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QUALIDADE E
GERENCIAMENTO
LABORATORIAL
Organogramas em
análises clínicas
Ana Paula Toniazzo
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Introdução
Os laboratórios de análises clínicas são estabelecimentos que prestam ser-
viços de saúde. Por isso, devem possuir alvará sanitário e um responsável
técnico (RT) de nível superior, de preferência biomédico. O RT é responsável
por planejar, implantar e garantir a qualidade de todos os processos labo-
ratoriais através de capacitação da equipe, sigilo de informações, manuten-
ção e inovação dos equipamentos e manutenção de protocolos atualizados.
Ele também é o responsável pela criação de documentos que descrevem o nível
de biossegurança necessário de acordo com as atividades executadas em cada
local do laboratório.
Para desenvolver suas atividades, o RT se utiliza de diagramas ou organo-
gramas que permitem uma visualização mais geral e rápida de todas as etapas
do processo organizacional do laboratório, desde a fase pré-analítica até a
pós-analítica. Esse profissional se baseia nos procedimentos operacionais
padrão, que são documentos que fornecem todas as etapas a serem seguidas
2 Organogramas em análises clínicas
Organogramas laboratoriais
O organograma é uma forma de representar graficamente a organização de
um laboratório, desde mostrar os papéis desempenhados pelos integrantes
para os próprios colaboradores ou para os clientes e parceiros até listar todas
as fases dos processos desenvolvidos nos laboratórios de análises clínicas.
Os organogramas mostram como uma organização está estruturada e quais as
funções de cada profissional que nela atua. Nesse contexto, por meio do orga-
nograma, o laboratório pode representar de forma gráfica e de fácil visualização
e execução todas as etapas de um processo. Para elaboração de organogramas,
são utilizados símbolos padronizados para cada fase do processo, conforme
apresentado na Figura 1 e no Quadro 1 (CASTELANI et al., 2019).
Normal
Chamar o Preferencial
cliente 80 anos
NÃO
Pegar
Pendência documento
pessoal Cadastrar
cliente
Resultado
Retirar Ir até a impressora
exames da Ir até a
Coletar pegar ordem de
pendência Autorizar impressora Voltar Finalizar
assinatura escritório/guia
exames pegar guias guichê cadastro
Imprimir do cliente triss/protocolo de
autorizados
resultados retirada de exames
Organogramas em análises clínicas
Coletar
assinaturas
Buscar
resultados Ir até a outra Entregar protocolo de
impressos Chamar Colocar Ir até a impressora
impressora retirar retirada de exames ao Voltar ao
próximo documentação escanear documento
etiqueta de cliente/liberação para guichê
cliente para coleta e pedido médico
recipiente a coleta
Colocar no
envelope
Entregar
para o
cliente
5W2H
5S “senso”
G×U×T
Para isso, esses protocolos devem ser escritos de forma bastante clara
e completa para que todos compreendam e coloquem em prática. Preferen-
cialmente, os gestores de laboratórios devem solicitar a participação dos
funcionários na elaboração dos POPs (BRASIL, 1999). A elaboração e a revisão
dos POPs devem ser realizadas pelos profissionais que realizam o processo.
Desse modo, o colaborador tem que ser treinado, habilitado e qualificado para
exercer suas tarefas e, por isso, deve escrever e fazer o que está escrito no POP.
Após a aprovação da equipe, esse documento deve ser aprovado por supervi-
sores (responsáveis técnicos), coordenadores e diretores para, então, poder
ser liberado. A equipe de cada setor deve se sentir incluída nesse processo.
Os POPs precisam ser constantemente atualizados, sendo que as alterações
devem ser discutidas com todos os técnicos dos laboratórios, assim como
os técnicos devem assinar um termo se comprometendo a cumprir as regras
estabelecidas por esses protocolos. Além disso, os POPs devem permanecer
disponíveis em locais acessíveis e de conhecimento de todos os profissionais
que desempenham atividades no ambiente laboratorial (BRASIL, 1999).
Procedimento Operacional
POP RG 000
Padrão (POP)
DIVISÃO DE ANÁLISES CLÍNICAS
Hospital
ospital Universitário
Universitári Elaboração de Manuais,
Prof. Polydoro Ernani de Versão: 01 Próxima Revisão:
Procedimentos Operacionais
São Thiago da 16/10/2016
Padrão e Instruções de Trabalho
Universidade Federal de
Santa Catarina
Elaborado por : Elayne Cristina de Morais Rateke Data da Criação : 18/06/2014
Revisado por : Data de Revisão :
Aprovado por : Maria Cláudia Santos da Silva Data de Aprovação : 16/10/2014
Local de guarda do documento: Rede/obelix/ SGQB/dacl/POP Gerais/ POP RG 000.pdf
Responsável pelo POP e pela atualização: Setor de Controle de Qualidade
Objetivo: Padronizar a elaboração de documentos
Setor : Controle de Qualidade Agente ( s): Servidores da Divisão de Análises Clínicas
Classificação de um processo
O sistema de gestão deve possuir uma caracterização dos processos da
seguinte maneira: todo trabalho é considerado um processo; todo processo
deve focar para satisfazer as necessidades do cliente; os responsáveis por
cada processo devem ser identificados, envolvidos e comprometidos com
as funções; processos que não agregam valor devem ser eliminados; devem
ser identificados e controlados os fatores críticos de sucesso de cada pro-
cesso; deve-se implementar sistemas de medição, comparação e registro de
argumentos pertinentes aos fatores críticos de sucesso; é preciso identificar
quais são os processos de referência que podem ser usados para definir as
metas das empresas.
Para isso, existe o ciclo PDCA (plan, do, check, act ou planejar, fazer,
verificar, agir), conforme descrito a seguir (CAMPOS, 2018).
Referências
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CAMARGO, R. F. Como fazer a Matriz GUT para a resolução de problemas? Conheça a
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