Anne Karolyne Morato – P3
Tutoria
Mt3 – incontinência
urinaria
Compreender a incontinência
urinaria na pessoa idosa:
Definição:
→ Incontinência urinaria (IU) é definida como
qualquer perda involuntária de urina ou
uma perda de urina em quantidade e
frequência suficiente para causar um
problema social ou higiênico, como um
escape ocasional ate incapacidade total
para segurar qualquer quantidade de
urina.
→ Isso causa grande impacto na vida do
paciente, como isolamento social,
diminuição das atividades diárias, baixa
autoestima, insegurança, depressão e
institucionalização.
→ A incontinência urinaria é uma doença
critica, pois os pacientes pouco relatam
sua existência por vergonha, e os
profissionais raramente questionam os
pacientes sobre o quadro.
→ A senescência em si não é causa de
incontinência, porem favorece a
ocorrência da mesma.
Classificação:
→ De urgência:
Se dá por uma vontade repentina.
Quando o paciente diz que acorda
várias vezes, da vontade e não
consegue chegar a tempo no
banheiro, por exemplo.
Volume de urina mais significativo.
→ De esforço:
Se dá por um esforço do paciente.
Quando o paciente diz que perde
urina quando levanta, tosse, faz
exercícios, por exemplo.
Pequeno volume de urina.
→ Mista:
Quando tem a incontinência urinaria
de urgência e de esforço juntas.
→ Paradoxal:
Por exemplo, na hiperplasia prostática
benigna, quando tem uma
compressão intrínseca da próstata da
região uretral, consequentemente
tem aumento de urina na bexiga e
um aumento da pressão, causando a
incontinência por extravasamento.
→ Funcional:
Idosos com dificuldade de mobilidade.
Por exemplo, idosos com Parkinson,
idosos que tem dificuldade para
andar.
Epidemiologia:
→ A incidência da incontinência urinaria
aumenta proporcionalmente a idade.
→ É ainda mais frequente em idosos
institucionalizados.
→ Prevalência do sexo feminino, pelo
menor canal uretral.
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Motivos nos idosos:
→ A senescência favorece o
desenvolvimento.
→ A continência depende, além do trato
urinário inferior, da integridade das
funções mentais e mobilidade.
→ Aumentam as contrações involuntárias
do musculo detrusor.
→ A capacidade vesical e a habilidade em
se adiar a micção diminuem.
→ Perda do pico noturno de secreção do
ADH.
→ Em idosos demenciados os sintomas de
incontinência urinaria podem ser
inespecíficos, como piora da cognição
ou da incontinência.
Compreender os impactos
biopsicossociais da incontinência
urinaria na saúde do idoso:
→ Lesões perineais;
→ Quedas e fraturas;
→ Ulceras de pressão;
→ Prejuízo do sono;
→ Infecções urinarias;
→ Isolamento social;
→ Depressão;
→ Conotação de maus hábitos de higiene;
→ Mal-estar;
→ Perda da autoestima;
→ Constrangimento;
→ Restrições de atividades;
→ Demora a procurar ajuda;
→ Ansiedade;
→ Demora na procura de ajuda profissional.
Citar as principais infecções
urinarias associadas no paciente
com incontinência urinaria:
A relação da incontinência urinaria
com a infecção urinaria:
→ Uma das causas mais comuns da
incontinência urinaria é a infecção
urinaria.
→ A infecção urinaria pode acometer:
Bexiga, uretra e rins.
→ Sintomas principais da infecção urinaria:
Poliuria, ardência e dor ao urinar,
esvaziamento incompleto da bexiga.
Entender iatrogenia na pessoa
idosa (foco na iatrogenia
medicamentosa):
Conceito de iatrogenia:
→ A iatrogenia faz parte das síndromes
geriátricas, “gigantes da geriatria”.
→ Iatrogenia é qualquer prejuízo que o
paciente tiver e não for decorrente da
sua doença e sim de qualquer
intervenção da equipe de saúde.
→ A iatrogenia pode ser decorrente de
alguma medida que pode estar certa ou
errada, pode ser algo justificado ou não,
pode ser esperada ou inesperada.
→ Iatrogenia é diferente de erro médico.
O paciente pode sofrer um erro
medico que não cause iatrogenia,
não causa problema.
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• Exemplo: um paciente precisa
receber um medicamento X mas
o enfermeiro acidentalmente
troca por um medicamento Y, se
o medicamento Y não causar
danos ao paciente ele não se
caracteriza como iatrogenia e sim
apenas como erro médico, mas
se o paciente for alérgico ao
medicamento Y e ele acabar
causando danos a ele, ai sim vai
ser considerado como erro
médico e iatrogenia.
Tipos de iatrogenia:
→ Por ação:
Método diagnostico;
• Exemplo: o paciente faz um
exame de tomografia de abdome
com contraste e sofre um
choque anafilático por causa do
contraste iodado.
Tratamento;
• Exemplo: o paciente recebe uma
medicação, fica sonolento e tem
confusão mental, sofre uma
queda e fratura o fêmur.
