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03/03/2023

Exames complementares;
Laboratoriais e de 1. Introdução
Imagens
Prof. Esp. Me. Dr. Diego José Gambin

1. Introdução 1. Introdução
Os exames laboratoriais e de imagem:
Os exames laboratoriais são
complementares ao exame clínico
1. Exames microbiológicos;
periodontal;

2. Exames do hospedeiro (sangue);


Podendo auxiliá-lo no diagnóstico e 2.1. Principais alterações Sistêmicas;
na escolha da conduta terapêutica a
ser adotada.
3. Exames Radiográficos e Imagens.

(Lindhe et al., 2010) (Lindhe et al., 2010)

2. Exames Microbiológicos
Testes microbiológicos para bactérias periodontais:

Os principais complexos
2. Exames microbiológicos bacterianos são:
1. Vermelho;
2. Laranja;
1. Cultura bacteriana;
3. Amarelo;
2. Microscopia; 4. Verde;
3. Métodos Enzimáticos;
4. Testes Imunológicos;
5. Roxo.
5. Técnicas de Biologia Molecular.

(Lindhe et al., 2010)

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2. Exames Microbiológicos 2. Exames Microbiológicos


Testes microbiológicos para bactérias periodontais: Testes microbiológicos para bactérias periodontais:

1. Cultura bacteriana; Cultura Bacteriana:


 Cultivo, o isolamento e a identificação das espécies periodonto-
2. Microscopia; patogênicas, é considerado como padrão ouro quando comparado às
outras metodologias;
BANA
 Nesse método, a placa bacteriana é semeada em um meio seletivo ou
3. Métodos Enzimáticos;
não-seletivo, e a microbiota cultivável predominante é identificada;
 Considerado o único método existente capaz de identificar novas
4. Testes imunológicos; Elisa espécies, consegue ainda detectar múltiplas espécies bacterianas
DNA e RNA; 16S; simultaneamente e até algumas inesperadas;
5. Técnicas de biologia Molecular; DNA hibridação; etc.  Sua grande vantagem é a possibilidade de verificar a sensibilidade
PCR; microbiana aos antibióticos.
DNA-DNA Checkerboard; (Lindhe et al., 2010)

2. Exames Microbiológicos 2. Exames Microbiológicos


Testes microbiológicos para bactérias periodontais: Testes microbiológicos para bactérias periodontais:

Cultura Bacteriana:
 Cultivo, o isolamento e a identificação das espécies periodonto-
patogênicas, é considerado como padrão ouro quando comparado às
outras metodologias;
 Nesse método, a placa bacteriana é semeada em um meio seletivo ou
não-seletivo, e a microbiota cultivável predominante é identificada;
 Considerado o único método existente capaz de identificar novas
espécies, consegue ainda detectar múltiplas espécies bacterianas Placa de Petri
simultaneamente e até algumas inesperadas; - Indicação: Desinfecção de
 Sua grande vantagem é a possibilidade de verificar a sensibilidade instrumental; superfícies;
microbiana aos antibióticos. alguns microrganismos
periodontais.

2. Exames Microbiológicos 2. Exames Microbiológicos


Testes microbiológicos para bactérias periodontais: Testes microbiológicos para bactérias periodontais:
Microscopia: Microscopia:
Técnicas para a Periodontia foi descrita por  O exame microscópico não é aceito
Callens; comumente pelos clínicos, embora seja
1. Microscopia de contraste de fase: é tecnicamente um procedimento simples,
baseada em dois princípios da geometria, uma vez que exige investimento elevado e
amplitude e comprimento de onda, para permite determinar apenas a presença e/ou
criar uma imagem das células iluminadas a semi-quantificação de tipos morfológicos
2. Microscopia de campo escuro: utiliza sem a identificação da espécie microbiana.
raios de luz que, através de uma inclinação  Por isso, sua principal utilidade seria na
observação de uma mudança no grupo
específica, dirigem-se para o objeto
bacteriano predominante no sítio
formando uma imagem brilhante num
periodontal após a terapia. A. actinomycetemcomitans
fundo escuro.

