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Ano 2022-2023
Contabilidade de Custos
Capítulo 1
A Informação Contabilística e a Tomada de
Decisão
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CONTABILIDADE DE CUSTOS
• A compreensão do âmbito da Contabilidade de Custos passa pelo entendimento de
três conceitos básicos:
O que é a Empresa
O que é a Gestão
•
HUMANOS
E MATERIAIS
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O CICLO DE GESTÃO
• Uma das características fundamentais de qualquer organização e,
consequentemente, das empresas, é a eleição de um objetivo. Para que este seja
alcançável, de uma forma económica, é indispensável que se escolha o melhor
caminho – estratégia - para o atingir e que se garanta que eventuais desvios são
corrigidos.
• Para este efeito, o CICLO DE GESTÃO deve obedecer a quatro fases básicas: Planear,
Organizar, Dirigir e Controlar.
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O CICLO DE GESTÃO
• Fixar objetivos • Definir funções
• Escolher e tarefas
programas • Definir
• Elaborar hierarquias
orçamentos • Delegar poderes
PLANEAR ORGANIZAR
• Coordenar • Motivar
processos • Informar
• Apurar desvios • Desenvolver
• Corrigir desvios
• Os gestores (qualquer que seja o seu nível da cadeia hierárquica) são os principais clientes
da informação.
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OS SISTEMAS CONTABILÍSTICOS
• Um sistema contabilístico é um sistemas de informação de gestão. Um sistema contabilístico é um
conjunto de princípios, normas e práticas que orientam a recolha, tratamento e produção de
informação financeira e económica. Como qualquer sistema de informação o sistema contabilístico
assenta em três fases básicas:
Contabilidade de Custos
Capítulo 2
Conceitos Básicos
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CONCEITOS ECONÓMICO - FINANCEIROS
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Empresa comercial:
Factores ou Recursos Produto/Serviço
EMPRESA COMERCIAL- compra
MERCADORIAS MERCADORIAS
INPUTS
ARMAZENAGEM
OUTPUS e vende bens (MERCADORIAS)
sem alterar o seu estado físico
controlo
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EMPRESA INDUSTRIAL
• Matérias primas:
bens que são incorporados fisicamente no produto
• Matérias subsidiárias:
Bens físicos que auxiliam o processo produtivo, mas não se incorporam no produto final;
Exemplo:
Empresa de panificação:
Farinha e o fermento → Matérias Primas;
• Produtos:
bens resultantes do processo produtivo;
• Produtos acabados:
bens que se encontram acabados em termos de processo produtivo, estando fora das linhas de fabrico.
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EMPRESA INDUSTRIAL
Ciclo produtivo :
Aquisição
de matérias
Transformação Armazém
dos fatores em de
Aquisição produtos produtos Venda de
de outros fatores acabados produtos
(Laboração
Fase 1 , 2 , n )
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NOÇÃO E TIPOS DE CUSTOS
• Custo noção relativa.
Custo de Quê? Custo para Quê? Causa do Custo? Repartição do Custo?
- Custos completos
- Custos parciais (directo, variável)
CONTEÚDO - Custos de actividade, de estrutura, custo
marginal
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NOÇÃO E TIPOS DE CUSTOS
• OBJETOS de custos são todas as entidades com as quais os custos podem ser
relacionados.
• Os objetos de custos podem ser agrupados em famílias de objetos. São exemplos
de objetos de custos:
O produto fabricado;
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NOÇÃO E TIPOS DE CUSTOS
OPERAÇÕES SOBRE CUSTOS:
1. CLASSIFICAR: Agrupar os custos de acordo com um determinado critério;
2. IDENTIFICAR: Relacionar o custo com um objeto;
3. AFETAR: Atribuir custos aos objetos em função: da relação de causa - efeito económica
ou de critérios contabilísticos (imputação);
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CUSTO DE PRODUÇÃO OU CUSTO INDUSTRIAL (CI)
• Para os objetivos da contabilidade de custos interessa fundamentalmente determinar o custo da
produção ou custo industrial.
