Você está na página 1de 39

ATIVIDADES DE

LABORATÓRIO COM
ANIMAIS NÃO HUMANOS
MARINE SILVESTRE
2

Os analistas do
comportamento entendem
que as teorias sobre o
PSICOLOGIA comportamento e seus
determinantes ambientais,
ENQUANTO devem ser obtidas a partir de
CIÊNCIA pesquisas empíricas e, de
preferência, que tenham
utilizado a metodologia
experimental.
3

A pesquisa empírica,
também chamada de
pesquisa de campo, pode
ser entendida como aquela
PESQUISA em que é necessária
comprovação prática de
EMPÍRICA algo, seja através de
experimentos ou observação
de determinado contexto
para coleta de dados em
campo
4

O teste empírico/experimental
refere-se às observações
repetidas (replicações) da
relação funcional entre o
PESQUISA comportamento (variável
dependente – vd) e aspectos
EMPÍRICA do ambiente (variável
independente – vi) em diversas
situações para, a partir dessas
observações, construir e
reformular teorias.
5

Em outras palavras, para


comprovar a “veracidade”
de uma teoria, devemos
verificá-la na prática e, de
PESQUISA preferência, no laboratório,
onde podemos controlar
EMPÍRICA melhor as situações que
criamos para estudar as
relações funcionais e,
consequentemente, avaliar as
teorias.
6

A atual quantidade de
evidências científicas
disponíveis que mostram o
quanto aprendemos sobre o
POR QUE ESTUDAR O comportamento humano
COMPORTAMENTO DE estudando o de animais não
humanos dispensaria qualquer
ANIMAIS NÃO HUMANOS outra justificativa para
PARA ENTENDER O continuarmos com essa
HUMANO? prática no âmbito da
psicologia.
7

um número crescente
de cientistas sociais tem
recorrido ao
Atividades de comportamento animal
como uma base
laboratório com teórica para interpretar
animais não humanos a sociedade humana e
entender possíveis
causas de problemas
das sociedades. (…)
8

A metodologia utilizada no
Atividades de estudo do comportamento
animal tem tido um
laboratório com tremendo impacto na
psicologia e nas ciências
animais não sociais.

humanos
9
Jean piaget iniciou seus
estudos trabalhando
com caramujos e,
posteriormente,
estendeu o uso de
observações e de
ESTUDOS COM descrições
ANIMAIS comportamentais
cuidadosas para seus
famosos estudos sobre
o desenvolvimento da
cognição humana..
366-369
10

ESTUDOS COM J. B. watson iniciou seus


estudos do comportamento
ANIMAIS observando gaivotas.
11

Vários aspectos de
planejamentos experimentais,
de técnicas de observação a
atenção a sinais na
ESTUDOS COM comunicação não verbal,
ANIMAIS foram muitas vezes
desenvolvidos em estudos do
comportamento animal antes
de sua aplicação a estudos
do comportamento humano.
12

O estudo comportamental
ESTUDOS COM de humanos seria muito
reduzido hoje sem a
ANIMAIS influência da pesquisa do
comportamento animal.
13

Estudos com chimpanzés


usando análogos da
linguagem levaram a novas
tecnologias (teclado de
computadores usando
ESTUDOS COM símbolos arbitrários), que têm
ANIMAIS sido aplicadas com sucesso
ao ensino da linguagem para
populações humanas
desfavorecidas.
14

Continuidade biológica e
comportamental: Os
médicos e farmacêuticos,
POR QUE ESTUDAR O
ao formular um novo
COMPORTAMENTO DE ANIMAIS
medicamento, não o testam
NÃO HUMANOS PARA
diretamente em seres
ENTENDER O HUMANO?
humanos, mas, primeiro, em
animais, como ratos e
macacos.
15
Do mesmo modo que
humanos e não humanos
compartilham algumas
características do seu
funcionamento interno – sua
CONTINUIDADE fisiologia, também
compartilham algumas
BIOLÓGICA E características
COMPORTAMENTAL comportamentais, como, por
exemplo, a sensibilidade,
existente em todos os
organismos animais, às
consequências de seu
comportamento.
16