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2. Exames Microbiológicos 2. Exames Microbiológicos


Testes microbiológicos para bactérias periodontais: Testes microbiológicos para bactérias periodontais:
Métodos Enzimáticos: BANA:
 São associadas à periodontite são  O peptídeo sintético N-Benzoil-DL-Arginina-2-Naftilamida (BANA), por
microrganismos anaeróbios gram- sofrer hidrólise pela microbiota subgengival:
negativos e podem utilizar principalmente  Foi o primeiro substrato a ser sugerido como sendo de possível valor
proteínas e peptídeos como fonte de diagnóstico.
energia.  O teste é realizado colocando-se uma amostra de placa dental numa tira
 Assim, uma ou mais enzimas proteolíticas, de papel impregnada com o peptídeo BANA.
exclusivas dessas bactérias, serviriam  Caso haja pelo menos um dos três grupos microbianos (T. forsythia, T.
como marcadores moleculares e, denticola e P. gingivalis), o BANA é hidrolisado promovendo uma reação
consequentemente, do risco e/ou da de cor (do azul ao preto), cuja intensidade é correspondente à
infecção causada por esses quantidade desses microrganismos.
microrganismos.

2. Exames Microbiológicos 2. Exames Microbiológicos


Testes microbiológicos para bactérias periodontais: Testes microbiológicos para bactérias periodontais:
BANA: Testes Imunológicos:
 Os métodos imunológicos podem ser
utilizados para avaliar espécies bacterianas,
envolvendo reação antígeno - anticorpo.
 Esses métodos são mais apropriados para
detectar microrganismos específicos em
amostras clínicas, com a vantagem de não
Halitose requererem bactérias cultiváveis,
promovendo uma estimativa quantitativa
Esse teste, quando comparado com o halímetro, pode Vírus: COVID-19
diagnosticar halitose mesmo quando o halímetro
ou semi-quantitativa dos microrganismos
apresente valores normais. Por isso, é considerado mais alvos.
eficiente.

2. Exames Microbiológicos 2. Exames Microbiológicos


Testes microbiológicos para bactérias periodontais: Testes microbiológicos para bactérias periodontais:
ELISA:
 O ELISA (enzyme-linked immunosorbent assays) envolve a ligação
de reagentes sorológicos (anticorpos) aos orifícios das placas de
poliestireno (previamente sensibilizadas pelo antígeno bacteriano)
ou nas membranas colocadas em sua base para absorção.
 Essa ligação é detectada por uma reação de cor, que pode ser
avaliada visualmente ou medida por um espectrofotômetro, cuja
intensidade de cor é proporcional à quantidade de bactérias da
amostra;
 Considerado um teste rápido.

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2. Exames Microbiológicos 2. Exames Microbiológicos


Testes microbiológicos para bactérias periodontais: Testes microbiológicos para bactérias periodontais:
Técnicas de Biologia Molecular:
PCR
 A Reação de Polimerase em Cadeia (PCR) é uma amplificação in vitro de
sequências de nucleotídeos (primer) de DNA ou RNA por meio de
repetidos ciclos de desnaturação, anelamento e extensão dos mesmos
por meio da polimerase do DNA.
 A sensibilidade e a especificidade extremas dessa técnica permitem a
detecção de 10 patógenos entre uma amostra da ordem de 106
bactérias.
 O PCR é teoricamente capaz de detectar um único microrganismo
numa amostra clínica pela sua habilidade de transformar um único
segmento de DNA em milhares de cópias idênticas.

2. Exames Microbiológicos 2. Exames Microbiológicos


Testes microbiológicos para bactérias periodontais: Testes microbiológicos para bactérias periodontais:
Técnica de Cheberboard DNA-DNA : Técnica de Cheberboard DNA-DNA :
 É baseada na utilização de genomas inteiros e sondas de DNA marcadas
por digoxigenina. Essa técnica facilita o processamento de amostras de
placa, respeitando a múltipla hibridização de 40 espécies em um único
teste.
 Os sinais quimiofluorescentes resultantes da hibridização são quantificados
e utilizados para avaliar a sensibilidade e especificidade das sondas.
 As sondas de DNA utilizadas nessa tecnologia são comumente ajustadas
para detectar 104 células de cada espécie, sendo necessários, portanto,
equipamentos e laboratórios especializados.
 Esses fatores levaram à restrição do uso da técnica para fins diagnósticos,
usada, contudo, em pesquisas epidemiológicas.

