no contexto de pandemia
14. Violência escolar: agressão contra professores
15. A presença das mulheres no esporte: o futebol feminino no Brasil
16. Violência no trânsito
17. Os reflexos do racismo estrutural
18. A importância da valorização da arte urbana
19. A valorização do trabalho voluntário
20. Evasão escolar no contexto de pandemia
21. A questão do idoso no Brasil
22. A acessibilidade e o direito à cidade
23. Benefícios e riscos da educação domiciliar
24. Perigos do exagero com a vaidade
25. Incentivo à cultura – a importância da música
26. O contexto dos profissionais da saúde frente aos desafios da Covid-19
27. Abandono de incapaz: um crime contra a dignidade humana
28. Nomofobia: uso da internet e redes sociais
29. Violência contra os idosos
30. A importância da solidariedade em tempos de crise
31. Violência obstétrica: a escolha pelo parto humanizado
32. O alto índice de consumo de bebida alcoólica pelos jovens
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33. Em defesa da educação: a saúde mental dos professores


34. Crise hídrica: gestão pública e sociedade
35. Aumento da expectativa de vida no Brasil
36. Precocidade no uso das redes sociais
37. Educação financeira como componente curricular
38. Obesidade: um desafio de saúde pública
39. Combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes no Brasil
40. O papel da ciência no mundo contemporâneo
41. Mobilidade urbana no século XXI
42. O perigo da permanência do desmatamento no Brasil
43. Comportamento de manada e manipulação da opinião pública
44. A importância da medicina humanizada para a saúde dos brasileiros
45. Produção e consumo de arte no contexto pós-pandemia
46. Isolamento social na era da comunicação virtual
47. Caminhos para combater o sedentarismo no Brasil
48. Influenciadores digitais e seu impacto nas decisões de consumo
49. As implicações do descarte irregular de lixo eletrônico
50. O aumento do vegetarianismo
51. O trabalho análogo à escravidão
52. As duas faces da indústria farmacêutica: necessidades e lucros
53. O contexto da inclusão de imigrantes na sociedade brasileira
54. Alternativas para combater os maus-tratos a animais
55. A democratização do acesso à internet
56. A importância da representatividade na publicidade
57. Consequências da erotização infantil na sociedade brasileira
58. Combate ao assédio moral no trabalho
59. Mobilidade urbana no século XXI
60. Educação socioemocional no ambiente escolar
61. Desafios para o tratamento de dependentes químicos
62. Exclusão social e pandemia: a situação dos moradores de rua
63. A importância da imprensa
64. Os desafios no combate à pobreza menstrual no Brasil
65. Aquecimento global e prejuízos à saúde
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EXEMPLOS DE DISSERTAÇÃO PADRÃO ENEM

TEMA: DESAFIOS PARA TRATAMENTO DE DEPENDENTES QUÍMICOS


Gabriella Daghetti
No século XVIII, durante a Revolução Francesa, o mundo teve conhecimento dos ideais de liberdade, igualdade
e fraternidade. No entanto, no que diz respeito aos desafios enfrentados pelos dependentes químicos, esses princípios
perpetuam- se nos livros e não desejavelmente na prática. Isso se evidencia pela negligência do poder público perante
o dilema, sendo necessárias medidas eficazes para combater os entraves do tratamento de dependentes químicos no
Brasil.
A princípio, convém ressaltar que o uso de drogas teve um crescimento exponencial, assim como, o número de
dependentes químicos no país. Nesse sentido, a cantora norte-americana Amy Winehouse, em sua canção "Rehab"
exprime seu desinteresse em se reabilitar de seu vício em drogas, que a levou à morte meses depois. Sob essa lógica,
é evidente que grande parcela dos viciados não aceita buscar ajuda de tratamentos, resistindo à dependência química.
Nesse contexto, segundo a alegoria da Caverna de Platão, indivíduos que não possuem esclarecimento crítico perante
alguma adversidade encontram-se presos, em que apenas sombras da realidade são visíveis. Ademais, outro problema
ao tratamento de viciados químicos é a facilidade com que esses conseguem as substâncias, como é o caso da
dependência alcoólica, que basta o dependente comprar em lojas e mercados comuns. Essa facilidade também
abrange as drogas ilícitas, pelo fato das punições serem ineficientes no caso do forte poder do tráfico de drogas,
dificultando a possibilidade de um tratamento eficaz, devido à lotação das poucas unidades existentes de centros de
reabilitação.
Em consequência disso, é evidente a negligência estatal com o tratamento desses cidadãos brasileiros. De tal
maneira, é imprescindível pontuar que o governo federal disponibilizou cerca de R$90 milhões de reais em 2018 para
o tratamento de cerca de 20 mil dependentes químicos. Contudo, tendo-se em vista um país com aproximadamente
1,2 milhão de jovens e adultos viciados apenas em cocaína, tal montante torna-se irrisório. Sob esse viés, é notório o
sucateamento do Sistema Único de Saúde (SUS), já que esse oferece apenas 0,34% dos leitos que seriam necessários
para o tratamento de dependentes químicos. Além disso, é importante destacar que, no país, o tratamento do
dependente químico é centrado apenas na desintoxicação, não enfatizando a necessidade de reintegrá-lo à sociedade
civil. Outro obstáculo para o tratamento de dependentes químicos é a alta quantidade de dinheiro necessária para
executar o procedimento, que mesmo não tendo um valor fixo, varia de R$600 à R$12.000, de acordo com as
características do tratamento, como, tempo de internação, tipo e duração.
À luz do exposto, como afirma Célio Luis Barbosa: "Tratar a dependência química não é apenas curar os efeitos
que as drogas causam no indivíduo, é reorganizar o indivíduo por completo". Portanto, faz-se necessário que o Poder
Legislativo - Câmara dos Deputados e Senado Federal - proponha e aprove leis federais, por meio de votações, que
garantam punições mais severas ao tráfico de drogas. Além disso, é imprescindível que o Ministério da Saúde envie
verbas para a construção de clínicas humanizadas para os indivíduos viciados voltadas à desintoxicação e à promoção
da saúde, mediante a contratação de profissionais especializados nesse público. Associados a isso, nessas clínicas
poderão ser ofertados cursos profissionalizantes para a reintegração social e econômica desses indivíduos na
sociedade. Sendo assim, atenuar-se-ão os desafios do tratamento de dependentes químicos da sociedade brasileira.
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TEMA: OS RISCOS DO TRABALHO NOTURNO PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR


Mariana Luiza Matumoto
A partir do século XVIII, com a Revolução Industrial, a produção em carga escala, a maior demanda e as
mais diversas características do trabalho atual obrigaram o trabalhador a aumentar sua carga-horária de labor
e encaixar-se nos novos padrões. Assim, as indústrias e os serviços passaram a funcionar 24 horas por dia, sem
parar, a fim de conseguir maximizar a eficiência, mesmo que isso coloque em risco a saúde dos funcionários.
Nesse contexto, é inegável que o grupo social que trabalha à noite pode ser prejudicado mental e fisicamente
por essa modalidade laboral.
Conforme o ilustre filósofo Arthur Schopenhauer, “O maior erro que um homem pode cometer é sacrificar
a sua saúde a qualquer outra vantagem“. No entanto, a realidade dos mais de 14 milhões de brasileiros
desempregados não permite que a situação seja praticada, forçando-os a aceitar tarefas — como o trabalho
noturno — que poderão prejudicá-los, para conseguir sustentar as suas famílias. Dessa forma, trocando o dia
pela noite, a desregulação do sono resulta no aumento do cansaço e da indisposição do funcionário, dando
abertura a possíveis problemas psicológicos, inclusive, a depressão. Não somente, o desencontro entre as
rotinas dos familiares, os quais, geralmente, possuem a vida diurna ativa, contribui com a sensação de solidão
do sujeito, que passa o dia descansando e a noite trabalhando.
Sob outra perspectiva, a saúde física do trabalhador noturno também é colocada em risco, interno ou
externamente ao serviço. Associando-se diretamente ao trabalho, o silêncio nas ruas, a falta de movimentação
e o cansaço contribuem com o aumento de acidentes leves ou graves — a depender da tarefa executada —, mas
que podem até mesmo causar a morte. Ademais, o perigo nas cidades durante a noite é maior, devido à ausência
de pessoas nas ruas, agravando a possibilidade de crimes e assaltos contra esses trabalhadores, inocente seres
humanos que necessitam desses empregos para sobreviverem. Com isso, o desespero por um lugar no mercado
de trabalho se sobrepõe à saúde e à vida desses indivíduos.
Diante do exposto, ações devem ser tomadas para que, no trabalho noturno, haja a diminuição dos riscos
à saúde. Portanto, cabe ao Ministério do Trabalho assegurar uma assistência especializada para esses indivíduos,
por meio da criação de planos de saúde direcionados aos principais problemas — físicos e mentais —
enfrentados por eles. Com isso, eventuais transtornos decorrentes do serviço no período da noite poderão ser
rapidamente diagnosticados e tratados. Paralelamente, as empresas devem garantir a segurança dos
trabalhadores mediante a contratação de equipes de vigilância e a instalação de câmeras, de forma que o
operário possa executar suas tarefas sem temer pela sua vida, e o pensamento de Schopenhauer possa se
concretizar.

