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Funções do Treinador

Gestão de recursos humanos

A essência da gestão está na tomada de decisões, pois definir orientações e


assumi-las é decidir. No essencial, o gestor tem por função tomar decisões.
Isto é, decidir quais os objetivos a prosseguir e qual a sua relevância; quais as
estratégias a considerar e as táticas a aplicar; como organizar os recursos
humanos, financeiros e materiais disponíveis; como orientar os colaboradores,
e como analisar em que medida as realizações correspondem ao planeamento
efetuado.
O facto de um gestor realizar tarefas e alcançar objetivos por intermédio das
pessoas constitui o núcleo básico da gestão de pessoas. Saber gerir pessoas
(recursos humanos) é, portanto, vital para a excelência das tarefas e para o
pleno alcance de objetivos.
No Futebol atual mais importante que o treinador saber de treino, metodologia,
fisiologia entre outras temáticas ligadas à sua profissão, é fundamental que tenha uma
enorme capacidade de gestão.
Nos dias que correm, com a partilha enorme de conhecimento e com um acesso muito
mais facilitado ao mesmo, cada vez temos mais especialistas em diferentes áreas. Este
acontecimento levou a que as equipas técnicas, na busca por um factor (por mais
pequeno que seja) que as aproxime do sucesso, se tenham transformado em equipas
técnicas multidisciplinares, com diversos profissionais altamente competentes, cada
um na sua área de especialização.
Tendo um staff com enorme especialização nas diversas áreas, é importante que o
treinador seja um gestor de excelência de modo a conseguir gerir todas as
competências que tem ao seu dispor, conseguindo tirar o maior proveito de todos e
mantendo-os motivados.
Neste sentido, o treinador surge cada vez mais como um gestor de recursos humanos,
não só dos seus jogadores, mas cada vez mais também de todo o staff que rodeia uma
equipa.
O treinador deve ser o gestor do seu plantel, do seu staff, ou seja, deve fazer a gestão
dos recursos humanos, mas também dos materiais, da comunicação e de todas as suas
emoções.
Gestão de si próprio e de todos os que o rodeiam, para isso é fundamental a delegação
de funções e o garantir autonomia a todos os elementos do seu staff.
O treinador como gestor de rendimento e de ativos tem que saber potenciar todos os
indivíduos ao seu dispor, para que individualmente possam trazer o melhor de si em
prol do coletivo. O treinador como gestor de talentos tem de ser capaz de entender as
necessidades de cada um dos seus ativos, o que precisam de melhorar/desenvolver
para atingir todo o seu potencial. O treinador como gestor de personalidades e
emoções, tem de ser capaz de gerir indivíduos e grupo para que todos possam atingir
os objetivos estabelecidos, individual e coletivamente, tem de ser capaz de alinhar
todos estes recursos para que cooperem entre si, para que estejam juntos no
processo, para que estejam ligados e em consonância uns com os outros na tarefa.
Tem de ser capaz de gerir emoções positivas e negativas em constante interação, gerir
momentos individuais e ser capaz de os levar todos na direção pretendida.

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