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ÍNDICE

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

5.194/66..................................................................................................................................................................................................................................... 01
6.496/77..................................................................................................................................................................................................................................... 03
6.619/78..................................................................................................................................................................................................................................... 04
6.839/80..................................................................................................................................................................................................................................... 04
8.078/90..................................................................................................................................................................................................................................... 04
8.195/91..................................................................................................................................................................................................................................... 10
8.429/92..................................................................................................................................................................................................................................... 10
12.527/11................................................................................................................................................................................................................................... 13
9.873/99; 9.784/99................................................................................................................................................................................................................. 15
4.950-A/66................................................................................................................................................................................................................................ 19
6.664/79..................................................................................................................................................................................................................................... 19
7.410/85..................................................................................................................................................................................................................................... 20
6.835/80..................................................................................................................................................................................................................................... 21
5.524/68..................................................................................................................................................................................................................................... 21
10.257/01................................................................................................................................................................................................................................... 21
4.076/62..................................................................................................................................................................................................................................... 24
DECRETOS E SUAS ALTERAÇÕES POSTERIORES: Decreto 90.922/85; 4.560/02............................................................................................. 24
23.196/33.................................................................................................................................................................................................................................. 26
23.569/33................................................................................................................................................................................................................................... 27
218/73......................................................................................................................................................................................................................................... 28
336/89......................................................................................................................................................................................................................................... 31
359/91......................................................................................................................................................................................................................................... 33
413/97......................................................................................................................................................................................................................................... 34
417/98......................................................................................................................................................................................................................................... 35
1.002/02..................................................................................................................................................................................................................................... 37
1.004/03..................................................................................................................................................................................................................................... 38
1.008/04..................................................................................................................................................................................................................................... 44
1.025/09..................................................................................................................................................................................................................................... 49
1.090/17..................................................................................................................................................................................................................................... 58
1.092/17..................................................................................................................................................................................................................................... 58
1.047/13..................................................................................................................................................................................................................................... 59
1.048/13..................................................................................................................................................................................................................................... 59
1.050/13..................................................................................................................................................................................................................................... 61
REGIMENTO INTERNO DO CREA-MG - NORMAS REGULATÓRIAS BRASILEIRAS: NR-09; NR-10; NR-13; NR-18; NR-35............ 70
LEIS FEDERAIS E SUAS ALTERAÇÕES a) desempenho de cargos, funções e comissões em en-
tidades estatais, paraestatais, autárquicas, de econo-
mia mista e privada;
O ramo de direito agrário, apesar de ser pouco b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zo-
estudado em cursos de graduação de direito, é um ramo nas, cidades, obras, estruturas, transportes, explora-
jurídico que apresenta um contorno especial, possuindo ções de recursos naturais e desenvolvimento da pro-
princípios e regras bastante únicos. Os pro ssionais que dução industrial e agropecuária;
trabalham com o esse ramo do Direito devem ter em c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, pe-
mente alguns dispositivos apresentados em uma legis- rícias, pareceres e divulgação técnica;
lação mais especí ca. Dessa forma, procuramos desta-
d) ensino, pesquisas, experimentação e ensaios;
car alguns pontos principais de cada espécie legislativa,
e) scalização de obras e serviços técnicos;
de modo que não se torne algo muito denso. Porém, é
f) direção de obras e serviços técnicos;
sempre recomendado uma leitura de todas as leis apre-
g) execução de obras e serviços técnicos;
sentadas, na íntegra. Iniciaremos essa análise com as Leis
Federais. h) produção técnica especializada, industrial ou agro-
pecuária.
Parágrafo único. Os engenheiros, arquitetos e enge-
nheiros-agrônomos poderão exercer qualquer outra
LEI FEDERAL Nº 5.194/1966
atividade que, por sua natureza, se inclua no âmbito
de suas pro ssões.
Art. 8º As atividades e atribuições enunciadas nas alí-
A Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, é neas a, b, c, d, e e f do artigo anterior são da compe-
a lei que regula o exercício das pro ssões de Engenheiro, tência de pessoas físicas, para tanto legalmente habi-
Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo.
litadas.
Parágrafo único. As pessoas jurídicas e organizações
Art. 1º As pro ssões de engenheiro, arquiteto e en- estatais só poderão exercer as atividades discrimina-
genheiro-agrônomo são caracterizadas pelas realiza- das nos art. 7º, com exceção das contidas na alínea
ções de interesse social e humano que importem na “ a “, com a participação efetiva e autoria declarada
realização dos seguintes empreendimentos: de pro ssional legalmente habilitado e registrado pelo
a) aproveitamento e utilização de recursos naturais; Conselho Regional, assegurados os direitos que esta
b) meios de locomoção e comunicações; lei lhe confere.
c) edi cações, serviços e equipamentos urbanos, rurais Art. 9º As atividades enunciadas nas alíneas g e h
e regionais, nos seus aspectos técnicos e artísticos;
do art. 7º, observados os preceitos desta lei, poderão
d) instalações e meios de acesso a costas, cursos e
massas de água e extensões terrestres; ser exercidas, indistintamente, por pro ssionais ou por
e) desenvolvimento industrial e agropecuário. pessoas jurídicas.
Art. 2º O exercício, no País, da pro ssão de engenhei- (...)
ro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo, observadas as Art. 26. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetu-
condições de capacidade e demais exigências legais, é ra e Agronomia, (CONFEA), é a instância superior da
assegurado: scalização do exercício pro ssional da engenharia,
a) aos que possuam, devidamente registrado, diploma da arquitetura e da agronomia.
de faculdade ou escola superior de engenharia, arqui- Art. 27. São atribuições do Conselho Federal:
tetura ou agronomia, o ciais ou reconhecidas, exis- a) organizar o seu regimento interno e estabelecer
tentes no País;
normas gerais para os regimentos dos Conselhos Re-
b) aos que possuam, devidamente revalidado e regis-
trado no País, diploma de faculdade ou escola estran- gionais;
geira de ensino superior de engenharia, arquitetura ou b) homologar os regimentos internos organizados pe-
agronomia, bem como os que tenham esse exercício los Conselhos Regionais;
amparado por convênios internacionais de intercâm- c) examinar e decidir em última instância os assuntos
bio; relativos no exercício das pro ssões de engenharia, ar-
c) aos estrangeiros contratados que, a critério dos Con- quitetura e agronomia, podendo anular qualquer ato
selhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura que não estiver de acordo com a presente lei;
e Agronomia, considerados a escassez de pro ssionais d) tomar conhecimento e dirimir quaisquer dúvidas
de determinada especialidade e o interesse nacional,
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

suscitadas nos Conselhos Regionais;


tenham seus títulos registrados temporariamente.
e) julgar em última instância os recursos sobre regis-
Parágrafo único. O exercício das atividades de enge-
nheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo é garantido, tros, decisões e penalidades impostas pelos Conselhos
obedecidos os limites das respectivas licenças e exclu- Regionais;
ídas as expedidas, a título precário, até a publicação f) baixar e fazer publicar as resoluções previstas para
desta Lei, aos que, nesta data, estejam registrados nos regulamentação e execução da presente lei, e, ouvidos
Conselhos Regionais. os Conselhos Regionais, resolver os casos omissos;
(...) g) relacionar os cargos e funções dos serviços estatais,
Art. 7º As atividades e atribuições pro ssionais do paraestatais, autárquicos e de economia mista, para
engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-agrônomo cujo exercício seja necessário o título de engenheiro,
consistem em: arquiteto ou engenheiro-agrônomo;

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h) incorporar ao seu balancete de receita e despesa os d) julgar e decidir, em grau de recurso, os processos de
dos Conselhos Regionais; infração da presente lei e do Código de Ética, enviados
i) enviar aos Conselhos Regionais cópia do expediente pelas Câmaras Especializadas;
encaminhado ao Tribunal de Contas, até 30 (trinta) e) julgar em grau de recurso, os processos de imposi-
dias após a remessa; ção de penalidades e multas;
j) publicar anualmente a relação de títulos, cursos e f) organizar o sistema de scalização do exercício das
escolas de ensino superior, assim como, periodicamen- pro ssões reguladas pela presente lei;
te, relação de pro ssionais habilitados; g) publicar relatórios de seus trabalhos e relações dos
k) xar, ouvido o respectivo Conselho Regional, as pro ssionais e rmas registrados;
condições para que as entidades de classe da região h) examinar os requerimentos e processos de registro
tenham nele direito a representação; em geral, expedindo as carteiras pro ssionais ou do-
l) promover, pelo menos uma vez por ano, as reuniões cumentos de registro;
de representantes dos Conselhos Federal e Regionais i) sugerir ao Conselho Federal médias necessárias à
previstas no art. 53 desta lei;
regularidade dos serviços e à scalização do exercício
m) examinar e aprovar a proporção das representa-
das pro ssões reguladas nesta lei;
ções dos grupos pro ssionais nos Conselhos Regionais;
j) agir, com a colaboração das sociedades de classe e
n) julgar, em grau de recurso, as infrações do Códi-
go de Ética Pro ssional do engenheiro, arquiteto e das escolas ou faculdades de engenharia, arquitetura
engenheiro-agrônomo, elaborado pelas entidades de e agronomia, nos assuntos relacionados com a pre-
classe; sente lei;
o) aprovar ou não as propostas de criação de novos k) cumprir e fazer cumprir a presente lei, as resoluções
Conselhos Regionais; baixadas pelo Conselho Federal, bem como expedir
p) xar e alterar as anuidades, emolumentos e taxas a atos que para isso julguem necessários;
pagar pelos pro ssionais e pessoas jurídicas referidos l) criar inspetorias e nomear inspetores especiais para
no art. 63. maior e ciência da scalização;
q) autorizar o presidente a adquirir, onerar ou, me- m) deliberar sobre assuntos de interesse geral e ad-
diante licitação, alienar bens imóveis. ministrativo e sobre os casos comuns a duas ou mais
Parágrafo único. Nas questões relativas a atribuições especializações pro ssionais;
pro ssionais, decisão do Conselho Federal só será to- n) julgar, decidir ou dirimir as questões da atribuição
mada com mínimo de 12 (doze) votos favoráveis. ou competência, das Câmaras Especializadas referidas
Art. 29. O Conselho Federal será constituído por 18 no artigo 45, quando não possuir o Conselho Regional
(dezoito) membros, brasileiros, diplomados em En- número su ciente de pro ssionais do mesmo grupo
genharia, Arquitetura ou Agronomia, habilitados de para constituir a respectiva Câmara, como estabelece
acordo com esta lei, obedecida a seguinte composição: o artigo 48;
a) 15 (quinze) representantes de grupos pro ssionais, o) organizar, disciplinar e manter atualizado o registro
sendo 9 (nove) engenheiros representantes de moda- dos pro ssionais e pessoas jurídicas que, nos termos
lidades de engenharia estabelecida em termos ge- desta lei, se inscrevam para exercer atividades de en-
néricos pelo Conselho Federal, no mínimo de 3 (três) genharia, arquitetura ou agronomia, na Região;
modalidades, de maneira a corresponderem às forma- p) organizar e manter atualizado o registro das enti-
ções técnicas constantes dos registros nele existentes; dades de classe referidas no artigo 62 e das escolas e
3 (três) arquitetos e 3 (três) engenheiros-agrônomos; faculdades que, de acordo com esta lei, devam partici-
b) 1 (um) representante das escolas de engenharia, 1
par da eleição de representantes destinada a compor
(um) representante das escolas de arquitetura e 1 (um)
o Conselho Regional e o Conselho Federal;
representante das escolas de agronomia.
q) organizar, regulamentar e manter o registro de pro-
§ 1º Cada membro do Conselho Federal terá 1 (um)
suplente. jetos e planos a que se refere o artigo 23;
§ 2º O presidente do Conselho Federal será eleito, por r) registrar as tabelas básicas de honorários pro ssio-
maioria absoluta, dentre os seus membros. nais elaboradas pelos órgãos de classe.
§ 3º A vaga do representante nomeado presidente do s) autorizar o presidente a adquirir, onerar ou, me-
Conselho será preenchida por seu suplente. diante licitação, alienar bens imóveis.
(...) (...)
Art. 33. Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arqui- Art. . 37. Os Conselhos Regionais serão constituídos de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

tetura e Agronomia (CREA) são órgãos de scalização brasileiros diplomados em curso superior, legalmente
do exercício das pro ssões de engenharia, arquitetura habilitados de acordo com a presente lei, obedecida a
e agronomia, em suas regiões. seguinte composição:
Art. 34. São atribuições dos Conselhos Regionais: a) um presidente, eleito por maioria absoluta pelos
a) elaborar e alterar seu regimento interno, submeten- membros do Conselho, com mandato de 3 (três) anos;
do-o à homologação do Conselho Federal. b) um representante de cada escola ou faculdade de
b) criar as Câmaras Especializadas atendendo às con- engenharia, arquitetura e agronomia com sede na Re-
dições de maior e ciência da scalização estabelecida gião;
na presente lei; c) representantes diretos das entidades de classe de
c) examinar reclamações e representações acerca de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo, regis-
registros; tradas na Região de conformidade com o artigo 62.