Medida preventiva;
• Exemplo: o paciente faz uma
colonoscopia para prevenção de
câncer de intestino e sofre uma
perfuração intestinal.
Imperícia e imprudência;
• Causada por erro médico.
→ Por omissão:
Diagnóstico;
• Exemplo: você fica com medo
de pedir uma tomografia com
contraste iodado para o paciente
por alguma razão, você deixa de
fazer o diagnóstico e o paciente
sofre alguma consequência.
Tratamento;
• Exemplo: se o paciente precisa
de um antibiótico e demoram de
prescrever, ele sofre uma sepse
que não sofreria se o antibiótico
fosse administrado antes.
Prevenção;
• Exemplo: se o paciente tem o
câncer de intestino porque os
profissionais deixaram de pedir
uma colonoscopia de rastreio.
Negligencia;
• Causada por omissão e erro
médico.
→ Por comunicação:
Problemas de comunicação:
• Por deficiências do paciente,
pacientes que tem deficiência
auditiva, deficiência de
compreensão.
• Quando o paciente não entende
o que está sendo dito para ele.
• Quando o profissional não sabe
como dar as más notícias.
• Exemplo: um paciente que
recebe o diagnostico que está
com câncer de próstata, mas não
lhe é explicado que era de
evolução lenda, o paciente fica
assustado e comete suicídio.
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Grafia:
• A letra do médico é ruim.
• O paciente não entende o que
está prescrito na receita ou no
diagnóstico.
• Ou o farmacêutico não entende
o que está prescrito na receita e
vende o remédio errado.
Etiologia:
→ Em pacientes internados a incidência de
iatrogenia é de 3,4% a 34%.
Dessas, 59% são causadas por
medidas terapêuticas e 18% por
procedimentos diagnósticos.
→ Os idosos são os que sofrem mais
frequentemente a iatrogenia, 2x mais
risco após 65 anos.
Além dos efeitos serem mais graves
para eles.
→ Reação adversa a medicamento (RAM):
A causa mais frequente de iatrogenia.
Principal causa em todas as faixas
etárias.
Em idosos, a reação adversa a
medicamentos é de 3 a 7x mais
frequente.
• 3x mais chance de desenvolver
uma RAM em uma avaliação
emergencial.
• 7x mais propensos a sofrer RAM
em uma internação hospitalar.
• Sofrem RAM em mais da metade
das hospitalizações.
• Nos Estados Unidos as terapias
que mais comumente levam a
RAM são anticoagulantes
(causando hemorragias), os
opioides (causando delirium) e a
insulina (causando a hipoglicemia).
• No Brasil, o delirium é bastante
frequente por RAM (não tanto
por opioides) por outras drogas
com ação no SNC.
2 a 10% das mortes em hospitais
estão relacionadas a reação adversa
a medicamentos.
Consequências da iatrogenia:
→ Complicações clinicas.
→ Incapacidades.
→ Lesões permanentes.
→ Aumentam o tempo de internação e de
medidas terapêuticas
Fatores de risco:
→ Idosos com múltiplas doenças crônicas e
reserva funcional diminuída (de diversos
sistemas).
→ Alterações farmacodinâmicas e
farmacocinéticas.
→ Pacientes idosos que tem múltiplos
médicos/profissionais de saúde.
→ Polifarmácia.
→ Excesso ou falta de diagnóstico e/ou
tratamento.
→ Pacientes hospitalizados.
→ Pacientes que precisam de
procedimentos médicos/cirúrgicos.
→ Pacientes que tem sintomas atípicos e
ocultos (demora de diagnosticar).
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→ Pacientes com dificuldade de aquele medicamento e estar

comunicação e socio econômicas. ciente dos riscos para o paciente.
→ Idosos com: • Eles dividem as classes
Idade avançada. farmacológicas em: os que
Fragilidade. devem ser evitados em idosos,
Declínio cognitivo. os que devem ser usados com
Polifarmácia. cautela em idosos e os que
• Qualquer sintoma novo em um devem ser evitados em pacientes
idoso é relacionado a com doenças especificas.
medicamento até prova contrária. Critérios STOPP/START:
• Irlandeses.
Polifarmácia: • Medicações que podem ser
→ Uso acima de 4 drogas já pode ser suspendidos e quais deveriam ser
diagnosticada como polifarmácia. introduzidos.
A quantidade vai depender do autor,
mas a definição mais usada é essa.
→ Polifarmácia não significa que a
medicação está errada, as vezes o
paciente precisa daquela quantidade de
medicamentos.
→ Quando mais remédios o paciente usa
mais é o risco de eventos adversos.
Esses riscos estão relacionados com
o número e os tipos de
medicamentos.
→ Critérios que ajudam a repassar os
medicamentos que estão em uso pelo
paciente:
Critérios de Beers:
• Sociedade Norte Americana de
Geriatria.
• Remédios potencialmente
inadequados para idosos, não são
“proibidos”, mas o médico precisa
saber pra que está indicando