O documento discute três perspectivas sobre o livre-arbítrio: libertismo, determinismo radical e determinismo moderado. Defende a perspectiva do determinismo moderado, argumentando que o Argumento de Frankfurt é o mais forte por mostrar que o livre-arbítrio requer controle sobre decisões, mesmo que já estejam determinadas.
O documento discute três perspectivas sobre o livre-arbítrio: libertismo, determinismo radical e determinismo moderado. Defende a perspectiva do determinismo moderado, argumentando que o Argumento de Frankfurt é o mais forte por mostrar que o livre-arbítrio requer controle sobre decisões, mesmo que já estejam determinadas.
O documento discute três perspectivas sobre o livre-arbítrio: libertismo, determinismo radical e determinismo moderado. Defende a perspectiva do determinismo moderado, argumentando que o Argumento de Frankfurt é o mais forte por mostrar que o livre-arbítrio requer controle sobre decisões, mesmo que já estejam determinadas.
Este ensaio filosófico será meramente uma opinião/análise
do qual não será sustentado por crenças pessoais e religião! O que é o livre-arbítrio? O livre-arbítrio é a capacidade de poder decidir uma das nossas múltiplas ações de forma livre. Mas seremos mesmo livres nas nossas escolhas? Há bastante tempo que há esse debate e atrevo-me a dizer que até hoje esse debate perdura. Após bastante tempo de estudo, dedicação e debates, podemos nos deparar com três perspetivas, sendo elas o Libertismo, o Determinismo Radical e o Determinismo Moderado. Duas destas perspetivas pertencem a um grupo denominado de Teorias Incompatibilistas sendo uma incompatível com a outra, ou seja, ambas não podem coexistir pois, o Libertismo defende que temos livre-arbítrio sobre as nossas decisões e as suas respetivas ações e que nada está determinado. O Determinismo defende totalmente o oposto, ou seja, as nossas decisões e ações estão todas de algum modo determinadas presumindo que o livre-arbítrio seja meramente uma ilusão. De outra perspetiva temos o Determinismo Moderado que pertence ao grupo de Teorias Compatibilistas, ou seja, ambas as teorias podem de certa forma coexistir no mesmo plano. O Determinismo Moderado defende a existência do livre-arbítrio assim como o determinismo, também afirma que o livre-arbítrio é definido pelo Princípio do Controlo, ou seja, nós controlamos as nossas ações e decisões. “Sou livre se sou eu que determino, controlo, a minha ação”. Cada uma destas perspetivas possui um argumento que sustenta a sua visão, assim como uma objeção que contradiga o argumento. A meu ver a perspetiva com que me identifico é a perspetiva do Determinismo Moderado. Nessa perspetiva, eu acredito que o Argumento de Frankfurt seja o mais forte, no qual conclui que o livre- arbítrio não requer que o Agente possua realmente alternativas de escolha, mas que possua controlo sob a tomada da sua decisão. Considero este argumento forte, devido à sua forma de reflexão que nos leva a tomar, nós já estamos determinados a tomar uma certa atitude, mas para termos (de certa forma) livre-arbítrio devemos ter controlo sob as nossas decisões mesmo que já estejam determinadas. O Argumento de Frankfurt consiste num caso imaginário onde um cientista inventa um chip modelador onde caso tomemos uma certa decisão o chip alterará o nosso cérebro a tomar outra decisão, neste caso Frankfurt diz que as votações para a presidência são entre Biden e Trump. O cientista repudia Trump e quer que Biden ganhe estas eleições então, o cientista implanta o chip na Beyoncé e ocorre o seguinte, se Beyoncé for votar ela estará DETERMINADA em votar no Biden, pois o chip implementado nela fará com que a mesma vote nele caso ela cogite em votar no Trump. No entanto Beyoncé tem o controlo de decisão pois ela pode decidir se votará ou não, se supormos que ela irá votar em Biden, o chip não irá fazer mudança alguma. Existe mais do que uma objeção ao Argumento de Frankfurt, mas selecionei esta: “Os casos imaginados por Harry Frankfurt são sequências causais deterministas, pelo que não provam nada acerca do livre-arbítrio”. Apesar de realmente serem “sequências causais deterministas” Beyoncé ainda possui total controlo sob as suas decisões e provam que o livre-arbítrio existe, mas apenas pelo princípio do controlo. Um argumento que considero mais fraco é o Argumento das razões e orientação no qual defende que o livre-arbítrio consiste em ser capaz de responder pela orientação que damos às nossas ações, apesar das mesmas serem determinadas. Acredito que este argumento é fraco pois o mesmo foge da questão do livre-arbítrio alterando a definição do mesmo. Finalizo a minha tese relembrando ao leitor que, existem três perspetivas em relação ao problema do livre-arbítrio no qual defendi a perspetiva do Determinismo Moderado no qual apresentei o Argumento de Frankfurt e respondi à sua objeção, expliquei que a meu ver o Argumento das razões e orientação é fraco pois foge ao problema do livre-arbítrio alterando a definição do mesmo. Neste ensaio filosófico creio que eu tenha sido claro, tanto na apresentação do problema e apresentação das perspetivas como também na defesa da perspetiva que creio que seja mais forte. No entanto espero que possa melhorar a minha escrita num futuro muito próximo. Seremos nós moralmente responsáveis pelas nossas ações?