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Considerando os estudos realizados sobre a alfabetização e sua importância social

(política) façam uma produção textual explicitando: A evolução dos processos de


alfabetização e sua importância política segundo as compreensões de Paulo Freire.

Objetivamente o texto de vocês devem responder duas perguntas:

1. Quais tem sido as fases históricas dos processos de alfabetização?

2. Nos termos de Paulo Freire, Qual a importância política da alfabetização?

O primeiro método de alfabetização surgiu na Antiguidade com a criação do


alfabeto. A soletração, nome dado ao método, consistia no ensino inicial do nome das
letras do alfabeto seguido a esta à apresentação das formas gráficas e a associação com
seu valor sonoro. A alfabetização neste método era um processo lento, em etapas, onde
após decorar os nomes das letras do alfabeto o aluno aprendia as famílias silábicas das
mais simples para as mais complexas e por último os textos.

Nessa fase do processo de alfabetização, a primeira, e que se estendeu até a


Idade Média, acreditava-se que o ensino do alfabeto deveria iniciar e seguir com o
ensino diário de três letras e por ser um processo demorado, durante esse período era
comum que objetos e alimentos com o formato do alfabeto fossem apresentados desde
cedo às crianças como modo de introduzi-las no mundo das letras escritas.

Diante da dificuldade de aprendizagem através do método de soletração, surgiu


no século XVI um método que ao invés de ensinar para as crianças o nome das letras
focava no ensino dos seus sons, a partir disso surge o método fônico, que teve seu
fracasso reconhecido no século XVIII, ensinar a partir de sons de consoantes isoladas
não se mostrou eficaz no processo de alfabetização.

Esse ensino era baseado em um método desenvolvido sobre uma característica


dos sons, já que as letras existem independente do seu valor fônico, e consistia no
ensino de, como podemos dizer, uma parte do fonema, portanto vazia de sentido já que
se dava de uma decorrência acidental na fala.

Visando superar os limites do método fônico surge o método silábico, neste


método pensa-se a alfabetização a partir de unidades com sentido, formadas por
consoantes e vogais, às silabas, e a partir da união dessa compor palavras. Em sequência
surge o método global, pensando em iniciar a alfabetização por um contexto mais
próximo das crianças, pois nele acredita-se que partindo do seu conhecimento concreto
facilita a percepção e compreensão futura das partes abstratas, assim a alfabetização
deve iniciar por partes maiores, palavras, sentenças e frases, para que a criança parta
assim da sua ideia concreta do objeto que esta representa para a seu futuro
conhecimento das partes que compõe o aprendizado inicial.

Neste contexto surgem os textos cartilhados, estes eram compostos por


sequencias de palavras para que o aluno decodificasse formando frases sem contexto
com a realidade, sem sentido. A alfabetização se limitava ai no processo de codificar e
decodificar palavras e textos.

Já na terceira fase do processo de alfabetização, entende-se que essa, a


alfabetização, é alcançada pela percepção que a criança forma do sistema alfabético e
que o processo de construção do conhecimento se dá a partir da analise e deduções
feitas pela criança neste processo, a criança analisa e deduz como é a construção do
sistema alfabético alcançando assim a linguagem.

Para que essa alfabetização assim aconteça, associada a ela vem o processo de
letramento, permitindo que a criança vivencie as experiencias escrita, essa fase é
caracterizada pela refutação da ideia de necessidade de associar os sons da fala a
representação gráfica da escrita, partindo dos estudos da Psicogênese de Piaget, esse
método é questionado por ter deixado de lado as técnicas necessárias para aquisição da
leitura e da escrita diluindo a no processo de desenvolvimento da função social da
escrita.

A quarta fase é marcada pela ideia de reinventar a alfabetização, essa vai além
da leitura do texto escrito e foca na formação do sujeito com um ser social, da
compreensão da realidade, com desenvolvimentos dos métodos adequados a
alfabetização a partir do nível descritos na psicogênese e com o letramento do sujeito,
com textos e livros de qualidade, conhecimento dos gêneros textuais e assim uma
construção da percepção da função social da escrita.

Nesta fase a leitura vai além das palavras contidas no texto, ela atinge o sujeito e
o meio em que ele vive.

Paulo Freire nos traz a compreensão do que seria a leitura de mundo e a


importância do ato de ler, para ele ao sujeito deve ser proporcionada a possibilidade de
compreender o mundo em que está inserido, pois só a partir daí seria possível mudar sua
realidade e assim as regras da sociedade atual.

Ele tem a alfabetização com um processo libertador que permite ao aluno


alcança a consciência de seu papel como sujeito social, das causas de sua condição, para
que assim o aluno possa evoluir para a conscientização e de forma critica atuar sobre o
mundo que o cerca, transformando -o.

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