2. Exames Microbiológicos 2. Exames Microbiológicos


Testes microbiológicos para bactérias periodontais: Testes microbiológicos para bactérias periodontais:
Técnica de Cheberboard DNA-DNA : Tabela: Resumo das vantagens e desvantagens dos métodos apresentados.

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3. Exames do Hospedeiro (Sangue)

Hemograma completo;
Tempo de sangramento;
Tempo de coagulação;

2. Exames do Hospedeiro (Sangue) Tempo de ativação Protrombina (TAP);


Hospedeiro
Glicemia em Jejum;
Curva glicêmica (TOTG);
Ureia;
Creatinina.
(Lindhe et al., 2010)

3. Exames do Hospedeiro (Sangue) 3. Exames do Hospedeiro (Sangue)


Hemograma completo; Hemograma completo;

Avalia condições diversas do organismos do paciente;

Auxilia a definição dos tratamentos;

Auxilia a adoção de estratégias de prevenção;

Prepara o paciente para futuras intervenções cirúrgicas;

Auxilia o paciente a adoção de cuidados pós-operatórios;


(Lindhe et al., 2010) (Lindhe et al., 2010)

3. Exames do Hospedeiro (Sangue) 3. Exames do Hospedeiro (Sangue)


Hemograma completo; Hemograma completo;

Hemoglobina:
Hemácias: É uma proteína presente nos glóbulos vermelhos e a
São unidades morfológicas da série vermelha do sangue, responsável pela coloração vermelha do sangue. Essa proteína tem
também designadas por eritrócitos ou glóbulos vermelhos, que como função o transporte de oxigênio pelo organismo, pode
estão presentes no sangue em número de cerca de 4,5 a 6,0 x apresentar-se de diferentes formas, sendo a hemoglobina a mais
106/mm³, em condições normais. comum em indivíduos adultos.
Anemia é o nome dado às doenças
que se caracterizam pela baixa
quantidade de hemoglobina no
sangue.

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3. Exames do Hospedeiro (Sangue) 3. Exames do Hospedeiro (Sangue)


Hemograma completo; Hemograma completo;

Hematócrito: Hematócrito:
é um parâmetro laboratorial que indica a porcentagem de
células vermelhas, também conhecidas por glóbulos vermelhos, O hematócrito alto pode ser indicativo de:
hemácias ou eritrócitos, no volume total de sangue, sendo  Desidratação (perda de água);
importante para identificar e diagnosticar algumas situações, como a  Presença de doença cardíaca congênita;
anemia, por exemplo.  Presença de doença pulmonar;
 Aumento de hemácias e hemoglobina no
sangue.

3. Exames do Hospedeiro (Sangue) 3. Exames do Hospedeiro (Sangue)


Hemograma completo; Tempo de sangramento;
 Plasma é
Hematócrito: composto por
Método: Método de Duke.
água e proteínas Interferentes: Medicamentos que interferem na coagulação, anticoncepcionais
orais, aspirina.
O hematócrito baixo pode ser indicativo de: Valores normais: 1 a 3 minutos.
 Anemia; Interpretação: O TS mede a reação dos capilares à lesão; tal reação depende de
 Sangramento; plaquetas, de fatores plasmáticos, do endotélio e da contratilidade capilar. O TS
 Desnutrição; estará alterado nas situações de alterações vasculares (Purpura de Henoch-
 Falta ou diminuição de vitamina B12, Schoenlein, criogfobulinemias, telangiectasia capilar), nas pfaquetopenias
(primárias ou secundárias) ou nos defeitos qualitativos das plaquetas (Von Wif
ácido fólico ou ferro; (ebrand, trombastenia de Gtanzmann, trombopatias adquiridas) e na presença de
 Leucemia; inibidores da função ptaquetária (AAS, Dextran, fenilbutazona e outros).
 Excesso de hidratação.

3. Exames do Hospedeiro (Sangue) 3. Exames do Hospedeiro (Sangue)


Tempo de sangramento; Tempo de coagulação;

 Valores normais: Tempo de coagulação 5


a 15 minutos.
 Retração: inicia 1 hora após haver
coagulado, observando se uma retração
de 50 %.
 Valores anormais: Hiperfibrinogenemia,
anemia, fibrinólise secundaria.
 Tempo de coagulação prolongado:
deficiência de fatores da coagulação,
presença de anticoagulantes.

