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Qualidade
A qualidade pode ser vista como o resultado da comparação das expectativas do Cliente, com a
perceção do desempenho do próprio produto/serviço. A qualidade é o conjunto de características
contidas num produto ou serviço que, em conformidade com as especificações vai ao encontro e, por
vez, supera as expectativas do cliente interno e externo.
Produtividade
É a relação da quantidade de bens/serviços produzidos por uma unidade de medida (ex.: por
hora de trabalho).
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A produtividade relaciona:
Inputs Outputs
• Output / mão-de-obra
• Output / capital investido
• Output / materiais utilizados
• Output / energia
Medição Multi-Fator:
Medição Global:
• Output / Input
• Mercadorias e serviços produzidos / todos os recursos utilizados
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Para aumentar a produção, as empresas podem adquirir mais máquinas, ampliar as
instalações e admitir mais mão-de-obra.
Podemos aumentar a produção através, não do aumento dos inputs, mas da sua utilização
racional, tal como:
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A produtividade é uma medida estatística usada para exprimir a competitividade. A empresa
necessita de ser competitiva para poder vender os seus serviços/ produtos. Para isso, a empresa precisa
de colocar no mercado aquilo que os seus clientes desejam e procurar satisfazer esse desejo, ou ainda
superá-lo.
Competitividade
O valor é dependente do nível de satisfação das funções que servem. Um produto terá tanto
mais valor quanto menor for o custo de realização de produto e, simultaneamente, maior benefício
possa oferecer ao utilizador.
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Valor = grau de adequeação do produto às necessidades/ custo do produto
Ou
Ou
Fatores de Competitividade
• Time to market
• Preço
• Diferenciação
• Flexibilidade
• Qualidade
Uma empresa com elevados índices de produtividade será consequentemente uma empresa
competitiva? Como pode a empresa ir de encontro às necessidades dos Clientes?
Estratégia da Qualidade
• Ouvir os clientes
• Estabelecer padrões
• Melhoria contínua
• Serviço
Estratégia da Produtividade
• Controlar os custos
• Combater desperdícios
• Organizar o trabalho
• Criatividade para melhoria contínua
• Trabalho em equipa
• Produzir com menos recursos
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Uma empresa pode manter-se competitiva por Combater Desperdícios:
Eficiência e Eficácia
Fornecedores
Eficiência
Inputs
Trata dos inputs, o consumo real Eficiência
dos recursos comparado com o
Processo de Trata dos outputs e dos
esperado. Trata-se de fazer as transformação
resultados. É o output real
coisas corretamente.
Outputs comprado com o desejado.
Trata-se de fazer as coisas
corretas.
Clientes
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Metodologia dos 5S’s
Este método visa combater eventuais perdas e desperdícios nas empresas, isto é, tudo o que gera custo
extra.
Identificar e arrumar tudo, que qualquer pessoa possa localizar facilmente o que procura.
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Shitsuke (Senso da Disciplina)
Fazer destas atitudes, ou seja, da metodologia, um hábito transformando os 5’s num modo de vida.
Gestão da produtividade
• Muitas vezes descurado pelas empresas, pode transportar a laboração de uma pequena
empresa para níveis notáveis de produtividade
• Demorou-se muito tempo a considerar que as condições de trabalho e a produtividade estão
interligadas
• Custos diretos vs custos indiretos
• O corpo humano, apesar da sua grande capacidade de adaptação, tem um rendimento muito
maior quando o trabalho decorre em condições ótimas
• Encontrar uma maneira melhor de executar uma tarefa, através da técnica do estudo dos
métodos
• Estabelecer o período de duração do trabalho, através da técnica da medida do trabalho
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O estudo dos métodos consiste em registar e examinar, de forma crítica e sistemática, os
métodos existentes de execução de um trabalho, a fim de o aperfeiçoar, de o tornar mais eficiente e
implicando a redução dos custos; aplica-se na redução do conteúdo de trabalho de um posto ou de uma
operação;
A medida do trabalho é a aplicação de certas técnicas que têm por fim determinar o tempo
necessário para um trabalhador qualificado executar uma dada tarefa, com um nível de rendimento
bem definido. Tem por fim investigar e reduzir os tempos improdutivos e fixar as normas de tempo das
operações, executadas de forma aperfeiçoada, ditada pelo estudo dos métodos.
