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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
CAMPUS BELÉM
COORDENAÇÃO DE ENSINO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS

RELAÇÕES INTERPESSOAIS E EDUCAÇÃO INFANTIL

Adriana Moraes
Alessandra Ferreira
Ieda Ribeiro
Mayara Monteiro
Renata Santana
Sulamita Dias

Trabalho apresentado à disciplina Prática II Curso de


Licenciatura em pedagogia sob orientação da
Professora Delcilene Sanches Furtado como
requisito de avaliação.

BELÉM - PARÁ
2023

Alm. Barroso, 1155 - Marco, Belém - PA, 66093-020


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1. TÍTULO
2. AUTORES

3. INTRODUÇÃO

4. OBJETIVO
Reconhecer a importância das brincadeiras na educação infantil para o
desenvolvimento na relação interpessoal.

5. METODOLOGIA

6. REFERENCIAL TEÓRICO

Está pautada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que as crianças


são sujeitos ativos, isso significa que constroem seus saberes a partir do contato
com as pessoas e culturas do seu período histórico (BRASIL, 2018). Em referência
ao exercício do protagonismo e, deste modo, no desenvolvimento de sua autonomia
por meio dos fundamentos importantes que o trabalho pedagógico deve apresentar
e respeitar em suas potências e particularidades. Acontece por meio das interações
com culturas e diversificados saberes, a construção de identidade das crianças, as
suas preferências e percepções sobre o mundo.

Para nortear o trabalho do educador são organizados os eixos de sustentação


de toda a prática pedagógica na BNCC, sendo elas: As interações com pessoas
(seus pares e com os adultos) e objetos em diferentes contextos e situações, que
favorecem a ampliação do repertório cultural das crianças, potencializando as
aprendizagens e o desenvolvimento; As brincadeiras, pois é brincando que as
crianças representam o mundo e simulam as relações existentes imitando,
repetindo, transformando e ampliando suas experiências.

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Ao longo da etapa da educação na educação básica, a criança tem, entre


outros, o direito de estar em convivência com outros indivíduos da mesma idade e
mais velhos “em pequenos e grandes grupos utilizando diferentes linguagens,
ampliando o conhecimento de si e do outro” (BRASIL, 2018, p. 40). Também na
BNCC são definidos seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, essenciais
para garantir a maneira como as crianças aprendem e se desenvolvem. São eles:
Conviver, Brincar, Participar, Explorar, Expressar e o Conhecer.

A abordagem deste trabalho tem como sujeitos centrais o público infantil no


contexto social ao qual estão inseridos nas primeiras séries escolares, visando a
prática de ações pedagógicas, lúdicas e culturais por meio da educação que utiliza
brincadeiras e jogos para alcançar a interação e participação efetiva, logo o
aprendizado de acordo com a etapa condizente das crianças. Além disso, o estímulo
das relações interpessoais ampliam o desenvolvimento dos conhecimentos, tendo
resposta positiva na capacidade de interpretação e criatividade pela sociabilidade.

As atividades lúdicas para (LIMA, 2008) que ressalta como o educador possui
um papel fundamental nesse aspecto, pois será o mediador e parte integrante no
processo da criança para se relacionar e, consequentemente, se expressar,
instigando suas habilidades, principalmente quando trabalhadas. Em vista disso, as
crianças podem aprender e ao mesmo tempo se divertir, como um exemplo de
atividade na educação infantil, a contação de histórias usa o brincar com livros,
imagens, fantoches, dedoches e música, que servem como instrumentos de
ensino/aprendizagem educacionais. Portanto, para incentivar o interesse pela leitura,
é fundamental proporcionar a criatividade.
As brincadeiras com livros e imagens coloridas são bem aceitas pelas
crianças, pois é novidade ver os desenhos, chegando ao ponto de se levantarem da
cadeira para poder olhar. No fantoche os bonecos são movidos por fios, palitos ou
outro recurso, para contar histórias e fazer um pequeno teatro infantil. Os dedoches