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Parágrafo único. Cada membro do Conselho terá um
suplente.
LEI FEDERAL Nº 6.496/1977
(...)
Art. 56. Aos pro ssionais registrados de acordo com
esta lei será fornecida carteira pro ssional, conforme
modelo, adotado pelo Conselho Federal, contendo o A Lei Federal nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977,
número do registro, a natureza do título, especializa- institui a “ Anotação de Responsabilidade Técnica “ na
ções e todos os elementos necessários à sua identi - prestação de serviços de engenharia, de arquitetura e
cação. agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de
§ 1º A expedição da carteira a que se refere o presente Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de uma
artigo ca sujeita à taxa que for arbitrada pelo Con- Mútua de Assistência Pro ssional.
selho Federal.
§ 2º A carteira pro ssional, para os efeitos desta lei, Art. 1º - Todo contrato, escrito ou verbal, para a exe-
substituirá o diploma, valerá como documento de cução de obras ou prestação de quaisquer serviços
identidade e terá fé pública. pro ssionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e
§ 3º Para emissão da carteira pro ssional os Conse- à Agronomia ca sujeito à “Anotação de Responsabili-
lhos Regionais deverão exigir do interessado a prova dade Técnica” (ART).
de habilitação pro ssional e de identidade, bem como Art. 2º - A ART de ne para os efeitos legais os respon-
outros elementos julgados convenientes, de acordo sáveis técnicos pelo empreendimento de engenharia,
arquitetura e agronomia.
com instruções baixadas pelo Conselho Federal.
§ 1º - A ART será efetuada pelo pro ssional ou pela
(...)
empresa no Conselho Regional de Engenharia, Arqui-
Art. 71. As penalidades aplicáveis por infração da pre-
tetura e Agronomia (CREA), de acordo com Resolução
sente lei são as seguintes, de acordo com a gravidade própria do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetu-
da falta: ra e Agronomia (CONFEA).
a) advertência reservada; § 2º - O CONFEA xará os critérios e os valores das
b) censura pública; taxas da ART ad referendum do Ministro do Trabalho.
c) multa; Art. 3º - A falta da ART sujeitará o pro ssional ou a
d) suspensão temporária do exercício pro ssional; empresa à multa prevista na alínea “a” do art. 73 da
e) cancelamento de nitivo do registro. Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e demais
Parágrafo único. As penalidades para cada grupo cominações legais.
pro ssional serão impostas pelas respectivas Câma- Art. 4º - O CONFEA ca autorizado a criar, nas condi-
ras Especializadas ou, na falta destas, pelos Conselhos ções estabelecidas nesta Lei, uma Mútua de Assistência
Regionais. dos Pro ssionais da Engenharia, Arquitetura e Agrono-
Art. 72. As penas de advertência reservada e de censu- mia, sob sua scalização, registrados nos CREAs.
ra pública são aplicáveis aos pro ssionais que deixa- § 1º - A Mútua, vinculada diretamente ao CONFEA,
rem de cumprir disposições do Código de Ética, tendo terá personalidade jurídica e patrimônio próprios, sede
em vista a gravidade da falta e os casos de reincidên- em Brasília e representações junto aos CREAs.
cia, a critério das respectivas Câmaras Especializas. § 2º - O Regimento da Mútua será submetido à apro-
Art. 73 - As multas são estipuladas em função do vação do Ministro do Trabalho, pelo CONFEA.
maior valor de referência xado pelo Poder Executivo (...)
e terão os seguintes valores, desprezadas as frações de Art 12 - A Mútua, na forma do Regimento, e de acordo
um cruzeiro: com suas disponibilidades, assegurará os seguintes be-
a) de um a três décimos do valor de referência, aos nefícios e prestações:
infratores dos arts. 17 e 58 e das disposições para as I - auxílios pecuniários, temporários e reembolsáveis,
quais não haja indicação expressa de penalidade; aos associados comprovadamente necessitados, por
b) de três a seis décimos do valor de referência, às pes- falta eventual de trabalho ou invalidez ocasional;
II - pecúlio aos cônjuges supérstites e lhos menores
soas físicas, por infração da alínea b do art. 6º, dos
dos associados;
arts. 13, 14 e 55 ou do parágrafo único do art. 64;
III - bolsas de estudo aos lhos de associados carentes
c) de meio a um valor de referência, às pessoas jurídi- de recursos ou a candidatos a escolas de Engenharia,
cas, por infração dos arts. 13, 14, 59 e 60, e parágrafo de Arquitetura ou de Agronomia, nas mesmas condi-
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único do art. 64; ções de carência;


d) de meio a um valor de referência, às pessoas físicas, IV - assistência médica, hospitalar e dentária, aos as-
por infração das alíneas a, c e d do art. 6º; sociados e seus dependentes, sem caráter obrigatório,
e) de meio a três valores de referência, às pessoas ju- desde que reembolsável, ainda que parcialmente;
rídicas, por infração do art. 6º. V - facilidades na aquisição, por parte dos inscritos, de
(...) equipamentos e livros úteis ou necessários ao desem-
Art. 75. O cancelamento do registro será efetuado penho de suas atividades pro ssionais;
por má conduta pública e escândalos praticados pelo VI - auxílio funeral.
pro ssional ou sua condenação de nitiva por crime § 1º - A Mútua poderá nanciar, exclusivamente para
considerado infamante. seus associados, planos de férias no país e/ou de segu-
ros de vida, acidentes ou outros, mediante contratação.

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§ 2º - Visando à satisfação do mercado de trabalho e à
racionalização dos benefícios contidos no item I deste LEI Nº 6.839/1990
artigo, a Mútua poderá manter serviços de colocação
de mão-de-obra de pro ssionais, seus associados.
§ 3º - O valor pecuniário das prestações assistenciais
variará até o limite máximo constante da tabela a ser
aprovada pelo CONFEA, nunca superior à do Instituto A Lei nº 6.839, de 30 de outubro de 1980, é a lei
Nacional de Previdência Social (INPS). que dispõe sobre o registro de empresas nas entidades
§ 4º - O auxílio mensal será concedido, em dinheiro, scalizadoras do exercício de pro ssões. O artigo 1º, o
por períodos não superiores a 12 (doze) meses, desde único relevante dentre os três, dispõe que “O registro de
que comprovada a evidente necessidade para a sobre- empresas e a anotação dos pro ssionais legalmente ha-
vivência do associado ou de sua família. bilitados, delas encarregados, serão obrigatórios nas en-
§ 5º - As bolsas serão sempre reembolsáveis ao m do tidades competentes para a scalização do exercício das
curso, com juros e correção monetária, xados pelo diversas pro ssões, em razão da atividade básica ou em
CONFEA. relação àquela pela qual prestem serviços a terceiros”.
(...)
Art 13 - Ao CONFEA incumbirá, na forma do Regi-
mento:
I - a supervisão do funcionamento da Mútua; LEI Nº 8.078/1990
II - a scalização e aprovação do Balanço, Balancete,
Orçamento e da prestação de contas da Diretoria Exe-
cutiva da Mútua;
Ill - a elaboração e aprovação do Regimento da Mú- O Código de Defesa do Consumidor CDC (Lei nº
tua; 8.078/1990) é o instrumento normativo que regulamen-
IV - a indicação de 3 (três) membros da Diretoria Exe- tam as relações de consumo no Brasil. O estudo desse
cutiva;
ramo jurídico é bastante denso, mas apenas alguns as-
V - a xação da remuneração do pessoal empregado
pectos mais simples e básicos desse ramo costumam
peIa Mútua;
VI - a indicação do Diretor-Presidente da Mútua; aparecer em questões de concurso público. Por isso, da-
VII - a xação, no Regimento, da contribuição prevista remos maior destaque para esses aspectos iniciais. Lem-
no item II do art. 11; brando que uma leitura do CDC na sua íntegra é sempre
VIII - a solução dos casos omissos ou das divergências recomendado.
na aplicação desta Lei. Tratemos, primeiramente, do que vem a ser uma rela-
Art 14 - Aos CREAs, e na forma do que for estabelecido ção de consumo.
no Regimento, incumbirá:
I - recolher à Tesouraria da Mútua, mensalmente, a 1. Relação de consumo: consumidor, fornecedor,
arrecadação da taxa e contribuição previstas nos itens diferenciação entre produtos e serviços
I e II do art. 11 da presente Lei;
Il - indicar os dois membros da Diretoria Executiva, na Direitos do consumidor é o conjunto de normas e re-
forma a ser xada pelo Regimento. gras que regulamentam as relações de consumo entre
(...)
Art 16 - No caso de dissolução da Mútua, seus bens, particulares. Não se pode compreender toda a extensão
valores e obrigações serão assimilados pelo CONFEA, do ramo jurídico de direitos do consumidor sem, antes,
ressalvados os direitos dos associados. estabelecer alguns conceitos básicos característicos da
Parágrafo único - O CONFEA e os CREAs responderão, relação de consumo. De início, pode-se a rmar que, para
solidariamente, pelo dé cit ou dívida da Mútua, na hi- se con gurar uma relação de consumo (na acepção jurí-
pótese de sua insolvência. dica), é necessário a presença de três elementos: consu-
midor, fornecedor, e produto
O consumidor é o primeiro elemento da relação de
LEI Nº 6.619/1978 consumo. Sua de nição encontra-se disposto no artigo
2º do CDC (Lei 8.078/1990). Consumidor, assim, é toda
pessoa física ou jurídica que adquire produto ou utiliza
serviço como destinatário nal. A expressão “destinatário
A Lei nº 6.619, de 16 de dezembro de 1978, não é nal” é a que designa aquela pessoa que adquire bens e
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uma lei de matéria especí ca, pois ela apenas promove serviços para consumo próprio, ou de sua família. Nes-
alterações referentes à Lei nº 5.194/1966. te sentido, está excluída a pessoa que adquire produto
Tais alterações são, de modo geral: a) a possibilida-
como insumo para implementar em seu ramo de traba-
de do presidente do Conselho Federal e dos Conselhos
lho.
Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, de
adquirir, onerar ou, mediante licitação, alienar bens imó- Mas o CDC também prevê outra forma de consumi-
veis; b) as regras de constituição de renda dos Conselho dor, mais abrangente. É o consumidor por equiparação.
Federal e dos Conselhos Regionais (arts. 28 e 35, Lei nº Segundo o parágrafo único do referido artigo 2º, equi-
5.194/1966); c) atribuição de valores atualizados das mul- para-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda
tas, como espécie sancionatória, previsto no artigo 73 da que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de
referida Lei. consumo.