A medida da produtividade baseada na gestão das condições laborais e permite evidenciar até
que ponto as circunstâncias de trabalho e a produtividade se encontram ligadas.
A Decomposição Do Tempo De Trabalho de que uma empresa dispõe para o exercício da sua
atividade económica é dado pelo potencial da duração total do trabalho correspondente aos horários de
trabalho praticados na organização deduzido do período de férias e feriados.
1. O conteúdo de trabalho total (C), isto é, a quantidade de tempo de trabalho contida num dado
produto ou operação;
2. O tempo improdutivo (I), isto é, qualquer causa que tenha como efeito a interrupção do
trabalho.
Com frequência o conteúdo de trabalho total regista tempos efetivos superiores aos
teoricamente adequados – tempos suplementares
Deste modo, a duração total do trabalho (D) corresponde ao somatório das seguintes
componentes temporais:
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Fatores que diminuem a produtividade:
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o Quando a implantação da fábrica ou posto de trabalho provoca movimentações
excessivas;
o Quando os métodos de trabalho do operário provocam o desperdício.
A Produtividade Máxima pode ser alcançada através de uma ação sistemática dos gestores
com a colaboração dos trabalhadores, na aplicação das técnicas do estudo do trabalho, envolvendo quer
o estudo dos métodos quer a medida do trabalho.
A medida mais relevante para avaliar o bem-estar dos cidadãos é dada pelo indicador
rendimento per capita, isto é, o valor equivalente ao produto dos bens/serviços disponíveis por
habitante.
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Gestão da Qualidade
A qualidade pode ser vista como o resultado da comparação das expectativas do Cliente, com a
perceção do desempenho do próprio produto/serviço.
Clientes/consumidores: Colaboradores:
Acionistas: Comunidade:
Fornecedores: Governo:
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Os indicadores de gestão de qualidade são mecanismos de quantificação das características dos
processos e dos produtos/serviços. São utilizados para controlar/monitorizar e melhorar a qualidade e o
desempenho dos produtos e dos processos.
Estão mais ligados aos outputs do processo; representam a eficácia com que o processo em
análise está a ir de encontro às necessidades e expectativas dos seus clientes; indica se o processo está a
Indicadores de Qualidade
Indicadores de Produtividade
Indicadores de Flexibilidade
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Indicadores e avaliação
Os indicadores, depois de estabelecidos, devem ser monitorizados em períodos de tempo pré-
estabelecidos. Para tal, essa monitorização/análise deve demonstrar:
➢ Níveis:
o Patamares em que os resultados se encontram no período em análise.
➢ Tendências sobre:
o Variação do nível dos resultados em períodos consecutivos.
➢ Comparações com:
o Indicadores compatíveis de outros produtos;
o Outros processos da organização;
o Outras unidades de negócio.
Os indicadores permitem ter a perceção entre a situação desejada e a situação real e atual. Por
essa razão, os indicadores devem ser:
➢ Representativos
➢ Fáceis de entender
➢ Testados no terreno
➢ Fáceis de calcular
➢ Disponibilizados a tempo
➢ Compatíveis com os meios de recolha dos dados
Evolução do conceito
O controlo do processo partiu do conceito de controlo estatístico (controlo feito com base em
ferramentas estatísticas). A principal preocupação é o controlo, colocando ênfase na conformidade do
produto, reduzindo as inspeções. Prevê a evolução de um determinado fenómeno, dentro de certos
limites.
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Quanto à garantia da qualidade, entre os anos 50 e 80 aparece a série de normas ISO 9000,
aplicáveis a qualquer tipo de empresa. A qualidade é vista como um conjunto de atividades
programadas e sistemáticas implementadas no âmbito do sistema (de qualidade). Tem como objetivo
proporcionar a confiança adequada de que uma organização está em condições de satisfazer as
exigências relativas à qualidade.
Em suma, entre o conceito de qualidade de antes e o conceito moderno, o que tem evoluído
são, sobretudo, as mudanças de atitude:
➢ As pessoas, a todos os níveis, são a essência de uma organização e o seu pleno envolvimento
permite que as suas aptidões sejam utilizadas em benefício da organização.
