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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação e Humanidades


Faculdade de Educação / Coordenação das Licenciaturas – EAD

Avaliação Presencial em Regime de Excepcionalidade (APX3)


DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO I

Coordenadoras: Paula Cid e Maria Letícia Machado

CURSO: Química

POLO: Nova Iguaçu

ALUNO: João Henrique Ozon Cunha

MATRÍCULA: 21114070011 DATA: 25/06/2022

Querido(a) aluno(a),

Esta prova deverá ser enviada pela Plataforma, exclusivamente. Não serão aceitas
avaliações entregues no polo, assim como enviadas pelos Correios ou e-mail. Desta
forma, é muito importante que vocês se planejem para realizar a atividade com
antecedência, evitando, assim, imprevistos pessoais ou mesmo relativos às tecnologias.

Atenção às orientações:

a) A avaliação deverá ser digitada em fonte Times, tamanho 12, cor preta. Deve ter a
primeira página preenchida. Pedimos atenção para que concluam o processo de envio do
arquivo, pois quando aparece a palavra RASCUNHO é porque o envio não foi finalizado.

b) Lembramos que a APX3 deve ser feita individualmente, sendo possível a consulta ao
material didático da disciplina. As respostas às questões precisam ser autorais.
Respostas semelhantes a de outros(as) alunos(as), ou com o uso de citações sem as
devidas referências, serão anuladas, MESMO QUE SEJAM TRECHOS COPIADOS DAS AULAS. É
muito importante valorizar a dimensão ética da formação nas Licenciaturas.

c) É responsabilidade de cada aluno(a) verificar se a atividade foi enviada com êxito


e se o arquivo não está corrompido. Em nenhuma hipótese serão aceitas avaliações
enviadas fora do prazo ou por outros meios. A avaliação deverá ser enviada em ARQUIVO
WORD (.doc ou .docx).

d) Ao enviar a sua avaliação, esteja certo de que se trata da APX3 da disciplina


Prática de Ensino I, pois é comum o envio de arquivos errados e a nota é zerada nestas
situações.

Desejamos que esta prova seja uma oportunidade para a reflexão e elaboração de conceitos trabalhados em nossa
disciplina!
O país está em luto pelo recente assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. O
Brasil e o mundo perderam dois defensores dos povos indígenas e da preservação da Amazônia. Diante deste ato
brutal, mais do que nunca, a escola precisa reafirmar seu papel em defesa da diversidade cultural.

A temática indígena e o trabalho em sala de aula

Bergamaschi e Gomes (2012, p.54-55) afirmam que o estudo da história e da cultura indígena na
escola está regulamentado por uma lei federal. Trata-se da Lei nº 11.645/2008 que cria a
obrigatoriedade do ensino da história e da cultura dos povos indígenas nos estabelecimentos de
ensino fundamental e médio do país. Podemos perguntar por que uma lei para obrigar esse
estudo? Adianta haver uma lei que cria a obrigatoriedade se são poucos os professores
preparados para levar adiante esse estudo com a abordagem que merece? O ensino da história e
da cultura indígenas nas escolas de ensino fundamental e médio previstos na lei é um caminho
no sentido da educação intercultural? Essas e outras perguntas ocorrem cada vez que
abordamos a temática indígena e sua relação com a escola, hoje, mais do que nunca, uma
preocupação nos meios escolares e acadêmicos. [...]

Se os povos indígenas empreendem esforços para concretizar o diálogo intercultural, nos levam a
pensar que se a proposta educacional é conviver e efetuar trocas com as sociedades indígenas, a
escola terá que fazer um esforço para conhecer esses povos, sua história e sua cultura e, mais
especialmente, afirmar uma presença que supere a invisibilidade histórica que se estende até o
presente. Apesar da colonização, do genocídio, da exploração, da catequização, da tentativa de
assimilar os indígenas à sociedade nacional, estes povos mantiveram-se aqui, resistentes,
mesmo que por vezes silenciosos. Se apresentam fortes, num movimento político de afirmação
étnica, mostrando que aqui estão e permanecerão. No contato, a todo o momento são postos à
prova quanto as suas identidades étnicas, visto que a concepção que predomina nas sociedades
não-indígenas é de povos do passado, não compreendendo que a dinâmica cultural, que é
própria de todas as sociedades, faz com que incorporem alguns elementos da cultura ocidental, o
que não significa que deixaram de se identificar como indígenas. [...] (BERGAMASCHI e GOMES, 2012,
p.55)