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O fornecedor é o segundo elemento da relação de 2. Princípios e Direitos Básicos dos Consumidores
consumo. Conforme dispõe o artigo 3º do Código do
Consumidor, fornecedor é toda pessoa física ou jurídi- As relações de consumo são bastante especiais, uma
ca, nacional ou estrangeira, pública ou privada, ou até vez que estamos lidando com dois lados que não se en-
mesmo os entes despersonalizados, que colocam produ- contram em pé de igualdade. Enquanto o fornecedor
to ou serviço no mercado de consumo com habitualida- possui todos os meios de produção e recursos neces-
de. Deste conceito, destaca-se dois aspectos relevantes: sários para vender seus produtos/serviços, de modo a
primeiro, o rol de pessoas consideradas fornecedores almejar altos lucros, o consumidor encontra-se em si-
é bastante amplo e geral, pois a ideia é justamente en- tuação desvantajosa, uma vez que apenas possui uma
quadrar o número máximo de pessoas possíveis como quantia econômica su ciente para adquirir alguns dos
fornecedores, para caracterizar uma relação de consu- produtos/serviços ofertados pelo fornecedor.
mo. Observe que até mesmo entidades com natureza de Diante desse cenário, torna-se importante explicitar
direito público podem ser consideradas fornecedores. sobre os Princípios do Direito do Consumidor que serão
Outro aspecto relevante é a questão da “habitualidade”: apresentados a seguir.
Fornecer produto ou serviço deve ser uma atividade ha-
bitual e comum da pessoa. Assim, quem vende de forma A) Princípio da Vulnerabilidade: Previsto no artigo
eventual, sem a frequência característica, não pode ser 4º, inciso I da Lei 8.0078/1990, esse princípio reco-
considerado fornecedor. nhece a fragilidade do agente mais fraco nas rela-
O terceiro elemento que caracteriza uma relação de ções de consumo. Há um re exo direto no campo
consumo é o produto ou serviço. Segundo o § 1º do de aplicação do CDC, determinando quais relações
artigo 3º do Código do Consumidor, produto é todo contratuais estarão sob a égide desta lei e de seu
bem móvel ou imóvel, material ou imaterial, novo ou sistema de combate ao abuso. Importante ressaltar
usado, fungível ou infungível, colocado no mercado de que não se confunde vulnerabilidade com hipos-
consumo. Para ser considerado produto, deve ser um su ciência. Esta é uma marca pessoal, limitada a
bem que esteja dentro do comércio, isso é, que possui
alguns, até mesmo a uma coletividade, mas nun-
valor econômico e possa ser alienado e adquirido com
ca a todos os consumidores. A vulnerabilidade, de
dinheiro.
modo geral, abrange todos os consumidores.
O serviço está disposto no § 2º do referido artigo 3º
B) Princípio da Intervenção estatal: Este princípio
do CDC. É qualquer atividade fornecida no mercado de
está previsto nos artigos 5º, XXXII, e 170, ambos da
consumo, mediante remuneração, inclusive as de nature-
Constituição Federal. Conforme preconiza o dis-
za bancária, nanceira, de crédito ou securitária, salvo as
positivo constitucional, o Estado deve promover a
decorrentes das relações de caráter trabalhista. Quando
o CDC trata da remuneração, não quer especi camente defesa do consumidor. Nesse mesmo sentido tam-
dizer a remuneração direta, isso é, o pagamento direto bém temos o artigo 4º, II, CDC. Baseando-se nes-
efetuado pelo consumidor ao fornecedor, mas também a se princípio, o Estado tem obrigação de atuar nas
remuneração indireta, aquele benefício comercial indire- relações de consumo com a nalidade de proteger
to fruto da prestação de serviços ou do fornecimento de a parte mais fraca, o consumidor. Isto se dá por
produtos aparentemente gratuitos. meio legislativo e administrativo. O objetivo maior
é garantir o respeito aos interesses consumeristas.
A participação do Estado é imprescindível para que
#FicaDica haja o equilíbrio de condições entre o fornecedor
e o consumidor. Para tanto, deve atuar em dois
Cuidado com os serviços públicos, isso é,
momentos distintos, inicialmente na elaboração
aqueles fornecidos pelo Estado, ou por ou-
trem, mediante concessão ou permissão. de normas que atendam ao interesse da coletivi-
Nem todos os serviços públicos são regula- dade e, a posteriori na entrega da efetiva prestação
mentados pelo CDC. Aos serviços públicos jurisdicional. A necessidade da intervenção gover-
nos quais a contratação se der por meio de namental se dá em virtude de o consumidor ser,
tarifa, taxa ou preço público, como pedá- reconhecidamente, a parte mais fraca da relação
gio, energia elétrica, ônibus, são cabíveis jurídica de consumo.
as regras de proteção do consumidor. Po- C) Princípio Do Equilíbrio: Este princípio foi o prin-
rém, aos serviços fornecidos por meio do cipal fundamento para a criação do Código de De-
fesa do Consumidor. Tem como objetivo a busca
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

pagamento de impostos, não se con gura


relação de consumo. Logo, não se aplica o da igualdade substancial, uma vez que diante ao
CDC. fornecedor, o consumidor é muito mais vulnerável.
Com isso, a busca por uma igualdade material e
concreta deve sempre nortear o legislador e o ma-
Com isso, podemos de nir a relação de consumo gistrado no momento de interpretação e aplicação
como a relação jurídica em que temos, de um lado, uma das normas consumeristas.
pessoa que oferece produtos e serviços com habitualida- D) Princípio da Publicidade: trata-se de princípio
de, e do outro, temos uma pessoa que, de alguma forma, que rege a informação ou mensagem publicitá-
adquire esses produtos e serviços como o seu destina- ria, evitando quaisquer danos ao consumidor dos
tário nal. produtos ou serviços anunciados, tais como: liber-

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dade, da legalidade, da transparência, da boa-fé, dever de informar os possíveis riscos que o pro-
da identi cabilidade, da vinculação contratual, da duto ou serviço oferece à vida, saúde, segurança
obrigatoriedade da informação, da veracidade, da e patrimônio do consumidor. O fornecedor de tais
responsabilidade objetiva, da inversão do ônus da produtos e serviços deverá informar de forma clara
prova na publicidade e o da correção do desvio ao consumidor dos riscos que podem causar à sua
publicitário. saúde e à sua vida. Deve essa informação ser reali-
E) Princípio do Dever Governamental: previsto no zada por meio de anúncios publicitários nos meios
artigo 4º, inciso II, VI e VII do CDC vem orientar a de comunicação (imprensa, rádio e televisão), com
proteção efetiva do consumidor, seja por iniciativa o propósito de evitar danos à vida humana.
direta, envolvendo incentivo à criação e desenvol- II) Direito à educação e divulgação: o consumi-
vimento de associações, presença do Estado no dor deve saber o consumo adequado e correto
mercado de consumo ou garantia dos produtos dos produtos e serviços colocados à disposição
no mercado de consumo, asseguradas a liber-
e serviços com padrões adequados de qualidade,
dade de escolha e a igualdade nas contratações.
segurança, durabilidade e desempenho (que por
Assim, dada as devidas instruções, ele pode optar
sinal fazer parte dos direitos básicos do consumi-
pelo produto ou serviço existente no mercado que
dor). Assim, tal princípio fundamenta a criação de atenda a sua necessidade.
entidades como o PROCON, com a tarefa de sca- III) Direito à informação correta sobre produtos e
lizar as relações de consumo no plano concreto. serviços: os produtos e serviços ofertados devem
F) Princípio do Acesso à Justiça: previsto no art. 6º, ter uma especi cação correta de quantidade, ca-
incisos VII e VIII do CDC. Garante que todos têm racterísticas, composição, qualidade e preço, bem
direito do acesso à justiça para invocar perante como sobre os riscos que apresentem. A informa-
o Estado um direito. Assim, o legislador buscou ção deve ser adequada e clara, não deixando dúvi-
fornecer meios para facilitar ainda mais o acesso das acerca do que é oferecido. Importante desta-
de todo e qualquer cidadão à tutela jurisdicional, car que a informação se limita aos compostos e se
como uma forma de defesa de seus direitos, a m apresentam alguma contra indicação, não incluin-
de reequilibrar ou reduzir a distância entre o con- do o segredo industrial, que é direito do produtor.
sumidor e o fornecedor. IV) Direito à proteção contra as propagandas en-
G) Princípio da Informação: está implícito no art. ganosas e abusivas: é assegurado ao consumidor,
4º, IV, CDC, que responsabiliza pelo esclarecimen- também, proteção contra qualquer tipo de méto-
to dos direitos e deveres dos consumidores e for- do comercial coercitivo ou desleal, bem como con-
necedores, com vistas a harmonizar a relação de tra as práticas e cláusulas abusivas ou impostas no
consumo e de tornar ilegal qualquer ato ou proce- fornecimento de produtos e serviços.
dimento que atente contra o direito à informação
do consumidor. Todas as informações devem ser
3. Vícios e defeitos: conceito e diferenciação
amplas, substanciais, extensivas a todos os aspec-
tos da relação de consumo estabelecida. Como uma forma de garantir maior proteção ao con-
H) Princípio da Garantia de Adequação: previsto sumidor, o CDC procurou estabelecer se um produto
no artigo 4º, inciso II, alínea d e inciso V do CDC. apresenta algum vício, ou se apresenta algum defeito.
Corresponde à plena adequação dos produtos e Os defeitos são tratados nos arts. 12 a 14 e os vícios nos
serviços à segurança e à qualidade, que é o obje- arts. 18 a 20.
tivo do sistema de proteção do consumidor, res- Vícios muito se assemelham aos vícios redibitórios,
peitando seus interesses econômicos e visando à instituto característico do Direito Civil. São considerados
melhoria da qualidade de vida. vícios as características de qualidade ou quantidade que
I) Princípio da Boa-Fé Objetiva: trata-se de princípio tornem os produtos ou serviços impróprios ou inadequa-
que dispõe a relação jurídica entre as partes dever dos ao consumo a que se destinam e também que lhes
se pautar na lealdade e cooperação entre consu- diminuam o valor. Da mesma forma são considerados ví-
midor e fornecedor, visando combater os abusos cios aqueles decorrentes da disparidade havida em rela-
praticados no mercado e que os interesses particu- ção às indicações constantes do recipiente, embalagem,
lares sobreponham-se aos interesses sociais. rotulagem, oferta ou mensagem publicitária (art. 20,
CDC). Tudo que faça com que o produto não funcione
Considerando o grande rol de princípios aplicados no corretamente, ou que funcione mal ou inadequadamen-
ramo de direito de consumidor, o CDC elenca, também, te, são considerados vícios.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

alguns direitos básicos conferidos a todo consumidor. Os vícios podem ser aparentes ou ocultos. Aparentes
Esses direitos básicos encontram-se dispostos, de modo são aqueles vícios que aparecem no singelo uso e con-
geral, no artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor. sumo do produto (ou serviço). Vícios ocultos são aqueles
Assim, o consumidor tem como assegurados os seguin- que só aparecem algum ou muito tempo após o uso ou
que, por estarem inacessíveis ao consumidor, não podem
tes direitos:
ser detectados na utilização ordinária.
Os defeitos, por outro lado, é o vício acrescido de
I) Direito à vida, à saúde e à segurança: o artigo 6º, um problema extra, algo extrínseco ao produto ou servi-
I, do CDC dispõe sobre a proteção da vida, saúde e ço, que causa um dano maior que simplesmente o mau
segurança contra os riscos provocados por práticas funcionamento, o não funcionamento, a quantidade er-
no fornecimento de produtos e serviços conside- rada, a perda do valor pago. O produto é considerado
rados perigosos ou nocivos. O fornecedor tem o defeituoso quando não oferece a segurança que dele le-

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gitimamente se espera, levando-se em consideração as VI - executar serviços sem a prévia elaboração de or-
circunstâncias relevantes, entre as quais: a sua apresen- çamento e autorização expressa do consumidor, res-
tação; o uso e os riscos que razoavelmente dele se espe- salvadas as decorrentes de práticas anteriores entre
ram; e a época em que foi colocado em circulação (art. as partes;
12, § 1º, CDC). O defeito causa, além desse dano do vício, VII - repassar informação depreciativa, referente a ato
outro ou outros danos ao patrimônio jurídico material e/ praticado pelo consumidor no exercício de seus direi-
ou moral e/ou estético e/ou à imagem do consumidor. tos;
Percebe-se que o defeito sempre pressupõe algum vício, VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer pro-
mas vai mais além do produto ou do serviço para atingir duto ou serviço em desacordo com as normas expedi-
o consumidor em seu patrimônio jurídico mais amplo. das pelos órgãos o ciais competentes ou, se normas
especí cas não existirem, pela Associação Brasileira
4. A Vulnerabilidade do Consumidor de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada
pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização
O consumidor é a parte mais vulnerável na relação e Qualidade Industrial (Conmetro);
consumerista, isso é fato. Há uma série de eventos e ins- IX - recusar a venda de bens ou a prestação de ser-
titutos que possam prejudicar o consumidor, seja na sua viços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los
pessoa ou no seu patrimônio ou de seus familiares. É im- mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de
portante conhecer, de modo geral, as práticas e cláusulas intermediação regulados em leis especiais;
abusivas, estabelecer como se con gura uma publicida- X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou ser-
de abusiva ou enganosa, bem como destacar as hipóte- viços.
ses de descumprimento da oferta. XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de
22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando da
4.1 Práticas e cláusulas abusivas conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de
A ideia das práticas abusivas consumeristas advém do sua obrigação ou deixar a xação de seu termo inicial
instituto do abuso de direito. A prática real do exercício
a seu exclusivo critério.
dos vários direitos subjetivos acabou demonstrando que,
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do
em alguns casos, não havia ato ilícito, mas era o próprio
legal ou contratualmente estabelecido.
exercício do direito em si que se caracterizava como abu-
XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos comer-
sivo. A teoria do abuso do direito, então, ganhou força e
acabou preponderando, sendo de nido como o resulta- ciais ou de serviços de um número maior de consu-
midores que o xado pela autoridade administrativa
do do excesso de exercício de um direito, capaz de cau-
como máximo.
sar dano a outrem.
Sobre as práticas abusivas, o CDC tratou especi ca- Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos
mente de regular as práticas abusivas em três artigos: 39, remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese
40 e 41. Mas apenas no art. 39 as práticas que se preten- prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis,
dem coibir, e que lá são elencadas exempli cativamente, inexistindo obrigação de pagamento.
são mesmo abusivas. O art. 40 regula o orçamento e o
art. 41 trata de preços tabelados. São abusivas as ações As práticas abusivas podem ser classi cadas em pré-
e/ou condutas que, uma vez existentes, caracterizam-se -contratuais, contratuais, e pós-contratuais. Isso signi ca
como ilícitas, independentemente de se encontrar ou que tais ações podem ser consideradas abusivas, ainda
não algum consumidor lesado ou que se sinta lesado. que ocorridas antes, durante a vigência, ou após o térmi-
São ilícitas em si, apenas por existirem de fato no mundo no do contrato de consumo. O envio de cartão de crédito
fenomênico. Observe o texto do artigo 39, in verbis: sem que o consumidor tenha pedido é exemplo de abu-
so pré-contratual. A prática “pós-contratual” surge como
ato do fornecedor por conta de um contrato de consumo
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou servi- preexistente. Como exemplo, tome-se a “negativação”
ços, dentre outras práticas abusivas: indevida nos serviços de proteção ao crédito.
I - condicionar o fornecimento de produto ou de servi-
ço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem 4.2 Oferta e Descumprimento da Oferta
como, sem justa causa, a limites quantitativos;
II - recusar atendimento às demandas dos consumi- O fornecedor, para promover seus produtos e/ou ser-
dores, na exata medida de suas disponibilidades de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

viços, busca atrair o consumidor enaltecendo as suas ca-


estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e cos- racterísticas, qualidades, aspectos funcionais e, não raras
tumes; vezes, acaba por promovê-los também com diminuição
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação de seu preço e melhoria na forma de pagamento, assim
prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer servi- como criando regras de descontos ou premiações, tudo
ço; com vistas a captar o desejo de consumo do consumidor
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consu-
e também o seu dinheiro.
midor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento
A oferta é um legítimo instrumento à disposição do
ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou
fornecedor de otimizar a sua lucratividade, estabelecen-
serviços;
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente do o CDC o conceito no teor do seu artigo 30 ao estabe-
excessiva; lecer que a oferta é “toda informação ou publicidade, su-

