Você está na página 1de 51

MORTE

CELULAR
Carlos Eduardo Bastos
MOR
Perda irreversível das
atividades integradas da
TE
célula com consequente
incapacidade da manutenção
de seus mecanismos de
CE
LULAR
homeostasia.
Incapacidade de restaurar a
FUNÇÃO MITOCONDRIAL
Perda de estrutura e das funções
da MEMBRANA plasmática e
intracelulares
Perda de DNA e integridade
estrutural da cromatina
TIPOS BÁSICOS DE MORTE:

ACIDENTAL:
NE
CRO
SE
TIPOS BÁSICOS DE MORTE:

PROGRAMADA:
A
POP
TOSE
NECROSE
Apenas em condições
patológicas
Morte acidental
sem gasto de energia
Processo inflamatório
CARACTERÍSTICAS DE LESÃO IRREVERSÍVEL
MORTE CELULAR/NECROSE

DEPLEÇÃO DE ATP DANO À MEMBRANA

PARADA FUNCIONAL

IRREVERSIBILIDADE

ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS CARACTERÍSTICAS DA NECROSE

A CÉLULA EXPLODE
- LISE DAS MEMBRANAS
- EXTRAVASAMENTO DOS CONSTITUINTES DO INTRA
PARA O EXTRACELULAR
- REAÇÃO INFLAMATÓRIA ADJACENTE POSITIVA
- DIGESTÃO ENZIMÁTICA POR AUTÓLISE E HETERÓLISE
- DESNATURAÇÃO PROTEICA
RUPTURA “LISE” DE TODAS AS MEMBRANAS

LISE DA MEMBRANA LISE DA MEMBRANA


LISOSSÔMICA CELULAR EXTERNA

EXTRAVASAMENTO DIGESTÃO EXTRAVASAMENTO DE PRESENÇA DE


DE ENZIMAS ENZIMÁTICA ENZIMAS/PROTEÍNAS ENZIMAS SÉRICAS
LISOSSÔMICAS DAS PARA O EXTRACELULAR COMO
PARA O MARCADORES DE
ORGANELAS E O PLASMA
CITOPLASMA MORTE CELULAR

Ex: infarto agudo do


miocárdio

Transaminase Lactato Creatinina


Glutâmico Quinase Troponinas
Oxalacética Desidrogenas
(Tn-I e Tn-T)
(GOT) e LDH (CK)
MORTE CELULAR

AUTÓLISE HETERÓLISE
Digestão enzimática Digestão enzimática
das células necróticas das células necróticas
por suas próprias por enzimas derivadas
enzimas de leucócitos

DIGESTÃO ENZIMÁTICA DAS ORGANELAS

DISSOLUÇÃO DOS CONSTITUINTES CELULARES

DESNATURAÇÃO PROTEICA

PROVOCAM NAS CÉLULAS MORTAS AS


ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DA NECROSE
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DA NECROSE

EOSINOFILIA
CELULAR

Hipófise
normal
Desnaturação proteica
Elementos básicos
(proteínas) que atraem
corante ácido (eosina)

Forte afinidade pela


eosina = corante ácido =

necrótica
cor róseo-avermelhado

Hipófise
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DA NECROSE

EOSINOFILIA CITOPLASMA
CELULAR

Vacuolado =
Desequilíbrio
Hidroeletrolítico

Corroído = Digestão
enzimática
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DA NECROSE

EOSINOFILIA CITOPLASMA CALCIFICAÇÃO


CELULAR DISTRÓFICA

Locais de necrose que


persistem atraem sais de
cálcio
ALTERAÇÕES NUCLEARES DA NECROSE

PICNOSE CARIORREXE CARIÓLISE

Núcleo denso, Núcleo


pequeno e
Núcleo pálido,
fragmentado no dissolvido
hipercorado
(basinófilo). citoplasma
Reflete a parada de
transcrição do DNA
ALTERAÇÕES NUCLEARES DA NECROSE

A)
B)

C)
A) Hipófise normal;

B) e C) Exemplos de alterações
morfológicas evidenciadas na
necrose
ALTERAÇÕES NUCLEARES DA NECROSE
TIPOS DE NECROSE

NECROSE COAGULATIVA

FREQUÊNCIA Mais comum

CAUSA De todas as mortes isquêmicas, menos do SNC

CARACTERÍSTICAS Predomínio da desnaturação proteica sobre


a enzimática
Autólise preservada; isquemia dificulta a
heterólise

MICRO Manutenção do contorno celular


Células eosinófilas anucleadas “cariólise”
Citoplasma coagulado e granuloso

EXEMPLO Infarto do miocárdio


NECROSE COAGULATIVA
NECROSE COAGULATIVA

A B

A) Rim normal; B) Infarto renal exibindo necrose de coagulação, com perda de


núcleos e aglomeração do citoplasmas, mas com preservação dos contornos
básicos da arquitetura celular
NECROSE COAGULATIVA

