A concessão de serviço público corresponde a um contrato administrativo,
por meio do qual a Administração Pública transfere para a iniciativa privada a execução de um serviço público, que o fará em seu próprio nome, por sua conta e risco, e cuja remuneração se dará mediante cobrança de tarifa. As parcerias público-privadas, por sua vez, são consideradas um tipo especial de concessão de serviço público, que se divide em duas modalidades, patrocinada e administrativa. A patrocinada incide sobre a execução de obras e serviços públicos e é remunerada mediante a cobrança de tarifa, bem como por pagamento realizado pelo poder público. A administrativa é utilizada apenas na execução de serviços públicos e sua remuneração se dá, exclusivamente, através da contraprestação pecuniária da Administração Pública. Como se sabe, existem diversas semelhanças entre os institutos acima mencionados, uma delas é o fato de que ambas as formas de contratação com o poder público carregam consigo as mesmas ideias antitéticas, que são: “de um lado, a prestação de um serviço público, que deve funcionar no interesse geral e sob autoridade da Administração; de outro, uma empresa capitalista que objetiva o lucro”. Contudo, questiona-se em que aspecto a concessão de serviço público se diferencia da parceria público-privada?