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ESCOLA SECUNDÁRIA DE EMÍDIO NAVARRO

BIOLOGIA 12º ano


TRABALHO DE PROJETO DATA: ___-___-____

TEMA:

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ANO/TURMA: ____________

GRUPO DE TRABALHO: nº___, _________________________; nº___, _________________________

nº___, _________________________; nº___, _________________________

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO TEMA


Amarelo – Miguel Cordeiro
Verde – Dsa
Azul – Rochinha
Articulação – Gil (VERMELHO) e o Kiko sousa(CINZENTO) têm de decidir como dividir o planeamento

- (Fazer uma introdução)


- A engenharia genética consiste num conjunto de procedimentos de recombinação e de
manipulação direta dos genes.
- Esta ciência recorre a diversas técnicas de duplicação, transferência e isolamento dos genes que
servem para produzir organismos geneticamente aperfeiçoados para desempenharem melhor as
suas funções e produzir substâncias que possam ser importantes.

Ferramentas da Engenharia Genética:


- As enzimas de restrição são produzidas, naturalmente, por bactérias, como um mecanismo de
defesa contra vírus e têm como função identificar sequências nucleotídicas específicas do DNA,
denominadas locais de restrição. Cada enzima corta as ligações nesses locais baseando-se nas
suas sequências nucleotídicas e fragmenta a molécula sempre que é identificada essa sequência,
formando assim extremidades coesivas. Quando estas entram em contacto com outras
extremidades coesivas sob a ação da mesma enzima de restrição, podem emparelhar-se por
complementaridade e criar moléculas de DNA com diferentes origens.
- A DNA ligase é uma enzima que possibilita a ligação entre os nucleótidos de duas moléculas de
DNA. Se dois fragmentos de DNA distintos apresentarem extremidades coesivas, a DNA ligase
pode ligá-las para formar uma nova molécula de DNA.
- A transcritase reversa é uma enzima que realiza a transcrição inversa de DNA, produzindo DNA a
partir de RNA.
- A Taq polimerase é uma enzima utilizada na amplificação de fragmentos de DNA. Esta, quando
sujeita a diferentes temperaturas, não desnatura.

Vetores usados em Engenharia Genética:


- A Engenharia genética tem como principal objetivo a transferência de genes entre seres vivos
distintos. A utilização de vetores de clonagem assegura esta transferência. Os genes são
estruturas muito pequenas que aquando da sua transmissão têm de ser associados a vetores de
clonagem.
- Inserir DNA estranho numa célula exige que se ultrapassem dois obstáculos: conseguir que o DNA
entre na célula e garantir que o mesmo se consiga replicar. Para isso, convém: selecionar vetores
com alguma habilidade natural para penetrarem as células e introduzir o gene de interesse numa
porção de DNA que contenha a informação específica que possibilite a ligação da enzima DNA
polimerase.
- Um bom vetor deve apresentar as seguintes características: ser de pequena dimensão quando
comparado com os cromossomas da célula hospedeira; ter a capacidade de se replicar de forma
independente relativamente à célula hospedeira; possuir zonas de restrição específicas, para
sobre elas atuarem as enzimas de restrição, permitindo posteriormente combina-lo com novas
porções de DNA; possuir um gene identificador ou gene repórter, isto é, um gene que possa ser
inserido conjuntamente com o gene de interesse. A atividade do gene repórter pode ser
acompanhada mais facilmente - por exemplo, o gene da aquaporina produz uma proteína
fluorescente verde (esta brilha no escuro e produz uma luz esverdeada), se esse gene for
colocado juntamente com o gene de interesse e se a célula apresentar um brilho esverdeado,
então é quase certo que o gene de interesse também estará presente. Funciona assim como um
gene identificador, uma vez que permite identificar a presença do gene de interesse na célula.
- Os vetores mais utilizados na Engenharia genética são os plasmídeos, os vírus e os cromossomas
artificiais. A sua seleção tem como principal critério a dimensão do DNA a ser transportado.
- Os plasmídeos são moléculas circulares de DNA bacteriano, que se destacam pela sua capacidade
de replicação independente. Estes surgem, principalmente, quando as bactérias necessitam de
resistência a antibióticos, uma vez que contém os genes que neutralizam a ação dos mesmos. O
plasmídeo é introduzido em bactérias através de um processo denominado transformação e as
bactérias portadoras do plasmídeo são selecionadas utilizando-se antibióticos. As bactérias com o
plasmídeo são utilizadas para produzirem mais DNA do plasmídeo. O único ponto negativo que
estes apresentam é o facto de só permitirem a inserção de pequenos fragmentos de DNA.
- Os fagos são os vírus mais utilizados e infetam especificamente as bactérias. Têm uma estrutura
muito simples, uma vez que, em termos genéticos, apenas consistem numa única molécula de
DNA. Os fagos também têm dimensões muito reduzidas quando comparados com as bactérias
que infetam, mas relativamente aos plasmídeos apresentam a vantagem de permitirem a
inserção de fragmentos do DNA de maiores dimensões.
- Os cromossomas artificiais são formados a partir de um plasmídeo. Tem-se inicialmente um
plasmídeo circular cuja cadeia é aberta por enzimas de restrição, e com a ajuda de uma enzima
DNA ligase adicionam-se fragmentos de DNA e o gene de interesse, formando assim um
cromossoma artificial. Estes são utilizados para clonar genes de elevadas dimensões.

