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PESSOAS
Profa. Ma. Claudia Campos Leite Diello
GESTÃO DE
PESSOAS
Barra do Garças - MT
UniCathedral
2018
Autora
Profa. Ma. Claudia Campos Leite Diello
Projeto Gráfico
Atila Cezar Rodrigues Lima e Coelho
Georgya Politowski Teixeira
Matheus Antônio dos Santos Abreu
BARRA DO GARÇAS - MT
JULHO 2018
Copyright © by Faculdade Cathedral, 2018
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sem autorização prévia do(s) autor(es).
CDU 658.3
UNIDADE IV..................................................................................................................................... 11
Agregando pessoas................................................................................................................................. 11
Recrutamento de Pessoas .................................................................................................................. 13
Seleção de Pessoas ............................................................................................................................. 15
Aplicando pessoas .................................................................................................................................. 19
Orientação de Pessoas ....................................................................................................................... 19
Métodos para promover a socialização ............................................................................................. 20
Descrição e Análise de Cargos ............................................................................................................ 21
Avaliação de Desempenho ................................................................................................................. 24
Recompensar Pessoas ............................................................................................................................ 27
Remuneração ..................................................................................................................................... 27
Programas de Incentivos .................................................................................................................... 28
Benefícios e Serviços .......................................................................................................................... 29
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Autor(a) da Unidade
Profa. Ma. Claudia Campos Leite Diello
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UNIDADEIV
AGREGANDO PESSOAS
O mercado de trabalho passou por várias transformações, desde a Revolução Industrial até os dias
atuais, conforme a figura abaixo.
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O mercado de recursos humanos ou mercado de candidatos refere-se ao conjunto de candidatos que
buscam um emprego, envolvendo as pessoas que já estão trabalhando e procuram outro emprego, e as
que estão dispostas a trabalhar.
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RECRUTAMENTO DE PESSOAS
O recrutamento é o processo de atrair candidatos capacitados para ocupar cargos dentro da
organização, e de acordo com Chiavenato (2009) constitui-se de três etapas importantes, a saber:
1. Pesquisa interna das necessidades: tem o objetivo de verificar o que a organização precisa em
termos de pessoa.
2. Pesquisa externa do mercado: refere-se ao que o mercado de Recursos Humanos pode oferecer à
organização. Para isso, é necessário segmentar e identificar as fontes de recrutamento. A
segmentação é quando você utiliza de diferentes abordagens para recrutar candidatos com perfis
diversos, por exemplo: você irá utilizar meios de comunicações diferentes para contratar um
operário e um executivo. A identificação das fontes de recrutamento proporciona à organização
uma agilidade e redução de custo no processo de recrutamento, sendo que as principais fontes de
recrutamento são: a própria empresa, as outras empresas, escolas e universidades, e outras fontes
de recrutamento.
3. Definição das técnicas de recrutamento a utilizar: cada organização utiliza técnicas diferentes para
atrair candidatos.
Para a realização do recrutamento, o primeiro passo é identificar o perfil a ser preenchido para o cargo
disponível. Logo, o órgão que possui a vaga disponível deverá preencher uma requisição de empregado
com as informações detalhadas sobre o cargo e o perfil desejado para a seleção.
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O recrutamento interno aborda candidatos de dentro da própria empresa, envolvendo a promoção
(movimentação vertical, também conhecido para elevação de cargo), a transferência (movimentação
horizontal, como de um cargo para o outro no mesmo nível hierárquico), ou a transferência com promoção
(movimentação diagonal, em que a pessoa pode elevar de cargo em outro setor).
Lacombe (2011) comenta que é importante dar prioridade para o recrutamento interno, e ainda destaca
algumas vantagens:
Contudo, o recrutamento interno também tem suas desvantagens, como por exemplo: entrevistar uma
pessoa para analisar a possibilidade de mudar de cargo e depois recusá-la, pode prejudicar o
relacionamento com ela ou dela com os outros colegas de trabalho; gera conflitos de interesse, pois os
funcionários que não foram envolvidos no processo de recrutamento interno podem desenvolver atitudes
negativas na organização; e por último, não é interessante a organização fazer somente o recrutamento
interno, pois às vezes não tem pessoal suficiente ou candidatos preparados para promoções.