Questões práticas e éticas:


muitos experimentos de
POR QUE ESTUDAR O laboratório são demorados
COMPORTAMENTO DE (meses ou anos) e
enfadonhos. dificilmente
ANIMAIS NÃO HUMANOS conseguiríamos convencer
PARA ENTENDER O pessoas a participar deles.
HUMANO? assim, utilizamos animais não
humanos quando possível e
desejável.
17
Algumas manipulações de
variáveis necessárias para se
compreender o
comportamento não podem
POR QUE ESTUDAR O ser realizadas com seres
COMPORTAMENTO DE humanos, como, por exemplo,
intervenções cirúrgicas,
ANIMAIS NÃO HUMANOS aplicação de choques,
PARA ENTENDER O privação de água e alimento,
HUMANO? exposição a eventos
estressantes (p. ex.,
temperaturas e barulhos
excessivos) e administração de
fármacos
18

Para estudar depressão


e ansiedade, por
exemplo, às vezes é
POR QUE ESTUDAR O
necessário produzi-los
COMPORTAMENTO DE
em laboratório. não é
ANIMAIS NÃO HUMANOS
correto deprimir
PARA ENTENDER O
alguém para estudar a
HUMANO?
depressão, bem como
induzir em pessoas
estados de ansiedade.
19

Demonstrações, experimentos e
aprendizagem do aluno:
POR QUE ESTUDAR O pesquisas experimentais com
COMPORTAMENTO DE ANIMAIS NÃO animais não humanos são
HUMANOS PARA ENTENDER O importantes para conhecermos
HUMANO?
mais sobre o comportamento
humano e não humano, e há
ainda muita coisa para ser
estudada.
20

Com relação à aprendizagem


POR QUE ESTUDAR O do estudante de psicologia,
COMPORTAMENTO DE às vezes os professores
realizam demonstrações
ANIMAIS NÃO HUMANOS experimentais com sujeitos de
PARA ENTENDER O pesquisas para mostrar os
HUMANO? princípios comportamentais
em funcionamento.
21

Ao mesmo tempo, nos cursos


de psicologia, algumas
atividades laboratoriais com
POR QUE ESTUDAR O animais não humanos não têm
COMPORTAMENTO DE apenas o objetivo de
demonstrar um princípio
ANIMAIS NÃO teórico, mas visam
HUMANOS PARA proporcionar aos alunos a
ENTENDER O HUMANO? experiência de conduzir um
experimento comportamental,
o que é muito importante para
sua aprendizagem..
22

É preciso lembrar que a maioria das


pesquisas atuais em análise do
CIÊNCIA DO comportamento é realizada com seres
humanos. À medida que passamos a

COMPORTAMENTO compreender um pouco melhor


determinado fenômeno comportamental
ao estudar o comportamento de animais
não humanos, damos o passo seguinte:
estudar esse mesmo fenômeno, no
laboratório, com pessoas.
23

Submeter os participantes a
tarefas muito similares a
situações cotidianas. ao
contrário do que é
CIÊNCIA DO normalmente feito com ratos,
em vez de utilizar
COMPORTAMEN reforçadores primários (cuja
TO efetividade reforçadora
depende de privação), os
experimentos didáticos com
humanos são usados reforços
positivos
24

o laboratório de
condicionamento operante é
um tipo de laboratório de
análise experimental do
comportamento. trata-se de
EXPERIMENTO um local onde podemos
testar os efeitos de variáveis
LABORATORIAL ambientais sobre o
comportamento – onde
contamos com situações
controladas, ou seja,
situações com atenuação de
interferências indesejáveis.
25

Ratos e pombos são


bastante sensíveis a variáveis
como, por exemplo, barulhos
e temperatura. se realizamos
EXPERIMENTO pesquisas em um ambiente
não controlado, essas
LABORATORIAL variáveis, entre outras,
podem enviesar (influenciar
de modo não programado e
indesejável) os dados
obtidos.
26