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3. Exames do Hospedeiro (Sangue) 3. Exames do Hospedeiro (Sangue)


Tempo de ativação Protrombina (TAP); Tempo de ativação Protrombina (TAP);

 É um exame usado para determinar a


tendência de coagulação do sangue;
 O tempo de protrombina normal é de
cerca de 11 a 14,6 segundos;
 Quanto maior for o TP, menor será a
concentração de protrombina no sangue;
 O TP mede quase que exclusivamente o
fator VII.

3. Exames do Hospedeiro (Sangue) 3. Exames do Hospedeiro (Sangue)


Curva glicêmica; Glicemia em jejum;
 O exame de glicemia em jejum serve para medir o nível da glicose
na circulação sanguínea do paciente;
 É necessário estar de 8 a 12 horas de jejum, sem consumir
nenhum tipo de alimento ou bebidas, apenas água é permitido.
 O exame é utilizado para investigar possíveis casos de diabetes e
para controle da doença;
 Em novas recomendações médicas, no lugar da glicemia de jejum,
usa-se a hemoglobina glicada (HbA1c), que não é necessário o
jejum;
 Além disso, a HbA1c, pode dar ao médico uma visão mais
profunda sobre como a glicemia se comporta.

3. Exames do Hospedeiro (Sangue) 3. Exames do Hospedeiro (Sangue)


Glicemia em jejum; Ureia;
 Verificar a quantidade de ureia no sangue para saber se os rins e
fígado e estão funcionando corretamente;
 A ureia é uma substância produzida pelo fígado, como resultado do
metabolismo das proteínas provenientes da alimentação.
miligramas de glicose por decilitro de sangue (mg/dL)  Após metabolização, a ureia circulante no sangue é filtrada pelos rins
e eliminada na urina.
 Quando há problemas no fígado ou nos rins, ou quando se tem uma
dieta muito rica em proteínas, a quantidade de ureia circulante no
sangue aumenta, caracterizando a uremia, que é tóxica para o
organismo.

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3. Exames do Hospedeiro (Sangue) 3. Exames do Hospedeiro (Sangue)


Ureia; Creatinina;
 A creatinina é uma substância presente no
sangue que é produzida pelos músculos e
eliminada pelos rins.
 A análise dos níveis de creatinina no
sangue geralmente é feita para avaliar se
existe algum problema nos rins,
especialmente quando está muito
aumentada, já que pode significar que os
rins não estão conseguindo eliminar a
creatinina e, por isso, está
sendo acumulada no sangue.

3. Exames do Hospedeiro (Sangue)


Creatinina.

3.1. Principais Alterações Sistêmicas

1. Doença Renal Crônica;


2. Diabetes Mellitus;
3. Doença Cardiovascular.

3.1. Principais Alterações Sistêmicas 3.1. Principais Alterações Sistêmicas


Doença Renal Crônica A DRC:
Alteração estrutural renal (glomerular, tubular e Ocorre: Maneira lenta, gradual e progressiva;
endócrina);
RIM: Recebe algum agravo por um tempo > 3 meses;
Progressiva e irreversível;
Anormalidade da estrutura dos rins e/ou perda das funções filtrativas dos mesmos,
provocando a perda definitiva das suas funções;
Redução ou limitação na capacidade de
(JONES et al., 2015)
filtração dos rins;
O indivíduo pode desenvolver como consequência:

Causando uremia (níveis elevados de ureia); Distúrbios


Anemia Hipertensão Fraqueza óssea
neurológicos
Acúmulo de substâncias no sangue que devem Prejuízo na nutrição IMUNIDADE Contra: Bactérias e Vírus
ser filtradas e excretadas pelos rins deficiente
(National Kidney Foundation’s, 2002; KITAMURA et al., 2019)

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3.1. Principais Alterações Sistêmicas 3.1. Principais Alterações Sistêmicas


A DRC: A DRC:
Prevalência mundial: 11-13% entre população adulta; Causas da Insuficiência Renal :
(HILL et al., 2016)