Recrutamento externo ocorre quando a organização procura preencher a vaga disponível com pessoas
de fora da empresa, ou seja, candidatos externos. As técnicas de recrutamento envolvem os métodos que
as organizações utilizam para divulgar uma vaga de trabalho junto às fontes de Recursos Humanas mais
adequadas.
Conforme Chiavenato (2009), as principais técnicas de recrutamento externo são: consultas aos arquivos
dos candidatos; indicação de candidatos pelos funcionários da empresa; cartazes ou anúncios nas portarias
da empresa; contatos com sindicatos e associações de classe; contatos, conferências ou palestras com
universidades e escolas; contatos com outras empresas que atuam no mesmo mercado; viagens de
recrutamento em outras localidades; anúncios em jornais e revistas; agências de recrutamento; e o
recrutamento on-line.
O recrutamento on-line tem sido uma das ferramentas mais utilizadas na Gestão de Pessoas,
uma vez que muitas organizações estão usando a internet para recrutar novos funcionários.
Algumas empresas desenvolvem sites dedicados especificamente para o recrutamento, com
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informações sobre o perfil desejado na seleção. Já existem empresas comerciais de serviços de
recrutamento na internet – como:
www.catho.com.br
www.vagas.com.br
O recrutamento externo está relacionado com a entrada de pessoas externas na organização e suas
principais vantagens, conforme Chiavenato (2009) são:
Contudo, na prática, as organizações nunca praticam apenas o recrutamento interno ou o externo, pois
eles se complementam e se completam, sendo que pode ser adotado nas organizações primeiramente o
recrutamento externo e depois o interno, ou primeiro o recrutamento interno e em seguida o externo, ou
por fim, pode ser utilizado concomitantemente (Chiavenato, 2009).
SELEÇÃO DE PESSOAS
Após o recrutamento de pessoal, o próximo passo é escolher as técnicas que serão utilizadas no
processo de selecionar pessoas. “Seleção é o processo de escolher o melhor candidato para um
determinado cargo e função ou, mais modernamente, para uma determinada empresa” (VILAS BOAS E
ANDRADE, 2009, p. 49). Existe um ditado popular que caracteriza bem a visão tradicional, e diz que seleção
é escolher o homem certo para ocupar o lugar certo.
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É importante ressaltar que no processo de seleção não deve ser considerado apenas os aspectos
técnicos e operacionais, mas é preciso analisar também as características pessoais do candidato, a
capacidade de raciocínio e relacionamento interpessoal, bem como os aspectos emocionais e
comportamentais.
No setor público, o recrutamento para o cargo público se dá por meio da publicação de edital
público, no Diário Oficial da União. E o processo de seleção acontece com a aplicação de
provas de concurso público, quando os candidatos são selecionados, geralmente por provas de
conhecimento e de títulos. De acordo com o artigo 37, da Constituição da República Federativa
do Brasil, Parágrafo II –
Para iniciar o processo de seleção, a empresa precisa ter informações claras sobre o cargo a ser
preenchido. A coleta de informações pode ser realizada com o preenchimento da requisição pessoal.
Posteriormente, analisa os candidatos que foram
recrutados, e então decide qual técnica irá ser
aplicada.
Conforme Chiavenato (2014), as principais técnicas
de seleção são: entrevista de seleção, provas de
conhecimento ou capacidade, testes psicométricos,
testes de personalidade, e técnicas de simulação.
A entrevista de seleção é a técnica mais utilizada,
apesar de ser mais subjetiva e imprecisa, é a que mais
influência no processo de tomada de decisão sobre a
escolha do candidato, pois envolve a comunicação
entre duas ou mais pessoas que interagem entre si. É
considerada uma técnica de baixo custo, com facilidade de aplicação e adaptação, e devido ter o contato
direto com o candidato é possível adquirir uma riqueza de informações, impressões e sensações sobre o
candidato.
