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COMO?
Na sua pesquisa sobre a saliva, Pavlov utilizava cães. Um único cão pode receber várias sessões de teste em
dias sucessivos. Em cada sessão o animal receberia comida e sua salivação seria registrada enquanto comia.
A observação importante de Pavlov veio através do estudo de cães que passaram pelo procedimento de
teste várias vezes.
Ao contrário de um animal que seria objeto de teste pelas primeiras vezes, um cão experiente começava a
salivar antes mesmo de a comida ser apresentada.
O QUE?
Uma variedade de estímulos que até então anteviam a chegada de comida provocavam nos cães “mais
experientes” a mesma resposta provocada pela comida: salivação.
CONCLUSÕES:
A salivação Reflexo da presença de comida/ comportamento inato) era agora provocada por um estímulo
novo (e inicialmente ineficaz).
Muitos dos comportamentos aprendidos de um animal podem baseados nos seus reflexos inatos.
Condicionamento= Aprendizagem
Estímulo não condicionado (UC): estímulo que incondicionalmente,
provoca naturalmente e, automaticamente, uma resposta característica.
Resposta não condicionada (UR): resposta que ocorre naturalmente perante o estímulo não condicionado.
A relação entre o US e a UR é inata.
Estímulo Condicionado (CS):Qualquer estímulo que inicialmente não evocava a UR (estímulo neutro (NS)),
mas que, fruto do condicionamento, elícita agora uma determinada resposta que se associou a si (por norma a
mesma resposta que o UC)
Resposta Condicionada (CR): Resposta ao CS, que apenas existe porque até então, sempre que surgia era
prevista pelo CS.
Condicionamento clássico
4. Aversão ao sabor
Condicionamento clássico
A nível comportamental, a teoria simplesmente prevê as mudanças que supostamente ocorrem entre os vários
elementos observáveis do condicionamento - os estímulos e as respostas.
A teoria afirma que por meio de emparelhamentos repetidos entre CS e US, o CS torna-se um substituto para o US,
de modo que a resposta inicialmente eliciada pelo mesmo agora também é provocado pelo CS.
Problemas:
»Respostas compensatórias condicionadas: Respostas condicionas que são exatamente o oposto das
respostas não condicionadas.
Pavlov propôs que há uma parte específica do cérebro que se torna ativa sempre que um US: “US Center”
Pavlov também presumiu que para cada UR existe um “centro de resposta”, e é a sua ativação que inicia a
resposta observada.
Além disso, uma vez que os US geram a UR sem qualquer treino anterior, Pavlov assumiu que há uma conexão
inata entre os centros de US e de Resposta.
Finalmente, Pavlov propôs que de alguma forma uma associação se desenvolva durante o condicionamento
clássico: o CS produz atividade no centro de resposta (e uma CR é observada).
Condicionamento clássico
Existem pelo menos dois tipos de novas associações que dariam ao CS a capacidade de eliciar a CR:
Ligação S-S se após o condicionamento, a ocorrência de uma CR depende da força contínua de duas associações: a
associação aprendida entre o centro CS e o centro US, e a associação inata entre o centro US e o centro de resposta
Se a conexão entre o centro US e o Centro de Resposta for de alguma forma enfraquecida, deve haver uma redução
na força do CR, uma vez que a ocorrência do mesmo depende desta conexão.
Ligação S-R se a força da Cr não depender da ligação entre os centros do US e da resposta estiver correta, mas
apenas na associação direta entre o centro de CS e o centro de resposta.
Assim sendo se a ligação US- Resposta for enfraquecida não acontece nada com a ligação Cr-Resposta.
Habituação
EXEMPLO
LOGO
Ao habituar-se ao ruído, que estava ligado com a luz (Ligação S-S), o animal deixa de se incomodar com o mesmo
e por isso deixa de haver supressão de resposta: continua a pressionar a alavanca que dá comida. Mais tarde
quando só a luz é apresentada, como esta estava associada ao ruido, que por sua vez já não interfere na
resposta, o animal continua sem demonstrar supressão de resposta.
Isto demonstra que o animal associa os dois estímulos, antes de associar o CS com a resposta, e por isso age da
mesma forma perante ambos.
Condicionamento clássico
*O nível máximo de resposta condicionada que é gradualmente aproximado à medida que o condicionamento vai
acontecendo é chamado de assíntota.
Quanto mais forte o US, mais alta será a Assíntota desse condicionamento
USs fortes resultam num condicionamento mais rápido; ou seja, pode demorar menos emparelhamentos US-CS para
uma CR aparecer, quando o US é forte. O mesmo se verifica se o CS for forte.
Extinção
Deixar de emparelhar o CS com o US faz com que perante o CS deixe de haver uma resposta (CR).
*A simples passagem do tempo não faz com que o sujeito se esqueça de responder perante um CS, quando este for
apresentado posteriormente.
Para que se crie o fenómeno da Extinção é necessário apresentar de forma repetida o CS sem que se apresente o US.
O procedimento de extinção simplesmente reverte os efeitos da fase de aquisição Ou seja, se se formou uma
associação entre o CS e o Us durante a aquisição, essa associação é gradualmente destruída durante a extinção.
PROBLEMA COM A AFIRMAÇÃO ANTERIOR?- existem 3 fenómenos que explicam que tal não se verifica:
1. Teoria da inibição: afirma que após a extinção estar completa, o sujeito fica com duas associações
contraditórias, e que se anulam:
a. A associação CS-US formada durante a aquisição: associação excitatória
b. A “desassociação” CS-US formada durante a fase de extinção: associação inibitória
No entanto, verificou-se que as associações inibitórias (pelo menos as recém-formadas) são mais frágeis do que as
associações excitatórias, e por isso são severamente enfraquecidos com o passar do tempo.