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TEMA: DESTRUIÇÃO DE MONUMENTO COMO FORMA DE PROTESTO

Rafaela Sedrez Rover


No contexto da Revolução Industrial, na Inglaterra, a estátua de Edward Colton - traficante de escravos -,
foi derrubada, ação impulsionada pelo movimento Black Lives Matter. Nesse sentido, o questionamento das
pessoas perante a destruição do monumento como forma de protesto se intensificou, dado que figuras que
cometeram atrocidades e os antiéticos são vistos como heróis. Logo, medidas urgentes para retirada dessas
estátuas de locais públicos, assim como seu não enaltecimento, devem ser colocados em prática, criando uma
reparação histórica.
Convém ressaltar, a princípio, que os movimentos iconoclastas têm como principal motivador a correção
histórica, uma vez que a homenagem a monumentos que ferem os direitos humanos e a igualdade de gênero e
de cor contribui para a desvalorização da luta de movimentos sociais. Considerando-se o contexto, em São Paulo,
a estátua do Bandeirante escravista Borba Gato foi destruída como forma de protesto — tornando evidente,
então, que os ícones que contrariam a ética devem ser retirados do espaço público, visto que não são algo de
que os indivíduos deveriam se orgulhar.
Ainda sob essa ótica, a alocação desses monumentos em museus, somada às explicações do que ocorreu
de fato nos acontecimentos marcantes da história é imprescindível, pois, de acordo com o filósofo George
Santana, “aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo“. Ademais, os campos de
concentração de Alemanha, que estão abertos para visitação, retratam que não há necessidade de cultuar
líderes genocidas ou autoritários para se conhecer a história.
À luz do exposto, providências devem ser tomadas com o fito de assegurar uma reparação histórica.
Portanto, cabe ao governo realocar monumentos, por via da colocação desses em museus — com placas de
identificação que expliquem o seu contexto, expondo outras visões da história —, para que eles não incentivem
a repetição de comportamentos imorais. Igualmente, é papel da escola — instituição social de Durkhein —, por
meio da disciplina de humanas, formar cidadãos que têm um conhecimento acerca da existência de figuras que
fizeram parte da história, porém, repudiando as atitudes que se opuseram aos preceitos éticos, para que, assim,
seja possível garantir o bem-estar de todos os indivíduos — conforme previsto no art. terceiro da Constituição
Federal de 1988.

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TEMA: MOBILIDADE URBANA DO BRASIL

João Pedro Sambatti

Um negócio que apenas produz dinheiro é um negócio pobre, disse Henry Ford, um dos grandes
difusores do automóvel, e mais do que isso, da cultura do carro, que transformou veículo individual
em uma “necessidade“ em vez de uma comodidade. Porém, esse individualismo gera uma enorme
ineficiência no transporte urbano, colocando o ir e vir em cheque.
Primeiramente, é preciso apresentar as causas de tamanha ineficiência, sendo a mais
proeminente delas o enorme aumento na quantidade de veículos automotores — cerca de 77% nos
últimos 10 anos — o que gera grande pressão no sistema rodoviário. Além disso, existem graves
problemas com o sistema público de transporte, originados principalmente por falta de verba,
materializando-se como frotas insuficientes, altos preços e qualidade duvidosa. Vale ressaltar,
também, que ações do sistema também geram um estigma contra ele, caracterizando o transporte
público como “coisas de pobre“.
Consequentemente, esse aumento da quantidade de carros e os problemas da mobilidade
coletiva geram contexto preocupante ao fluxo urbano. Um exemplo gritante é a cidade de São Paulo,
onde se gasta, em média, 77 horas em trânsito por ano, sendo a sexta cidade mais congestionada do
mundo. Adicionalmente, os problemas de mobilidade como engarrafamentos também acarretam
males ambientais, como a poluição do ar, sonora e visual.
Conclusivamente, devido à enorme quantidade de carros e de um sistema público atrasado, a
mobilidade urbana se apresenta com grave ineficiência. A fim de remediar esses fatores, primeiro é
necessária uma mudança cultural em relação ao transporte, com o intuito de encorajar o uso de meios
alternativos — desde a bicicleta até o patinete elétrico — que ocupam menos espaço e geram menos
problemas. Também é preciso o investimento no sistema público, das frotas de veículos e na
infraestrutura, para enfatizar e desistigmatizar o transporte coletivo. Assim, será possível melhorar o
fluxo urbano e assegurar o direito de ir e vir.

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TEMA: OS RISCOS DO POSITIVISMO TÓXICO


Débora Rubinato Rosolém
O célebre livro “Olhai os lírios do campo“, do escritor brasileiro Érico Veríssimo, narra a história do
protagonista Eugênio, pessoa de raízes humildes, que busca, incansavelmente, sucesso em sua carreira como
médico. Também, o protagonista é avesso à tristeza e a evita, de todo modo, situação essa que muda com o
decorrer do livro, pois o personagem reconhece suas angústias e, com isso, aprende a viver pacificamente com
elas. Fora do universo ficcional, nota-se, na sociedade contemporânea, reflexos de um positivismo tóxico,
responsável por trazer inúmeros riscos àqueles que o praticam e, também, ao corpo social como um todo.
Em um primeiro plano, é imperioso destacar que o positivismo exacerbado gera, nos indivíduos, uma
crescente dependência emocional de felicidade — cenário muito criticado pelo filósofo alemão Friedrich
Nietzsche em sua definição do conceito de “moral de rebanho”. É preciso lembrar, nesse sentido, que é irracional
esperar ser feliz o tempo todo e que a tristeza, em curta medida, é um sentimento normal esperado perante a
própria natureza humana, assim como disse a protagonista da série canadense “Anne with E“. Somando a isso,
tem-se que o positivismo segue o seu praticante — assim como aconteceu com os personagens em “Ensaio
sobre a cegueira“, de José Saramago — ele possibilita a percepção dos fenômenos sociais como
verdadeiramente são, barrando uma evolução social.
Destarte, percebe-se que o excesso de alegria e a negação da verdade escancaram uma tendência
comportamental humana de escrita há mais de 2000 anos, na sociedade egípcia: o individualismo. A
preocupação e o zelo dessas medidas que alguém possa ter com si mesmo já foram estudadas pelo sociólogo
polonês Zigmunt Bauman e, nesse sentido, a ideia de positivismo incessante, muitas vezes, é usada como meio
para alcançar a superioridade emocional de um perante os demais, sinônimo absolutamente proscrito para o
ideal da revolução francesa — liberdade, igualdade e fraternidade. Assim, depreende-se que os sentimentos
integralmente alegres, muito vistos em perfis no Instagram, contribuem para comparação nas relações humanas
e devem, por isso, ser combatidos.
Portanto, conclui-se que o positivismo tóxico reverbera problemáticas sociais e, desse modo, deve ser
alvo de investidas populacionais e governamentais. Para isso, os influenciadores digitais, em parceria com
psicólogos, devem promover, ambientes virtuais, diálogos abertos acerca da necessidade de aceitação dos
sentimentos negativos, trazendo à tona questões relativas ao autocuidado emocional e à solidariedade coletiva,
a exemplo de hashtags como #TudoBemNãoEstarBem, a fim de pacificar os conflitos sociais e normalizar uma
rotina imperfeita. Somando a isso, o Ministério da Cidadania deve realizar, em praças públicas ou centros de
apoio à comunidade, encontros e feiras que levam a toda a população os conhecimentos sobre aceitação, sentir
sentimento, promovendo palestras com profissionais da saúde e, se necessário, atendimentos individuais, para
que os saberes acerca dos riscos do positivismo tóxico popularizem-se e tais práticas sejam erradicadas, assim
como fez o protagonista Eugênio.

