EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DE
FAMÍLIA DO FORO REGIONAL DA PAVUNA DA COMARCA DA CAPITAL- RJ
PROCESSO Nº 0011295-80.2020.8.19.0211
DAVID DO ESPIRITO SANTO NETO, devidamente qualificado nos autos do
processo em epígrafe, vem, com o devido acatamento e respeito, a presença de Vossa Excelência, por meio de sua advogada Marta dos Santos Olávio com escritório na AV. Gilka Machado, Nº2, Cob 409, Recreio dos Bandeirantes,Rio de Janeiro-RJ CEP: 22795-570 onde recebe intimações, para informar e requerer o que segue:
PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO DE DECISÃO
Da decisão de fls. 85, com base nos elementos a seguir delineados.
O requerente ajuizou ação de OFERTA DE ALIMENTOS para as suas duas filhas menores, através do patrocínio da Defensoria Pública, sendo que a sua intenção foi de oferecer o montante de 30 % dos seus rendimentos mensais para as duas filhas e/ou 30% do salário mínimo, em caso de não ter vínculo empregatício. Ocorre que, em sua peça inicial, a Defensoria Pública, ofereceu 30% para CADA filha, o que totalizaria 60% dos seus rendimentos. Consultando o processo na internet verificou que havia sido proferida a sentença determinando 30% para cada filha. O que é inaceitável e o deixaria impossibilitado de prover o seu próprio sustento,pois o mesmo precisa manter a subsistência de sua família,inclusive sendo responsável pelo sustento de sua mãe idosa, procurando assim o patrocínio dativo desta patrona para tentar reverter o equívoco da Defensoria Pública. Não havendo determinação legal de um teto máximo de provimento de alimentos, a nossa jurisprudência estabelece que, via de regra, a pensão alimentícia será fixada pelo binômio necessidade X possibilidade. A lei não estabelece nenhum limite do quanto da renda do pagante a pensão alimentícia pode comprometer. Porém, existe um entendimento dos nossos tribunais de que o valor da pensão não deve ultrapassar 30% da renda da pessoa. Em razão ao equívoco da Defensoria Pública, o requerente constituiu novo patrono, esta subscreve, conforme procuração anexa.
Portanto, conforme argumentação supra, roga-se pela reconsideração da decisão
de fls. 85, para que o requerente consiga arcar com a oferta de alimentos sem prejudicar a sua subsistência, uma vez que a atual decisão compromete 60% do valor de seus rendimentos mensais em caso de vínculo empregatício,no momento, o mesmo encontra-se desempregado, tendo que arcar com 40% do salário mínimo, sem ter nenhum rendimento fixo. Desta forma solicita a juntada do instrumento de mandato e a declaração de hipossuficiência,anexos e a reconsideração da sentença para que seja determinada o pagamento de pensão alimentícia no montante de 30% total para as duas filhas em caso de vínculo e/ou 30% do salário mínimo, em caso de desemprego.