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cientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcial-
meio de comunicação com relação a produtos e serviços mente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por
oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a res-
zer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que peito da natureza, características, qualidade, quantidade,
vier a ser celebrado”. propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados
O poder de in uenciar as escolhas de consumo é ta- sobre produtos e serviços.
manha que houve por bem proteger o consumidor de O referido dispositivo legal protege o consumidor de
forma a obrigar o fornecedor no cumprimento da oferta qualquer informação ou comunicação de caráter publi-
promovida, sob pena de aplicação do artigo 35 do CDC citário capaz de induzi-lo a erro quanto ao produto ou
que possibilita ao consumidor, em caso de descumpri- serviço ofertado. A publicidade que infringe essa dispo-
mento da oferta, à sua escolha, o cumprimento forçado sição legal contraria os interesses de toda a coletivida-
da obrigação ou, a aceitação de outro produto ou servi- de e pode causar prejuízos a um número incalculável de
ço equivalente ou, optar o consumidor pela rescisão do consumidores. Observe que o CDC adotou um critério
contrato com devolução das quantias pagas, monetaria- nalístico, ao considerar publicidade enganosa a simples
mente atualizadas, sem prejuízo de perdas e danos. veiculação de anúncio publicitário, que seja capaz de
Para que a oferta tenha todo esse poder, o quanto induzir o consumidor ao erro. Desse modo, leva-se em
transmitido na oferta deve ter criado no consumidor uma conta apenas a potencialidade lesiva da publicidade, não
expectativa de cunho objetivo a respeito do produto e/ sendo necessário que o consumidor tenha sido efetiva-
ou serviço e, justamente a quebra dessa expectativa é que mente enganado. Trata-se de presunção juris et de jure
ensejará a escolha de uma das opções postas ao consu- (não admite prova em contrário) de que os consumido-
midor nos termos do artigo 35, do CDC. Pode-se ser usa- res difusamente considerados foram lesados.
do como exemplo bem próximo duas campanhas publi- Mas o Código do Consumidor também prevê a hipó-
citárias que geraram ofertas em razão da Copa América tese de publicidade abusiva, no § 2º do mesmo artigo
de 2019, a primeira delas de um grande fornecedor de 37. Segundo o referido dispositivo, “é abusiva, dentre ou-
eletroeletrônicos que ofertou que para os consumidores tras, a publicidade discriminatória de qualquer natureza,
que comprassem uma televisão em seu estabelecimento, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição,
caso o Brasil se sagrasse campeão, comprariam outra por se aproveite da de ciência de julgamento e experiência
apenas R$ 1,00 (um real), essa oferta estabeleceu uma da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja
condição para que gerasse a responsabilidade do forne- capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma
cedor no seu cumprimento, independentemente da sele- prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança”.
ção brasileira ter vencido ou não. A publicidade abusiva não se confunde com a publi-
Importante destacar que se a oferta contém um es- cidade enganosa. Na primeira não há, necessariamente,
tímulo ao consumo dado de forma subjetiva, não terá uma inverdade e nem sempre o consumidor é induzi-
o condão de obrigar o fornecedor no seu cumprimento do ao cometimento de erro. Ela pode até ser verdadei-
por não poder criar expectativas a respeito do produto ra, mas seu conteúdo afronta a moral, a ética e os bons
e/ou serviço, como por exemplo, a publicidade em que costumes. Na publicidade enganosa, por outro lado, o
se veicula que a bolacha divulgada é a mais gostosa que conteúdo do anúncio sempre contém inverdades ou al-
existe, acaba por não vincular o fornecedor posto que guma omissão que induza o consumidor ao erro. Outra
a questão de gostar ou não está intrínseca ao produto diferença básica consiste no fato de que a publicidade
e sim ao consumidor. Da mesma forma que o exagero enganosa geralmente causa prejuízo econômico à coleti-
(pu ng), não obriga o fornecedor, em razão da ausên- vidade de consumidores, diferentemente da publicidade
cia de precisão da informação. Assim, expressões como abusiva, que, apesar de causar algum mal ou constrangi-
“o melhor carro do mundo” ou “basta usar que todos mento, não tem, obrigatoriamente, relação com o pro-
os seus sonhos serão realizados”, por serem exageradas, duto ou serviço.
não permitem a precisão da informação. Assim, conclui-se que, a publicidade tem que ser ver-
dadeira e respeitar os valores sociais, morais e éticos, ve-
4.3 Publicidade Enganosa e Publicidade Abusiva dando-se a difusão de mensagens publicitárias que des-
respeitem esses cânones. A veiculação de propaganda
O termo “publicidade” deriva do latim “publicus”, que abusiva ou enganosa, além de ser vedada pela lei, con -
signi ca tornar algo público, seja um fato, uma ideia ou gura em grave ofensa aos direitos básicos do consumi-
uma coisa. Apesar de haver diversos doutrinadores que dor. Portanto, é necessário não apenas se preocupar com
buscam um conceito adequado de publicidade jurídica,
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

o conteúdo da mensagem publicitária que será veicula-


a legislação não teve tamanha preocupação. Apesar de da, mas também com a maneira que ela será transmitida
o CDC não apresentar uma de nição de publicidade, te- e como os consumidores vão reagir.
mos o Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publi-
citária, que de ne publicidade comercial, em seu art. 8º,
5. Solidariedade no Direito do Consumidor
como “toda atividade destinada a estimular o consumo
de bens e serviços, bem como promover instituições,
A regra geral da responsabilidade civil, isso é, aquela
conceitos e ideias”.
que envolve a indenização pela prática de atos danosos
Porém, o CDC tratou de estabelecer uma de nição e
algumas hipóteses de con guração da publicidade en- a outrem, é que, havendo multiplicidade de credores e
ganosa e abusiva. Segundo o artigo 37, § 1º, do CDC, devedores, as obrigações são fracionadas entre os mes-
é enganosa qualquer modalidade de informação ou mos (art. 257 do CC) e cada um é responsável apenas a

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sua quota-parte. A solidariedade, no ramo de direito civil,
é uma exceção, pois obriga cada um dos devedores ao FIQUE ATENTO!
pagamento de toda a dívida ou permite a cada um dos A jurisprudência vem excluindo algumas hi-
credores o recebimento de toda a dívida. póteses de direito de regresso para alguns
Mas para o direito do consumidor, a solidariedade casos de acidente de consumo. Na veicula-
passiva entre os fornecedores (e não a fracionariedade) ção de publicidade abusiva, o STJ quebrou o
é a regra geral estabelecida no art. 7º, parágrafo único do princípio geral da solidariedade no CDC para
CDC: “Tendo mais de um autor a ofensa, todos respon- individualizar a conduta e excluir a respon-
derão solidariamente pela reparação dos danos previstos sabilidade das empresas de comunicação
nas normas de consumo”. pela veiculação de publicidade enganosa ou
O art. 13 do mesmo CDC dispõe que nos acidentes de abusiva. “As empresas de comunicação não
consumo (fato do produto) causados por defeito do pro- respondem por publicidade de propostas
duto, a responsabilidade do comerciante é subsidiária e abusivas ou enganosas. Tal responsabilidade
ele só será solidariamente responsável junto com o fabri- toca aos fornecedores-anunciantes, que a
cante, o construtor, o produtor ou o importador quando patrocinaram (CDC, Arts. 3º e 38). IV - O CDC,
estes não puderem ser identi cados ou não conservar quando trata de publicidade, impõe deveres
adequadamente os produtos perecíveis. No que se refere ao anunciante - não às empresas de comuni-
aos vícios de qualidade dos produtos e serviços (arts. 18 cação (Art. 3º, CDC).” (STJ - REsp. 604.172-SP
a 20 do CDC), a solidariedade entre comerciante, pres- - 3ª Turma - j. 27.03.2007 - rel. Min. Humber-
tador de serviços e fabricante é incondicional. É muito to Gomes de Barros, DJU 21.05.2007, p. 568).
comum ocorrer a responsabilidade solidária na compra
e venda de produtos eletrodomésticos, como televisões
que não sintonizam, ou geladeiras que não gelam, etc.
O consumidor poderá exigir responsabilização tanto do
fornecedor, como da empresa manufaturadora do apa-
relho, ou qualquer outro ente responsável pelo ofereci-
mento do produto/serviço no mercado.
Importante ressaltar que a renúncia a responsabi-
EXERCÍCIO COMENTADO
lidade solidária, com previsão no Código Civil, é abso-
lutamente vedada no ramo de direitos do consumidor. 1.(TJ-CE – JUIZ LEIGO – INSTITUTO CONSULPLAN –
O artigo 25, caput, do CDC, assim dispõe: “É vedada a 2019) Em relação ao tratamento que a jurisprudência do
estipulação contratual de cláusula que impossibilite, Superior Tribunal de Justiça dá à Relação de Consumo e
exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista aos conceitos de Consumidor e Fornecedor, marque a
nesta e nas seções anteriores”. Assim, mesmo que os di- alternativa incorreta.
versos fornecedores estabeleçam cláusula contratual que
afaste a solidariedade entre eles, tal cláusula não prevale- a) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às ins-
ce em face ao consumidor e qualquer um dos fornecedo- tituições nanceiras.
res ou todos conjuntamente podem ser acionados pela b) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos
reparação dos danos. contratos locatícios regidos pela Lei nº 8.245/91.
Sobre o direito de regresso contra os demais deve-
c) Não incide o Código de Defesa do Consumidor nas
dores, no direito do consumidor, trata-se de uma hipó-
relações jurídicas estabelecidas entre condomínio e
tese imperfeita, pois o art. 13, parágrafo único, do CDC
assegura ao fornecedor solidário que pagou os danos condôminos
ao consumidor, o direito de regresso contra os demais d) O Código de Defesa do Consumidor não se aplica ao
“apenas naquilo que corresponde à participação de cada contrato de plano de saúde administrado por entida-
um no resultado danoso”. O direito de regresso é mais de de autogestão, por inexistir relação de consumo.
restrito, e será exercido de acordo com a medida do nexo Resposta: Letra B. O Código de Defesa do Consu-
causal de cada um dos envolvidos com o acidente de midor, segundo entendimento jurisprudencial, não
consumo. é aplicável aos contratos locatícios, exatamente pelo
fato deles serem regidos por lei própria, qual seja, a
Lei nº 8.245/1991. Importante ressaltar a Súmula nº
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

297 do STJ, que dispõe: “o Código de Defesa do Con-


sumidor é aplicável as instituições nanceiras”.