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TEMA: MOBILIDADE URBANA

Isadora Sofia Klaime Risso


A partir das primeiras obras de expansão rodoviária realizadas no Brasil, como as de Washington Luís e
Juscelino Kubitschek, na época em que eram presidentes, a população passou a valorizar, cada vez mais, veículos
particulares, causando, assim, uma lotação das ruas. Dessa maneira, percebe-se que tal crescimento pode
acarretar uma desorganização no ir e vir dos brasileiros e, logo, uma maior chance de acidentes. Por tal razão, é
fundamental que haja a devida conscientização dos motoristas para a segurança no trânsito, mas que
infelizmente nem sempre acontece por conta da falta de preocupação e a priorização de outras atividades,
aumentando os perigos.
Sob esse viés, é preciso entender a necessidade da boa politização durante a locomoção dos automóveis.
Segundo a cientista Mary Curie, "cada pessoa deve trabalhar para seu aperfeiçoamento e participar de
responsabilidade coletiva por toda humanidade". Nesse sentido, nota-se que a proteção das ruas não é apenas
uma precaução pessoal, mas também de conjunto, uma vez que os descuidos podem colocar vidas alheias em
risco e causar, em casos mais graves, a morte, por isso, deve existir uma maior empatia perante o outro.
Ademais, de acordo com o site Portal do Trânsito, o número de mortes registradas no ano de 2020 foi de 80 por
dia, contexto preocupante. Diante disso, enfatiza-se a verdadeira gravidade das distrações no volante e a
necessidade de haver uma preocupação referente ao assunto.
Contudo, tais medidas nem sempre são cumpridas, visto que cidadãos não compreendem a verdadeira
seriedade das consequências. Com a chegada das tecnologias no século XX, a criação de aparelhos como
celulares e, mais tarde, a internet, uma facilidade na realização de atividades diárias foi possibilitada. No
entanto, essa revolução proporcionou, também, um grande vício por parte dos indivíduos em relação a tais
dispositivos, o que é diretamente refletido no trânsito - pessoas não conseguem ficar longe desses mecanismos
digitais- , e dessa forma, aumentam os riscos de acidentes por não estarem focados na direção veicular. Além
disso, observa-se que, apesar da existência de autoescolas, que tendem a educar sobre os comportamentos que
devem ser cumpridos, esse ensino na maioria das vezes não é devidamente eficaz, não sendo levado a sério por
grande parte da população, ocasionando, assim, uma falta de alerta gerada entre os cidadãos que contam com
a sorte no dia a dia.
Torna-se evidente, portanto, que é necessário um aumento na politização atrás do volante, para que haja
uma verdadeira proteção nas rodovias. Logo, é preciso que as escolas colaborem com a educação sobre tal
problemática, por meio de programas implantados nas instituições de aprendizagem, que visem alertar sobre
os perigos e sobre a gravidade das consequências que podem ser acarretados no trânsito, incentivando ainda,
desde pequenos, os motoristas a possuírem uma maior empatia em relação ao outro e se preocuparem com
esse cenário, para que futuros indivíduos sejam formados com um real entretenimento sobre a conjuntura.
Ademais, além disso, cabe à mídia do país espalhar esse ensino para parte da população que já dirige, por meio
de propagandas de compreensão que cheguem a todos os cidadãos, passadas na TV aberta e nos telejornais,
assim esses alcançam várias parcelas da sociedade, a fim de diminuir o número de acidentes rodoviários na
atualidade e alertar sobre os riscos da falta de cuidado em relação a esse contexto. Dessa maneira, um corpo
social no qual os efeitos negativos do trânsito sejam amenizados, com sujeitos mais em práticos e sábios,
existirá.