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etc....)
CUSTO DE PRODUÇÃO OU CUSTO INDUSTRIAL (CI)
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CUSTO DAS MP E DE OUTROS MATERIAIS DIRECTOS
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CUSTO DE PRODUÇÃO OU CUSTO INDUSTRIAL (CI)
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CUSTO DAS MP E DE OUTROS MATERIAIS DIRECTOS
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CUSTO DAS MP E DE OUTROS MATERIAIS DIRECTOS
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CUSTO DE PRODUÇÃO OU CUSTO INDUSTRIAL (CI)
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CUSTO DA MÃO DE OBRA DIRETA (MOD)
• Este custo incorpora os custos associados à remuneração dos trabalhadores cuja atividade é
específica da produção de determinado produto ou serviço. Para o cálculo desta componente terá
de considerar-se o número de horas registado por objeto de custeio e o respetivo custo horário.
• O custo horário deverá ponderar a remuneração do trabalhador, bem como os encargos associados.
= TEMPO DE PRESENÇA
– TEMPOS MORTOS
= TEMPO DE ACTIVIDADE
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GASTOS GERAIS DE FABRICO (GGF)
• Incluem-se nesta componente de custo, todos os custos de natureza industrial que
não se enquadram nem nas matérias-primas nem na MOD:
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GASTOS GERAIS DE FABRICO (GGF)
• Do ponto de vista contabilístico a inclusão dos GGF no custo contabilísticos dos produtos apresenta
um conjunto complexo de problemas.
Esses problemas resultam, por exemplo, do facto de estarmos perante uma classe de custos heterogénea,
englobando custos com diferentes comportamentos face às variações da produção e que, regra geral, não se
conseguem identificar com um produto especifico (são custos comuns).
• Um dos métodos de tratamento dos GGF passa pela sua identificação com Centros de Custo. Os
Critério tecnológico ou funcional: Cada centro de custos corresponde a uma tarefa ou conjunto de tarefas ou
uma função concreta e homogénea realizada na empresa;
Critério organizacional: Cada centro de custos corresponde a um departamento especifico da organização,
constituindo portanto, um centro de responsabilidade;
Critério topográfico: Cada centro de custos corresponde a uma área especifica e da planta da unidade,
constituindo, portanto, um centro físico ou real.
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CUSTO DE PRODUÇÃO OU CUSTO INDUSTRIAL (CI)
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GASTOS GERAIS DE FABRICO (GGF)
• A inclusão dos GGF no custo contabilísticos dos produtos pode portanto realizar-se mediante uma
operação de imputação ou repartição. A base ou critério de imputação não é mais que o indicador
de produção com base no qual vai ser realizado este trabalho.
• Exemplos de base de imputação:
• Custo da M.P.D.
• Custo da M.O.D.
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Custo dos Produtos Acabados
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Custo dos Produtos Vendidos
Aquisição
de matérias Armazém de Ii PCF
Matérias Transformação Ii PA
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Custo dos Produtos Acabados
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Custo dos Produtos Vendidos
.
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CUSTO DOS PRODUTOS ACABADOS
• É o custo industrial relativo às unidades produzidas.
• Corresponde ao valor a atribuir aos PA durante o período, independentemente do momento em
que são iniciados.
CIPA = Ii PCF + CI – If PCF
Produção Efetiva do Período – Produção realizada num determinado período (acabada ou não acabada).
Produção expressa em unidades equivalentes a acabadas (UEA).
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CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
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CUSTO POR FUNÇÕES
Funções
.
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DETERMINAÇÃO DO CUSTO DA PRODUÇÃO
.