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2.(TJ-PR – JUIZ SUBSTITUTO – CESPE – 2019) A respei- Resposta: Letra D. A letra A está incorreta, pois o prin-
to de cobrança de dívidas e cadastros de inadimplentes, cípio dispõe apenas sobre a melhoria e racionalização
de prescrição, de práticas comerciais abusivas e de oferta dos serviços públicos, não dos privados. A letra B está
e publicidade, assinale a opção correta, de acordo com a incorreta, pois a necessidade diz respeito ao desen-
jurisprudência do STJ. volvimento somente econômico do Brasil, não socio-
econômico. A letra C está incorreta, pois o princípio
a) A cobrança indevida de pagamento por serviços de visa proteger somente os consumidores, e não os for-
telefonia enseja a condenação da empresa prestadora necedores.
do serviço por danos morais presumidos, indepen-
dentemente de efetuada a inscrição do nome do con-
sumidor em cadastros de inadimplentes. LEI Nº 8.195/1991
b) A ação de indenização por danos morais decorren-
te da inscrição indevida de consumidor em cadastro
de inadimplentes promovida por instituição nanceira
aplica-se o prazo prescricional de três anos, previsto A Lei nº 8.195, de 26 de junho de 1991, também faz
no Código Civil. algumas alterações na Lei nº 5.194/1966, dispondo sobre
c) Em salas de cinema, a prática de compelir consumidor eleições diretas para Presidentes dos Conselhos Federal
espectador a comprar todo e qualquer produto den- e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
tro da própria sala de exibição de lmes não é abusi- Os Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais de
va, por ser essa atividade de caráter complementar à Engenharia, Arquitetura e Agronomia serão eleitos pelo
principal. voto direto e secreto dos pro ssionais registrados e em
d) A responsabilidade do comerciante é subsidiária à do dia com suas obrigações para com os citados conselhos,
fabricante no caso de o vendedor se aproveitar de pu- podendo candidatar-se pro ssionais brasileiros habilita-
blicidade enganosa do fabricante para a comercializa- dos de acordo com a Lei n° 5.194, de 24 de dezembro de
ção do produto. 1966 (art. 1º). O Conselho Federal de Engenharia, Arqui-
tetura e Agronomia disporá, em resolução, sobre os pro-
Resposta: Letra B. A letra A está incorreta pois não cedimentos eleitorais referentes à organização e data das
há na jurisprudência do STJ reconhecimento de danos eleições, prazos de desincompatibilização, apresentação
morais presumidos por cobrança de serviço de telefonia de candidaturas e tudo o mais que se zer necessário à
“independentemente de efetuada a inscrição do nome realização dos pleitos (art. 2º).
do consumidor em cadastro de inadimplentes. A letra
C está incorreta, O STJ já se manifestou no sentido de
ser venda casada por via obliqua a conduta da empre- LEI Nº 8.429/1992
sa de cinema ao proibir o consumidor de ingressar na
sala com produtos alimentícios adquiridos em outros
estabelecimentos (Resp. 744.602, DJ 15.03.2007). A le-
tra D está incorreta, A responsabilidade na hipótese 1. Conceito de improbidade
é solidária e não subsidiária, pois o comerciante po-
derá ressarcir o consumidor. Observe o seguinte jul- O agente público, quando age no exercício das suas
gado: “(...)É solidária a responsabilidade entre aqueles funções, pode praticar atos violadores do Direito, capa-
que veiculam publicidade enganosa e os que dela se zes de ensejar um dever de responsabilização da Admi-
aproveitam, na comercialização de seu produto” (REsp nistração, que é a pessoa jurídica a qual representa. É
nº 327.257/SP, rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TER- bastante comum a doutrina estabelecer a responsabi-
CEIRA TURMA, j. 22-06-2004 – DJ 16-11-2004). lidade tríplice dos agentes públicos, uma vez que seus
atos podem violar direitos relativos às esferas civil, penal,
e administrativas. Todavia, além das três esferas mencio-
3.(TJ-AC – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO – VUNESP nadas, é possível veri car uma quarta esfera de respon-
– 2019) A Política Nacional das Relações de Consumo é
sabilização dos agentes públicos, que diz respeito à im-
regida pelo seguinte princípio, dentre outros:
probidade administrativa.
a) racionalização e melhoria dos serviços públicos e pri- Improbidade possui previsão constitucional, mais
especi camente no art. 37, caput, ao expor que é dever
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

vados.
b) harmonização dos interesses dos participantes das re- da Administração Pública Direta e Indireta, o respeito ao
lações de consumo e compatibilização da proteção do princípio da moralidade administrativa. Além disso, cons-
consumidor com a necessidade de desenvolvimento ta no § 4º do mesmo dispositivo constitucional que “os
socioeconômico do Brasil. atos de improbidade administrativa importarão a sus-
c) coibição e repressão de abusos praticados no mercado pensão dos direitos políticos, a perda da função pública,
de consumo que possam causar prejuízo aos consu- a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário,
midores e fornecedores. na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da
d) educação e informação de consumidores e fornece- ação penal cabível”. Pela leitura do dispositivo, veri ca-se
dores quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à uma característica importante dos atos de improbidade:
melhoria do mercado de consumo. a sua independência em relação às outras esferas de res-

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ponsabilização. Assim, a instauração de processo com o Entretanto, o art. 3º da referida Lei estende as penas pela
escopo de apurar o ato de improbidade independe de improbidade a particulares (não agentes), desde que te-
prévia condenação (ou absolvição) do agente infrator nham induzido, concorrido, ou se bene ciou da prática
nos processos civil, criminal, e administrativo. do ato. Assim, os particulares podem até serem respon-
Dessa forma, podemos conceituar os atos de impro- sabilizados, mas nunca sozinhos, hipótese designada
bidade administrativa como aqueles aptos a causarem como improbidade imprópria.
danos ao erário, enriquecimento ilícito, ou ainda violação Ainda sobre a hipótese de particulares, o STJ tem se
aos princípios administrativos. posicionado de forma a restringir o âmbito de aplicação
A preocupação do legislador em estabelecer os da LIA para as pessoas não agentes, como no julgado de
atos de improbidade, bem como as sanções aplicáveis Recurso Especial REsp nº 1.405.748, que extinguiu ação
aos agentes públicos, traduz-se na nalidade de garantir de improbidade proposta em face do ator Guilherme
o respeito à moralidade administrativa. Nossa Constitui- Fontes pela demora na conclusão do lme “Chatô – Rei
ção estabelece dois mecanismos processuais para a de- do Brasil”.
fesa da moralidade, haja visto ser uma questão de inte-
resse público. De um lado, temos a ação popular (art. 5º,
LXXIII, da CF/1988), podendo ser proposta por qualquer #FicaDica
cidadão para anular ato lesivo ao patrimônio público ou
de entidade que o Estado participe, à moralidade admi- A presença do elemento dolo/culpa nos
nistrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico- atos de improbidade administrativa é
-cultural. De outro, a ação de improbidade administrati- um tema bastante discutido na doutrina.
va, fundada no art. 37, § 4º, da CF/1988, e de legitimidade O art. 10 da Lei nº 8.429/1982 prevê, ex-
exclusiva do Ministério Público, ou de entidade interes- pressamente, que “constitui ato de impro-
sada. bidade administrativa que causa lesão ao
erário qualquer ação ou omissão, dolosa
2. A Lei nº 8.429/1982 ou culposa, que enseje...”. Este é o único
dispositivo que prevê expressamente a
Como forma de regulamentar o processo de improbi- modalidade culposa para con guração de
dade, garantido pela Constituição, incumbiu-se a União a improbidade. Uma corrente majoritária na
tarefa de promulgar a Lei Federal nº 8.429/1982, também doutrina sustenta que, devido a sua ausên-
conhecida como Lei da Improbidade Administrativa (LIA). cia nos demais casos de improbidade, a
Dispõe o art. 1º da LIA que “Os atos de improbidade culpa stricto sensu somente seria admitida
praticados por qualquer agente público, servidor ou não, para atos que causem prejuízos ao erário.
contra a administração direta, indireta ou fundacional de A responsabilidade é sempre subjetiva, de-
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito vendo sempre demonstrar a culpa em sen-
Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incor- tido amplo do agente público.
porada ao patrimônio público ou de entidade para cuja
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra
com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da
receita anual, serão punidos na forma desta lei”. Pode- 3. Espécies de atos de improbidade
mos identi car os sujeitos ativo e passivo do ato de im-
probidade. A Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº
Sujeito passivo do ato de improbidade é aquele que 8.429/1982) de ne, nos seus artigos 9º a 11, um rol
venha a sofrer as consequências do ato de improbidade exempli cativo das condutas que caracterizam a im-
administrativa. São eles: membros da Administração Pú- probidade administrativa, que constituem no objeto da
blica Direta (União, Estados, Municípios e seus órgãos), improbidade. Podemos dividir tais condutas em quatro
da Administração Indireta (autarquias, fundações, em- grandes grupos:
presas públicas, sociedades de economia mista); as en- - Atos que importam em enriquecimento ilícito:
tidades privadas que recebem subvenção, incentivo ou são as condutas de maior gravidade, apenadas com
benefício scal ou creditício provenientes de órgãos pú- as sanções mais rigorosas, pelo fato de envolver
blicos; e também as empresas com participação estatal, atos como auferir qualquer tipo de vantagem
cuja criação ou custeio o erário concorra com menos de patrimonial indevida em razão do exercício de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

50% do patrimônio ou da receita anual. cargo, mandato, função, emprego ou atividade


Por outro lado, sujeito ativo é aquele que pratica o nas entidades públicas (art. 9º da LIA). As sanções
ato danoso, e eventualmente sofrerá a sanção aplicável aplicáveis podem ser de ressarcimento integral do
após a propositura da ação de improbidade (art. 17 da dano, perda da função pública, perda dos direitos
LIA). Todo e qualquer agente público pode sofrer proces- políticos de 8 a 10 anos, e a proibição de contratar
so de improbidade. Compreende-se como agente públi- com o Poder Público pelo prazo de 10 anos.
co, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente - Atos que causam prejuízo ao erário: qualquer
ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designa- tipo de conduta dolosa ou culposa, comissiva ou
ção, contratação ou qualquer outra forma de investidu- omissiva, que enseja perda patrimonial, desvio,
ra ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas apropriação ou dilapidação dos bens ou haveres
entidades mencionadas anteriormente (art. 2º da LIA). das entidades públicas é passível de sanção, sem

11
a necessidade de haver um enriquecimento patri-
monial do agente infrator (art. 10 da LIA). Compor-
ta sanções intermediárias, como ressarcimento dos
EXERCÍCIO COMENTADO
danos, perda da função pública, perda dos direitos
políticos de 5 a 8 anos, e a proibição de contratar 1.(PREFEITURA DE RECIFE-PE – ANALISTA DE PLA-
com o Poder Público por 5 anos. NEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO – FCC – 2019)
- Atos que atentam contra os princípios da Admi- Quando um agente público comete ato de improbidade,
nistração Pública: apesar de não causar enrique- sabe-se que:
cimento do agente, nem lesão nanceira ao erário,
a prática desses atos pode violar os deveres de ho- a) se trata de servidor público estatutário ou celetista,
admitidos mediante concurso público, não sendo in-
nestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade
dispensável a comprovação de conduta dolosa para
às instituições (art. 11). As sanções aplicáveis são
aquela con guração.
mais brandas, incluindo ressarcimento dos danos,
b) o terceiro que tiver participado, induzido ou concor-
perda da função pública, perda dos direitos políti-
rido para a prática do ato poderá sofrer as sanções
cos de 3 a 5 anos, e a proibição de contratar com o previstas na mesma lei.
Poder Público por 3 anos. c) para sua condenação é indispensável a comprova-
- Atos decorrentes de concessão ou aplicação in- ção de dolo, independentemente da modalidade em
devida de benefício nanceiro ou tributário: questão.
trata-se de novidade trazida pela Lei Complemen- d) agiu com a reprovável quebra de con ança, con gu-
tar nº 157/2016, que adicionou o artigo 10-A, ti- rando dolo presumido, o que enseja condenação por
pi cando como improbidade administrativa qual- ato de improbidade.
quer ação ou omissão para conceder, aplicar ou e) sua conduta culposa é su ciente para aplicação de al-
manter benefício nanceiro ou tributário contrário gumas penalidades acessórias, mas não admite a tipi-
ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei cação como uma modalidade individualizada de ato
Complementar nº 116/2003. Apresenta sanções de improbidade.
como a perda da função pública, e perda dos
direitos políticos de 5 a 8 anos. Resposta: Letra B. As letras A e D estão incorreta, pois
para a con guração de ato de improbidade adminis-
4. Probidade e Moralidade trativa, é imprescindível a presença da conduta dolosa
para sua con guração (responsabilidade subjetiva). O
Convém fazer maior explanação sobre as diferenças dolo não se presume nessas hipóteses. As letras C e
entre moralidade e improbidade. A moralidade, sobre- E estão incorretas, pois os atos de improbidade que
tudo a moralidade administrativa, é um princípio consti- causem prejuízos ao erário poderão ocorrer na moda-
tucional da Administração Pública, presente no caput do lidade culposa.
art. 37 da CF/1988. Quando a Constituição expõe sobre
“moralidade”, geralmente remete-se a um princípio ou 2.(SEFAZ-SC – AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADU-
norma geral atribuída aos agentes públicos. Não há, to- AL – FCC – 2018) A não ocorrência de prejuízo aos co-
davia, regras com previsão de sanções pelo não cumpri- fres de uma empresa pública, constatada irregularidade
mento do princípio da moralidade no Texto Constitucio- no procedimento de aquisição de equipamentos por um
nal. empregado público:
A improbidade, todavia, apresenta uma faceta muito
mais concreta: quando a Constituição fala em “improbi- a) afasta a possibilidade de caracterização de ato de im-
dade administrativa”, sempre pressupõe alguma lesão probidade.
a valores morais ou a algum comando legal, exigindo a b) impede a instauração de procedimento para respon-
aplicação de uma sanção. Parece-nos mais correto a r- sabilização do empregado em qualquer esfera, à exce-
mar que, como infração, a improbidade é uma noção ção da penal, caso sua conduta tipi que crime.
mais abrangente e real do que a noção de moralidade c) não afasta a possibilidade de prática de ato de impro-
administrativa. Essa é a posição majoritária da doutrina. bidade se a conduta tiver sido dolosa e se subsumir a
uma das demais hipóteses caracterizadoras de outra
Independentemente disso, o importante é que o
modalidade, que não exigem prejuízo ao erário para
agente público tem o dever de obedecer não somente as
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

tipi cação.
leis ou as normas jurídicas positivadas. Ele deve obede- d) não interfere na conclusão de processo em curso por
cer, também, ao princípio da moralidade, para agir com ato de improbidade, tendo em vista que a tipi cação
ética, decoro, honestidade e boa-fé, e poder exercer uma de qualquer das modalidades possíveis é legalmente
“boa administração”. Caso contrário, poderá ser punido prevista mediante conduta culposa e não exige efetivo
pela prática de atos de improbidade administrativa. prejuízo ao erário público.
e) restringe a responsabilização do empregado à esfera
disciplinar, pois as empresas públicas se submetem ao
regime jurídico de direito privado, não sendo possível
con guração de ato de improbidade, salvo se em con-
curso com detentor de cargo efetivo.