Provas ou teste de conhecimentos ou de capacidades são instrumentos que procuram medir o grau de
conhecimento profissional e técnico exigidos pelo cargo (noções de administração, informática,
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matemática ou contabilidade), ou o grau
de capacidade e habilidade para certas
tarefas (operador de máquinas ou
telefonista) (CHIAVENATO, 2009).
Podemos classificar as provas de
conhecimentos ou de capacidade quanto
a: maneira (oral, escrita ou realização
prática), área (provas gerais ou
específicas), e forma (dissertativas ou
expositivas, e objetivas)
Os testes psicológicos são aplicados
aos candidatos com a finalidade de
analisar o desenvolvimento mental,
aptidões, habilidade e conhecimento, ou
seja, com o intuito de prever o
comportamento das pessoas em
determinado contexto.
Testes de personalidades têm como objetivo analisar os diversos traços de personalidades, sejam eles
determinados pelo caráter (traços adquiridos ou também chamados de traços fenotípicos), ou pelo
temperamento (que são os traços inatos ou genotípicos), sendo importante destacar que um traço de
personalidade é uma característica marcante da pessoa que é capaz de diferenciá-la das demais
(CHIAVENATO, 2009).
Teste de simulação ou dinâmica de grupo refere-se ao agrupamento de candidatos quando são
colocados diante de situações que deverão demonstrar algum tipo de reação, como por exemplo:
características de liderança, comunicabilidade, iniciativa, capacidade de argumentação, entre outros. A
principal técnica de simulação é o psicodrama.
A maioria das organizações não aplica somente uma técnica de seleção, uma vez que há alterações de
acordo com o perfil e a complexidade do cargo a ser preenchido. Logo, sabemos que a seleção de pessoas é
um processo composto de várias etapas, e que nas etapas iniciais (como a entrevista de seleção) estão as
técnicas mais simples e econômicas, ficando as técnicas mais caras e sofisticadas para o final (VILAS BOAS E
ANDRADE, 2009).
Chiavenato (2009) enfatiza que o processo seletivo precisa ser eficiente e eficaz.
Portanto, o processo de agregar pessoas é muito importante para as organizações que valorizam o
capital humano e entendem que este é um grande diferencial competitivo. É necessário saber atrair e
selecionar as pessoas competentes para fazerem a diferença no ambiente organizacional.
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APLICANDO PESSOAS
Após serem recrutadas e selecionadas, as pessoas passam pelo processo de aplicação que consiste na
integração dos novos membros na organização, bem como o seu posicionamento quanto ao cargo que irá
ocupar, e por fim, a avalição sobre o seu desempenho no cargo.
ORIENTAÇÃO DE PESSOAS
É normal no primeiro dia de trabalho o novo funcionário da empresa se sentir um pouco deslocado ou
retraído, pois muitas vezes não conhece o ambiente da organização e as pessoas que lá trabalham. Por isso,
é muito importante a integração do funcionário para orientá-lo sobre as práticas e filosofias predominantes
na empresa, proporcionando a socialização organizacional. Conforme Ribeiro (2012, p. 95) “as políticas
básicas da empresa devem ser explicadas ao novo empregado. Isso vai ajudá-lo a se adaptar mais
rapidamente ao ambiente”.
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A integração é uma fase importante no relacionamento entre o indivíduo e a empresa. Chiavenato
(2009) diz que a socialização organizacional é a maneira como a empresa recebe o seu novo funcionário,
integrando-o a sua cultura, ao seu contexto e ao seu sistema, para que assim ele venha comportar-se de
acordo com as expectativas da organização.
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No processo de integração, o novo colaborador precisa ajustar-se à cultura organizacional,
ou seja, é necessário internalizar e compartilhar dos hábitos e crenças da organização,
refletindo a mentalidade predominante na empresa. A cultura organizacional influencia na
maneira como a empresa faz seus negócios e trata seus clientes e colaboradores.
• Tarefas são as atividades executadas por um ocupante do cargo, geralmente mais simples e
repetitivos, como por exemplo os cargos de horistas e operários que executam atividades de
montagem de peças, limpeza do ambiente, entre outros.
