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Instituto Brasileiro de Gestão e Marketing (IBGM)

Curso de fisioterapia-Psicologia

Alunos: Henrique Alberto, Lucas David, Pamela Albuquerque, Uirapuan


Barbosa.

Turma: 2AN/ 24

Professora responsável pela disciplina: Larissa Canto

INFLUÊNCIAS DE FATORES EXTERNOS E HEREDITÁRIAS NO


DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE DO INDIVÍDUO

Recife, PE-2014
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INTRODUÇÃO:

Sabe-se que cada indivíduo tem seu próprio jeito de agir, de ser, de pensar.
Uma pessoa não pensa igual à outra, que não se expressa igual à outra, que
não age da mesma forma que outra... Porque que as pessoas não são iguais?
Não ágüem da mesma forma? A partir daí começou a aparecer às dúvidas
relacionadas à personalidade. Existem forças ocultas, inconscientes, que
controlam o comportamento das pessoas? O que faz o indivíduo agir de forma
previsível? O que responde pela semelhança e diferença das pessoas? Será
que uma pessoa tem o poder de escolha de moldagem da sua própria
personalidade? O que fazem as pessoas se comportarem da forma que fazem?
O comportamento humano e moldado mais pela hereditariedade ou pelo
ambiente? (Feist, Jess, and Gregory J. Feist. 2008)

A personalidade antes de tudo precisa ser definida como aquilo que nos define
(inteligência, caráter, temperamento, constituição, entre outras) e as suas
modalidades únicas de comportamento. Tudo aquilo que nos diferencia e
caracteriza entre tantos outros, cada mínimo detalhe define uma personalidade,
não é mais do que a organização dinâmica dos aspectos cognitivos, afetivos,
conativos, fisiológicos e morfológicos do indivíduo. Trata-se de uma idéia
dinâmica de personalidade em constante mudanças, dinâmica essa que
depende da interação entre vários aspectos. (Dias, António Madureira. 2004)
Podemos dizer que a personalidade é um padrão de traço que confere
consciência e individualidade ao comportamento. Os traços nada mais é a
diferença de comportamento, que podem ser únicos, comuns em alguns grupos
ou compartilhados por espécies inteiras, mas com um padrão diferente em
cada indivíduo, por mais semelhante que seja uma pessoa a outra, possui uma
personalidade com características exclusivas em um indivíduo, que inclui
atributos tais como temperamento, psique e inteligência.

Segundo António a personalidade tem influência da hereditariedade e da


influencia de fatores do meio, ou seja tanto inata quanto adquirida. Podemos

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classifica os dois tipos de personalidade, onde na inata se caracteriza por sem
uma personalidade onde é proveniente dos genes, da hereditariedade. Uma
personalidade onde o indivíduo carrega os traços e características em seu
material genético. Já na personalidade adquirida, é o tipo onde o indivíduo
constrói com o passar do tempo, é um conjunto de características que uma
pessoa ganha em sua trajetória de vida influenciada pelo meio onde ela é
inserida.

DESENVOLVIMENTO:

A formação da personalidade é decorrente de um processo gradual, e único em


cada indivíduo. No desenvolvimento da personalidade encontramos a influência
de fatores hereditários (genéticos), e a influência do meio, bem como das
experiências anteriores do sujeito. (Carvalho, Sónia Patrícia Martins. 2009).

Com isso alguns efeitos genéticos podem ser considerados para o


desenvolvimento da personalidade humana. Segundo Gleitman e
colaboradores (2003) as características de nossos traços tem base genética,
porém por si só os genes não conseguem explicar a variabilidade da
personalidade. O fator físico, o temperamento e a inteligência, são
determinantes fundamentais da personalidade. Entre esses três fatores há o
funcionamento do sistema nervoso e de sistema endócrino que são
constituintes do fator físico, onde suas variações determinam o temperamento
individual, concretamente proveniente do fator hereditário. O patrimônio
genético do individuo define sua singularidade morfológica, fisiológica, sexual
(masculino e feminino).

Destacado por Millon baseado em Alchieri,J.C.,ET AL. (2005) a criança traz


uma carga genética que molda seu físico e psicológico. Devido a essa herança,
a criança vai ter comportamento geneticamente semelhante a seus
progenitores, (inteligência, autoconfiança, atitudes...).

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O fator do ser humano constituir simultaneamente organismos biológicos e
produtos do meio social significa que são sempre expostos a interações. Tanto
a hereditariedade quanto o meio exercem influencias de forma clara no
comportamento humano. Assim o comportamento depende da aprendizagem
social, mas sem excluir a importância de fatores genéticos, que levando em
consideração apenas os genes e cromossomos são herdados (o DNA com sua
sequência codificada de aminoácidos). Todo o resto é adquirido com o recurso
do desenvolvimento do indivíduo, que desenvolve o molda as potencialidades
inatas. (Shields, 1976).