12
Resposta: Letra C. A letra A está incorreta, pois ape- O parágrafo único do art. 1º da LAI dispõe sobre os
sar não haver prejuízos ao erário, o agente pode se destinatários, ou aqueles que devem se subordinar à
responsabilizar pela prática de outros atos de impro- referida legislação. São os órgãos públicos integrantes
bidade, como por exemplo se do ato resultar em en- da administração dos Poderes Executivo, Legislativo, in-
riquecimento ilícito. As letras B e E estão incorretas, cluindo o Tribunal de Contas, Ministério Público etc; as
pois os servidores públicos, de modo geral, possuem entidades federativas integrantes da Administração Pú-
tripla esfera de responsabilização, abrangendo a res- blica Direta; e as autarquias, fundações públicas, empre-
ponsabilidade civil, administrativa e penal. A letra D sas públicas, e sociedades de economia mista integrantes
está incorreta, pois não é toda modalidade de ato de da Administração Indireta.
improbidade administrativa que se admite conduta Os procedimentos previstos na LAI destinam-se a as-
culposa, apenas os atos que causem prejuízo ao erário segurar o direito fundamental de acesso à informação e
devem ser executados em conformidade com os princí-
pios básicos da administração pública e com as diretrizes
LEI Nº 12.527/11 previstas no art. 3º da referida Lei. São eles:

- Princípio da Publicidade Máxima: a abrangência


do direito à informação deve ser ampla no tocante
Antes de realizar uma análise comentada da Lei nº à quantidade de informações e órgãos envolvidos,
12.527/2011, que dispõe sobre o direito ao acesso à in- bem como quanto aos indivíduos que poderão rei-
formação, convém realizar uma breve introdução sobre o vindicar esse direito.
tema. O Brasil foi marcado, na década de 1960 até mea- - Princípio da Transparência ativa ou obrigação de
dos de 1980, por um governo ditatorial militar, ocasião publicar: os órgãos públicos têm a obrigação de
em que houve uma grande restrição dos direitos funda- publicar informações de interesse público sem ne-
mentais dos cidadãos, incluindo nesse rol o direito ao cessidade de provocação dos interessados.
acesso à informação. O Poder Público, na época, tinha - Princípio da abertura de dados: traduz-se no es-
a faculdade de decidir quais atos e outros eventos po- tímulo à disponibilização de dados em formato
deriam ser transmitidos para a população, e quais atos aberto, utilizado livremente, cujo acesso é faculta-
deveriam permanecer sob sigilo. do a qualquer interessado.
Contudo, tal cenário mudou com a redemocra- - Princípio da criação de procedimentos que faci-
tização do País, e a promulgação da Constituição Federal litam o acesso: os pedidos de informação devem
de 1988. Atualmente, o acesso à informação é reconhe- ser processados mediante procedimentos ágeis,
cido como direito humano fundamental por importan- de forma transparente e em linguagem de fácil
tes organismos da comunidade internacional. O art. 5º, compreensão, com a possibilidade de apresenta-
XXXIII, da CF/1988 prevê de modo expresso o direito ao ção de recurso em caso de negativa da informação.
acesso à informação, ao dispor que “todos têm direito a O recurso disposto na referida Lei não é o remé-
receber dos órgãos públicos informações de seu interes- dio constitucional denominado habeas data, cuja
se particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão regulamentação encontra-se na Lei nº 9.507/1997.
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilida-
de, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 2. Transparência Ativa e Transparência Passiva
segurança da sociedade e do Estado”. Assim, as noções
de publicidade e transparência passam a se tornar prin- A LAI estimula exaustivamente a iniciativa de transpa-
cípios basilares da Administração Pública (art. 37, caput, rência, que pode ser dividida em duas espécies. A trans-
CF/1988), e como forma de melhor regulamentar o refe- parência ativa consiste na obrigatoriedade dos órgãos e
rido disposto constitucional, surge a Lei de Acesso à In- entidades públicas, por iniciativa própria, de divulgarem
formação (Lei nº 12.527/2011), que analisaremos alguns informações de interesse geral ou coletivo, salvo aque-
de seus principais dispositivos. las que contenham informações que mereçam especial
proteção em razão do seu caráter sigiloso. Sobre o tema,
A LEI Nº 12.527/2011: REGRAS GERAIS DO ACESSO o caput do art. 8º da LAI é bastante claro ao expor que
À INFORMAÇÃO “É dever dos órgãos e entidades públicas promover, in-
dependentemente de requerimentos, a divulgação em
1. Princípios e Diretrizes local de fácil acesso, no âmbito de suas competências,
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

de informações de interesse coletivo ou geral por eles


A Lei de Acesso à Informação (LAI), é considerada um produzidas ou custodiadas”.
divisor de águas em matéria de transparência pública, Além da obrigação geral, o § 1º do referido art. 8º
pois, dentre outros princípios, de ne que o acesso à in- também elenca um rol de dados que devem obrigato-
formação é a regra, e o sigilo, a exceção. Qualquer pessoa, riamente constar na divulgação de informações pelos
física ou jurídica, poderá solicitar acesso às informações órgãos e entidades públicas, dentre os quais destaca-se:
públicas, isto é, aquelas não classi cadas como sigilosas, o registro das competências e estrutura organizacional,
conforme procedimento que observará as regras, prazos, endereços e telefones das respectivas unidades e horá-
instrumentos de controle e recursos previstos, sendo de- rios de atendimento ao público; o registro de despesas;
ver do Estado garantir esse direito fundamental, que será
as informações concernentes a procedimentos licitató-
franqueada mediante procedimentos simples e objeti-
rios, incluindo os editais e resultados, bem como todos
vos, de forma transparente, clara e de fácil compreensão.

13
os contratos celebrados; e as respostas a perguntas mais ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente
frequentes da sociedade. A LAI de niu a internet como poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que terá
sendo o canal obrigatório para a divulgação das iniciati- o prazo de 5 dias para decidir sobre o referido pleito.
vas de Transparência Ativa, conforme se depreende do
seu art. 8º, § 2º: “Para cumprimento do disposto no caput, 4. Responsabilidades na Lei de Acesso à Infor-
os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos mação:
os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem,
A LAI não dispõe apenas de regras gerais sobre o
sendo obrigatória a divulgação em sítios o ciais da rede
acesso à informação. Também elenca uma série de san-
mundial de computadores”.
ções e penalidades aos agentes públicos que se opor aos
Por outro lado, a LAI também estabelece procedimen-
seus ditames. O art. 32 da LAI apresenta as condutas que
tos e ações a serem realizados pelos órgãos e entidades
são consideradas condutas ilícitas que ensejam respon-
públicas de forma a garantir o atendimento ao princípio
sabilidade do agente público ou militar:
da Transparência Passiva. A transparência passiva ocorre
Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam res-
quando algum órgão ou ente é provocado pela socieda-
ponsabilidade do agente público ou militar:
de a prestar informações. A obrigatoriedade de prestar
I - recusar-se a fornecer informação requerida nos
as informações solicitadas está prevista especi camen-
termos desta Lei, retardar deliberadamente o seu for-
te no artigo 10 da LAI: “Qualquer interessado poderá
necimento ou fornecê-la intencionalmente de forma
apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos
incorreta, incompleta ou imprecisa;
e entidades referidos no art. 1° desta Lei, por qualquer
II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, des-
meio legítimo, devendo o pedido conter a identi cação
truir, inutilizar, des gurar, alterar ou ocultar, total ou
do requerente e a especi cação da informação requeri-
parcialmente, informação que se encontre sob sua
da”. Os pedidos devem ser encaminhados ao serviço de
guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em
informação do órgão público, podendo ser realizados
razão do exercício das atribuições de cargo, emprego
inclusive pela internet, devem conter informações como
ou função pública;
identi cação do requerente, mas sem exigências que in-
III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações
viabilizem a solicitação, e não se podem exigir justi cati-
de acesso à informação;
vas para solicitar informações de interesse público.
IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou
Uma vez recebido um pedido de informação, o Poder
permitir acesso indevido à informação sigilosa ou in-
Público deve autorizar ou conceder acesso imediato à in-
formação pessoal;
formação. Não sendo possível acesso imediato, em até
V - impor sigilo à informação para obter proveito pes-
20 dias, o órgão deve responder o requerente apresen-
soal ou de terceiro, ou para ns de ocultação de ato
tando: a data, local e modo para se realizar o acesso; as
ilegal cometido por si ou por outrem;
razões para se recusar o acesso pretendido; o comunica-
VI - ocultar da revisão de autoridade superior com-
do de que não possui a informação ou que encaminhou
petente informação sigilosa para bene ciar a si ou a
o pedido ao órgão que realmente detém a informação.
outrem, ou em prejuízo de terceiros; e
Tal prazo poderá ser prorrogado por mais 10 dias me-
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, docu-
diante justi cativa apresentada pelo ente público.
mentos concernentes a possíveis violações de direitos
humanos por parte de agentes do Estado.
3. Recursos administrativos na LAI:
O demandante somente poderá recorrer nas seguin- Os agentes militares serão penalizados segundo regi-
tes hipóteses: havendo negativa de acesso à informação; mento próprio, podendo ser consideradas transgressões
ou quando não há motivação obrigatória da negativa de médias ou graves. Já os demais servidores públicos, sub-
acesso. A Lei de Acesso à Informação apenas detalha os metidos ao regime da Lei nº 8.112/1990, a prática de tais
procedimentos de recursos administrativos no âmbito condutas enseja à pena de, no mínimo, suspensão.
da administração pública federal, mas a doutrina enten- Por m, a LAI também prevê penalidades para as
de que os Poderes Executivo e Legislativo tenham seus pessoas físicas e entidades privadas que detiverem in-
respectivos procedimentos recursais, desde que devida- formações em virtude de vínculo de qualquer natureza
mente regulamentados. com o poder público e deixarem de observar os prin-
Nos termos do caput e do parágrafo único do art. cípios e diretrizes da referida Lei, podendo ser punidos
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

15 da LAI, o interessado poderá interpor recurso contra com: a) advertência; b) multa; c) rescisão do vínculo com
a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua o poder público; d) suspensão temporária de participar
ciência, sendo dirigido à autoridade hierarquicamente
em licitação e impedimento de contratar com a admi-
superior à que exarou a decisão impugnada, que deverá
nistração pública por prazo não superior a 2 (dois) anos;
se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. O serviço de
e e) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar
busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo
nas hipóteses de reprodução de documentos pelo com a administração pública, até que seja promovida a
órgão ou entidade pública consultada, situação em que reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a
poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário penalidade.
ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais
utilizados. Negado o acesso a informação pelos órgãos

14
Resposta: Letra B. A letra A está errada, pois o acesso
à informações sempre precede uma solicitação do in-
EXERCÍCIO COMENTADO teressado. As letras B e C estão erradas, pois tais dire-
trizes e princípios já se encontram dispostos na LAI, o
1.(ILSL – ENFERMEIRO – IBFC – 2013) A Lei nº 12.527 enunciado pede uma alternativa “para além dos prin-
cípios previstos em lei”. A letra E está errada, as infor-
de 18-11-2011 regula direito fundamental de acesso às
mações classi cadas ou sigilosas devem ser mantidas
informações. Na sua seção V, regula o acesso às informa- em segredo, pois constituem-se em exceção ao prin-
ções pessoais. Assinale a alternativa incorreta: cípio da publicidade constitucionalmente permitida.