Prevalência EUA: 11% na população adulta; (1): Diabetes mellitus descontrolada*;


(TNHNES)

Prevalência China: 10,8% na população adulta; (2): Hipertensão arterial descontrolada*;


(LIU, 2013)

Prevalência Brasil: 9% na população adulta; (3) Causas genéticas, lúpus;


(BARRETO et al., 2016)
(4): Anomalias no segmento urinário, distúrbios eletrolíticos;
Prevalência Brasil: 30-50% na população adulta-
devido a diabetes e hipertensão. (5): Diminuição de taxa de filtração glomerular, etc.
(KITAMURA et al., 2019) (National Kidney Foundation’s, 2002; KIRSTAJN et al., 2012)

3.1. Principais Alterações Sistêmicas 3.1. Principais Alterações Sistêmicas


A DRC:
Doença Periodontal Doença Renal Crônica (DRC)
Insuficiência Renal (5 estágios):

(1): Afecções renais com taxa de filtração glomerular (TFG) normal;


Afetam qualidade de vida;

(2): Afecções renais com leve redução na TFG;


> Frequência em indivíduos com DRC;

Relação indeterminada;
(3): Redução moderada na TFG;
DRC é um fator de risco pra doença periodontal;
(4): Redução grave na TFG;
(ANDRONOVICI et al., 2018)

(5): Falência renal; Doença periodontal é multifatorial;


(OZMERIC et al., 2018)
(National Kidney Foundation’s, 2002)

3.1. Principais Alterações Sistêmicas 3.1. Principais Alterações Sistêmicas


A DRC: Diabetes mellitus;
 Diabetes mellitus é o nome
dado a um grupo de distúrbios
metabólicos que resultam em
níveis elevados de glicose no
sangue.

 Conhecido popularmente com


açúcar alto no sangue, existem
KIM, Y. J.; MOURA, L. M.; CALDAS, C. P.; PEROZINI, C.;
RUIVO, G. F.; PALLOS, D. Evaluation of periodontal vários tipos e várias causas
condition and risk in patients with chronic kidney de diabetes.
disease on hemodialysis. Einstein, v. 15, n. 2, p. 173-
177, 2017.

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3.1. Principais Alterações Sistêmicas 3.1. Principais Alterações Sistêmicas


Diabetes mellitus; Diabetes mellitus;
 Pré-diabetes é um quadro clínico no qual o  Diabetes Tipo 1: O sistema imunológico do
valor da glicose está demasiadamente organismo ataca as células do pâncreas que
elevado para ser considerado normal, mas produzem insulina e mais de 90% delas são
não alto o suficiente para ser identificados destruídas permanentemente.
como diabetes.  O pâncreas, portanto, produz pouca ou
 A pessoa tem pré-diabetes caso a glicemia nenhuma insulina. Apenas entre 5 e 10%
de todas as pessoas com diabetes têm a
em jejum fique entre 100 mg/dl
doença tipo 1.
(5,6 mmol/l) e 125 mg/dl (6,9 mmol/l) ou se
 A maioria das pessoas que tem diabetes
a glicemia duas horas após o teste oral de
tipo 1 manifesta a doença antes dos 30
tolerância à glicose fique entre 140 mg/dl anos de idade, embora ela possa se
(7,8 mmol/l) e 199 mg/dl (11,0 mmol/l). manifestar depois disso.

3.1. Principais Alterações Sistêmicas 3.1. Principais Alterações Sistêmicas


Diabetes mellitus; Diabetes mellitus;
 Diabetes Tipo 2 (não dependente de insulina ou
diabetes de início adulto), o pâncreas costuma
continuar a produzir insulina, às vezes até
mesmo uma quantidade maior que a normal,
especialmente no início da doença.
 No entanto, o organismo cria resistência aos
efeitos da insulina e, assim, a insulina existente
não é suficiente para atender às necessidades
do organismo. Conforme o diabetes tipo 2
avança, ocorre uma diminuição da capacidade
de produção de insulina pelo pâncreas.