Portanto, a associação inibitória enfraquecida não pode neutralizar totalmente a associação excitatória e, logo,
algumas CRs voltam a ser observadas.
2. Durante a extinção, o sujeito para de “Prestando atenção” ao CS, por isso as CR desaparecem. Mais tarde,
quando o CS, volta a ser apresentado, o sujeito volta a processa-lo, por isso as CR são recuperadas
espontaneamente.
3. CS torna-se um estímulo ambíguo porque foi associado tanto aos US (aquisição), como com a ausência do
mesmo (extinção). Por isso apos ambas as fases, quando volta a aparecer, pode provocar algumas CR fracas.
Desinibição: a apresentação de um novo estímulo distrator rompe a associação inibitória (desassociação US-CS),
desenvolvida na fase de extinção e traz a ligação CS-CR de volta.
Reaquisição: se um sujeito passa por uma fase de aquisição, uma fase de extinção e, em seguida, outra fase de
aquisição com o mesmo CS e o mesmo US, a taxa de aprendizagem é substancialmente mais rápida na segunda fase
Condicionamento clássico
de aquisição para além disso, a taxa de aprendizagem tende a ficar mais rápida passar por ciclos repetidos de
extinção seguidos de reaquisição.
Inibição Condicionada
TESTE DE SOMA: procedimento de testar os efeitos combinados de um CS+ conhecido e um possível CS-: o CS- pode
diminuir o efeito da resposta eliciada pelo CS+
TESTE DE ATRASO: procedimento no qual um CS- passa a ser CS+:atrasa a aquisição da associação deste CS coma CR.
O teste de atraso e o teste de soma são duas das técnicas comuns para mostrar quando um CS é um inibidor
condicionado.
Um estímulo se tornar-se-á um inibidor condicionado se for confiável que este sinaliza a ausência dum US num
contexto onde seria esperado que este acontecesse.
Generalização: Após o condicionamento com um determinado CS, outro estímulo semelhante também eliciará
CRs, embora esses outros estímulos nunca tenham sido emparelhados com o US.
Quanto mais semelhante um estímulo é com o estímulo de treino, maior será a sua capacidade de eliciar CRs.
Discriminação: o sujeito aprende a distinguir estímulos, e por isso só responde ao que lhe interessa.
Condicionamento clássico
A importância do tempo no
condicionamento clássico
A relação temporal entre CS-US pode afetar:
Condicionamento simultâneo
O CS e o US começam ao mesmo tempo.
O condicionamento é mais frágil do que o de atraso curto.
O sujeito pode responder ao US sem reparar no CS
Se o CS não antevê o Us, não pode ser um preditor nem sinalizar a chegada do mesmo
Condicionamento de traço
O CS e o US são separados por um intervalo de tempo onde nenhum estímulo é apresentado.
Para ocorrer condicionamento, o sujeito tem de recorrer à memória (“traço de memória” do CS).
À medida que o intervalo CS-US aumenta, o condicionamento diminui.
Condicionamento retrógrado
O CS é apresentado depois do US.
O nível de condicionamento é inferior ao do condicionamento simultâneo.
Prova a importância da contiguidade e da ordem dos estímulos
O CS assinala um período de ausência do US e por isso torna-se um estímulo inibitório
O CS enquanto preditor
No condicionamento clássico são feitas mais aprendizagens do que a associação US-CS. O individuo também aprende
a associar a estes dois elemento, o tempo, e este afeta a UR
Correlação CS-US
Nos exemplos utilizados até agora houve sempre uma correlação perfeita entre o US e o CS:
No entanto, no mundo real, estas relações exatas entre estímulos, nem sempre se verificam
a visão tradicional do condicionamento clássico, que afirma que a contiguidade entre o CS e o US é o que faz com
que uma associação se desenvolva, é incorreta.
Rescorla propôs que a variável importante no condicionamento clássico não é a contiguidade dos estímulos, mas sim
a correlação entre eles.
Se a correlação for positiva (isto é, se o CS predisser uma probabilidade maior que a normal da ocorrência do US), o
CS se é excitatório.
Se não houver correlação entre CS e US (se a probabilidade do US for a mesma se o CS estiver ou não presente), o CS
permanecerá neutro.
Se a correlação entre o CS e o US é negativo (se o CS sinalizar uma probabilidade inferior à normal da ocorrência do
US), o CS se tornará inibitório.
Condicionamento de ordem
superior
CONDICIONAMENTO DE SEGUNDA ORDEM: tipo de
condicionamento clássico caracterizado por
associações entre estímulos condicionado: uma CR é
transposta de um CS para outro
1. Dá-nos uma forma de compreensão dos comportamentos "involuntários", aqueles que são
automaticamente eliciados por certos estímulos, quer queremos que eles ocorram ou não.
2. Investigação sobre condicionamento clássico levou a vários procedimentos de tratamento para distúrbios do
comportamento.
Respostas emocionais
Na vida cotidiana, CRs pode ser vistas através das nossas reações emocionais aos muitos estímulos diferentes.
*Há várias situações em que a propriedade de um dado estímulo eliciar uma emoção são adquiridas através de
experiencias.
EX: Receber um postal com o endereço de um amigo (CS) provoca de imediato uma sensação boa (CR), porque faz
nos lembrar esse amigo (US) que sempre nos provocou sensações boas (UR)
Sistema imunitário
Provou-se que o sistema imunitário pode ser melhorado ou piorado por estímulos esternos. Estas descobertas
podem vir a tornar-se muito importantes para a saúde, pois possibilitam a manipulação do sistema imunitário,
ajudando ao combate de várias patologias.