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Tratamento homeopático para

coma pós-operatório
prolongado: relato de caso
G Vithoulkas, V Văcăraș, J Kavouras, AD Buzoianu, M Mărginean , D Văcăraș e S Cozma

J Med Life. 2017 Apr-Jun; 10(2): 118–121.


Resumo
• Coma é um estado de inconsciência sem respostas aos estímulos.
• Graus variados
• Várias causas
• Escala Glasgow de Coma - avalia as melhores respostas motoras,
verbais e oculares do paciente
• Abaixo 8 pontos- coma

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Escala Glasgow de Coma

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Fatores que favorecem à predisposição

• comorbidade prévia,
• idade avançada,
• hipotensão intra-operatória e
• cirurgia cardiovascular
podem predispor os pacientes ao coma pós-operatório.

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• O coma é produzido por um dos dois problemas importantes:
• um deles é morfológico, consistindo em uma lesão do tronco
encefálico e / ou diencéfalo (primário ou secundário à compressão)
ou uma lesão destrutiva generalizada localizada nos hemisférios;

• o outro é sub microscópico ou metabólico - consequência a


supressão da atividade neuronal no sistema de ativação reticular e do
cérebro

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• Apesar de uma complicação rara, o coma pós-operatório é uma
doença grave que leva à morte e causa imenso sofrimento no
paciente e em sua família.

• o manejo de tal paciente deve ser extremamente rápido e bem


conduzido, tendo em mente o fato de que o estado de um paciente
comatoso nunca poderá ser considerado totalmente estável.

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Manejo de um paciente comatoso

• Proteção contra hipóxia e hipoventilação – O2 intubação endotraqueal,


ventilação assistida
• - Equilíbrio – fluidos e eletrólitos
• - Nível glicêmico adequado
• - Proteção contra hemorragia gástrica e
secreção gástrica excessiva
• -Evitar pneumonia por aspiração
• - Evitar trombose
• O manejo deve ser individualizado e muito bem
adaptado às necessidades de cada paciente
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• Como o coma pós-operatório é um evento
bastante raro, mas também um fatal na
maioria dos casos, famílias e médicos
começaram a considerar terapias alternativas.

• O artigo apresenta um caso de coma pós-


operatório tratado com sucesso com a
homeopatia.

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Relato de Caso

• Mulher 81 anos foi admitida em Julho de 2015 no Departamento de


Cirurgia Cardiovascular de um hospital em Bucareste para uma
cirurgia de substituição valvar aórtica.

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Histórico

• Hipertensão leve, diabetes tipo 2 insulinodependente, doença arterial


coronária, insuficiência cardíaca congestiva, estenose aórtica grave,
insuficiência mitral moderada, hipertensão pulmonar leve,
ateromatose carotídea bilateral com estenose de 50% da artéria
carótida interna esquerda, completa mastectomia direita para câncer
de mama (nesse momento em remissão).
• substituição da válvula aórtica por bioprótese (Medtronic Hancock II
Ultra nº 23) e revascularização do miocárdio usando uma dupla
circulação aórtica-coronária.

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Evolução
• A evolução pós-operatória foi boa em termos da doença cardíaca.
• A paciente não recuperou a consciência após a anestesia, mantendo
um estado comatoso profundo (GCS 7 pontos - E1V2M4).

• TC Cerebral - Não há recentes lesões cerebrais isquêmicas ou


hemorrágicas, atrofia cerebral difusa moderada e ateromatose
carotídea.

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• Após a cirurgia, a paciente foi internada na Unidade de Terapia
Intensiva - abordagem multidisciplinar.
• drogas inotrópicas, antiarrítmicas e diuréticas, insulina e
antidiabéticos. A paciente foi mantida hidratada e os eletrólitos
equilibrados - i.v.,
• profilaxia para trombose venosa profunda e tromboembolismo
pulmonar foi realizada por meio de heparina de baixo peso molecular.
A profilaxia para escaras também foi realizada usando um colchão de
ar para aliviar a pressão.

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• A paciente entrou em dificuldade respiratória aguda - ventilação
mecânica para manter a oxigenação.

• Apesar desses esforços terapêuticos complexos e corretamente


realizados, a paciente não recuperou a consciência e ainda estava em
coma profundo no décimo quarto dia pós-operatório (GCS 7 pontos -
E1V2M4), sem ter uma explicação médica confirmada.

• Nesse ponto, a família da paciente solicitou uma consulta com um


especialista homeopático.
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Avaliação homeopática
• O exame homeopático, realizado no 14°dia do pós-operatório,
revelou o seguinte:
• paciente idosa, comatosa, tranquila, com pele pálida e fria, com a
necessidade de se descobrir (os poucos movimentos que ela fez com as mãos
foram para remover o cobertor e as roupas, como se quisesse mais ar - "sede
de ar"), distensão abdominal e inchaço.
• O tratamento homeopático foi iniciado no mesmo dia, utilizando os
glóbulos Carbo Vegetabilis 200CH 7 duas vezes ao dia, administrado
diluído em 20 ml de água através de uma sonda nasogástrica.

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• A evolução do paciente foi espetacular. No dia seguinte, após o início
do tratamento (décimo quinto dia pós-operatório), a paciente estava
em coma superficial (GCS 11 pontos - E2V4M5), e no próximo dia
recuperou a consciência.
• Carbo Vegetabilis foi administrado na mesma dose por um total de
cinco dias.

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2° avaliação homeopática
• paciente severamente dispneica (mesmo falar causou exaustão) com
pele pálida, fadiga severa agravada pelos menores movimentos,
sensação de fraqueza localizada na área do peito, extrema falta de
energia, o desejo de "ficar sozinha".

• Considerando o estado de exaustão geral que a paciente apresentava


no momento e a falta de energia, o tratamento homeopático foi
alterado para um novo remédio: Stanum metallicum 30CH 7 glb
administrados sublingual duas vezes ao dia durante uma semana.

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• Após o segundo remédio, o estado geral do paciente melhorou
dramaticamente: ela começou a comer, conseguiu permanecer em
uma posição sentada com pouca ajuda, sua fadiga diminuiu
significativamente.
• A paciente foi então transferida para uma clínica de recuperação em
Cluj-Napoca, a fim de continuar o tratamento de recuperação
cardiovascular.
• Programa de recuperação cardiovascular individualizado

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• Alta hospitalar em Setembro de 2015
• Nas semanas seguintes após a liberação, a paciente recuperou-se
quase que inteiramente, tanto física como mentalmente.

• Ela conseguiu retomar seu lugar em sua família e na sociedade em


geral.

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Discussão

• A abordagem homeopática é completamente diferente da clássica,


alopática.
• Se o medicamento alopático tem a tendência de suprimir qualquer
sintoma, a homeopatia utiliza esses sintomas para escolher o remédio
correto.
• Dado a uma pessoa doente, esse remédio ativará os mecanismos de
defesa da própria pessoa - auto cura

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• Considerando a gravidade de uma complicação pós-operatória, como
o coma e o impacto, não só no paciente, mas também na família do
paciente, acreditamos que a homeopatia deve ser considerada como
uma solução viável para este tipo de situações.

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Conclusão

• Uma abordagem multidisciplinar e completa é necessária para esses


pacientes, mas mesmo após uma terapia bem conduzida, essa
condição leva à morte do paciente.
• Acreditamos que este caso trará uma nova luz sobre o uso da terapia
complementar, como a homeopatia, no manejo dos pacientes que
sofram de condições severas.

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Referências
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Obrigada!

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