Matérias Primas X X X X
Mão-de-Obra Direta X X X X
Gastos Gerais de
Fabrico
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Lucro Puro
Lucro
Líquido
Lucro Bruto
Vendas
Custos Figurativos
Custos Financeiros
Custos Distribuição
Custos Administrativos
Custo das Vendas
CUSTO COMPLEXIVO e CUSTO ECONÓMICO
Custo Complexivo
Custo Económico
Gastos figurativos (custos de oportunidade): salário de direção, custo de capital próprio, prémio
de risco
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EXEMPLO
• Considere os seguintes dados (relativos ao mês de Janeiro do ano N) relativos à empresa XPTO, que
se dedica à produção e comercialização de um único produto:
Pedidos – Apure:
• Não existiam produtos acabados em armazém no início do mês. Também não existiam, nem no início nem no
fim do mês, produtos em curso de fabrico.
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CLASSIFICAÇÕES DE CUSTOS
• Os custos podem ser classificados com base em múltiplos critérios:
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Classificação por natureza e por funções
• Para além de conhecermos o custo global verificado relativamente a um certo objeto de custo, interessa
conhecer a natureza de custos que maior peso têm no custo global (para que as suas variações possam
ser comparadas).
Exemplo:
matérias subsidiárias e de consumo
outras matérias
subcontratos – eletricidade
subcontratos – diversos
• Para efeitos de planeamento, controlo e tomada de decisões, torna-se necessário apurar custos para as
para as funções da empresa:
Aprovisionamento
Produção
Distribuição
Administração
financeira
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Classificação por centros de responsabilidade
• .
Organigrama da XPTO, SA
Administração 1
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Classificação por centros de responsabilidade
• Os custos ocasionados pelo funcionamento dos diversos órgãos da empresa devem ser repartidos por centros
de responsabilidade. A contabilidade analítica deve determinar os custos relativamente a cada um dos centros
de responsabilidade, analisá-los e transmiti-los aos responsáveis respetivos para que possam controlá-los,
verificar a sua adequação aos objetivos definidos e também a outros fins de gestão.
Centro de responsabilidade A
A análise dos custos de determinado centro de responsabilidade exige muitas vezes a sua decomposição em
centros de custos:
Centro de custos A
-----------
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Classificação por centros de responsabilidade
.
• Nota: Alguns custos diretos – por exemplo, pelo seu reduzido valor – podem ser
tratados contabilisticamente como indiretos.
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Relação entre o momento em que ocorrem e o momento de
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cálculo
• Os Custos Reais ou Custos Históricos são aqueles que realmente se
verificaram.
(determinados à posteriori);
São custos históricos ou passados;
“Difíceis” de apurar em tempo útil.
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Custos Teóricos
• Custos Orçamentados
custos de períodos passados ajustados a condições económicas de eficiência e outras previstas
para o futuro.
• Custos fixados de acordo com outros critérios: por exemplo, preços de mercado
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Relação entre o momento em que ocorrem e o momento de
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cálculo
≠
CUSTO CUSTO
TEÓRICO REAL
APURAR
“DESVIOS”
“DIFERENÇAS DE INCORPORAÇÃO”
“DIFERENÇAS DE IMPUTAÇÃO”
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Classificação de custos para efeitos de tomada de decisões
• Os Custos Relevantes são aqueles que variam mediante a solução que se escolhe,
entre as várias soluções existentes.
• Os Custos Irrelevantes são aqueles que se mantém invariáveis quando se toma
uma decisão.
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Classificação de custos para efeitos de tomada de decisões
• Neste âmbito podemos encontrar diferentes tipos de custos:
Custos Irreversíveis: são custos de recursos já adquiridos e cujo total não será afetado pela
escolha de várias alternativas.
São custos criados por uma decisão tomada no passado e não podem ser modificados por qualquer
decisão que venha a ser tomada no futuro.
A despesa de 500,00 € das MP (exemplo anterior) que não seriam nunca utilizadas é um custo irreversível.