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TEMA: COMPORTAMENTO DE MANADA E A MANIPULAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA

Eduarda Matos
De acordo com o filósofo Jean-Jacques Rousseau, "o homem nasce livre e por toda parte encontra--se
acorrentado". Nesse sentido, os indivíduos vêm sendo, de alguma maneira, acorrentados pelos múltiplos e
errôneos padrões impostos pela sociedade. Em analogia a isso, é indubitável que o comportamento de manada,
isto é, a tendência dos cidadãos de seguir um influenciador ou um grupo — sem reflexão pessoal — e a
manipulação da opinião pública são, infelizmente, recorrentes hodiernamente— conjuntura que exige esforços
a fim de reverter esse cenário e efetivar maior senso crítico, autenticidade e singularidade na comunidade
brasileira.
Convém ressaltar, a princípio, que com advento da Segunda Revolução Industrial, o homem alcançou um
nível imensurável de desenvolvimento, o que possibilitou avanços em inúmeros setores — destacando-se o meio
digital. No entanto, percebe-se que apesar das vantagens desse desenvolvimento, houve a polarização máxima
das mídias sociais — Instagram, Twitter e Facebook — e, consequentemente, a efetivação de padrões de
comportamento, de beleza e de identidade. Ademais, cabe mencionar, que a manipulação da opinião pública é
efetiva ao longo da história. Um exemplo evidente disso foi a criação do Departamento de Imprensa e
Propaganda (DIP), durante a Era Vargas, que era responsável por controlar, influenciar e persuadir a população
a respeito da imagem do presidente — o que caracteriza um equívoco.
Importa salientar, ainda, a obra de José Saramago, "Ensaio sobre a cegueira", que retrata uma sociedade
que, paulatinamente, torna-se cega. Nessa perspectiva, sem dúvidas, a cegueira atual é causada pela reprodução
desmedida de estereótipos pelos cidadãos, uma vez que tendem a homogeneizar os comportamentos, os ideais
e os anseios sociais. Outrossim, vale enfatizar que essas formas de padronizar a sociedade não são responsáveis
por, muitas vezes, gerar problemas psicológicos - como ansiedade, depressão e fobias sociais — uma população
relacionada à frustração de não conseguir alcançar os moldes impostos.
À luz do exposto, são necessárias medidas eficazes no intuito de mitigar os comportamentos de manada
e a manipulação da opinião pública. Portanto, em primeiro lugar, a comunidade precisa verificar a veracidade
das informações recebidas, por meio de senso crítico, de modo a evitar a manipulação. Por último, as primeiras
instituições sociais elencadas por Durkheim — escola e família — devem incentivar as crianças a evitar o
comportamento de manada, por intermédio de autocontrole para que elas sejam autênticas, únicas e originais,
ao invés de padronizadas e facilmente controladas. Somente assim, será possível soltar as correntes propostas
pelo filósofo e vislumbrar a atenuação das condutas de manada e da manipulação da opinião pública no Brasil.

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TEMA: A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO AO CINEMA NO BRASIL

Lucas Hiroshi Mano


O ano de 2019 representou mais uma quebra de recordes de bilheteria na história do cinema.
“Vingadores: o ultimato” conseguiu atingir a impressionante marca de mais de 1 bilhão de dólares arrecadados
durante o tempo em cartaz. Com isso, superou “Avatar” - filme revolucionário que popularizou a tecnologia 3D
nas salas audiovisuais - do diretor James Cameron. Entretanto, o grande sucesso deste ano cega a população e
prende-a em uma bolha, em que há a crença, embora falsa, de que o cinema é um meio de entretenimento
democratizado no Brasil.
A população brasileira é uma amante de cultura, seja erudita, seja popular. Esse interesse do brasileiro se
dá, por exemplo, pelos cordéis, no Nordeste. Porém, uma das principais formas de se expressar a arte
contemporânea — o cinema — é muito restrita nas cidades brasileiras. De acordo com o site “meio mensagem“,
apenas 17% da população frequenta o cinema. Esse baixo percentual evidencia uma dificuldade estrutural e
econômica da penetração das salas de cinema em cidades de médio e pequeno porte. Por mais que haja
demanda da população, a dificuldade em construir estruturas e conseguir contratos de direitos autorais com as
produtoras afasta o interesse econômico de investimento em regiões com baixo índice populacional. Manter
uma sala de cinema com os lançamentos do mercado é custoso, assim, o monopólio dos cinemas continua nas
grandes capitais.
Ademais, outro agravante na dificuldade de democratizar o acesso ao cinema no Brasil é a estagnação e
a crise econômica vivida pelo país nos últimos cinco anos. Com a inflação em alta até 2018, o brasileiro médio
evita frequentar cinemas e peças culturais pagas, preferindo assistir televisão ou consumir cultura proveniente
de fontes gratuitas. Dessa forma, a demanda tende a diminuir nas regiões de interior do país, afastando ainda
mais o capital de investimento. Além disso, a ausência de interesse estatal em levar as salas cinematográficas
para regiões mais específicas prejudica a inserção de milhões de brasileiros nessa arte.
Em suma, a democratização do acesso ao cinema no Brasil é uma problemática que precisa ser resolvida
com a união de três fatores: o incentivo estatal, o interesse de empresários e o aumento da demanda
populacional. A maneira paliativa de levar o cinema para a população isolada é o investimento do Ministério da
Educação em parceria com fundos internacionais de apoio à cultura, situação em que seriam levados, por meio
de salas de cinema itinerantes, o acesso a essa arte. Visando uma solução permanente, o Ministério da Economia
e o BNDES devem diminuir impostos e reduzir juros de empréstimos para empresários que desejam abrir salas
de cinema em regiões isoladas, dessa forma a população composta por mais de 80% de brasileiros terá a
possibilidade de criar uma cultura de frequentar cinemas — como nas grandes capitais — assim, aumentando a
demanda com o passar das gerações e, com o tempo, democratizando o acesso.

