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PORTO ALEGRE/RS
2021/2
SUMÁRIO
PARTE I: PESQUISA.....................................................................................................3
1.2 OBJETIVOS................................................................................................................3
2.1 METODOLOGIA........................................................................................................6
2.2 CRONOGRAMA........................................................................................................7
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................6
REFERÊNCIAS............................................................................................................11
APÊNDICES..................................................................................................................12
ANEXOS........................................................................................................................13
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1 PARTE I: PESQUISA
A Pedagogia Waldorf passou a ser utilizada na Alemanha, quando era necessário um tipo de
impulso social, quando o país encontrava-se numa ressaca de guerra. Rudolf Steiner, o criador da
Antroposofia, na época, foi convidado para realizar uma palestra em uma fábrica de cigarros
denominada Waldorf. Assim, durante a sua palestra, todos os colaboradores ficaram atentos, porém,
durante os comentários pós palestras, indagaram sobre como educar os seus filhos daquela forma,
visto que eles mesmos haviam recebido um tipo de educação diferente; alegando, ainda, que para a
metodologia de ensino funcionar, deveria existir escolas que aplicassem as tais formas de ensino
ditadas por Rudolf. Assim, em 1919, na Alemanha mesmo, sugiu a primeira escola com
metodologia Waldorf. A escola apresentava a proposta de desenvolver seres humanos melhores
para a sociedade, que pensassem nas situações, avaliando os passos e ações que deveriam ser
realizados.
Desta forma, a Pedagogia Waldorf passa a ter o objetivo de alcançar um tipo de
desenvolvimento integral dos educandos, respeitando, sempre a necessidade e as limitações de cada
aluno. Assim, a criança dentro da educação infantil (dos dois anos até os seis) não recebe nenhuma
interferência de letras e números, “A nossa mais elevada tarefa deve ser a de formar seres humanos
livres que sejam capazes de, por si mesmos, encontrar propósito e direção para suas vidas”
(ANTROPOSOFY, 2016), dessa forma, passa-se a fomentar a necessidade do aluno pensar por si
só, e definir o que é melhor para a vida dele de forma autônoma.
1.2 OBJETIVOS
Para que o estudo aqui apresentado seja fundamentado, torna-se necessária a apresentação dos
objetivos de pesquisa, sendo eles:
a) Demontrar o que é a Pedagogia Waldorf e como ela se aplica no ensino atualmente;
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Dessa forma, o primeiro princípio refere-se à formação dos indivíduos, ou seja, os mesmos
devem ter condições psicológicas de decidir por suas ações e transformar seu futuro, contribuindo,
também, para o desenvolvimento do mundo. O segundo demontra que os ensinos não podem ser,
principalmente, teóricos e maçantes, mas sim, devem apresentar formas de aprendizagem que se
encaixem com a realidade dos alunos. O terceiro destaca-se por demonstrar que o homem tem
tendência a reproduzir o que as gerações passadas reproduziram.
Por isso, deve-se respeitar as formas de desenvolvimento infantil que se apresentam em
sala de aula, para que a aprendizagem dos alunos seja igual, e a turma passe a caminhar num mesmo
objetivo. Assim, quando a criança entra para a escola, ela apresenta senso de curiosiade, e, com o
passar do temp, o seu domínio de linguagem, escrita, números e ciências passa a evoluir, visto que
começa a relacionar os aprendizados teóricos com a vida prática (FEWB, 2016).
Assim, a criança vai para a escola para fazer o que gosta, ou seja, brincar; por isso, estudos
sobre o ato de brincar passaram a ser desenvolvidos e ganharam espaço dentro da pedagogia. O ato
de brincar possibilita às crianças a experiência da escolha, realizar conquistas, desenvolver seus
sentidos e provoar a sua coordenação motora. O principal objetivo disso é proporcionar à criança a
possibilidade de ser um adulto desenvolvido, que tenha como “se virar”: trabalhar, socializar,
realizar suas atividades diárias, estudar, educar seus filhos, interagir com animais e demais
atividades cotidianas. Assim, na educação infantil:
[...] a criança desenvolve-se em grande parte através do brincar. O brincar é tão importante
e sério como o trabalho para o adulto. Ao brincar, a criança vai adquirindo experiências e
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vivencias com as quais vai aprendendo a se situar em seu meio ambiente. É no brincar que
a criança conhece o mundo e a si mesma e desenvolve capacidades de relacionamento
social e coordenação motora. (ANTROPOSOFY, 2016).
