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Resumo do 2º item do Programa (Fontes no Direito Tributário)

1. Fontes do Direito Tributário

As fontes formais do Direito Tributário são o conjunto das normas previsto no art.
96 do Código Tributário Nacional e podem ser primárias ou secundárias. As fontes
primárias, listadas no mencionado artigo, são as leis em sentido amplo, tratados e
convenções internacionais e os decretos. Já as fontes secundárias estão elencadas no art.
100 do referido Código e “se constituem dos seguintes institutos jurídicos: atos
normativos expedidos pelas autoridades administrativas, decisões dos órgãos singulares
ou coletivos de jurisdição administrativa, práticas reiteradamente observadas pelas
autoridades administrativas e convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios”.
No âmbito das fontes primárias, a Constituição versa sobre os princípios básicos dos
tributos, assim como sobre os limites ao poder de tributar e sobre a repartição das recitas
tributárias. As emendas à Constituição têm o objetivo de acompanhar a realidade social
do país e fazer com que os tributos sejam pertinentes àquele contexto. Já a lei
complementar é utilizada para os casos em que uma norma constitucional tributária não
seja autoexecutável, o que torna necessária a aprovação dessa espécie de lei para que a
referida norma surta efeito. Ainda dentro das fontes primárias, a lei ordinária é
considerada a lei costumeiramente utilizada par a instituição dos tributos. O decreto, por
sua vez, tem a função de regulamentar o conteúdo das leis, tendo seu alcance e conteúdo
restringidos aos da lei em função da qual é expedido. Por fim, os tratados e convenções
internacionais têm como objetivo evitar a tributação internacional dupla, evitando que o
sujeito passivo não se submeta a várias imposições.
Nas fontes secundárias destacam-se, primeiramente, os atos normativos, que são os
atos exarados pelo Poder Executivo que servem que orientação aos contribuintes e de
diretriz para os servidores públicos. As decisões de eficácia normativa são as decisões
da esfera administrativa revestidas de eficácia de norma com observância obrigatória.
Os costumes, por seu turno, estão relacionados às práticas reiteradas da Administração
e, dentro do Direito Tributário, assumem somente a forma de interpretativos, pois têm a
função de somente explicitar o conteúdo e o sentido de uma lei. Por fim, os convênios,
conforme definição de Sabbag, são “acordos administrativos celebrados entre a União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, visando a execução de leis, serviços, decisões,
entre outros”. Vale ressaltar que os convênios estão sempre subordinados à lei, estando,
portanto, impedidos de revogá-las ou desrespeitá-las.

2. Papel das Fontes no Direito Tributário


As fontes no Direito Tributário têm o papel de permitir ao operador do direito
controlar se a introdução das normas ao sistema normativo do Direito Tributário ocorreu
de forma correta ou não, já que o próprio sistema elenca as fontes possíveis e válidas.

3. Vigência, Aplicação, Interpretação e Integração das Normas


Tributárias

Hugo de Brito Machado define a vigência de uma norma como “a aptidão para
incidir, vale dizer, para dar significação jurídica aos fatos. Para produzir efeitos
jurídicos no plano abstrato”. Uma lei, no entanto, pode ser vigente e não aplicável,
assim como pode ser aplicável e não mais vigente.
A vigência da legislação tributária no espaço alcança os limites do território da
pessoa jurídica responsável por editar a norma. Não há, contudo, uma regra geral
para a vigência da legislação tributária no tempo, pois o Código Civil define que
uma lei começa a vigorar no país em quarenta e cinco dias depois de publicada e a
Lei Complementar n. 95, de 1998, dispõe que uma lei entra em vigor na data de sua
publicação.
A legislação tributária tem aplicação imediata e alcança os fatos geradores
pendentes. Sobre as situações de fato e jurídicas e o surgimento dos tributos, assim
ensina Hugo Brito de Machado:

Se é situação de fato, o fato gerador se considera ocorrido,


consumado, fora, portanto, do alcance da lei que venha a surgir,
no momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais
necessárias a que aquela situação de fato produza os efeitos que
normalmente produz, porque lhe são próprios Se é situação
jurídica, o fato gerador se considera ocorrido no momento em
que a mesma esteja definitivamente constituída, nos termos do
direito a ela aplicável.

Aluno: Leonardo Farias Prysthon Paiva


Matrícula: 15/0135530

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