Principais técnicas usadas na engenharia genética:


- A técnica do DNA recombinante permite selecionar um fragmento do DNA e combiná-lo com
outro, produzindo cópias de diferentes combinações genéticas. Esta técnica tem várias etapas:
primeiro tem de se isolar um fragmento de DNA que contém o gene de interesse através da
enzima de restrição, ao mesmo tempo seleciona-se um vetor sujeitando-o ao mesmo tipo de
enzima de restrição; de seguida tem de haver uma junção de ambos os fragmentos de DNA (o de
interesse e o do vetor); como estes foram sujeitos à mesma enzima de restrição, têm
extremidades coesivas complementares que se vão ligar com a ajuda da DNA ligase, obtendo-se
assim uma molécula de DNA de origem híbrida denominada de DNA recombinante ou rDNA.

- A técnica de DNA complementar sintetiza DNA usando como molde uma molécula de mRNA (RNA
mensageiro) por complementaridade de bases. Para isso procede-se: ao isolamento de uma
molécula de mRNA de interesse; à adição de desoxirribonucleótidos e da enzima transcritase
reversa; à transcrição de uma cadeia de DNA, por complementaridade, a partir do molde de
mRNA; à adição de enzimas que degradem a cadeia de mRNA (RNases), obtendo-se, assim,
apenas a cadeia sintetizada de DNA; à adição da enzima DNA polimerase e
desoxirribonucleótidos, para que se construa, por complementaridade de nucleótidos, a nova
cadeia de DNA, obtendo-se finalmente uma molécula de DNA de dupla cadeia, designada por
DNA complementar (cDNA).

- A eletroforese é uma técnica usada para separar moléculas de DNA, RNA ou proteínas com base
no seu tamanho e na sua carga elétrica. A eletroforese envolve a passagem de uma corrente
através de um gel de agarose (polissacarídeo) onde se fazem pequenos “poços”, e se colocam as
amostras de DNA. Em função de seu tamanho e carga, as moléculas vão se mover através do gel
em diferentes direções e em diferentes velocidades, o que permite que sejam separadas umas
das outras. Estas moléculas têm cargas negativas devido ao grupo fosfato, logo quando postas
nos “poços” do gel junto ao polo negativo e quando a corrente é ligada, estas vão-se deslocar em
direção ao polo positivo. A partir desta técnica foi desenvolvida a técnica do DNA fingerprint.

- A técnica de reação em cadeia da polimerase ou PCR ocorre in vitro e permite obter várias cópias
de uma molécula de DNA sendo possível amplificar pequenas amostras iniciais sem precisarmos
de usar células vivas. O PCR ocorre por ciclos, duplicando-se em cada um deles o número de
moléculas de DNA. Em cada ciclo ocorrem as seguintes fases: 1ª fase - A molécula original de DNA
é desnaturada, para tal, esta é sujeita a temperaturas muito elevadas, na ordem dos 95°C, que
quebram as ligações por pontes de hidrogénio entre as bases complementares; 2ª fase – Baseia-
se no emparelhamento dos primers (pequenos fragmentos de DNA - oligonucleótidos - em cadeia
simples que marcam, por complementaridade, em cada cadeia, os limites da porção a replicar).
Este processo ocorre a uma temperatura adequada (por volta dos 56°C) ao emparelhamento
específico dos primers com as cadeias molde, tendo como principal objetivo amplificar apenas a
porção de DNA compreendida entre dois primers (inclusive). Estes oligonucleótidos iniciadores
são indispensáveis porque as DNA polimerase não conseguem começar a polimerizar a partir de
uma cadeia simples de DNA; 3ª fase - Ocorre a síntese de DNA, etapa que se processa a 72°C, e
que requer a presença de desoxirribonucleótidos e de DNA polimerase.

