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O livre-arbítrio é uma ilusão?

Será a nossa liberdade uma mentira?

Este ensaio filosófico será meramente uma opinião/análise


do qual não será sustentado por crenças pessoais e religião!
O que é o livre-arbítrio? O livre-arbítrio é a capacidade de
poder decidir uma das nossas múltiplas ações de forma livre.
Mas seremos mesmo livres nas nossas escolhas? Há bastante
tempo que há esse debate e atrevo-me a dizer que até hoje
esse debate perdura. Após bastante tempo de estudo,
dedicação e debates, podemos nos deparar com três
perspetivas, sendo elas o Libertismo, o Determinismo Radical
e o Determinismo Moderado.
Duas destas perspetivas pertencem a um grupo denominado
de Teorias Incompatibilistas sendo uma incompatível com a
outra, ou seja, ambas não podem coexistir pois, o Libertismo
defende que temos livre-arbítrio sobre as nossas decisões e
as suas respetivas ações e que nada está determinado. O
Determinismo defende totalmente o oposto, ou seja, as
nossas decisões e ações estão todas de algum modo
determinadas presumindo que o livre-arbítrio seja
meramente uma ilusão. De outra perspetiva temos o
Determinismo Moderado que pertence ao grupo de Teorias
Compatibilistas, ou seja, ambas as teorias podem de certa
forma coexistir no mesmo plano. O Determinismo Moderado
defende a existência do livre-arbítrio assim como o
determinismo, também afirma que o livre-arbítrio é definido
pelo Princípio do Controlo, ou seja, nós controlamos as
nossas ações e decisões. “Sou livre se sou eu que determino,
controlo, a minha ação”. Cada uma destas perspetivas possui
um argumento que sustenta a sua visão, assim como uma
objeção que contradiga o argumento. A meu ver a perspetiva
com que me identifico é a perspetiva do Determinismo
Moderado. Nessa perspetiva, eu acredito que o Argumento
de Frankfurt seja o mais forte, no qual conclui que o livre-
arbítrio não requer que o Agente possua realmente
alternativas de escolha, mas que possua controlo sob a
tomada da sua decisão. Considero este argumento forte,
devido à sua forma de reflexão que nos leva a tomar, nós já
estamos determinados a tomar uma certa atitude, mas para
termos (de certa forma) livre-arbítrio devemos ter controlo
sob as nossas decisões mesmo que já estejam determinadas.
O Argumento de Frankfurt consiste num caso imaginário
onde um cientista inventa um chip modelador onde caso
tomemos uma certa decisão o chip alterará o nosso cérebro a
tomar outra decisão, neste caso Frankfurt diz que as
votações para a presidência são entre Biden e Trump. O
cientista repudia Trump e quer que Biden ganhe estas
eleições então, o cientista implanta o chip na Beyoncé e
ocorre o seguinte, se Beyoncé for votar ela estará
DETERMINADA em votar no Biden, pois o chip implementado
nela fará com que a mesma vote nele caso ela cogite em
votar no Trump. No entanto Beyoncé tem o controlo de
decisão pois ela pode decidir se votará ou não, se supormos
que ela irá votar em Biden, o chip não irá fazer mudança
alguma. Existe mais do que uma objeção ao Argumento de
Frankfurt, mas selecionei esta: “Os casos imaginados por
Harry Frankfurt são sequências causais deterministas, pelo
que não provam nada acerca do livre-arbítrio”. Apesar de
realmente serem “sequências causais deterministas”
Beyoncé ainda possui total controlo sob as suas decisões e
provam que o livre-arbítrio existe, mas apenas pelo princípio
do controlo. Um argumento que considero mais fraco é o
Argumento das razões e orientação no qual defende que o
livre-arbítrio consiste em ser capaz de responder pela
orientação que damos às nossas ações, apesar das mesmas
serem determinadas. Acredito que este argumento é fraco
pois o mesmo foge da questão do livre-arbítrio alterando a
definição do mesmo. Finalizo a minha tese relembrando ao
leitor que, existem três perspetivas em relação ao problema
do livre-arbítrio no qual defendi a perspetiva do
Determinismo Moderado no qual apresentei o Argumento de
Frankfurt e respondi à sua objeção, expliquei que a meu ver o
Argumento das razões e orientação é fraco pois foge ao
problema do livre-arbítrio alterando a definição do mesmo.
Neste ensaio filosófico creio que eu tenha sido claro, tanto na
apresentação do problema e apresentação das perspetivas
como também na defesa da perspetiva que creio que seja
mais forte. No entanto espero que possa melhorar a minha
escrita num futuro muito próximo.
Seremos nós moralmente responsáveis pelas nossas ações?

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