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Classificação quanto à capacidade para controlar a sua ocorrência
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e valor
• Os Custos Controláveis são aqueles que são controlados pelo responsável de
determinado centro.
O responsável direto tem capacidade de decisão
Custos controláveis
Centro de Centro de Centro de
custos X custos Y custos Z
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Classificação quanto à relação entre a variação do custo e a
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variação do volume de atividade
• Custos Semi-Variáveis: são compostos quer por custos fixos quer por custos
variáveis.
(Ex: remuneração + comissão)
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Classificação quanto à relação entre a variação do custo e a
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variação do volume de atividade
Valor
Valor
Valor
Valor
Quantidade Quantidade
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Comportamento dos custos variáveis face às alterações do
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volume de produção (Tipos de custos variáveis):
Custos Proporcionais
Custos Degressivos
Volume
Quantidade
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Representação gráfica dos custos, face às alterações do volume de
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produção
Custos
Cv+Cf Custos
totais unitários
“k”
“K”
k v + κf
Cf
kv
a
Q Q
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Demonstração dos Resultados por Naturezas (SNC)
RENDIMENTOS E GASTOS N
.
Director Geral
Custos Fornecimentos
Consumo de
com e
Pessoal Matérias
Serviços
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Demonstração dos Resultados por Funções (SNC)
.
RUBRICAS N
Vendas e serviços prestados
Custo das vendas e dos serviços prestados
Resultado bruto
Outros rendimentos
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Sistemas digráficos da Contabilidade de Custos
• Em Portugal não existe qualquer normalização no âmbito da Contabilidade de Custos.
Compete à empresa elaborar o seu plano de Contabilidade Analítica adotando as soluções mais
adequadas para dar resposta às necessidades de informação da empresa.
Sistemas Dualistas:
Sistema duplo contabilístico.
Sistema duplo misto.
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Sistemas Monistas
Podem debitar-se contas da C. Geral por crédito em contas da C. Analítica e vice-versa. Tratam-se
de sistemas integrados, com um único plano de contas abrangendo as classes de 1 à 8
A movimentação das contas da classe 9 é feita por contrapartida das contas das classes: 3; 6; 7 e 8.
No sistema monista as contas de custos e rendimentos por natureza aparecem saldadas por
contrapartida das contas da analítica, já que os resultados são apurado na classe 9.
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Sistemas Monistas
Sistema Monista indiviso ou radical:
a movimentação entre contas do plano é total, havendo um único razão;
Desvantagens:
◦ Não é indicado para empresas de grande dimensão;
◦ Dada a centralização não permite uma divisão do trabalho.
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Sistemas Dualistas
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Sistema Dualista: Duplo Contabilístico
• 91 CONTAS REFLECTIDAS Vantagens:
◦ É apropriado para empresas de
Estas contas registam os custos e proveitos da grande dimensão;
Contabilidade Geral, conforme as classes 6 e 7, ◦ Descentralização e separação
mas numa posição invertida (refletida). do trabalho contabilístico;
◦ Melhor avaliação dos
Regra geral, com as seguintes subcontas: resultados.
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Contas Armazém de Produtos Resultados
Refletidas Armazém de Materiais Fabricação Acabados Analíticos Vendas
Gastos Financeiros
Custo Custo
G. Financeiros
Lançamentos de abertura
Lançamentos do período
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Lançamentos de
apuramento resultados
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Sistema Dualista: Duplo Misto
A ligação entre os dois subsistemas não é feita com o rigor do esquema das partidas dobradas, mas sim de
modo mais informal.
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Sistemas digráficos. Exemplo
A empresa Teste, S.A. produz dois produtos:
- Produto A
- Produto B.
Pedido 1:
• Registo do valor das compras e dos consumos das matérias-primas de cada um dos produtos, com
base no sistema contabilístico monista e dualista.
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Sistemas digráficos. Exemplo
Pedido 1 - Registo de compras e dos consumos de MP dos produtos:
• .