Doenças degenerativas:
- Uma doença degenerativa é caracterizada pelo agravamento de uma condição devido à
deterioração da função e estrutura da parte do corpo afetada, causando assim incapacidade, ou
levar à morte do indivíduo lesado.
- O envelhecimento é uma fase natural da vida. A nível do organismo, o corpo tende a sofrer e a
acumular alterações ao longo do tempo e estas alterações são normalmente degenerativas. O
corpo degenera a partir da sua condição anterior, especialmente em termos de velocidade e
eficiência. Por outro lado, existem casos em que certos indivíduos sofrem alterações
degenerativas prematuras. Ao longo do tempo, estas alterações degenerativas levam a sintomas
e doenças. Tal doença é referida como doença degenerativa. Muitas destas doenças estão
associadas ao envelhecimento, à genética e a estilos de vida. Muitas destas condições também
são incuráveis e só podem ser tratadas para aliviar os sintomas.

- As doenças degenerativas são classificadas em três grupos: cardiovasculares, neoplásicas e


nervosas. As doenças cardiovasculares mais comuns são a hipertensão, a doença coronária e o
enfarte do miocárdio. As doenças neoplásicas incluem os tumores e o cancro. As doenças que
afetam o sistema nervoso incluem a doença de Parkinson e a de Alzheimer.

Articulação da fundamentação teórica com os problemas:


- Compreender conceitos intrínsecos à engenharia genética para que possam ser aplicados no
desenvolver do projeto.

- Compreender de que forma a tecnologia aliada à engenharia genética (técnicas e ferramentas)


têm elevada importância para o nosso quotidiano, mais precisamente nas áreas da medicina e da
investigação criminal.

- Prever potenciais aplicações das técnicas de engenharia genética no futuro da espécie humana.

- Dar a conhecer como se realiza o processo de investigação criminal com o auxílio da genética na
resolução da mesma.

- Mostrar a importância do desenvolvimento da tecnologia, principalmente da inteligência artificial,


que leva ao aperfeiçoamento das técnicas de engenharia genética e como isto permite apoiar a
medicina, referindo os possíveis benefícios e malefícios para o ser humano.

- Tentar projetar o futuro ao nível da engenharia genética com o exponencial melhoramento da


tecnologia e da automação da inteligência artificial.

Articulação da fundamentação teórica com os referenciais de CD:


- Conhecer os Serviços de Segurança, nomeadamente, a Polícia Judiciária (PJ) e como esta aplica os
conhecimentos da genética nas investigações efetuadas.

- A promoção da engenharia genética e a sua prática oportunam igualmente os homens e as


mulheres.

Bibliografia:

- Carrajola, Cristina; Castro, Maria; Hilário, Teresa – Planeta com Vida. 1º edição. Lisboa:
Santillana, 2009. ISBN 978-972-761-829-3.
- Moreira, C. Ligase do DNA - Revista de Ciência Elementar. [Em linha]. 2014. [Consult. 26. nov.
2022]. Disponível em: https://rce.casadasciencias.org/rceapp/art/2014/090/.
-Magalhães, Lana - Transcriptase Reversa: resumo, o que é, enzima, função. [Em linha]. s.d.
[Consult. 26 nov, 2022]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/transcriptase-reversa/.
- Isnca – Doença degenerativa. [Em linha]. s.d. [Consult. 8 dez. 2022]. Disponível em:
https://isnca.org/pt/doen%C3%A7a-degenerativa/ .
- DocDoc Pte - What is Degenerative Disease: Symptoms, Causes, Diagnosis, and Treatment [Em
linha]. s.d. [Consult. 8 dez. 2022]. Disponível em: https://www.docdoc.com/medical-
information/conditions/degenerative-disease .

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