Você está na página 1de 24

Reflexo aprendido: condicionamento

Pavloviano

A história do estudo do condicionamento reflexo


Generalização respondente
Extinção respondente
Respostas emocionais condicionadas

Profª Silvia Cristina Alves


CONDICIONAMENTO RESPONDENTE

 Para estudarmos o condicionamento respondente (reflexo


condicionado, condicionamento reflexo ou pavloviano) é
necessário termos uma história de aprendizagem. (ainda ligada
a filogenética)
IVAN PETROVICH PAVLOV

 Pavlov realizou pesquisas sobre o sistema digestivo de cães.


Notou que antes mesmo que a comida (estímulo
incondicionado) fosse dada ao animal, ele já salivava.

 Como, mesmo na ausência do alimento (estímulo


incondicionado), a resposta reflexa de salivar foi eliciada?
IVAN PETROVICH PAVLOV
vídeo

1 – “Isolou” os caes das variáveis ambientais (estímulos visuais, auditivos,


etc.);
2 – Sineta (estímulo que nao eliciava a resposta incondicionada de salivar)
NS;
3 – Pó de carne (estímulo incondicionado - US);
4 – Salivar (UR);
5- Sineta + Pó de carne (Pareamento de estímulo);
6 – Sineta (CS) e Salivaçao (CR).
COMPORTAMENTO RESPONDENTE

 O condicionamento ocorre quando o estímulo neutro (NS) e o estímulo


incondicionado (US) são temporariamente pareados.

 O estímulo incondicionado (US) elicia uma resposta incondicionada (UR) em


todos os indivíduos da mesma espécie.

 Dessa forma, o estímulo neutro (NS) torna-se estímulo condicionado (CS) e


a resposta eliciada por ele chama-se resposta condicionada (CR) e sua
apresentação é igual a resposta incondicionada.
Definições
 Estímulo Neutro (NS – neutral stimulus): é o estímulo que não tem relação com a
resposta incondicionada e que, após o pareamento, vai eliciar uma resposta
condicionada.
 Estímulo Incondicionado (US – unconditioned stimulus): é aquele que
incondicionalmente, provoca uma resposta natural e automática.
 Resposta Incondicionada (UR – unconditioned response): é aquela eliciada pelo
estímulo incondicionado.
 Estímulo Condicionado (CS – conditioned stimulus): é um estímulo previamente
neutro que, após ser pareado ao estímulo incondicionado, desencadeia uma
resposta condicionada.
 Resposta Condicionada (CR – conditioned response): é eliciada pelo estímulo
condicionado, mas é a mesma resposta filogenética (igual a incondicionada)
Lembre-se
Estímulos estão no ambiente

Respostas no organismo
Joana foi classicamente condicionada a sentir-se calma com a sensação de
pressão no seu lábio inferior. Isso aconteceu quando ela associou o som da
música e o ato de tocar flauta com o sentimento de calma e segurança.
Embora tenha demorado algum tempo para que isso se desenvolvesse,
acabou por se formar uma relação entre a pressão abaixo dos meus lábios e a
sensação de segurança. Agora, quando se sente estressada ou ansiosa, basta
pressionar abaixo do lábio para imediatamente se sentir mais calma.
Estímulo Neutro =
Estímulo Incondicionado =
Resposta Incondicionada =
Estímulo Condicionado =
Resposta Condicionada =
CONDICIONAMENTO RESPONDENTE

Fatores que influenciam o


condicionamento
respondente

INTENSIDADE NO
ESTÍMULO
GRAU DE FREQUÊNCIA DOS TIPO DE
INCONDICIONADO
(US) PREDIÇAO DO EMPARELHAMENTOS EMPARELHAMENTO
CS

Aumentam a probabilidade do condicionamento e definem a força da resposta


INTENSIDADE DO ESTÍMULO
INCONDICIONADO
INTENSIDADE DO ESTÍMULO
INCONDICIONADO - US

O Condicionamento respondente
ocorre mais rapidamente quanto Ex: a gota de limao pura ou
mais forte for o estímulo diluida em água
incondicionado.
GRAU DE PREDIÇAO DO ESTÍMULO
CONDICIONADO (CS)

GRAU DE PREDIÇAO
DO ESTÍMULO
CONDICIONADO (CS)

Um estímulo neutro que sempre precede Ex: o som que é apresentado


o estímulo incondicionado terá mais sempre andes do alimento
chances de eliciar o comportamento, eliciará com mais facilidade
após o pareamento. do que outros que as vezes
acomtecem.
FREQUÊNCIA DOS EMPARELHAMENTOS

FREQUÊNCIA DOS
PAREAMENTOS

Quanto maior a frequência de


pareamento entre o estímulo neutro Ex: assaltos, sequestros,
(NS) e o estímulo incondicionado (US), estupros, acidentes
mais forte a respota incondicionada.
TIPO DE EMPARELHAMENTO

TIPO DE
PAREAMENTO

Ex: A salivaçao ocorrerá com maior


A CR é mais forte quando o CS aparece antes
magnitude se o som for apresentado
do US e permanece quando o US é
antes do alimento e continuar sendo
apresentado
apresentado junto com ele.
O CASO LITTLE ALBERT

L.A. O rato associado ao barulho do martelo na chapa.

• Rato: CS, depois NS e por fim um CS eliciando uma resposta


emocional (CR).

vídeo
GENERALIZAÇAO RESPONDENTE

 Consiste no fenômeno em que estímulos fisicamente semelhantes ao


estímulo condiconado (CS) podem passar a eliciar a resposta
condicionada.

 Ex: o indivíduo foi mordido pelo cachorro e passa a sentir medo de


cachorros de diversas racas, mas parecidos fisicamente.
GENERALIZAÇAO RESPONDENTE
 A variação da magnitude da resposta é denominada gradiente
de generalização.
EXTINÇAO RESPONDENTE

 O comportamento poderá ser “descondicionado”?

 Para que a resposta respondente condicionada (CR) não seja mais


eliciada pelo estímulo condicionado (CS), temos de apresentar esse
estímulo várias e várias vezes sem que seja seguido pelo estímulo
incondicionado (US).
RECUPERAÇAO ESPONTÂNEA

 Depois de um tempo que a resposta foi extinta, pode voltar a


acontecer dela voltar espontaneamente, não com a força
apresentada antes da extinção ocorrer.

 Exemplos práticos.
CONTRACONDICIONAMENTO

 Condicionar uma resposta contrária aquela que foi produzida pelo estímulo
condicionado (CS).

 A.L. apresentar uma música que relaxe antes de apresentar o rato branco.
DESENSIBILIZAÇAO SISTEMÁTICA

 Criada por J. Wolpe com o objetivo de reduzir reações de


ansiedade.

 Foi baseada nos princípios do condicionamento respondente.

 Divide o processo de extinção.


DESENSIBILIZAÇAO SISTEMÁTICA

 Intervenção:

A) ensinar ao paciente uma resposta contrária a ansiedade


(relaxamento, por exemplo);

B) exposição gradual ao estímulo que “produz” as respostas


mencionadas.

C) realiza-se uma hierarquia da magnitude – intensidade do


estímulo é apresentada de modo crescente.
Obrigada !
Referência

MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do


comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007, capítulo 02

Você também pode gostar