• Atribuição é toda atividade individualizada e executada por ocupantes de cargos mais diferenciados,
como os mensalistas ou funcionários, que usam mais o conhecimento intelectual do que braçal. A
atribuição é uma tarefa um pouco mais precisa, como por exemplo elaborar uma ordem de serviço
ou preencher um relatório.
• Função é um conjunto de tarefas e atribuições que é exercida de maneira sistemática e repetitiva por
um indivíduo ocupando do cargo.
• Cargo é um conjunto de funções com uma posição formal no organograma da organização.
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de autoridade e responsabilidade e as funções organizacionais da empresa”. Com um organograma bem
definido, é possível ficar claro os níveis hierárquicos, proporcionando assim, a melhoria do fluxo de
comunicação dentro da empresa.
Toda pessoa que trabalha em uma empresa ocupa um cargo, sendo que existem cargos que tem
somente um ocupante, como o diretor-presidente, e outros cargos que têm vários ocupantes, como por
exemplo os vendedores ou caixas.
O desenho de cargos é o processo de organizar o trabalho e apresentar as especificidades no tocante às
tarefas que deverão ser desempenhadas. De acordo com Chiavenato (2014, p. 177) o desenho de cargos “é
a especificação do conteúdo, dos métodos de trabalho e das relações com os demais cargos, no sentindo
de satisfazer os requisitos tecnológicos, organizacionais e sociais, bem como os requisitos pessoais do seu
ocupante”.
Ao longo da história da humanidade observou-se que o ser humano ao desenvolver uma tarefa em
conjunto com outras pessoas, tinha certa dependência de um indivíduo para com o outro. Logo, houve a
necessidade de divisão de tarefas.
Existem três modelos de desenho de cargos: o clássico, o humanístico e o contingencial.
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Após a descrição do cargo, o passo seguinte é a sua análise. Chiavenato (2010, p. 83) diz que “analisar
um cargo significar verificar o que o ocupante precisa ter e conhecer para poder executar as tarefas
(diárias, semanais, mensais ou esporádicas) exigidas pelo cargo”. A análise é feita a partir da descrição do
cargo, de acordo com os requisitos mentais (instrução essencial, experiencia anterior, iniciativas e aptidões
necessárias, e adaptabilidade ao cargo), requisitos físicos (esforço físico necessário e a concentração mental
e visual), responsabilidades envolvidas pelo cargo.
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ANÁLISE DO CARGO
Requisitos Mentais
• Instrução essencial: ensino médio completo
Requisitos físicos
• Esforço físico necessário: trabalho leve com pouco esforço físico;
Responsabilidades do Cargo
• Atendimento de qualidade ao cliente;
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
A avaliação faz parte de nossas vidas, pois somos avaliados na escola - quando precisamos fazer a prova
de Matemática para saber se aprendemos, na família - quando os pais avaliam o comportamento de seus
filhos, ou mesmo no trabalho – quando o gestor avalia o desempenho do funcionário.
A avaliação de desempenho acontece no dia a dia quando avaliamos a potência de um carro, ou a nova
comida do restaurante, ou até o comportamento de um amigo diante de uma dificuldade.
Contudo, a ênfase do nosso estudo é na avaliação de desempenho no cargo. Chiavenato (2014, p. 210)
afirma que avaliação de desempenho “é uma apreciação sistemática do desempenho de cada pessoa – ou
de uma equipe – em função das atividades que desenvolve, das metas e dos resultados a serem
alcançados, das competências que oferece e do potencial de desenvolvimento”. O desempenho no cargo
varia de pessoa para pessoa e é influenciado pela percepção da pessoa em relação ao seu papel na
empresa, ou pelas recompensas e esforços individuais e ou até mesmo pela sua capacidade.
A avaliação de desempenho serve para fundamentar os aumentos salariais, promoções, transferências,
e muitas vezes, a demissão do funcionário. Ela serve também para dar um feedback para o funcionário
sobre o seu trabalho, podendo sugerir mudanças no comportamento, atitudes, habilidades e conhecimento
do indivíduo avaliado.