De tal forma, o currículo de uma escola deve ser elaborado de forma que reflita os seres
humanos que a mesma busca moldar, assim, como relata Silva (2015, p. 15) “[...] “além de uma
questão de conhecimento, o currículo é também uma questão de identidade”, visto que é no período
escolar que desenvolvem-se valores e hábitos sociais, que participam ativamente da formulação
essencial da pessoa.
Por isso, as escolas devem apresentar em seus currículos ideologias que buscam melhorar e
demonstrar que a criança pode se tornar um ser humano de valores. Silva (2015, p. 31) diz: “[...] a
escola atua ideologicamente através do seu currículo”. Por isso, este deve ser pensado e
desenvolvido a partir da questão “Que ser humano desejo formar?”. Baseada nesta questão é que as
escolas devem selecionar os conhecimentos. E para isso inevitavelmente um segundo
questionamento passa a ser feito "Que tipo de conhecimento vale mais?”. Giroux (1997, p. 10)
aponta que o currículo deve “[...] construir as condições que permitam que a humanidade busque
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sua autocompreensão e significado”, ou seja, demonstrar a flexibilidade do ser humano, bem como
a sua essência educacional.
O que fica claro para ele é a importância de se propor uma trajetória curricular condizente
ao tipo de ser humano que a escola quer formar. Como demonsra Paraíso (2010, p. 588) “[...]
currículo é a constituição de modos de 15391 vida, a tal ponto que a vida de muitas pessoas
dependem do currículo [...]”, então nada mais correto que este seja elaborado a partir do meio que
está inserido.
O currículo das escolas Waldorf demonstra e descreve o ser humano que desejam formar
para a sociedade, pois acreditam-se, nesta ideologia, que “A nossa mais elevada tarefa deve ser a de
formar seres humanos livres que sejam capazes de, por si mesmos, encontrar propósito e direção
para suas vidas”, como sugere Rudolf Steiner (EWRS, 2016, p. 45). Levando em consideração o
desenvolvimento humano, baseada nas características das crianças, segundo sua idade cronológica.
Então a partir desse olhar Silva (2014, p. 527) comenta “[...] mais que reconhecer as diferenças,
somos levados a construir nossas próprias identidades a partir de distinções, negando a existência de
um eu independente dos outros [...]”, mostrando a força das relações sociais para o desenvolvimento
humano, pois é a partir delas que a criança irá construindo e reconstruindo o seu eu. Para isso a
Pedagogia Waldorf organiza seu currículo pensando nesse homem livre que deseja formar, bem
como foca seu planejamento nas fases do desenvolvimento, que são chamadas de setênios:
Assim, estas fases levam em conta algunsm momentos básicos previstos no decorrer do
desenvolvimento humano. Então, o primeiro setênio envolve dos 0 aos 7 anos de idade, dos 7 aos
14 anos é denominado o segundo setênio, e por fim dos 14 aos 21 anos o terceiro e último setênio.
As crises de cada fase denominada anteriormente levam em conta: aos 7 anos de idade ocorre a
troca de dentes, aos 14 a puberdade, e aos 21 a maioridade. Sendo assim, as escolas Waldorf se
baseiam nessas fases para promover o seu pensar. Como pressupõem Tyler citado por Kliebard
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Como a gente está dentro da Pedagogia Waldorf a gente tem uma forma de trabalhar que se
repete todos os anos e diferencia dentro de cada fase, o que os pequenos vão fazer ou não.
O ensino é criando o ambiente em que a criança possa se desenvolver. Então, temos
atividades que são diárias [...] pra trazer o ritmo diário [...] e tem o ritmo semana [...] onde
cada dia da semana tem alguma atividade [...] como hoje é aquarela. Esse é o currículo fixo
que não se altera.
2.1 METODOLOGIA
O estágio foi realizado na escola Associação Micael de Pedagogia Waldorf do Rio Grande
do Sul, a mesma localiza-se na Av. Arlindo Pasqualini 232, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, sob
CEP 91760-140 . Atualmente, sua Diretora Pedagógica chama-se Tiele Superti e a turma elegida
para a realização do estágio foi o 5° ano do ensino fundamental, com 15 alunos.
Aescola possuí, atualmente, 164 alunos, com infraestrutura adequada para o recebimento e
ensinamento de seus educandos. A associação nasceu por iniciativa de algumas pessoas que
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2.2 CRONOGRAMA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O currículo das Escolas Waldorf, considera que o ensino deve ser gradual, pois a criança
passa por fases de desenvolvimento tanto interno quanto físico. Que devem ser respeitadas. Então o
mundo deve ser apresentando calmamente, para que assim a criança vá se apropriando com
naturalidade. Para isso, são apresentados contos de fadas, que tem a função de instigar a imaginação
das crianças, como também de criar ritmo: dia e noite, estações do ano entre outros. Esses contos
são contados diariamente, o mesmo por até duas semanas, pois como a criança aprende por
imitação, esse processo se torna importante.