a) O tratamento das informações pessoais deve ser feito


3.(SEAP-DF – ANALISTA-ARQUIVOLOGIA – IADES –
de forma transparente e com respeito à intimidade,
2014) Segundo a Lei de Acesso à Informação, é correto
vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como a rmar que os documentos possuem os seguintes graus
às liberdades e garantias individuais. de sigilo:
b) O consentimento expresso da pessoa a que elas se
referirem não será exigido quando as informações a) reservado, secreto e ultrassecreto.
forem necessárias à prevenção e diagnóstico médico, b) pessoal, secreto e ultrassecreto.
quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, c) pessoal, reservado, secreto e ultrassecreto.
e para utilização única e exclusivamente para o trata- d) ostensivo, reservado, secreto e ultrassecreto.
e) reservado, con dencial, secreto e ultrassecreto.
mento médico.
c) O consentimento expresso da pessoa a que elas se Resposta: Letra A. O artigo 24 da referida Lei nº
referirem será exigido quando as informações forem 12.527/2011 dispõe sobre as diferentes espécies de
necessárias ao cumprimento de ordem judicial. documentos: “A informação em poder dos órgãos e
d) A restrição de acesso à informação relativa à vida pri- entidades públicas, observado o seu teor e em razão
vada, honra e imagem de pessoa não poderá ser invo- de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade
cada com o intuito de prejudicar processo de apuração ou do Estado, poderá ser classi cada como ultrasse-
de irregularidades em que o titular das informações creta, secreta ou reservada”.
estiver envolvido, bem como em ações voltadas para
a recuperação de fatos históricos de maior relevância.
PROCESSO ADMINISTRATIVO – LEIS Nº
9.784/99 E 9.873/99
Resposta: Letra C. O erro da alternativa está no fato
de que o consentimento da pessoa para a divulgação
de informações pessoais não é obrigatório quando
tais informações forem necessárias ao cumprimento A necessidade de se instaurar um processo, isso é,
de ordem judicial, conforme dispõe o art. 31, § 2º, III, uma sequência de atos para o exercício da jurisdição,
tem seu fundamento no princípio constitucional do de-
da Lei nº 12.527/2011.
vido processo legal. O devido processo legal pode ser
compreendido como o “escudo da humanidade” contra a
2.(CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – prática de atos abusivos por parte do Estado. Seu funda-
CONSULTOR TÉCNICO-LEGISLATIVO – FCC – 2018) O mento legal está previsto no art. 5º, LIV, da Constituição
acesso à informação pública no Brasil deve observar “a Federal, o qual assegura que ninguém será privado da
publicidade como preceito geral e do sigilo como exce- liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
ção”, motivo pelo qual a Lei n° 12.527/2011 estabelece A obrigatoriedade do devido processo legal não se
como uma de suas diretrizes a “utilização de meios de aplica somente à seara judicial, mas também vincula a
comunicação viabilizados pela tecnologia da informa- Administração Pública e o Poder Legislativo, pois no mo-
ção”. Para além dos princípios previstos em lei, a plena derno Estado de Direito, a validade das decisões prati-
realização do direito à informação com o uso das tec- cadas por órgãos e agentes governamentais está con-
nologias da informação precisa ser complementado por: dicionada ao cumprimento de um rito procedimental
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

previamente estabelecido. Por isso, é de grande impor-


a) divulgação de informações de interesse público, inde- tância o estudo do processo administrativo disciplinar,
pendentemente de solicitações. que visa a dar maior transparência e garantia do exercício
b) inclusão digital a cidadãos de todas as camadas e clas- de uma boa Administração para os particulares.
ses sociais.
c) fomento ao desenvolvimento da cultura de transpa-
rência na Administração pública.
d) desenvolvimento do controle social da Administração
pública.
e) abertura de arquivos com informações classi cadas.

15
- Razoabilidade e proporcionalidade: exige uma li-
#FicaDica nha lógica e adequação entre o m almejado e o
meio utilizado para tal m, abstendo-se de praticar
Processo ou procedimento administrativo?
exageros.
Apesar de não serem a mesma coisa, am-
- Obrigatória motivação: as decisões tomadas pelas
bos possuem uma forte relação intrínseca.
autoridades devem conter pressupostos de fato e
“Processo” é o termo utilizado para desig-
de direito que justi quem as mesmas.
nar a relação jurídica estabelecida entre as
- Segurança jurídica: exige que a interpretação das
partes e, por isso, denomina-se processo
normas administrativas seja sempre a que melhor
administrativo o vínculo estabelecido entre
atenda aos interesses dos administrados, sendo
o Poder Público e o particular para a to-
vedada sua aplicação retroativa, pois isso feriria o
mada de uma decisão. “Procedimento”, por
ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa
sua vez, refere-se a uma sequência orde-
julgada.
nada de atos que culminam na tomada da
- Contraditório e ampla defesa: para cada ato e cada
decisão. Procedimento é o meio pelo qual
alegação feita no processo em questão, é assegu-
se atende aos ns do processo.
rado o direito de manifestação da parte contrária,
principalmente nos processos em que resultem em
sanções e nas situações de litígio.
PROCESSO ADMINISTRATIVO E A LEI Nº 9.784/1999
2. Direitos e deveres dos administrados
Com o objetivo de regulamentar a disciplina consti-
tucional do processo administrativo, a Lei nº 9.784/1999, O termo “administrado”, hoje com pouca utilização,
denominada “Lei do Processo Administrativo”, dispõe é usado na referida Lei para designar o usuário ou ci-
sobre normas básicas sobre o referido processo no âm- dadão que é administrado pelo Poder Público. A Lei nº
bito da Administração Federal direta e indireta, visando 9.784/1999 elenca uma série de direitos e deveres aos
referidos administrados.
a proteção dos direitos dos administrados e ao melhor
Assim, os usuários e cidadãos possuem as seguintes
cumprimento dos ns da Administração Pública. Trata-
garantias (art. 3º): a) ser tratado com respeito pelas auto-
-se de lei federal, aplicável somente no âmbito da União,
ridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de
com incidência no Poder Executivo, e também nos Pode-
seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; b) ter
res Legislativo e Judiciário, no exercício de suas funções
ciência da tramitação dos processos administrativos em
atípicas. Entretanto, o STJ paci cou entendimento de que
que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos,
a referida Lei de Processo Administrativo pode ser aplicá-
obter cópias de documentos neles contidos e conhecer
vel, subsidiariamente, às demais entidades federais que
as decisões proferidas; c) formular alegações e apresen-
não possuam lei própria versando sobre o tema. tar documentos antes da decisão, os quais serão obje-
Com base nessas considerações, passemos a desta- to de consideração pelo órgão competente; d) fazer-se
car alguns pontos importantes da referida legislação. De assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando
início, o art. 1º, § 2º da Lei nº 9.784/1999 procura deli- obrigatória a representação, por força de lei.
mitar três importantes conceitos. Órgão é a unidade de Por outro lado, o art. 4º da Lei de Processo Adminis-
atuação integrante da estrutura da Administração direta trativo elenca os deveres a ser cumpridos pelos adminis-
e da estrutura da Administração indireta; entidade é a trados no decurso do processo: a) expor os fatos con-
unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; e forme a verdade; b) proceder com lealdade, urbanidade
autoridade é o servidor ou agente público dotado de e boa-fé; c) não agir de modo temerário; e d) prestar as
poder de decisão. informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o
esclarecimento dos fatos.
1. Princípios do processo administrativo:
3. Instauração e legitimidade
O caput do art. 2º da Lei nº 9.784/1999 elenca os prin-
cípios pelos quais a Administração Pública tem o dever A Administração Pública apresenta uma dinamicida-
de obedecer e que regem o processo administrativo. São
de muito maior do que o Judiciário, uma vez que pode
eles:
agir de ofício, isso é, sem a provocação do interessado. É
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

- Legalidade: é o dever de atuação conforme a lei e


o direito positivado. possível, evidentemente, que o processo administrativo
- Impessoalidade: tem por objetivo vedar a promo- possa ser instaurado a requerimento, o qual deverá ser
ção pessoal de agentes e autoridades formulado por escrito e constar os seguintes elementos:
- Finalidade: a persecução do interesse público é pri- a) órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; b)
mordial na conduta dos agentes administrativos, identi cação do interessado ou de quem o represente;
pois é o seu objetivo maior. c) domicílio do requerente ou local para recebimento de
- Moralidade: a atuação dos agentes públicos deve comunicações; d) formulação do pedido, com exposição
seguir os padrões de lealdade, decoro e boa-fé. dos fatos e de seus fundamentos; e e) data e assinatura
- Publicidade: o dever de transparência que resulta do requerente ou de seu representante. Na verdade, a
a publicação dos atos administrativos de relevante instauração do processo pode ser de ofício, ainda que
interesse para a população. haja provocação de uma das partes.

16
Quanto à legitimidade para a instauração do proces- cia. Trata-se de uma consequência lógica do direito de
so, o art. 9º da mesma Lei elenca um rol taxativo de in- petição, constitucionalmente garantido a todo cidadão.
teressados: I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem Encerrada a instrução, terá o prazo de até 30 (trinta) dias
como titulares de direitos ou interesses individuais ou no para decidir, salvo prorrogação por igual período expres-
exercício do direito de representação; II - aqueles que, samente motivada.
sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses Admite-se a desistência do processo, por parte do in-
que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; III - teressado, nos termos do art. 51 da referida Lei. Para tan-
as organizações e associações representativas, no tocan- to, deverá o interessado manifestar-se por escrito, com o
te a direitos e interesses coletivos; IV - as pessoas ou as pedido de desistência total ou parcial do pleito, ou ainda
associações legalmente constituídas quanto a direitos ou renunciar direitos disponíveis. A desistência ou renúncia
interesses difusos. Em termos de capacidade processual, do interessado, conforme o caso, não prejudica o pros-
o art. 10 dispõe que são considerados capazes os maio- seguimento do processo, se a Administração considerar
res de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato que o interesse público assim o exige.
normativo próprio.
6. Recursos administrativos
4. Competência, forma, tempo e lugar
Todas as decisões adotadas em processo administra-
Nos termos do art. 11 da Lei de Processo Adminis- tivo são passíveis de recurso, caso em que haverá um
trativo, a competência é irrenunciável e se exerce pelos reexame quanto a questões de legalidade e de mérito
órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, dos atos administrativos objeto do litígio. O recurso deve
salvo os casos de delegação e avocação legalmente ad- ser dirigido à autoridade que proferiu a decisão para que,
mitidos. A delegação é o fenômeno pelo qual uma au- no prazo de 5 dias, tenha a oportunidade de reconsiderar
toridade distribui suas competências para uma entidade sua decisão. Se não o zer, encaminhará a peça recursal
ou órgãos distintos, podendo estar na mesma linha hie- para a autoridade hierarquicamente superior, se for re-
rárquica ou não, embora haja alguns casos em que a de- curso hierárquico próprio, ou para a entidade que exerce
legação é legalmente vedada, como a edição de atos de tutela sobre a que proferiu a decisão, tratando-se de re-
caráter normativo, a decisão de recursos administrativos, curso hierárquico impróprio. O prazo para a interposição
e as matérias de competência exclusiva da autoridade. A do recurso cabível é de 10 (dez) dias, contados a partir da
avocação, por sua vez, traduz-se na absorção de compe- divulgação o cial da decisão administrativa. Vejamos, em
tências, hipótese em que o órgão ou o titular chama para detalhes, os principais recursos administrativos:
si atribuições de competência de órgão hierarquicamen-
te inferior. - Representação: é uma denúncia formal de
Em relação a forma, a lei citada não atribui nenhum irregularidade, feita por qualquer indivíduo, com
requisito solene para o processo administrativo, apenas previsão no art. 37, § 3º, III, da CF/1988, e que
exige que os atos processuais deverão ser produzidos gera à Administração o dever-poder de apurar a
por escrito, em vernáculo, com data e local de sua rea- irregularidade, se houver. Trata-se, por isso, de ato
lização e assinatura da autoridade responsável. Os atos vinculado.
são realizados em dias úteis, no horário de funcionamen- - Reclamação administrativa: É o ato pelo qual o
to da repartição na qual tramita o processo. administrado, particular ou servidor público, deduz
É ônus da parte apresentar provas sobre os fatos ale- uma pretensão perante a administração pública,
gados pela mesma, na forma do artigo 36 da referida Lei, visando obter o reconhecimento de um direito ou a
independentemente de atuação sem prejuízo da atuação correção de um ato que lhe cause ou na iminência
do órgão competente e o dever deste providenciar os de causar lesão. A interposição da reclamação não
documentos oriundos da própria Administração. Com impede a apreciação do pleito pelo Judiciário,
isso, procura-se atribuir a Administração Pública o exer- mas a reclamação interposta dentro do prazo de
cício de suas funções de modo adequado e correto, não 1 ano, contado da ocorrência do ato, suspende a
podendo se prender ao ônus da prova para escusar-se prescrição quinquenal deste.
de promover uma má-administração. Importante ressal- - Pedido de reconsideração: é uma solicitação feita
tar também a vedação a da produção e utilização de pro- à autoridade que já expediu o ato, para que o mo-
vas obtidas por meios ilícitos (art. 30, Lei nº 9.784/1999). di que ou o invalide, nos moldes do requerente.
É possível, também, a instauração de medida cautelar, A reconsideração não suspende a prescrição do
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

na forma do artigo 45 da Lei nº 9.784/1999, podendo ser Judiciário.


instaurada sem a prévia manifestação do interessado, em - Recurso hierárquico próprio: é aquele endere-
caso de risco iminente que possa prejudicar o objeto do çado a autoridade superior à que praticou o ato
processo. recorrido. Pode ser interposto sem a necessidade
de previsão legal, uma vez que a revisão dos atos
5. Dever de decidir e desistência pela autoridade hierarquicamente superior àquela
que praticou o ato é uma de suas tarefas inerentes.
A Administração Pública tem o dever de emitir deci- Vale ressaltar que o recurso hierárquico independe
são (art. 48, Lei nº 9.784/1999) expressa nos processos de caução ou qualquer tipo de garantia em dinhei-
administrativos e sobre as solicitações e reclamações ro, conforme dispõe a Súmula Vinculante nº 21 do
que receber, uma vez que faz parte de sua competên- STF.