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(similar aos fantoches), porém sendo utilizados nos dedos, podendo ser feito de
EVA, pano ou moldes impressos para também serem usados para contar histórias.
Imagens também impressas ou desenhadas em cartões sequenciando as histórias.
É necessário reconhecer que a brincadeira por si só possibilita à criança
vivências e experiências que contribuem com o seu desenvolvimento. Durante a
brincadeira, a criança conhece e divide regras sociais, comportamentos, ideias e
leituras sobre a sociedade (LIMA, 2008; SILVA, 2012). Diante do exposto, a
utilização de instrumentos musicais para fazer melodia, como um som causando
suspense para proporcionar algo criativo e marcante no intelecto das crianças,
quando não há o instrumento, os objetos servem para produzir sons, como a
simulação do barulho da chuva. Estes são momentos cruciais da relação
interpessoal na educação infantil que permite o aprender brincando, assim como as
capacidades motoras, cognitivas e sociais, estão intimamente ligadas às atividades
lúdicas.
O desenvolvimento humano é considerado um conjunto interdisciplinar que
trabalha os fenômenos que envolvem o desenvolvimento do ser humano nas áreas
sociais, psicológica e bio-comportamental (DESSEN,2006).
É necessário que se estude o desenvolvimento humano para a construção do
conhecimento e transformação do sujeito e na interação dele com a vida social e
cultural, é composta pelos embates travados entre o sujeito e o meio em que ele
vive. Considerando essas observações as relações interpessoais configura e faz
parte do desenvolvimento da criança.
No processo de ensino aprendizagem hoje, os jogos e brincadeiras têm sido
vistos como eficiente prática pedagógica, pois como dito por Paula; Faria (2010 apud
Nascimento) "Brincando a criança não só consegue se divertir, mas também torna
se um membro mais ativo no meio em que vive, adquirindo e testando
potencialidades e criatividade de maneira integral tanto no ambiente escolar quanto
na sociedade".

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De acordo com Schneider dos Santos, o lúdico e o jogo possibilitam o estudo


da relação da criança com o mundo externo e, esses recursos, permitem que ela
possa formar conceitos, selecione ideias, estabeleça relações lógicas, integra
percepções, faça estimativas compatíveis com o crescimento físico e o
desenvolvimento e, o que é mais importante, socialize. É importante também
destacar que por meio do lúdico é possível que as crianças possam vivenciar e
expressar situações do cotidiano, que em outras ocasiões não teriam oportunidade
ou não se sentiriam à vontade, tornando os jogos uma excelente oportunidade para
que se expressarem de maneira prazerosa, divertida e colaborativa.
Os conhecimentos e aptidões que surgirão com essas práticas servem para
além da sala de aula, pois no contexto escolar as crianças podem se deparar com
as diferenças e perceber que cada um é único. No meio disso, é importante o
aprender a entender o tempo e a forma de pensar de todos. Com jogos, atividades e
brincadeiras essas diferenças e relações podem se tornar mais eficazes à medida
que a criança vai desenvolvendo seu próprio caráter, entendendo e aprendendo a
conviver com os demais.
Como disse Nascimento "O jogo oportunizado nas aulas da Educação Infantil
poderá possibilitar a construção da capacidade de autonomia, de lidar com
sentimentos e com desafios (...)."
De acordo com Silva (2021), a brincadeira é utilizado e constitui como um
instrumento que possibilita o desenvolvimento infantil através de interações, gera
curiosidade, a vontade da descoberta desenvolve a imaginação e a criatividade,
conduzido pelas experiências da brincadeira a criança se expressa ganha a
capacidade de análise, de crítica vontade de transformação do seu contexto. A
brincadeira tem a responsabilidade da promoção da socialização e interações
afetivas ela incute e incentiva o desenvolvimento e aquisição de valores, habilidades
de cooperação, solidariedade e o desenvolvimento da sua auto-estima.