Sobre a abordagem escolar da temática indígena, Bergamaschi e Gomes (2012, p.56-57)


afirmam que em geral, os saberes selecionados oficialmente nas escolas desconsideram a
pluralidade de povos indígenas, hoje presentes na nação brasileira com cerca de 240 diferentes
etnias, relegando-os a uma visão generalizada. Segundo Bonin (2008, p. 318, apud
BERGAMASCHI e GOMES, 2012): Esse índio, objeto de conhecimento e celebração num espaço
delimitado nos calendários escolares, é quase sempre amalgamado à natureza e reconhecido por
atributos como alegria, ingenuidade, liberdade. Um efeito dessas representações é o
estranhamento que nos causa o encontro com indígenas em contextos urbanos, participando de
atividades comerciais, ou em noticiários que deixam ver, de relance e de modo fugaz, a situação
de miséria e violência a que estão submetidos muitos povos indígenas na atualidade brasileira.
Muitas vezes essa imagem de índio que é constituída na infância permanece para o resto da vida,
pois são escassos os contatos com a temática indígena no restante do período de escolarização
e na vida adulta, tendo várias mídias a veicular imagens não condizentes com os modos de vida
contemporâneos dos povos ameríndios. Essa visão deformada dos indígenas se perpetua
justamente pelo fato da nossa história ser contada até hoje a partir da visão do colonizador, sem
dar oportunidade para que os diferentes povos apresentem a sua visão em relação a si mesmo e
à História do nosso país. [...]

Porém, também nos deparamos com propostas de ensino que levam muito a sério o estudo da
temática indígena, como relatou um dos professores entrevistados: “Realizo leituras de textos,
produção escrita, visitas à biblioteca, pesquisa de imagens na internet e descrição, comentários
sobre as mesmas. Foi agendada uma visita à aldeia Kaingang Morro do Osso”. Essa é uma
atividade que mostra um movimento mais respeitoso em direção aos povos indígenas, pois busca
ensinar a história e a cultura a partir de estudos consistentes e considera uma etnia mais
conhecida dos alunos, os Kaingang. Justamente por trabalhar com a temática há alguns anos, a
abordagem nessa escola municipal de Porto Alegre é diferenciada. Há a circulação de pessoas
Kaingang na escola semanalmente em função do projeto relacionado à cerâmica indígena e essa
convivência faz com que os professores busquem materiais que retratem de forma mais
atualizada e respeitosa a temática indígena. A convivência traz à escola um diferencial, já que
incorpora a temática indígena aos conteúdos ensinados ao longo do ano. Semanalmente são
realizadas Oficinas de Cerâmica, onde duas professoras da escola auxiliam os Kaingang a
reinventarem essa arte, adotando novas técnicas e utilizando novos materiais. Percebe-se um
espaço de trocas que favorece os dois grupos. [...] (BERGAMASCHI e GOMES, 2012, p.57)

Essas oficinas se tornam um espaço respeitoso de relações interculturais, onde alunos não-
indígenas podem aprender, ensinar e se identificar com os saberes indígenas que ali estão
presentes. É, de fato, a educação intercultural em ato! [...] Percebe-se claramente dois
movimentos: um de identificação, onde os alunos e professores da escola podem se reconhecer
em suas ancestralidades ameríndias e outro de reconhecer o outro, ou seja a alteridade
kaingang. É uma situação que contribui para superar a invisibilidade indígena que é histórica e
prevalece em muitas escolas em que, como vimos, os povos indígenas são tratados como povos
do passado. [...] (BERGAMASCHI e GOMES, 2012, p.66)
(BERGAMASCHI, Maria Aparecida e GOMES, Luana Barth Gomes. A temática indígena na escola: Ensaios de educação
intercultural. In: Currículo sem Fronteiras, v.12, n.1, pp. 53-69, Jan/Abr 2012. Disponível em:
www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cfc/tematica_indigena.pdf Acesso em 18/06/2022).

