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DESENHO INFANTIL

Fomentar o desenho nas crianças significa favorecer a sua aprendizagem, diverti-las,


conhecer melhor a sua evolução, o seu caráter e como se sentem em cada momento.
Sobretudo é fundamental quando a criança não sabe ainda muito bem como expressar-
se.

Desde o momento em que o recém nascido abre os olhos para a vida, rodeia-o um
mundo de cor. Brancos e negros para começar, e a seguir vermelhos, amarelos, laranjas,
rosas, violetas, todo o arco íris brinca com a criança, repartindo-se entre os lençóis e o
berço, os brinquedos e a roupa. Inconscientemente inundamos de cor o quarto do bebê.
Começamos assim a abrir-lhe a porta que dá passo ao mundo da criatividade e da
fantasia.

Tudo isto contribui para a gestação do seu modo de expressão, fundamental nos
primeiros anos, e chegará um dia, quando tiver os seus dois anos, em que apenas seja
capaz de segurar o lápis, em que um impulso vital levará a criança a deixar sobre o
papel (mas não só) a sua marca A criança iniciou-se no desenho, e a sua evolução
ajudar-nos-á a conhecê-la ainda melhor.

Existe um sem número de materiais, de presentes obrigatórios que devemos oferecer aos
menores sempre que seja possível. Papel, pintura para pintar com os dedos, têmperas,
lápis de cera e marcadores grossos enquanto são pequenos, deixando os lápis para mais
tarde. Deixemos que pintem com os dedos - as mãos e o corpo são o melhor meio de
que dispõem para se expressarem livremente. Devemos ser prudentes com a
interpretação dos rabiscos infantis, e não conferir uma importância excessiva ao seu
sentido.

Os desenhos das crianças permitem-nos conhecê-las e ajudá-las na difícil tarefa de


crescer e de aprender o que é o mundo. Através deles as crianças expressam as suas
preocupações e os seus sentimentos mais íntimos. Os seus desenhos contam-nos tudo.
Quando as crianças são pequenas, a sua linguagem gráfica é muito mais rica e
expressiva do que o que lhes permite a sua linguagem oral precária. Querem descobrir-
se perante nós, assenhorear-se do mundo. Para ajudá-las, nada melhor do que convidá-
las a desenhar.

Com um pouco de intuição e umas pautas muito simples, podemos interpretar o que
querem dizer com os seus desenhos. Entre todos os temas possíveis, o da família é o que
melhor reflete o mundo em que as crianças se movem, e onde centram as suas
vivências. É o tema do desenho infantil mais comum e mais representativo.

PAUTAS QUE AJUDAM A INTERPRETAR OS DESENHOS:

1) A criança começa por desenhar a personagem que mais valor tem para ela,
colocando-a à esquerda. Esta é a figura maior, perfeita e detalhada.
2) Rejeição a algum membro da família: elimina a personagem do desenho, pinta-a
menor ou pior que as restantes, colocam-a numa esquina, atrás da janela ou por baixo do
resto da família.

3) Rabiscos suaves e curvas revelam uma criança feliz e contente.

4) Traços curtos, retos e angulares indicam que a criança não se encontra bem.

5) Borrões e manchas sobre as figuras indicam possíveis conflitos.

ETAPAS CRIATIVAS:

1) De 1 a 2 anos: rabiscos sem controlo, traços impulsivos e descontrolados.

Não pretendem significar nada.

2) De 2 a 3 anos: traço circular e controlado unido à voz da criança que nos explica o
que é.

3) De 3 a 4 anos: aparecem os cabeçudos (cabeça e duas pernas) a eu vai depois


acrescentando os olhos, a boca, as orelhas, o cabelo.

4) De 4 a 5 anos: pinta o que vê e o que deseja. Representa-se a si mesma.

5) De 5 a 7 anos: aperfeiçoa o traço e as formas, interessa-se pelas coisas que a rodeiam


e retrata-as sobre o papel.

Autora: Rebeca Fernández Quintana

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