➢ Envolver as pessoas significa partilhar conhecimento, encorajar e reconhecer a sua
contribuição, utilizar a sua experiência e trabalho com integridade.
Melhoria contínua:
Liderança:
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➢ Os líderes estabelecem a finalidade e a orientação da organização. É importante criar e manter
um ambiente interno que permita o pleno envolvimento das pessoas para se atingirem os
objetivos da organização.
➢ A liderança deve providenciar modelos comportamentais consistentes com os valores da
organização – comportamentos que permitirão alcançar os objetivos da organização. O
ambiente interno inclui: o clima, o estilo de gestão, os valores partilhados, a confiança, a
motivação, a comunicação e o apoio.
➢ Se a partir do seu mapa interpretativo, o Colaborador acredita que o comportamento X é
aquilo que a empresa espera dele,
esse será o comportamento
demonstrado pelo Colaborador.
➢ Se, de seguida, não tiver qualquer
feedback em contrário, o mapa
interpretativo continuará a ser
reforçado e os comportamentos X
tenderão a ser repetidos.
Os fornecedores não são tratados como adversários, mas sim como parceiros.
As decisões eficazes são baseadas na análise de dados e informações. Os factos são obtidos a
partir de observações realizadas por pessoas qualificadas que utilizam meios de medida qualificados – a
integridade da informação.
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Focalização no Cliente:
As organizações dependem dos seus clientes e, por isso, torna-se imprescindível que
compreendam as suas necessidades, atuais e futuras, satisfaçam os seus requisitos e se esforcem por
exceder as suas expetativas.
Focalização no cliente significa que a organização dedica a sua energia na procura da satisfação
dos seus clientes e compreende que é dessa satisfação que surge o lucro.
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➢ Brainstorming - é uma técnica de resolução de problemas, em grupo, que visa a geração de
ideias criativas, que estimula a criatividade e a melhoria contínua da qualidade. Com este,
tornar-se-á possível explorar desacordos em vez de os evitar e que todos os membros do grupo
sejam ouvidos. Dá-se ainda um aumento de informação disponível.
➢ Diagrama de Causa/Efeito
➢ Diagrama de Pareto – é um recurso gráfico utilizado para estabelecer uma ordenação nas
causas de perdas que devem ser sanadas, ou seja, se eliminarmos os poucos problemas vitais,
poderemos resolver o problema inicial.
➢ Matriz GUT – ferramente de auxílo na priorização de resolução de problemas. A matriz serve
para classificar cada problema que se julga pertinente para a empresa pela ótica da gravidade
(do problema nas operações e pessoas envolvidas no processo), da urgência (da sua resolução)
e pela tendência (de melhoria ou deteriorização do problema.
➢ Histograma - é uma representação gráfica da relação entre os valores medidos para uma
determinada grandeza e a frequência com que esses valores ocorrem. Consiste num gráfico de
barras, representando a distribuição da frequência de um conjunto de dados (cada barra tem
uma área proporcional à frequência correspondente). Este tipo de representação facilita a
análise e as conclusões sobre os dados.
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Técnica World Café
Exemplo de aplicação
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Determinar porque acontecem acidentes de trabalho. Siga o esquema do diagrama de causa /
efeito (Ishikawa ou espinha de peixe).
Auditorias
Pode dizer-se que a auditoria é uma operação de análise e diagnóstico da empresa, tendo em
consideração todos os aspetos da sua gestão, a fim de avaliar a coerência, a racionalização de processos
e de apreciar a validade e o rigor dos resultados. São um órgão de controlo nas organizações, devendo
manter-se absolutamente independente. Permitem que diferentes auditores, trabalhando
independentemente, cheguem às mesmas conclusões em circunstâncias semelhantes.
Têm o objetivo de analisar o funcionamento parcelar ou global das organizações, para avaliar as
deficiências de desempenho e sugerir vias de correção e melhoria (não conformidade/ não
conformidade maior; correção/ação corretiva). Podem apresentar sugestões de melhoria e até planos
de ação para eliminar essas disfunções e fraquezas, as quais são incluídas no relatório final sob o nome
de recomendações.