Após a leitura acima, de trechos do artigo “A temática indígena na escola: Ensaios de educação
intercultural”, de Bergamaschi e Gomes (2012), convidamos você a considerar que, em um
mundo cada vez mais conectado, o professor precisa estar atento para não reafirmar impressões
que não condizem com a realidade dos povos indígenas, celebrando nossas diferenças e
valorizando o respeito as diferentes culturas. Para tanto, é preciso deixar de lado atividades
tradicionais e proporcionar uma reflexão por meio de diferentes estratégias pedagógicas e
recursos didáticos como, por exemplo, livros, músicas, quadros, documentários, filmes,
exposições, oficinas que abordem as culturas e os cotidianos indígenas mais profundamente.

Para responder a todas as questões desta prova, imagine-se numa situação hipotética em que você é
professor de uma Escola Pública de Ensino Fundamental e Médio. Em reunião de planejamento, a equipe
de professores definiu que utilizará a tragédia ocorrida com o indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico
Dom Phillips como elemento disparador para o desenvolvimento de um PROJETO INTEGRADOR E
INTERDISCIPLINAR que se intitulará “AS CULTURAS INDÍGENAS EM PAUTA”.

Questão 1: (1,5 pontos)

O planejamento didático traz à tona uma série de exigências sociais e profissionais que dialogam com o
ritmo, os saberes e as múltiplas formas de estar e compartilhar no mundo. Esta afirmação traz os seguintes
desafios apresentados ao professor da escola contemporânea:
I. Postura de ensino comprometido com os aspectos da realidade contemporânea;
II. Valorização dos conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital a
fim de colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva;
III. Reconhecimento da reflexão como instrumento norteador da prática pedagógica.

Escreva um texto que explicite como o PROJETO INTEGRADOR E INTERDISCIPLINAR “AS CULTURAS
INDÍGENAS EM PAUTA” pode dialogar e se relacionar com cada um dos TRÊS desafios apresentados ao
professor da escola contemporânea, listados acima. (Lembre-se de responder apontando, separadamente, a
relação com cada um dos três desafios – A análise de cada desafio vale até 0,5 ponto – Total 1.5 pontos) (Utilize em
torno de 10 linhas para o texto sobre cada um dos 3 desafios)

Resposta: A contextualização no Projeto Integrador e Interdisciplinar proposto deverá disponibilizar para


os alunos uma educação para a cidadania concomitante à aprendizagem significativa de um conteúdo
programático proposto. A primeira forma de contextualizar é utilizar exemplos do cotidiano que se
relacionam com o objeto de estudo, neste caso o indigenismo. Uma outra etapa está relacionada ao
desenvolvimento de atitudes e valores que visam inserir as questões científicas e tecnológicas no campo
social e também a um posicionamento político. Na intenção de preparar o aluno para tomar consciência
de seu mundo e participar intencionalmente para transformá-lo, o estudo proposto os tornará
participativos no processo de transformação da sociedade para que as pessoas possam ter uma vida com
mais qualidade. Esta estratégia é utilizada como uma maneira de fazer com que os estudantes conheçam
a realidade que os cerca e as demandas do cenário ao qual estão inseridos. Neste caso, o aluno seria
motivado a refletir sobre a importância da cultura indígena na sociedade e como podemos ainda
aprender com ela. O planejamento didático estaria dividido em cinco etapas: Observar a realidade em
que vivemos, ou seja, aquela parcela de realidade na qual o tema a ser trabalhado está inserido na vida
real; A segunda é o foco no ponto-chave, visando identificar os prováveis elementos que estão
relacionados ao tema contextualizado; Teorização; Elaboração das hipóteses de solução; Aplicação à
realidade. Num estudo de Química, por exemplo, pode ser abordado o estudo da Química de Produtos
Naturais. Um projeto integrador nesta temática deverá estar pautado na importância da utilização
destas espécies químicas nas atividades cotidianas indígenas (medicinal, artesanal, social etc.) e como
este povo durante milênios adquiriu este conhecimento, sem as ferramentas científicas necessárias que
temos acesso, com a evolução da ciência contemporânea. Esta compreensão levará o aluno a seguinte
reflexão: Como eles sabiam e como adquiriram este conhecimento (experimentação)? Quais as práticas
utilizáveis dos químicos naturais (teorização)? Como destrincharemos este conhecimento adquirido
pelos povos indígenas para o estudo da Química (aplicação à realidade)?
GABARITO:

Questão 1: Os alunos deverão relacionar cada um dos três desafios, evidenciando em seu texto como a abordagem
pedagógica do PROJETO INTEGRADOR E INTERDISCIPLINAR “AS CULTURAS INDÍGENAS EM PAUTA” dialoga com aquele
desafio. Atribuir até 0,5 ponto para cada relação explicitada entre o desafio e a abordagem pedagógica do PROJETO
(total máximo: 1,5 pontos). Somente deverá ser pontuado o desafio que estiver explicitamente sinalizado e analisado
na questão. Para a análise considere os seguintes critérios: Metade da pontuação para conhecimento dos estudos
desenvolvidos na PE1, que possibilite-o relacionar adequadamente a abordagem pedagógica do Projeto “AS CULTURAS
INDÍGENAS EM PAUTA” a cada um dos 3 desafios apresentados a um professor contemporâneo; metade da pontuação
para a capacidade argumentativa, clareza da exposição e correção textual.

Questão 2: (8,5 pontos)


Considerando o texto “A temática indígena e o trabalho em sala de aula” planeje o PROJETO
INTEGRADOR E INTERDISCIPLINAR “AS CULTURAS INDÍGENAS EM PAUTA”:

Informe a sua disciplina: Química e o ano escolar (do Ensino Fundamental II ou do Ensino Médio) para o qual
imaginou o projeto: 3º ano do Ensino Médio.

a) Tendo por base a 6ª competência geral da Educação Básica apontada pela BNCC (2018, p.9):
“Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e
experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer
escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade”, indique um objetivo geral e dois objetivos específicos,
relativos à competência geral sinalizada acima e à aprendizagem do aluno no projeto “AS CULTURAS
INDÍGENAS EM PAUTA”. (1 ponto)

Objetivo Geral: Compreender as relações entre a química, cultura indígena e sua importância na
construção de uma sociedade contemporânea mais justa.
Objetivo Específico 1: Identificar a Química de Produtos Naturais utilizada na cultura dos povos
indígenas.
Objetivo Específico 2: Analisar as cadeias carbônicas e as principais funções orgânicas presentes nas
espécies químicas oriundas dos recursos naturais utilizados pelos povos indígenas.

* Ao responder o item a sobre objetivos, lembre-se de na formulação do objetivo específico destacar,


conforme a proposta de Gandin e Cruz (1996, p. 73-74), o binômio ação-finalidade: “1. O QUE SE VAI FAZER
é a indicação da ação que será realizada. 2. PARA QUE FAZÊ-LO é a indicação do resultado que se pretende
alcançar, sempre uma finalidade retirada da disciplina, área de estudos, série” (Aula 14 – Objetivos
educacionais no contexto atual da prática escolar).

b) Defina o conteúdo a ser abordado neste projeto integrador e interdisciplinar (0,5 ponto) (Utilize até
5 linhas)
Para tanto considere o que aprendemos na aula 15:
“Conteúdos de aprendizagens não são somente os conhecimentos que fazem parte do corpo de
disciplinas ou de áreas do conhecimento, mas, também, hábitos, habilidades, atitudes, valores que
fazem parte das experiências de aprendizagem possibilitadas aos alunos. [...] Conteúdo é “tudo
aquilo que é passível de integrar um programa educativo com vistas à formação das novas gerações
etc.” (GARCIA, 1975, p. 161).
Resposta: Sendo um conteúdo direcionado aos alunos do 3º ano do Ensino Médio, serão
abordados os seguintes temas: Química dos produtos naturais; Funções orgânicas;
Classificação das funções orgânicas; Nomenclatura IUPAC; Fármacos e medicamentos
oriundos das espécies químicas utilizadas na cultura indígena.