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TEMA: DERRUBADA DE MONUMENTOS COMO FORMA DE PROTESTO

Cassia Longhinott

A historiografia brasileira, retratada por Eduardo Bueno, em seu livro, “Brasil: uma história”, é permeada
por segregação, exclusão e crueldade. Nesse sentido, ao voltar-se o olhar para a contemporaneidade, em que
os direitos humanos vigoram, observa-se uma incompatibilidade gritante, já que há, ainda, monumentos que
homenagem figuras e fatos históricos desumanos do passado brasileiro, causando revolta e sua consequente
destruição como forma de protesto, resultado da invisibilidade e negligência das pautas sociais por parte do
Poder Público e da necessidade, real, de reparação histórica.
Diante desse cenário, é possível ressaltar que o descaso governamental brasileiro é diretamente
responsável pela problemática da destruição de patrimônios históricos materiais. A vista disso, explicita-se que
pautas sociais são, muitas vezes, negligenciadas pelo Estado, que, segundo os filósofos contratualistas — como
Locke e Hobbes — deveria manter a ordem e representar os interesses dos cidadãos, ou seja, da falta de ação
para atender a essas necessidades e reivindicações, derivam aos atos de vandalismo contra monumentos. Sob
essa perspectiva, destaca-se a necessidade de um canal de comunicação mais eficiente entre o povo e seus
representantes.
Somando-se a isso, a contradição que homenagens a atos e a figuras cruéis representam frente a
movimentos sociais contemporâneos revela necessidade de protesto populacional que, por falta de alternativas,
se submete a ações destrutivas. Em consequência disso, há um apagamento histórico nocivo às futuras gerações,
uma vez que, como salientou o historiador George Santayana “Aqueles que não conhecem o passado estão
condenados a repeti-lo”. Posto isso, a saída é a manutenção, a ressignificação e a difusão do conhecimento
sobre os monumentos e suas representações visando o progresso social, não à destruição inconsequente.
À luz do exposto, argumenta-se a necessidade do Poder Público - em suas instâncias municipais — investir
em mecanismos de interação e comunicação entre o povo e os órgãos representativos mediante o
financiamento de ouvidorias e departamentos que estejam abertos e atentos às manifestações populares que
ocorrem, por exemplo, via internet, a fim de oferecer resoluções efetivas às pautas — como a realocação dos
monumentos — e prevenir atos de vandalismo. Ademais, cabe às escolas, com colaboração do Estado, difundir
conhecimento sobre o passado bárbaro do país por meio de visitas a museus — que comportem os patrimônios
realocados —, de oficinas lúdicas e interativas da disciplina de história, de palestras e de mobilização nos meios
de comunicação, com objetivo de possibilitar justiça, ressignificação e reparação. Assim, livros historiográficos,
como o de Bueno, podem, aos poucos, falar mais sobre respeito e empatia.

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TEMA: COMPORTAMENTO DE MANADA E MANIPULAÇÃO DA OPINÃO PÚBLICA

Eduarda Giordani Schmitt

Na Idade Média, as pessoas que apresentavam comportamento divergente eram perseguidas, torturadas,
queimadas. Com o passar dos séculos, houve significativa redução na frequência das práticas punitivas mais
violentas, no entanto, ainda há a, dita por Hans Kelsen, norma moral, que se aproveita da influência dos grupos
sociais — discutida por Durkheim — para punir com a exclusão e com o isolamento. Nessa perspectiva,
perpetuou-se o comportamento de manada e, assim sendo, as redes sociais na contemporaneidade
contribuíram com essa manutenção por meio da manipulação da opinião pública, fazendo-se necessárias
medidas a fim de combater a influência negativa das mídias e a conformidade de seguir o pensamento da
maioria.
Primeiramente, vale ressaltar a relação direta entre o comportamento de manada e a moral de rebanho
— conceito desenvolvido pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche e que consiste na moral dos fracos, dos que
apenas seguem as regras e não as questionam. Ademais, os indivíduos que são influenciados por condições
sociais, ambientais e emocionais a seguir as ações dos outros contrariam a ideia de pensamento crítico —
defendida não somente pela filosofia em geral, mas também por pensadores como Paulo Freire.
Sobre o mesmo ponto de vista, é imprescindível ressaltar os efeitos negativos da manipulação do
pensamento público amparada pelo restrito acesso a uma educação de qualidade e, por conseguinte, pela falta
de reflexão em parcela relevante das pessoas. Entre os principais deles, é possível apontar a perpetuação de
regimes políticos corruptos e a alienação discutida por Karl Marx, assim como o favorecimento do interesse de
um determinado grupo social, o que pode ampliar a desigualdade socioeconômica.
À luz do exposto, como o comportamento de manada e a manipulação da opinião pública são problemas
sociais nefastos, deve se combatê-los. Para isso, faz-se necessário que o governo — auxiliado pelas escolas —
incentive a construção do senso crítico a fim de que as pessoas desenvolvam opinião própria por meio de
informações relevantes. Além disso, é preciso que a sociedade, de modo generalizado, seja consciente a utilizar
as redes sociais, denunciando as Fake News e analisando criticamente as informações, visando a não influência
negativa das mídias. Por último, é primaz frisar que medidas urgentes e eficazes devem ser tomadas no sentido
de encorajar a formação de cidadãos preocupados com a garantia de seus direitos.

