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OBRIGAÇÕES N
NAATURAIS
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14. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. Vol. II, p. 26.
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2.1. ORIGEM
* Efeitos próprios.
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permitido repetir o que havia pago, e mesmo que tentasse, seria repelido por via de
exceção**;
• permitia-se a compensação e a novação (fiança ou hipoteca)**.
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3
Curso de Direito Civil Brasileiro, vol II, 14. ed., p. 30.
4
Curso de Direito Civil Brasileiro, 2º vol., 16. ed., 2002, pg. 64.
5
Obrigações, 12. ed., p. 81.
6
Instituição de Direito Civil, vol III, p. 33-34.
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ral por não haver obrigação anterior válida – vínculo e ser juridicamente impossível.
Há autores que entendem que pode haver novação de obrigação natural – são
minoria;
- não pode ser compensada com a obrigação civil, porque a compensa-
ção requer dívidas vencidas, cobráveis e exigíveis, enquanto que a obrigação natu-
ral se caracteriza pela inexigibilidade da prestação;
- não comporta fiança;
- não se aplica o regime previsto para os vícios redibitórios, pois no
vício redibitório a coisa entregue como pagamento contém vícios ocultos e as san-
ções jurídicas só alcançam prestações exigíveis, portanto mais uma vez afirma-
mos: as prestações na obrigação natural são inexigíveis e o seu cumprimento é
espontâneo.
4. NATUREZA
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Jogo é todo contrato aleatório, por meio do qual duas ou mais pessoas pro-
metem a uma delas, a quem for favorável certo azar, um ganho determinado.
Aposta é contrato aleatório, em que duas ou mais pessoas, de opinião dife-
rente sobre qualquer assunto, concordam em perder certa soma, ou certo objeto,
em favor daquela, dentre os contraentes, cuja opinião se verificar ser verdadeira.
O artigo em debate deixa claro que todas as espécies de jogos, lícitos ou
ilícitos, não obrigam o pagamento, porque ninguém pode ser acionado por débito
de jogo ou aposta, tornando-o juridicamente inexigível – art. 166, II NCC.
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“O mutuário, que pagar juros não estipulados, não os poderá reaver, nem
imputar no capital.”
Quando os juros não foram contratualmente estipulados, e o mutuário/deve-
dor pagá-los, embora inexigíveis, não poderá pleitear a devolução, pois se trata de
obrigação natural.
• Direito Costumeiro. Com base nos usos sociais, temos dois casos de
obrigação natural:
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6. JURISPRUDÊNCIAS
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7. CONCLUSÃO
A conclusão a que se pode chegar com esta explanação e que costuma ser
apresentada com numerosos outros argumentos doutrinários é a de que se trata de
um instituto pouco aplicado, com importância reduzida a pequenas proporções,
haja vista as decisões raras sobre tal matéria, e as que encontramos são um tanto
quanto nebulosas.
Sobre o aspecto temático, pode-se observar que a obrigação natural, sob o
aspecto classificatório é obrigação típica, quando prevista nos textos legais, ou
atípica, quando, embora não disciplinada em lei, evidencia uma dívida que, em
razão de seu impedimento legal – cobrança judicial, não pode ser reclamada. Pode
ser ainda originária, quando inexigível desde seu início, ou derivada, aquela que se
origina como obrigação civil e no decurso do tempo perde sua exigibilidade, como
é o caso da dívida prescrita.
Antunes Varella, diante da lacuna existente em nosso ordenamento jurídico
sobre a obrigação natural, aconselha que devemos colocar em prática o art. 4º da
Lei de Introdução ao Código Civil / 1916, que “reconhece a analogia como fonte
integradora das lacunas do sistema.”
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BIBLIOGRAFIA
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