3.1. Principais Alterações Sistêmicas 3.1. Principais Alterações Sistêmicas


Diabetes mellitus; Diabetes mellitus;
 DM relaciona-se com DRC e
 Relação da DM x Periodontite;
DCV/AVC;
 Perda óssea alveolar;
 DM relaciona-se com taxas
 DM como fator de risco a mortalidade e morbidade;
doença periodontal (3-4 x  DM relaciona-se com DP e perda
chance maior); óssea e dentária;
 Reabsorção óssea: Osteblastos;  Necessidade de controle glicêmico;
 Lacunas de absorção:  Diabetes gestacional é uma
Osteoblastos; classificação a ser observada como
risco DP;
 Incidência de periodontite em
 Condição fisiológica normal: Acoplados (unidos);
 Condição patológicas: Desacoplados.
pacientes com DM tipo 2.

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3.1. Principais Alterações Sistêmicas 3.1. Principais Alterações Sistêmicas


Hipertensão Arterial; Hipertensão Arterial;
 A hipertensão arterial é o aumento anormal – e por longo período – da Sinais e sintomas:
pressão que o sangue faz ao circular pelas artérias do corpo;
 A doença também é chamada de pressão alta; A hipertensão é uma doença silenciosa. Se
os sintomas abaixo surgirem, provavelmente ela já
 A pressão é apresentada em milímetros de mercúrio (mmHg); estará em fase mais avançada. O ideal, portanto, é
 O indivíduo é considerado hipertenso quando sua pressão fica maior ou detectá-la com exames.
igual a 14 por 9 na maior parte do tempo;  Dor de cabeça;
 o risco de ocorrerem doenças cardiovasculares, renais e por aí vai é  Falta de ar;
significativamente maior;  Visão borrada;
 Zumbido no ouvido;
 Aliás, entidades americanas já até baixaram o sarrafo para 13 por 8;  Tontura;
 O Ideal é ficar em torno de 12 por 8mmHg.  Dores no peito.

3.1. Principais Alterações Sistêmicas 3.1. Principais Alterações Sistêmicas


Hipertensão Arterial; Hipertensão Arterial;
Causas da Hipertensão Arterial: MECANISMO:
 DCV – Fator de risco para DP;
 Atividade inflamatória,
imunológica e humorais- Induzem
a produção de citocinas pró-
inflamatórias e a destruição do
epitélio;
 Entrada endotóxinas e
exotóxinas;
 Invasão direta na parede de vasos
por patógenos orais;
 Hipertensão x DCV S DP.

4. Exames Radiográficos e Imagens


Exames Radiográficos e Imagem;
O exame radiográfico é um tipo A tomografia computadorizada de
de avaliação complementar que feixe cônico fornece imagens
permite a análise do tecido tridimensionais precisas das
ósseo através das alterações
4. Exames Radiográficos e Imagens sofridas pelo mesmo,
estruturas, viabiliza uma nova forma
de diagnóstico em Periodontia e
possibilitando, por sua vez, a permite a detecção e a medição de
investigação sobre a evolução defeitos ósseos, defeitos de furca,
da periodontite ou o determinação de biótipo
acompanhamento de terapias periodontal, propiciando maior
instituídas. confiabilidade e precisão no
planejamento cirúrgico periodontal.

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4. Exames Radiográficos e Imagens 4. Exames Radiográficos e Imagens


Exames Radiográficos; Exames Radiográficos;
Indicações Gerais:  Condições anatômicas como:
 Quantidade de osso presente; posição do seio maxilar em
 Condição da crista alveolar; relação a destruição
 Perda óssea na região de furca; periodontal, presença de
 Largura do espaço do ligamento periodontal; dentes supranumerários,
 Fatores locais que intensificam a doença impactados ou agenesia
periodontal tais como: cálculo dental, má dental; e
adaptação de restaurações dentais, restaurações  Condições patológicas: cárie,
em excesso; lesões periapicais,
 Comprimento e morfologia da raiz, bem como a reabsorções radiculares.
proporção coroa-raiz;

4. Exames Radiográficos e Imagens 4. Exames Radiográficos e Imagens


Exames Radiográficos e Imagem; Exames Radiográficos e Imagem;
 Exames Radiográficos:  Exames Radiográficos:
 Radiografia periapical;  Radiografia periapical;
 Radiografia Interpróximal;
 Radiografia Panorâmica. Indicações na Periodontia:
• Diagnosticar cálculos salivares
(Tártaros);
• Diagnosticar a presença de
lesões e patologias;
 Exames de Imagens: • Diagnosticar a qualidade óssea
 Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico. alveolar e as perdas ósseas.