Se um dia realizamos um
experimento com temperatura
ambiente baixa, e no outro o
repetimos com temperatura
EXPERIMENTO ambiente alta, os organismos
com os quais estamos
LABORATORIAL trabalhando podem se
comportar de forma diferente
em função da temperatura;
por isso, é preciso controlá-la,
mantendo-a constante
27

Esses laboratórios, no geral,


contêm caixas de
condicionamento operante
ligadas a uma interface que as
comunica com um
computador, no qual um
software permite controlá-las:
acender luzes, ligar geradores
de som, acionar o bebedouro,
registrar as respostas de pressão
à barra do animal, etc.
28

As caixas de condicionamento
operante às vezes ficam
dentro de caixas de
isolamento acústico para
atenuar sons externos.
29

O principal equipamento
utilizado em um laboratório
de condicionamento
operante é a caixa de
condicionamento operante
(ou caixa de skinner). Esse
equipamento foi projetado
por Skinner para o estudo do
comportamento operante,
ou seja, aquele que produz
alterações no ambiente e é
afetado por elas.
30

Atividade prática:
• Modelagem (registro do nível
operante, treino ao
comedouro, reforço contínuo
da resposta de pressão à
barra (CRF).
31

A CONTRIBUIÇÃO DA
ANÁLISE EXPERIMENTAL
DO COMPORTAMENTO
PARA A FORMAÇÃO DO
PROFISSIONAL EM
PSICOLOGIA ENSINO
DO BEHAVIORISMO
32

➢ Ficar sobcontrole do
comportamento do organismo
com o qual está trabalhando,
TODO PSICÓLOGO seja o cliente para o psicólogo
clínico, seja a escola para o
DEVERIA: psicólogo educacional etc.
➢ Ser capaz de analisar
comportamento, descobrindo
de que variáveis este é função.
33

➢ Ser curioso, no sentido de ser


um colocador de perguntas.
TODO PSICÓLOGO ➢ Ser crítico, especialmente
perguntar-se de onde vem o
DEVERIA: conhecimento que constitui
o corpo de dados da
psicologia.
34

➢ Controlar e manipular
variáveis.
PSICOLOGIA EXPERIMENTAL
➢ Ser controlado pelo dado
PODERIA TORNAR O
produzido
ESTUDANTE DE PSICOLOGIA experimentalmente.
CAPAZ DE
➢ Criticar os processos de
produção do conhecimento.
35

Problema 1: Dificuldade do
AS PRINCIPAIS DIFICULDADES DO
aluno generalizar os princípios
ENSINO DA ANÁLISE EXPERIMENTAL
básicos que aprendeu nos
DO COMPORTAMENTO.
textos clássicos.
36

AS PRINCIPAIS
Problema 2: constatou-se a
DIFICULDADES DO ENSINO
influência negativa de
DA ANÁLISE EXPERIMENTAL professores.
DO COMPORTAMENTO.
37

Problema 3: constatou-se a
ausência de disciplinas
AS PRINCIPAIS avançadas, ou seja, nos
DIFICULDADES DO ENSINO períodos letivos seguintes ao
DA ANÁLISE EXPERIMENTAL ensino da análise experimental
DO COMPORTAMENTO. do comportamento, que siga
uma sequência ou
continuidade à aprendizagem.
38

AS PRINCIPAIS
Problema 5: A dificuldade
DIFICULDADES DO ENSINO
do aluno em assimilar certos
DA ANÁLISE EXPERIMENTAL conceitos
DO COMPORTAMENTO.
39

Problema 6: O laboratório não


deve ser apenas uma ocasião
de se fazer demonstrações de
AS PRINCIPAIS princípios básicos, nem
DIFICULDADES DO ENSINO ocasião apenas de praticar os
DA ANÁLISE EXPERIMENTAL exercícios básicos de
DO COMPORTAMENTO. laboratório, mas também uma
passagem para o início do
desenvolvimento de projetos
de pesquisa.

Você também pode gostar