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No entanto, a avaliação de desempenho também pode ter alguns pontos fracos que devem ser levados
em consideração pelos gestores e até pelos próprios funcionários, como por exemplo o descontentamento
de pessoas por acreditar que as recompensas ou punições são decorrentes do desempenho passado. As
pessoas avaliadas podem entender como sendo um processo injusto ou tendencioso e então se
posicionarem de forma negativa nas próximas avaliações, ou até o fato do avaliado reagir negativamente
aos comentários desfavoráveis conduzidos pelo avaliador.
A avaliação de desempenho deve ser um processo periódico e constante, com a finalidade de analisar a
evolução de seus funcionários. De acordo com Vilas Boas e Andrade (2009) a responsabilidade pela
avaliação de desempenho pode ser do gerente, do gerente e do indivíduo conjuntamente, do indivíduo, da
equipe de trabalho, da avaliação 360 graus, da avaliação de baixo para cima, da comissão de avaliação e do
próprio departamento de Gestão de Pessoas.
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Chiavenato (2009, p. 250) comenta que as alternativas de comissão de avaliação e departamento de
gestão de pessoas, como responsáveis pela avaliação de desempenho, possuem aspectos centralizadores e
burocráticos, e que as empresas atualmente estão deslocando a responsabilidade pela avaliação de
desempenho para o próprio indivíduo com a participação do gerente que estabelece os parâmetros a
serem seguidos.
A avaliação de desempenho é uma ferramenta muito importante para o crescimento das organizações e
dos indivíduos que trabalham na empresa. “A avaliação de desempenho é um meio de obter dados e
informações que passam a ser registradas, processadas e canalizadoa para a melhoria do desempenho
humano nas organizações” (CHIAVENATO, 2009, p. 253).
Portanto, os principais métodos tradicionais de avaliação de desempenho são: Métodos das escalas
gráficas; Lista de verificação ou check-list; Método da escolha forçada; Método para pesquisa de campo;
Métodos dos incidentes críticos.
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RECOMPENSAR PESSOAS
REMUNERAÇÃO
Vilas Boas e Andrade (2009, p. 67) definem remuneração como o “conjunto de vantagens que uma
pessoa recebe para prestar um serviço a uma determinada empresa ou pessoa física”. Os principais
componentes da remuneração são: remuneração básica ou fixa, incentivos salariais e os benefícios sociais.
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A remuneração básica é representada pelo salário (mensal ou horário), considerado a principal forma de
recompensa organizacional. “Salário é a retribuição em dinheiro ou equivalente paga pelo empregador ao
funcionário em função do cargo que este exerce e dos serviços que presta durante determinado período”
(CHIAVENATO, 2014, p. 242).
• Salário mínimo: é a menor remuneração permitida por lei para trabalhadores de um país ou
ramo de atividade econômica.
Contudo, os autores Vilas Boas e Andrade (2009) e Chiavenato (2009) concordam que a remuneração
fixa ou salário básico não motiva mais os funcionários a desenvolver melhor suas atividades na organização,
principalmente se na empresa os salários são iguais e os desempenhos diferentes. Surge então, a
remuneração variável que visa aumentar a produtividade na organização e desconsidera os antigos critérios
de avaliação de cargos e salários, tais como: tempo de casa, lealdade e formação escolar. A remuneração
variável criou novos critérios de avaliação, sendo: resultados, criatividade, inovação, espírito
empreendedor e iniciativa.
PROGRAMAS DE INCENTIVOS
A recompensa ou incentivo tem como objetivo incentivar o alcance de objetivo e a busca constante por
resultados positivos na organização. Quando falamos sobre programas de incentivos, estamos referindo às
estratégias adotadas pelas empresas para incentivar o aumento da produtividade, utilizando a
remuneração variável.
Os principais modelos de remuneração variável são: remuneração por habilidade, participação
acionária, distribuição de ganhos, distribuição de lucros e remuneração por resultados.