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TEMA: CONSUMO E PRODUÇÃO DE ARTE NO CONTEXTO DE PÓS-PANDEMIA

César Augusto Takahashi Diniz


A arte é uma essência de qualquer indivíduo. Aristóteles já ensinava que devido ao seu poder catártico,
essas expressões humanas seriam para expressar sentimentos e compreender a realidade. Na
contemporaneidade, a pandemia relativa ao coronavírus provou alterações tanto na produção quanto no
consumo dessa arte, que, paradoxalmente, assegura maior acessibilidade — com a virtualização dos recursos —
e maior disparidade nas oportunidades dentro da indústria artística — a crise econômica e social não colabora
para garantir a equidade. Dessa forma, fica claro que a arte, em um contexto pós-pandemia, será remanejada e
diferenciada, podendo, caso a negligência estatal e social perdure, estar fadada ao futuro fracasso.
Primeiramente, compreende-se que a arte, na pandemia, foi — e ainda é — imprescindível para a
manutenção da saúde mental dos cidadãos. No século XVIII, o movimento árcade encarava funcionalidade do
caos urbano — “fugere urbem “ — como um lema para criação literária. Nas produções artísticas atuais, essa
capacidade de se transpor para fora do cenário caótico relativo à crise sanitária foi muito importante para aliviar
a pressão e a coisificação social exacerbada. Ademais, outra função da arte é de compreender e de criticar a
situação social vivida, por meio de poemas, de músicas, de vídeos e de pinturas, por exemplo, evidenciando as
incoerências sociais — romper com o isolamento social ou regrar a ciência — e a abstenção do governo diante
das necessidades de incentivar a cultura.
Em segundo lugar, percebe-se que a produção e o consumo de arte sofreram modificações durante a
pandemia, diante da necessidade de evitar aglomerações para combater a disseminação do vírus, a arte se
reinventou. A principal solução para esse empecilho foi o uso da internet para divulgação dos trabalhos, como
apresentações transmitidas ao vivo pelas redes sociais, pinturas vendidas por sites e visitas virtuais a museus.
Isso evidencia que essa multi-habilidade artística democratizou o acesso à cultura em muitos aspectos. Contudo,
observa-se que a indústria cultural hodierna, por exemplo, valoriza de forma exacerbada os grandes artistas,
marginalizando os pequenos produtores, o que promove uma monopolização do mercado sob o controle de
imagens sociais já consolidadas.
Fica claro, portanto, que a arte, no contexto pós-pandemia, será influenciada pelos prós e pelos contras
estabelecidos durante a crise sanitária. Nesse sentido, é papel do estado criar políticas de incentivo à produção
artística e ao movimento cultural, alavancando, por meio da disponibilização de financiamentos monetários
periódicos — para aquisição de equipamentos, funcionários e de marketing, por exemplo — a produção cultural.
Além disso, é imprescindível que os veículos de comunicação — principalmente os de cada município —
divulguem o trabalho e apoiem os artistas locais, utilizando as redes sociais para estender o alcance de
produtores iniciantes a outros, de filmes e de músicas, a fim de garantir maior equidade nas condições de um
período social instável como o atual. Sendo assim, será possível assegurar o maior consumo de arte tanto
durante a pandemia quanto após essa crise social.

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TEMA: A FOME NO BRASIL E AS DESIGUALDADES SOCIAIS

Marcelo Henrique Azevedo

A escassez de alimentos é um problema que atinge milhões de cidadãos no mundo todo. É evidente que
as causas dessa falta de alimentos são as mais variadas possíveis. Todavia, em algumas regiões, as causas
naturais agravam a situação, mas essencialmente, a desigualdade é causada pelo próprio ser humano, com
concentração de riqueza desigual. Atualmente - mesmo com os avanços tecnológicos e sociais -, milhões de
pessoas ainda sofrem com o problema da fome no Brasil.
Em primeira análise, é importante ressaltar os fatores que contribuem para esse mal. Nesse contexto, um
dos aspectos é o crescimento econômico, insuficiente para acabar com a pobreza no Brasil. De modo que, isso
acontece – principalmente - devido à concentração de renda, que faz com que se perpetue a desigualdade social,
que tem como uma das consequências a fome e a miséria. Ademais, a instabilidade política, a má administração
dos recursos públicos e a injusta estrutura fundiária impossibilitam o acesso dos trabalhadores aos meios de
produção e concentram as terras nas mãos de poucos.
Além disso, qualquer tentativa de atacar os problemas da fome e da pobreza deve considerar as suas mais
profundas causas. Nesse sentido, esse diagnóstico aporta para a urgência de um amplo processo de
redistribuição de riqueza nacional, e essa não é, evidentemente, uma tarefa que possa ser deixada para o
mercado. Além do mais, a experiência internacional mostra que só se resolve o problema com ação firme e
planejada do estado. Portanto, as políticas públicas de combate à fome e à pobreza não devem se restringir a
compensar os efeitos de um modelo econômico concentrador. Nesse contexto, deve se romper com artificial
separação das áreas econômica e social.
Fica evidente, assim, a necessidade de se combater a desigualdade social como forma inicial de
erradicação da fome no Brasil. Nesse viés, o governo deve repensar projetos sociais a curto prazo reformulando
antigas iniciativas - como Fome Zero - e o atual Bolsa Família, além de que, a longo prazo, pensar em outras
maneiras de distribuição de renda e reforma agrária. Além disso, a sociedade, por meio da solidariedade, deve
organizar campanhas de doações, em parceria com a mídia e com as inúmeras ONGs espalhadas pelo país. Esse
é o primeiro passo para acabar com o problema que — ainda no século XXI — mata pessoas diariamente.