c) A partir dos estudos das Aulas 16 e 23, descreva detalhadamente uma sequência de atividades
que assumam como premissas os projetos integradores e as metodologias ativas, atendendo aos
objetivos elencados. (2,5 pontos)
Resposta: A metodologia a ser aplicada para a construção de um projeto integrador será por
meio de pesquisa e experimentação. O aluno realizará uma pesquisa da origem e dos principais
produtos naturais pela cultura indígena. Assim, o aluno será capaz de compreender o estudo
por meio da síntese dos resultados da pesquisa realizada. Será ainda proposto a realização de
um seminário com a temática “A Contribuição da Cultura Indígena para o Estudo da Química
dos Produtos Naturais”, onde serão apresentadas as pesquisas realizadas pelos alunos (o
composto natural; origem; uso na cultura indígena; possível contribuição para a sociedade
contemporânea), facultando o aluno a produzir o conhecimento de maneira autônoma e
posteriormente colocar em prática os mesmos. Os alunos serão divididos em grupos
segmentados conforme o uso dos produtos naturais em cada atividade da cultura indígena
(artesanato, medicina, indumentária, caça etc.). O seminário será realizado de modo virtual e o
estudo integrado com o conteúdo programático da Química será feito em sala de aula
presencial. As apresentações dos grupos serão postadas nas mídias digitais de significativo
alcance.

d) Complemente com uma atividade de mobilização comunitária (1,5 ponto):


Resposta: Será proposta a atividade comunitária “Conhecendo o Museu do Índio”. A ideia da
atividade é disponibilizar ao aluno acesso à cultura indígena, seja por meio presencial ou
virtual, realizando pesquisas na sua biblioteca e acervo para a formulação da pesquisa e do
seminário a ser realizado. O Museu do Índio possui Biblioteca, Coleções Etnográficas,
Dicionários Multimídias, Referências Documentais e um Serviço Educativos que visam
promover o patrimônio material e imaterial dos povos indígenas.
e) Uso de diferentes mídias, linguagens ou tecnologias (1 ponto);
Resposta: Internet para pesquisas, biblioteca escolar física e virtual.
f) Verificação da aprendizagem, considerando a avaliação como um ato contínuo, constante, que deve
acompanhar todo o processo de ensinar e de aprender. (1 ponto);
Resposta: Avaliação da capacidade de síntese do aluno per meio do relatório escrito da
pesquisa realizada; Domínio e conhecimento durante a apresentação; Exercícios retirados dos
principais vestibulares do país; Prova discursiva individual com dez questões do conteúdo.
g) Contribuições de sua disciplina (ou seu curso de formação) que favoreçam a elaboração de atividades
que exercitem a curiosidade intelectual e a abordagem científica do conteúdo escolhido (1 ponto);
Resposta: A Química no ensino impulsiona o aluno a entender o mundo sob uma perspectiva
da ciência e da tecnologia, assim como suas condicionantes sociais, políticas e econômicas. Esta
ciência pode exercitar a curiosidade intelectual, como investigar, refletir, analisar e promulgar
a imaginação e a criatividade do aluno. Com essa motivação, o aluno pode fomentar a
capacidade de investigar causas, elaborar e testar hipóteses, podendo solucionar problemas no
ramo da química com base no conhecimento da cultura indígena.

GABARITO:

Questão 2.a: Verificar princípios de elaboração dos objetivos gerais e específicos, expostos na Aula 14. Atenção: Na
elaboração de objetivos, o foco é o comportamento do aluno e não o do professor. O objetivo específico que o aluno
elaborar precisa estar diretamente ligado ao objetivo geral e os dois relacionados à 6ª competência geral da Educação
Básica apontada pela BNCC, ao texto de base, bem como à temática do projeto integrador e interdisciplinar (“AS
CULTURAS INDÍGENAS EM PAUTA”). Verificar também se o aluno seguiu a orientação dada na prova de destacar em sua
resposta o binômio ação-finalidade nos objetivos específicos (Graduar até 0,5 ponto para o objetivo geral e 0,5 ponto
para os 2 objetivos específicos – totalizando até 1,0 ponto)
Questão b: Ver aula 15 sobre “Os conteúdos necessários ao ato de ensinar”. Verificar se o conteúdo é condizente com
a temática e o projeto em questão, bem como a disciplina/curso do aluno e ano escolar informado. (0,5 ponto)
Questão c: A sequência de atividades deverá ser condizente com a definição de Projetos integradores
(interdisciplinares) e com os princípios de metodologias ativas. (2,5 pontos)
Sobre os Projetos Integradores: Um nível mais avançado de realização de projetos acontece quando integram mais de
uma disciplina, professores e áreas de conhecimento. A iniciativa pode partir da iniciativa de alguns professores ou
fazer parte do projeto pedagógico da instituição. São projetos que articulam vários pontos de vista, saberes, áreas de
conhecimento, trazendo questões complexas, do dia a dia e que fazem perceber aos estudantes que o conhecimento
segmentado (disciplinar) é composto de olhares pontuais para conseguir encontrar significados mais amplos. Os
problemas e projetos interdisciplinares ajudam muito a perceber as conexões entre as disciplinas. Podem ser
realizados utilizando todas as técnicas apontadas antes (dentro e fora da sala de aula, em vários espaços, onde o
digital pode ser muito importante, assim como o desenvolvimento de jogos, histórias, produtos). Projetos
interdisciplinares importantes hoje são os que estão próximos da vida e do entorno dos estudantes, que partem de
necessidades concretas e que expressam uma dimensão importante da aprendizagem hoje que é a da aprendizagem-
serviço: Estudantes e professores, em contato com diferentes grupos e problemas reais, aprendendo com eles e
contribuindo com soluções concretas para a comunidade. Os estudantes não só conhecem a realidade:
simultaneamente contribuem para melhorá-la e isso dá um sentido muito mais profundo ao aprender: aprendendo
não só para mim, mas também para melhorar a vida dos demais. A combinação de projetos interdisciplinares com o
conceito de aprendizagem-serviço, com apoio de recursos digitais, é um caminho fantástico para engajar os
estudantes no conhecimento, vivência e transformação de um mundo complexo e em rápida transformação. Uma
outra dimensão dos projetos está voltada para que cada estudante se conheça mais como pessoa
(autoconhecimento), desenvolva um projeto de futuro (possibilidades a curto e médio prazo) e construa uma vida
com significado (valores, competências amplas). É o projeto de vida, que organizações mais atentas incluem no
currículo como um eixo transversal importante, com alguns momentos fortes ao longo do curso e alguma forma de
mentoria, de orientação pessoal dos estudantes. Graduar a nota em até 0,5 ponto para o conteúdo apresentado e 1,5
para a atividade que contemple os princípios sinalizados acima.
Sobre as Metodologias Ativas: Alinhadas ao Projeto Integrador, as atividades precisam mostrar princípios de
metodologia ativa. Para obter o mínimo de pontuação, é necessário ter relação com o projeto e com o tema proposto
para a questão. A resposta precisa apresentar estratégias concretas de aprendizagem colaborativa, bem como uma
noção nítida de como a atividade será desenvolvida, que materiais serão utilizados etc.
É necessário verificar se a sequência de atividades se insere em alguma destas propostas, mesmo que não seja
nomeada:
Projeto construtivo: a finalidade é construir algo novo, criativo, no processo e/ou no resultado.
Projeto investigativo: o foco é pesquisar uma questão ou situação, utilizando técnicas de pesquisa científica.
Projeto explicativo: procura responder questões do tipo: “Como funciona? Para que serve? Como foi construído?”
Busca explicar, ilustrar, revelar os princípios científicos de funcionamento de objetos, mecanismos, sistemas etc. Ver
artigo da Aula 16 na plataforma (Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda).
Questão d) Para avaliar a atividade que envolva a mobilização comunitária, consultar aulas 26 e 27 e verificar se estão
condizentes com os princípios pedagógicos da disciplina Prática de Ensino I; se contemplam os objetivos definidos e se
atendem às especificidades do Projeto “AS CULTURAS INDÍGENAS EM PAUTA”. (no máximo 1,5 pontos).
Questão e) Para avaliar o uso de diferentes mídias, linguagens ou tecnologias, verificar o diálogo da resposta do aluno
com outros textos, outros recursos ou outras formas de tratar a temática do Projeto. (graduar até 1 ponto)
Questão f) Para avaliar a verificação da aprendizagem, consultar aulas 27 (p.156) e 28. (graduar até 1 ponto)
Questão g) Verificar a relação estabelecida entre as especificidades do curso de formação do aluno (ou disciplina) e a
possibilidade de elaboração de atividades que exercitem a curiosidade intelectual e a abordagem científica do
conteúdo escolhido e do Projeto em questão. (graduar até 1 ponto)

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