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Conheça algumas empresas no Brasil que utilizam a
remuneração variável
Logo, a remuneração variável está relacionada à recompensa paga devido aos resultados alcançados em
um determinado período de tempo, sendo importante destacar que pode ser aplicada em qualquer
situação que tenha indicadores de desempenho como por exemplo: empresas que bonificam os seus
executivos com a participação nos lucros de acordo com o resultado da organização.
BENEFÍCIOS E SERVIÇOS
Os benefícios sociais são formas indiretas de remuneração que são oferecidas aos funcionários de uma
organização. Chiavenato (2010, p. 111) define benefícios sociais como sendo “as facilidades, as
conveniências, as vantagens e os serviços que as empresas oferecem aos seus funcionários no sentido de
poupar-lhe esforços e preocupações e melhorar sua qualidade de vida, tanto no trabalho como fora dele.”
Muitas pessoas acabam sendo influenciadas a aceitar uma oferta de emprego devido aos benefícios
sociais oferecidos pela empresa.
1ª proposta: Joao receberá quatro salários mínimos e o pagamento dos benefícios legais.
2º proposta: João receberá quatro salários mínimos, o pagamento dos benefícios legais, e
ainda a empresa oferece os benefícios adicionais de ticket de alimentação no valor de
R$1,500,00, convênio médico e odontológico, horário flexível de trabalho, e áreas de lazer nos
intervalos do trabalho.
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Com certeza será a segunda proposta, pois tem o mesmo salário fixo e ainda outros benefícios
adicionais.
Existe uma grande variedade de benefícios sociais e podem ser classificados em relação à exigência legal
em: benefícios legais e benefícios espontâneos.
• Benefícios legais: “são os benefícios exigidos pela legislação trabalhista ou previdenciária, pela
Constituição ou ainda por convenção coletiva entre sindicados” (CHIAVENATO, 2010, p. 111). Os
principais benefícios legais são: 13º salário, férias e abono de férias, aposentadoria por tempo de
serviço ou por invalidez, auxílio doença, salário família, salário maternidade, adicional de horas
extras, adicional por trabalho noturno, etc.
• Benefícios espontâneos: “são os benefícios concedidos por liberalidade das empresas, já que não são
exigidos por lei, nem por negociação coletiva” (CHIAVENATO, 2009, p. 321). Incluem os seguintes
benefícios: gratificações, planos de empréstimos, refeitório, transporte, assistência médico-
hospitalar (plano de saúde com entidades de prestação de serviço médico-hospitalar), previdência
privada ou plano de complementação de aposentadoria, planos de seguro de vida em grupo, planos
recreativos (como clubes, festejos, programas de atividades esportivas ou turísticas), estacionamento
gratuito e privativo dos funcionários, e outros.
Para tanto, observamos que os benefícios e serviços sociais são essenciais na manutenção e preservação
de um nível satisfatório de motivação e produtividade, uma vez que o funcionário terá suporte no sentido
de facilitar a vida no trabalho e fora dele. Os benefícios sociais têm o objetivo de melhorar a qualidade de
vida no trabalho, melhorar o clima organizacional, reduzir a rotatividade e o absenteísmo de pessoal, atrair
e reter talentos de Recursos Humanos, e por fim, aumentar a produtividade em geral (CHIAVENATO, 2009).
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF:
Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Legislação consolidada do servidor público. 5. ed. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria
de Edições Técnicas, 2008.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: O Capital Humano nas Organizações. 9. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à administração de recursos humanos. 4. ed. Barueri, SP:
Manole, 2010.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos: os novos horizontes em
administração. 3. ed. Barueri, SP: Manole, 2014.
KWASNICKA, Eunice Lacava. Introdução à Administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
LACOMBE, Francisco. Recursos Humanos: princípios e tendência. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Recursos humanos: estratégia e gestão de pessoas na
sociedade global. Rio de Janeiro: LTC, 2014
RIBEIRO, Antonio de Lima. Gestão de Pessoas. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
VILAS BOAS, Ana Alice; ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de. Gestão Estratégica de Pessoas. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.
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