4. Exames Radiográficos e Imagens 4. Exames Radiográficos e Imagens


Exames Radiográficos e Imagem; Exames Radiográficos e Imagem;
 Exames Radiográficos:  Exames Radiográficos:
 Radiografia Interproximal;  Radiografia Panorâmica;

Indicações na Periodontia:  Indicações na Periodontia:


•Avaliar a condição periodontal e a crista óssea É uma técnica que produz uma única
alveolar. imagem das estruturas faciais que
incluem os arcos dentários, maxila e
mandíbula e suas estruturas de
suporte;
 Imagem inicial de uma avaliação para
auxiliar na indicação de outros exames.

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4. Exames Radiográficos e Imagens 4. Exames Radiográficos e Imagens


Exames Radiográficos; Exames Radiográficos;
Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico: Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico:
Indicações na Periodontia:
 Planejamento Cirúrgico Periodontal:
 Relação entre tecidos duros e moles;
 Distância entre a margem gengival e crista óssea;
 Distância entre crista óssea e junção cemento-esmalte;
 Espessura gengival e óssea;
 Defeitos ósseos vestibular e lingual;
 Perda óssea alveolar vertical, horizontal e oblíqua;
 Mapeia tridimensionalmente a perda óssea alveolar, lesões de furca e defeitos
ósseos;
 Auxilia no diagnóstico de fraturas e perfurações radiculares horizontais e
oblíquas.

4. Exames Radiográficos e Imagens 4. Exames Radiográficos e Imagens


Exames Radiográficos; Exames Radiográficos;
Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico: Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico:

5. Considerações Finais
 Em relação aos exames de sangue que podem ser realizados, sua
importância se destaca pela possibilidade de avaliar riscos cirúrgicos, de
modo a prevenir complicações no tratamento.
 Além disso, consegue-se prevenir infecções secundárias e processos
hemorrágicos, dentre outras complicações, ao identificar fatores como
má cicatrização e predisposições hematológicas. 6. Referências Bibliográficas
 Já as radiografias contribuem para a identificação de diversos problemas
odontológicos, direcionando os procedimentos que podem ser
realizados de acordo com as especificidades encontradas.
 Por esse motivo, mesmo que o cirurgião não tenha conhecimento das
patologias e condições sistêmicas do paciente, é possível obter tais
informações e proporcionar um tratamento seguro e eficaz.

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6.Referências Bibliográficas
1. ANDRONOVICI, A. M.; CÃRUNTU, I. D.; HURJUI, L.; VLAD, C.; FOIA, L. Comparative analysis of periodontal status in
hemodyalysis patients- A clinical approach. Romanian J Oral Rehabil, v. 10, n. 3, p. 57-68, 2018.
2. BARRETO, S. M.; LADEIRA, R. M.; DUNCAN, B. B.; SCHMIDT, M. I.; LOPES, A. A.; BENSEÑOR, I. M.; CHOR, D.; GRIEP, R.
H.; VIDIGAL, P. G.; RIBEIRO, A. L. Chronic kidney disease among adult participants of the ELSA-Brazil cohort:
association with race and socioeconomic position. J. Epidemiol Community Health, v. 70, n. [sn], p. 380-389, 2016.
3. CARRANZA, F. A.; KLOKKEVOLD, P. R.; TAKEI, H.H.; NEWMAN, M. G. Periodontia clínica. 10ª. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier; 2007.
4. HILL, N. R.; FATOBA, S. T.; OKE, J. L.; HIRST, J. A.; O’CALLAGHAN, C. A.; LASSERSON, D. S.; HOBBS, F. D. Global prevalence
of chronic kidney disease - a systematic review and meta-analysis. PLoS ONE, v. 11, n. 7, p. 1-18, 2016.
5. LINDHE, J.; LANG, N. P.; KARRING, T. Tratamento de periodontia clínica e implantodontia oral. 5ª ed. Rio de Janeiro: Prof. Diego José Gambin
Guanabara KONGAN, 2010.
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OBRIGADO!
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