Classificação de Auditorias
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A Norma NP EN ISO 19011: 2012, estabelece os princípios de base, os critérios, as práticas e as
linhas de orientação para planear, realizar e documentar as auditorias de sistemas de gestão da
qualidade e/ou ambientais. Estabelece também critérios de competência e avaliação de auditores.
Exemplos de Auditorias
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Um programa de auditorias deverá incluir a informação e os recursos necessários para
organizar e conduzir as suas auditorias de forma eficaz e eficiente (…), pode incluir:
Atividades da Auditoria
• 6.1 – Generalidades
• 6.2 – Início da auditoria
• 6.3 – Condução da revisão documental
• 6.4 – Preparação para as atividades da auditoria no local
• 6.5 – Execução da auditoria
• 6.6 – Preparação, aprovação e distribuição do relatório da auditoria
• 6.7 – Fecho da auditoria
• 6.8 – Seguimento da auditoria
➢ Independência ➢ Evidências
➢ Código de conduta ética ➢ Confidencialidade e integridade
➢ Apresentação justa
Programa de Auditorias (informação cedida pelo gestor dos necessárias, por exemplo:
➢ Salientar os objetivos;
➢ Identificar os recursos (humanos e materiais);
➢ Atribuir tempo suficiente.
Planeamento e preparação:
Oraganização
Plano de Praparação da Notificação da
da equipa
auditorias auditoria auditoria
auditora
Auditoria no local:
Recolha e
Reunião de Elaboração do Reunião de
verificação da
abertura relatório fecho
informação
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• Entender o espírito e o enquadramento em que se encontram os auditados.
• Colocar os auditados “à vontade”, fazer face à sua apreensão, às suas preocupações.
• Criar um ambiente adequado e facilitador.
• “Peço desculpa, eu não fiz bem a pergunta… o que eu queria saber era…”
• “Porque é necessário esclarecer…”
• “O que está a dizer é muito importante, já voltaremos a este ponto, mas temos de verificar este
ponto e a razão de ser da pergunta é…
Técnica do Funil
Relatório da auditoria
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Acompanhamento da auditoria
• Fotografias;
• Procedimento alterados;
• Certificados.
Os custos de qualidade fazem referência à diferença entre o custo real previsto e o que aconteceria se
não houvesse defeitos ou erros, ou seja, os custos necessários para se conseguir a conformidade.
Os custos de qualidade podem ser adregados a três categorias: custos de prevenção, custos de
avaliação, que estão associados aos custos de qualidade, e os custos das falhas, que estão associados
aos custos de não qualidade.
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• Os custos de prevenção, incluem os custos efetuados em atividades que visam reduzir as falhas
e as avaliações, garantindo uma boa qualidade à primeira vez.
• Os custos de avaliação são os custos de todas as operações efetuadas para verificar se os
produtos ou serviços estão de acordo com as especificações.
• Os custos de falhas correspondem aos produtos acabados que se encontram em não
conformidade com o especificado no projeto.
o As falhas internas são os custos efetuados com erros e defeitos produzidos que não se
transmitem ao cliente final porque são detetados e corrigidos dentro da empresa
(exemplo: os refugos, os retrabalhos, perdas de rendimento, entre outros).
o As falhas externas, é quando o produto sai da empresa com algum tipo de falha e esta
é detetada pelo próprio cliente. A empresa pode medir estas falhas externas com o nº
de reclamações efetuadas ou o nº de devoluções, por exemplo.
• O gráfico pressupõe que dificilmente uma empresa atinge o nível de qualidade a 100%, pois
isso é quase impossível.
• Encontrar o nível ótimo de qualidade significa encontrar o ponto onde a curva do custo das
falhas, sejam elas internas ou externas, se cruza com a curva dos custos de avaliação e
prevenção.
• Ou seja, as empresas podem até apostar em medidas de prevenção e avaliação, porém isso não
garante que a empresa deixaria de ter falhas, pois iria haver sempre falhas por mínimas que
fossem, e ao apostar demasiado em prevenção e avaliação, isso implicaria um custo muito
elevado, na qual a empresa não iria ter o retorno pretendido.
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