Sendo esse hábito uma das inovações curriculares percebidas na escola, pois é dada
especial importância para este momento. 15395 Diferente das escolas tradicionais, pois nestas são
lidas história diariamente, no entanto sempre diferentes. Como comenta a coordenadora de uma
instituição Waldorf: O objetivo de trazer ritmo são para as crianças menores, até da respiração,
desenvolver a linguagem, reflete na estruturação orgânica na configuração celular. [...] É uma
necessidade da criança repetir, e para os maiores exercita paciência.
Depois eles estão naquilo e acabam curtindo de novo [...] então tem a fase da novidade, eu
já conheço: aborrecimento, persistência, fortalecimento e segurança. Ficando claro o objetivo do
conto no desenvolvimento infantil no primeiro setênio, sendo trabalhado mais que a imaginação
nesses momentos, pois promove o aprimoramento físico da criança, que é uma das principais
preocupações das escolas Waldorf. Em complemento, Silva (2015, p. 79) comenta sobre o ensino
do tempo que podemos fazer referencia aos contos, pois estes trabalham indiretamente com essa
questão. Também se faz importante destacar a fala da coordenadora da escola Waldorf ao abordar a
relação do currículo oculto com essa questão, assim ela afirma “o ensino do tempo, através do qual
se aprende a pontualidade, o controle do tempo, a divisão do tempo em unidades discretas, um
tempo para cada atividade etc. Então o currículo oculto ensina, ainda, através de rituais, regras,
regulamentos, normas”.
Nas turmas denominadas de Maternal, ficam as crianças que ainda não completaram 3
anos, e nos chamados Jardins crianças de 3 a 6 anos. A coordenadora de uma instituição comenta
sobre a organização das turmas. Nas turmas de Jardim: “Os mais novos são cuidados, e introduzidos
nas brincadeiras e ensinados pelas crianças mais velhas. A criança aprende a brincar vendo os
outros brincando”. Como ocorre nas famílias, ambiente que é referencia para a Pedagogia Waldorf,
pois tudo lembra o contexto familiar. A professora exercendo a postura da mãe, crianças com faixas
etárias diferentes, em constante relação de troca, cuidado e auxilio. Sem deixar de lado, o próprio
ambiente que lembra uma casa aconchegante e harmoniosa.
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REFERÊNCIAS
PARAÍSO, M. A. Diferença no currículo. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 40, p. 587- 604,
maio/ago. 2010.
SILVA, M. A. da. Currículo como Currere, como Complexidade, como Cosmologia, como
Conversa e como Comunidade: contribuições teóricas pós-modernas para a reflexão sobre
currículos de matemática no ensino médio. Bolema, Rio Claro, v. 28, n. 49, p. 516–535, ago.
2014.
APÊNDICES
Separar cada plano em uma tabela individual, pois cada aula tem uma avaliação diferenciada
PLANO DE AULA
PLANO DE PERÍODO DE PANDEMIA
Nome da escola Associação Micael de Pedagogia Waldorf do Rio Grande do Sul
Diretor(a) Tiele Superti
Turma 5° ano do ensino fundamental
Pedagogia Waldorf
As aulas que levam em consideração a pedagogia Waldorf relacionam a criativiade junto com as
teorias, fazendo com que os educandos passem a relacionar e a fomentar o aprendizado em busca
da formação de humanos capazes de conviver em sociedade e torná-la melhor.
Por isso, as aulas são ministradas de segunda a sexta, com intervalos e atividades que movimentem
o educando, como, por exemplo, dança, exercícios, acompanhamento de músicas nas aulas,
brincadeiras que exploram a criatividade, atividades que mexam com tinta, massa de modelar e
demais materiais.
Descrever como foi desenvolvida essa aula, de maneira que outro professor possa a partir desse
plano de aula ministrá-lo, ou seja, detalhadamente!
Avaliação
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As avaliações são realizadas de acordo com as evoluções dos alunos, ou seja, cada aluno é
avaliado de forma pessoal. Assim, acaba tornando-se possível a avaliação do cognitivo de cada
aluno, que passa a demonstrar maior desenvoltura nas atividades realizadas e, também, passa a
relacionar a prática com a teoria; além de levar em consideração, claro, as atividades padrões que
englobam matemáica, português, ciências, idiomas e demais disciplinas.
Referências
LIVRO
STEINER, Rudolf. Conferência sobre pedagogia Waldorf. Biblioteca Nueva. ISBN: 9788417408084
ANEXOS