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Através das construções relacionais que as crianças adquirem das


brincadeiras no cenário escolar é possível compreender a importância e a mediação
da brincadeira e da construção e desenvolvimento dos vínculos interpessoais entre
os alunos, professores, comunidade escolar e sociedade em geral.
O brincar não é apenas utilizado para distração ou forma de recreação, é a
forma que as crianças têm de se comunicar com o mundo externo e com ela mesmo
ela se desenvolve nas trocas que ocorrem ao longo de sua vida. Nessa situação em
questão o educando se adapta às situações imprevisíveis e expressando reações e
interações e um relacionamento interpessoal com outros indivíduos, em suma a
brincadeira desenvolve a atenção, à memória, a habilidade de imitação que vai ser
necessário para ele se inserir no contexto social necessário para ele fazer parte da
sociedade e a comunidade em que essa criança vive, através da brincadeira
também se desenvolve a habilidade da criação e a imaginação.
A brincadeira pensada sobre o desenvolvimento infantil não tem a finalidade
única de promover uma aprendizagem mas busca e promove o desenvolvimento de
aspectos físicos, cognitivas e sociais, desenvolvendo habilidades de comunicação
delimitando o seu limite e o limite do outro.
A brincadeira em relação ao desenvolvimento da relação interpessoal é onde
inicia a interação social entre as crianças, deve ocorrer no ambiente convidativo
onde ela possa viver desafios, desempenhando um papel de ator principal e ativo e
é necessário que nesse meio tempo se desenvolva a habilidade de resolver
problemas. É através do respeito mútuo e com as crianças que podemos
compreender perceber como ocorre a construção das relações interpessoais que
ocorrem durante as mais variadas brincadeiras. É durante a brincadeira de faz de
conta em que o indivíduo brinca livremente mas ganha consciência que existem
regras na vida social, ele tem liberdade de utilizar os brinquedos da maneira que
quiser de criar os personagens da maneira que quiser e os quais quiser, ele
desenvolve a fala reproduzindo diálogos e toma atitude que fazem parte do seu

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cotidiano e de sua realidade durante a brincadeira e quando brincar juntos outras


crianças cada uma ganha uma habilidade diferente de trabalhar a sem interação
interpessoal com as outras crianças, com os adultos e com seu meio social, já que é
nesse meio tempo que se adquire um senso de importância e adquire o
conhecimento da criança sobre si mesma da sociedade, sendo assim não é um
momento desconexo da sua realidade.

Nesse nível de ensino, a brincadeira é uma forma de aprendizado com muita


eficiência, pois tem grande influência no trato cognitivo, social e afetivo da criança.

Estudos, pesquisas e projetos são desenvolvidos com o intuito de se trabalhar


pedagogicamente a ludicidade no desenvolvimento da criança. De acordo com
ARANTES, Barbosa (2017), o lúdico voltado ao educar pode promover grande
eficácia em relação à aprendizagem de conteúdo, sem dúvida é um método que
merece importância e pesquisas a seu respeito na educação infantil.

Sendo a criança um sujeito em constante desenvolvimento, capaz de pensar,


agir e produzir de maneira muito particular, ela consegue dar novos significados ao
mundo que a rodeia, portanto, é produtora de sua própria cultura, e essa cultura
pode ser trabalhada no ato de brincar.

Assim sendo, segundo Wajskop (1994) o brincar é “uma forma de atividade


social infantil, cujo aspecto imaginativo e diverso do significado cotidiano da vida
fornece uma oportunidade educativa única para as crianças”, já que é nos jogo/
brincadeiras que a criança pode criar e viver novas situações, experimentar novas
possibilidades, descobrir, inventar, viver o impossível, fazer do irreal tornar-se real.

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7. RESULTADO DA PESQUISA DE CAMPO – APRESENTAÇÃO DOS


RESULTADOS E DISCUSSÕES

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

9. REFERÊNCIAS
DO NASCIMENTO, JERIAN LOPES. O JOGO E AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NA
ESCOLA.

SILVA, S.S. Crianças e suas construções relacionais: Brincadeiras como mediadoras de


vínculos interpessoais.UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, INSTITUTO DO
NOROESTE FLUMINENSE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR – INFES. Santo Antônio de
Pádua, 2021.

APOITIA, Iolanda Fátima et al. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Revista


Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 3, p. 1552-1557, 2022.

SCHNEIDER DOS SANTOS, Paula. Desenvolvendo as Relações Interpessoais a partir de


atividades com jogos. Grupo de Ensino Pesquisa e Extensão em Psicologia e Educação
(GEPEPE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), 2017.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

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