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TEMA: A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO VOLUNTÁRIO

Maria Fernanda Unser Kanashiro


O capitalismo apresenta, entre seus fundamentos principais, o trabalho assalariado, a busca pelo lucro
máximo e o acúmulo de capital. Nesse sentido, o trabalho voluntário — caracterizado segundo a Lei 9608-98,
como atividade não remunerada com objetivos cívicos e de assistência à pessoa, que visa o bem-estar social —
tem prática reduzida. Contudo, essa ação humanitária manifesta um papel vital no funcionamento do corpo
social no cenário do Brasil, o que torna necessária a superação de adversidades para o aumento do exercício do
trabalho voluntário.
Primeiramente, destaca-se a importância dessa prática na sociedade, evidenciada, principalmente,
pelo auxílio prestado aos grupos sociais mais fragilizados. O trabalho voluntário realizado por instituições de
acolhimento de pessoas e de animais e por Organizações Não Governamentais expressa um ato de empatia e
de colaboração essencial para a proteção dessa parcela da sociedade, bem como o trabalho realizado por
pessoas físicas em hospitais e campanhas beneficentes. Além disso, promove transformações ao explicitar
problemas presentes na sociedade, gerando visibilidade e comoção popular para combatê-los e atraindo a
atenção do Governo.
Sob outra ótica, observa-se que há diversos desafios para uma maior participação popular nessas
atividades altruístas. Indubitavelmente, o sistema econômico social capitalista preza pela individualidade e pelo
tempo, os quais, aliados à falta de incentivo e de valorização do voluntário, resultam em uma baixa taxa de
trabalho não remunerado. Ainda, a falta de divulgação de sua importância e dos benefícios em níveis macro e
micro pessoal, já que expande o conhecimento de mundo, contribui para esse quadro.
Com os fatos expostos, é evidente que, apesar de grande demanda e de necessidade do trabalho
voluntário na sociedade, há obstáculos que devem ser vencidos para o aumento efetivo de sua prática. Para
tanto, deve haver uma conscientização sobre a relevância desse no imaginário popular, promovida pelo governo
e por organizações sociais, a fim de incentivá-lo e aumentar a solidariedade na comunidade. Ademais, cabe aos
canais midiáticos apoiar e comunicar sobre projetos e campanhas filantrópicas. Dessa forma, de acordo com a
teoria de Émile Durkheim, haverá maior coesão social, possibilitada pela cooperação e pelo reconhecimento da
interdependência em sociedade.

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TEMA: MOBILIDADE URBANA


Bruna Scholl Urio

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 6º, prevê o direito ao transporte como inerente a
todo cidadão brasileiro. Contudo, é evidente que essa não é a realidade observada por parte da
população, que enfrenta problemas com a mobilidade urbana regularmente. Nesse contexto, pode-se
afirmar que os impasses ligados ao deslocamento interferem diretamente no cotidiano das pessoas e,
consequentemente, em sua qualidade de
Primeiramente, é válido pontuar que a concentração de pessoas em grandes centros —
intensificada partir do êxodo rural decorrente da revolução industrial —, juntamente com a falta de
planejamento das cidades, desfavorece a mobilidade urbana, uma vez que provoca
congestionamentos no trânsito. Isso ocorre também em função da elevação do poder de compra de
veículos individuais e do incentivo da indústria automobilística, ligado a péssima qualidade dos
transportes públicos — o que resulta no aumento da quantidade de automóveis em circulação.
Seguindo se essa acepção, considera-se que os obstáculos da mobilidade urbana prejudicar o
desenvolvimento de relações sociais e econômicas e, consequentemente, da qualidade de vida, pois o
tempo de chegada aos estabelecimentos cresce cada vez mais — assim como os acidentes no trânsito.
Ademais, o documentário "entre rios" retrata a substituição de nascentes por estradas de ferro e
avenidas na década de 1950, durante um plano de urbanização. Dessa forma, percebe-se que os
desafios da mobilidade urbana acarretam aumento de problemas ambientais e atmosféricos, gerando
danos à saúde.
A luz do exposto, entende-se que o fluxo de pessoas e o desempenho de atividades do cotidiano
são dificultados por diversas adversidades. Por isso o rodízio de veículos pode ser promovido por
órgãos governamentais, por meio do desenvolvimento e da implantação de uma regulamentação para
amenizar os congestionamentos nas ruas. Além disso, a mídia deve incentivar arquitetura sustentável
e o uso de transportes alternativos — como bicicletas —, divulgando informações e benefícios dessas
práticas, visando reduzir as taxas de impactos ambientais e favorecendo a saúde. Afinal, segundo
hobbies "os costumes resultam do hábito convertido em caráter".

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