Pesquisas feitas relatam que gêmeos monozigóticos criados juntos tenham um


ambiente mais semelhante que os dizigóticos criados juntos, pois tendem a
estudar mais na mesma classe e a partilhar mais atividades extracurriculares
(Spitz, 1996).

Mais instigante ainda é a constatação de que gêmeos idênticos são tratados de


modo mais parecido do que os não idênticos, mesmo quando criados
separados, por pais diferentes, relatam histórias mais semelhantes de criação
(Harris, 1998). Trata-se de efeito indireto dos genes. Crianças com
determinadas características genéticas, como timidez, provocam reações
típicas nos pais, irmãos e amigos. O produto final resulta do efeito direto e
indireto do traço. As diferenças entre gêmeos idênticos têm de ser atribuídas a
efeitos ambientais As semelhanças entre gêmeos idênticos requerem
considerações mais complicadas.(BUSSAB, Vera Silvia.2000).

Segundo Ridley (2003) que ele realizou estudos com os irmãos Jim revelou
uma lista impressionante de semelhanças, quanto a aparência, voz, corpo,
história de saúde, dor de cabeça, hábito de fumar, pressão alta, hemorroidas,
gostos e preferências. Com isso mostrou que gêmeos idênticos criados em
ambientes separados poderiam ser ainda mais parecidos do que os criados
juntos, pois na mesma família as diferenças poderiam ser exageradas, Tese
que depois se confirmou em vários estudos. Os gêmeos separados mais cedo

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eram mais semelhantes entre si que aqueles separados mais tarde.( OTTA,
Emma; RIBEIRO, Fernando Leite; BUSSAB, Vera Sílvia Raad. 2003)

CONCLUSÃO:

Não se pode considerar o genótipo como determinante único do fenótipo, mas


como algo que cria um campo de possibilidades que serão atualizadas historia
individual. Uma vez que a personalidade não é inata nem apenas determinada
pelo meio, uma vez que, é no jogo das interações entre os diferentes fatores e
variáveis (fatores biológicos e influencias sociais) que se pode compreender o
comportamento atual das pessoas. Desta forma, podemos afirmar que a
personalidade é uma construção dinâmica e interativa, sendo o sujeito
elemento ativo da sua própria história e projeto de vida. Assim sendo, o
desenvolvimento humano pode ser, então, definido como o “conjunto de
pessoas através dos quais as particularidades da pessoa e do ambiente
interagem para produzir constância e mudanças nas características da pessoa
no curso de sua vida’’. Por tanto, quem melhor difere a personalidade é Millon
(2005) que vem com a teoria da biopsicossocial, uma vez que tem em conta os
fatores (biológicos, psicológicos, social e cultural) que influencia a
personalidade humana.

”Nenhum homem nem nenhum destino se podem comparar a outro homem ou


outro destino” (vicktor frankl, 1992)

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REFERENCIAS:

Alchieri,J.C., ET AL.(2005). Avaliação de estilos de personalidade


segundo a proposta de Theodore Millon. Revista psico, 36 (2):
175-179. <www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0176.pdf>

Carvalho, Sónia Patrícia Martins, and Ana Margarida Trovisqueira. "A


personalidade na etiologia e progressão da doença física." Monografia de
Licenciatura em Psicologia submetida à Faculdade de Filosofia da
Universidade Católica Portuguesa–Centro Regional de Braga (2009).

Gleitman, H., Friedlund, A., &Reisberg, D. (2003). Psicologia. Lisboa: Fundação


Calouste Gulberkian. Disponivel em:
<www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0176.pdf>acessado em 04/12/2014.

Sields (1976). In Manual de Psicologia Humana. Coimbra: Almedina. (Tradução


do original em língua inglesa A textbook of human Psychology, 1st edition,.
England: Lancaster).

DIAS, António Madureira. "Personalidade e coronariopatia." Dissertação de


Mestrado. Faculdade de medicina de Coimbra. (2004). Disponível em:
<www.ipv.pt/Millenium/Millenium30/15.pdf >visualisado em: 29/11/1014.

Feist, Jess, and Gregory J. Feist. Teorias da personalidade. Grupo A


Educação, SEXTA EDIÇÃO. 2008.(AMGH editora ltda. 2011)

BUSSAB, Vera Silvia Raad. Fatores hereditários e ambientais no


desenvolvimento: a adoção de uma perspectiva interacionista. Universidad
Federal do Rio Grande do Sul, 2000. Spitz, E. (1996) & Harris, J. R. (1998).

6
Disponívelem: <http://www.redalyc.org/pdf/188/18813204.pdf?
origin=publication_detail>

OTTA, Emma; RIBEIRO, Fernando Leite; BUSSAB, Vera Sílvia Raad. Inato versus
adquirido: A persistência da dicotomia. Revista de Ciências Humanas, v. 34, p. 283-
311, 2003.

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