Necrose coagulativa. A, Infarto renal em forma de cunha (amarelo), com preservação


dos contornos. B, Aspecto microscópico da borda do infarto, com rim normal (N) e células
necróticas no infarto (I). As células necróticas mostram contornos preservados, com
ausência de núcleos e infiltrado inflamatório (difícil de perceber nesse aumento).
TIPOS DE NECROSE

NECROSE LIQUEFATIVA

CAUSAS Em infecções ou locais que tendem a atrair


leucócitos
Morte isquêmica no SNC, pela presença de
algum fluxo para ocorrer heterólise

Predomínio de digestão enzimática


CARACTERÍSTICA (autólise e heterólise)

MICRO Leucócitos + tecido necrótico e liquefeito

EXEMPLO Abcesso
NECROSE LIQUEFATIVA

Infarto cerebral (acima) com necrose liquefativa no lado esquerdo.


NECROSE LIQUEFATIVA

Infarto cerebral (acima) com necrose liquefativa no lado esquerdo.


NECROSE LIQUEFATIVA
TIPOS DE NECROSE

NECROSE CASEOSA

CARACTERÍSTICA Forma diferente de necrose de coagulação, na


qual o tecido se torna macroscopicamente
branco e amolecido

Semelhante a queijo mineiro ou ricota

Encontrada na tuberculose com formação de


granuloma imunogênico, onde o agressor,
pouco digerível é cercado por macrófagos
ativados, e por linfócitos e fibroblastos

Pode ocorrer também na sífilis e blastomicose

Arquitetura celular completamente destruída


NECROSE CASEOSA
NECROSE CASEOSA
NECROSE CASEOSA
TIPOS DE NECROSE

NECROSE GORDUROSA (ESTEATONECROSE)

CAUSAS Extravasamento e ativação de enzimas


pancreáticas, como na pancreatite aguda

Traumatismo do tecido adiposo, que leva a


ruptura dos adipócitos, como nos traumas da
mama feminina

Por ação das lipases sobre os triglicerídeos, os


ácidos graxos liberados, combinados ao cálcio,
sofrem saponificação e originam depósitos
esbranquiçados ou manchas com aspecto
macroscópico de “pingo de vela”
NECROSE GORDUROSA
NECROSE GORDUROSA

Necrose enzimática gordurosa (NE) em pâncreas. Há intensa liberação de lipases


nesse órgão, as quais podem atingir o próprio tecido adiposo pancreático,
destruindo-o. As células perderam seus núcleos e o citoplasma se tornou uma
massa rosada amorfa de material necrótico.
TIPOS DE NECROSE

NECROSE FIBRINOIDE

Forma especial de necrose, que ocorre em


reações imunes .

CAUSAS Deposição de complexos de antígenos e


anticorpos nas paredes dos vasos sanguíneos, mas
também pode acontecer na hipertensão grave

MICRO Aparência amorfa róseo-brilhante na parede dos


vasos danificados, conhecida como fibrinoide
(semelhante a fibrina)
TIPOS DE NECROSE

NECROSE FIBRINOIDE
CONSEQUÊNCIAS DA NECROSE

FAGOCITOSES DE
RESTOS
PARTICULADOS POR REPARO CALCIFICAÇÃO
LEUCÓCITOS

TECIDO
ENCISTAMENTO
REGENERAÇÃO CICATRICIAL
FIBROPLASIA
CONSEQUÊNCIAS DA NECROSE

GANGRENA

Forma de evolução de necrose secundária que


resulta da ação de AGENTES EXTERNOS sobre o
tecido necrosado.
A desidratação do tecido necrosado origina a
GANGRENA SECA (mumificação).
GANGRENA SECA

Cor escura, azulada


ou negra, por
impregnação de
hemoglobina, com
uma linha nítida
(reação inflamatória)
entre o tecido morto e
o não lesado.
Ocorre principalmente
nas extremidades de
dedos, artelhos e
ponta do nariz.
GANGRENA SECA
GANGRENA ÚMIDA OU PÚTRIDA

Invasão por
microorganismos
anaeróbicos
produtores de enzimas
que liquefazem os
tecidos mortos e
produzem gases
fétidos que se
acumulam em bolhas
juntamente com o
Gangrena úmida com material liquefeito
presença de microorganismo
anaeróbios
GANGRENA ÚMIDA
GANGRENA

Gangrena úmida com


presença de
microorganismo anaeróbios
GANGRENA GASOSA

É secundária à contaminação
com microorganismos do
gênero Clostridium que
liberam enzimas proteolíticas e
lipolíticas e grande
quantidade de gás, formando
bolhas.

Gangrena gasosa prevalecendo


a formação de bolhas no local

Você também pode gostar