17
- Recurso hierárquico impróprio: é aquele dirigido
a autoridade que não ocupa posição de hierarquia
em relação ao ente que praticou o ato. É o caso, EXERCÍCIO COMENTADO
por exemplo, de recurso interposto para o ente fe-
derativo membro da Administração Direta, sobre 1.(CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL –
alguma entidade da Administração Indireta. Esse TÉCNICO LEGISLATIVO – FCC – 2018) Plínio, adminis-
tipo de recurso deve possuir previsão legal, uma trado que se encontra em condição de interessado em
vez que os poderes inerentes à tutela não se pre- processo administrativo, deseja ver referido processo no
sumem. qual consta como réu, bem como tirar cópia dos autos.
Em conformidade com a Lei Federal no 9.784/1999, que
Detalhe importante que merece destaque é o expos- regula o Processo Administrativo no âmbito da Adminis-
to no art. 64 da Lei nº 9.784/1999: “O órgão competente tração Pública Federal, Plínio
para decidir o recurso poderá con rmar, modi car, anular
ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a) possui direito de ter vista dos autos, porém, para obter
a matéria for de sua competência”. Logo, percebe-se que
cópias de documentos neles contidos, faz-se obriga-
o referido dispositivo legal permite a reformatio in pejus
tória a assistência por advogado, já que para tal ato é
da decisão administrativa, o que pode acarretar em uma
decisão que agrave ainda mais a situação do recorrente. sempre necessária a representação
Todavia, o parágrafo único do mesmo artigo dispõe que b) possui direito de ter vista dos autos e de obter cópias
o recorrente, nessa hipótese, deverá ser cienti cado para de documentos neles contidos, fazendo-se assistir, fa-
que formule suas alegações antes da decisão. cultativamente, por advogado, salvo quando obriga-
tória a representação, por força de lei.
A LEI Nº 9.873/1999 c) não pode ter vista dos autos, tampouco obter cópias
de documentos nele contidos sem a assistência obri-
A Lei nº 9.873, de 23 de novembro de 1999, é o ins- gatória de um advogado, já que para tais atos é sem-
trumento normativo que estabelece prazo de prescrição pre necessária a representação.
para o exercício de ação punitiva pela Administração Pú- d) possui direito de ter vista dos autos e de obter cópias
blica Federal, direta e indireta. de documentos neles contidos, fazendo-se assistir, fa-
O prazo de prescrição comum é de 5 anos, con- cultativamente, por advogado, ressalvado o direito de
forme disposição do art 1º: Prescreve em cinco anos a conhecer as decisões proferidas, ato este que obriga
ação punitiva da Administração Pública Federal, direta sempre a assistência de um advogado, por meio de
e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando representação.
apurar infração à legislação em vigor, contados da data e) possui direito de ter vista dos autos e de obter cópias
da prática do ato ou, no caso de infração permanente de documentos neles contidos, fazendo-se assistir, fa-
ou continuada, do dia em que tiver cessado. Incide a cultativamente, por advogado, sem, contudo, poder
prescrição no procedimento administrativo paralisado formular alegações e apresentar documentos antes
por mais de três anos, pendente de julgamento ou da decisão, já que para tanto é sempre obrigatória a
despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou assistência de um advogado, por meio de represen-
mediante requerimento da parte interessada, sem tação.
prejuízo da apuração da responsabilidade funcional
decorrente da paralisação, se for o caso (§§ 1º e 2º).
Resposta: Letra B. A letra A está incorreta, pois o di-
Uma alteração importante da referida Lei é a dispos-
ta no novo artigo 1º-A, in verbis: “Constituído de nitiva- reito à assistência de um advogado para acompanhar
mente o crédito não tributário, após o término regular os atos processuais é uma mera faculdade, na forma
do processo administrativo, prescreve em 5 (cinco) anos do art. 3º, IV, da Lei nº 9.784/1999. A letra C está in-
a ação de execução da administração pública federal re- correta, pois o administrado tem direito de ter vista
lativa a crédito decorrente da aplicação de multa por in- dos autos, trata-se de garantia prevista no art. 3º, II,
fração à legislação em vigor”. da referida Lei. As letras D e E estão incorretas, pois
Interrompe-se a prescrição punitiva, na forma do art. o administrado também tem o direito de conhecer as
2º: I – pela noti cação ou citação do indiciado ou acusa- decisões proferidas, bem como formular alegações e
do, inclusive por meio de edital; II - por qualquer ato ine- apresentar documentos antes da decisão, indepen-
quívoco, que importe apuração do fato; III - pela decisão dentemente de estar acompanhado de advogado.
condenatória recorrível. IV – por qualquer ato inequívoco
que importe em manifestação expressa de tentativa de 2.(DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO – FCC – 2018) O
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

solução conciliatória no âmbito interno da administração recurso administrativo é meio hábil para propiciar o re-
pública federal.
exame da atividade da Administração por razões de le-
O art. 2º-A, por sua vez, dispõe da interrupção do
prazo das ações de execução administrativa: I – pelo des- galidade ou de mérito. O recurso hierárquico impróprio
pacho do juiz que ordenar a citação em execução scal; é aquele dirigido:
II – pelo protesto judicial; III – por qualquer ato judicial
que constitua em mora o devedor; IV – por qualquer ato a) à autoridade ou instância superior do mesmo órgão
inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em re- administrativo, pleiteando revisão do ato recorrido
conhecimento do débito pelo devedor; V – por qualquer por terceiro interessado.
ato inequívoco que importe em manifestação expressa b) pela parte, à autoridade ou órgão estranho à reparti-
de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno ção que expediu o ato recorrido, mas com competên-
da administração pública federal. cia julgadora expressa.

18
c) pela parte, à autoridade ou órgão estranho à reparti-
ção que expediu o ato recorrido, sem a necessidade
LEI Nº 4.950-A/1966
de competência julgadora expressa, bastando estar,
de alguma forma, em posição hierárquica superior em
relação à autoridade recorrida.
d) à mesma autoridade que expediu o ato, para que o É a lei que dispõe sobre a remuneração de pro ssio-
invalide ou o modi que, e, por isso, apesar de consistir nais diplomados em Engenharia, Química, Arquitetura,
em reanálise é imprópria, pois não é dirigida à autori- Agronomia e Veterinária.
dade ou órgão hierarquicamente superior.
e) em forma de denúncia formal, à autoridade superior, Art . 1º O salário-mínimo dos diplomados pelos cursos
dando conta de irregularidades internas ou abuso regulares superiores mantidos pelas Escolas de Enge-
de poder na prática de atos da Administração, feita nharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e
pela parte atingida diretamente pela irregularidade ou de Veterinária é o xado pela presente Lei.
abuso de poder. Art . 2º O salário-mínimo xado pela presente Lei é a
remuneração mínima obrigatória por serviços presta-
Resposta: Letra B. A letra A está incorreta, pois há dos pelos pro ssionais de nidos no art. 1º, com rela-
um rol de legitimados para a interposição do recurso ção de emprego ou função, qualquer que seja a fonte
hierárquico próprio, o que signi ca que não pode ser pagadora.
pleiteado por terceiro. A letra C está incorreta, pois o Art . 3º Para os efeitos desta Lei as atividades ou ta-
endereçamento do recurso hierárquico próprio é feito refas desempenhadas pelos pro ssionais enumerados
à autoridade que se situa na mesma linha organiza- no art. 1º são classi cadas em:
cional da autoridade recorrida, em posição hierarqui- a) atividades ou tarefas com exigência de 6 (seis) ho-
camente superior. A letra D está incorreta, pois o re- ras diárias de serviço;
curso hierárquico impróprio é aquele dirigido ao ente b) atividades ou tarefas com exigência de mais de 6
da Administração Direta que exerce poder de tutela (seis) horas diárias de serviço.
sobre a autoridade ente da Administração Indireta. A Parágrafo único. A jornada de trabalho é a xada no
letra E está incorreta pois o recurso hierárquico tra- contrato de trabalho ou determinação legal vigente.
duz-se em um pedido, um pleito. A denúncia forma é Art . 4º Para os efeitos desta Lei os pro ssionais cita-
característica da representação administrativa. dos no art. 1º são classi cados em:
a) diplomados pelos cursos regulares superiores man-
3.(TRT 14ª REGIÃO-RO E AC – ANALISTA JUDICI- tidos pelas Escolas de Engenharia, de Química, de Ar-
ÁRIO – FCC – 2018) No que concerne à competência quitetura, de Agronomia e de Veterinária com curso
dos órgãos públicos, na forma disciplinada pela Lei no universitário de 4 (quatro) anos ou mais;
9.784/1999, que regula o processo administrativo no b) diplomados pelos cursos regulares superiores man-
âmbito da Administração pública federal, existe expressa tidos pelas Escolas de Engenharia, de Química, de Ar-
vedação quanto à: quitetura, de Agronomia e de Veterinária com curso
universitário de menos de 4 (quatro) anos.
a) delegação parcial ou temporária de competência, so- Art . 5º Para a execução das atividades e tarefas clas-
mente sendo admissível delegação em caráter integral si cadas na alínea a do art. 3º, ca xado o salário-
e de nitivo. -base mínimo de 6 (seis) vezes o maior salário-mínimo
b) avocação de competências, ainda que em caráter tem- comum vigente no País, para os pro ssionais relacio-
porário e excepcional por motivos relevantes e justi - nados na alínea a do art. 4º, e de 5 (cinco) vezes o
cados pelo órgão superior. maior salário-mínimo comum vigente no País, para os
c) delegação da competência de um órgão a outro quan- pro ssionais da alínea b do art. 4º.
do este não lhe seja direta e imediatamente subordi- Art . 6º Para a execução de atividades e tarefas clas-
nado hierarquicamente. si cadas na alínea b do art. 3º, a xação do salário-
d) delegação ou avocação de competência para decisão -base mínimo será feito tomando-se por base o custo
de recursos administrativos, salvo em caráter tempo- da hora xado no art. 5º desta Lei, acrescidas de 25%
rário e devidamente justi cado do ponto de vista téc- as horas excedentes das 6 (seis) diárias de serviços.
nico. Art . 7º A remuneração do trabalho noturno será feita
e) delegação de competência de determinado órgão a na base da remuneração do trabalho diurno, acresci-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

outro, subordinado hierarquicamente ou não, para da de 25% (vinte e cinco por cento).
edição de atos de caráter normativo.
Resposta: Letra D. Segundo o disposto no artigo 13 da
Lei de Processos Administrativos (Lei nº 9.784/1999), não
LEI Nº 6.664/1979
podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de
caráter normativo; II - a decisão de recursos administra-
tivos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão Trata-se da lei que regulamenta a pro ssão de geó-
ou autoridade. grafo, sendo permitido tal quali cação somente aos
Geógrafos e aos bacharéis em Geogra a e em Geogra a
e História, formados pelas Faculdades de Filoso a, Filo-
so a, Ciências e Letras e pelos Institutos de Geociências

19
das Universidades o ciais ou o cialmente reconhecidas; III - prestação de serviços de caráter permanente, sob
bem como aos portadores de diploma de Geógrafo, ex- a forma de consultoria ou assessoria, junto a organi-
pedido por estabelecimentos estrangeiros similares de zações públicas ou privadas.
ensino superior, após revalidação no Brasil. Art. 5º. A scalização do exercício da pro ssão de Ge-
ógrafo será exercida pelo Conselho Regional de Enge-
As competências dos geógrafos estão contidas no art. nharia, Arquitetura e Agronomia.
3º da referida Lei in verbis:

Art. 3º. É da competência do Geógrafo o exercício das Em relação ao referido Conselho Regional, compe-
seguintes atividades e funções a cargo da União, dos te a este a concessão de registro pro ssional mediante
Estados, dos Territórios e dos Municípios, das entida- apresentação de diploma registrado no órgão próprio
des autárquicas ou de economia mista e particulares: do Ministério da Educação e Cultura. A apresentação da
I - reconhecimentos, levantamentos, estudos e pes- carteira pro ssional de Geógrafo será obrigatoriamente
quisas de caráter físico-geográ co, biogeográ co, an- exigida para inscrição em concurso, assinatura em ter-
tropogeográ co e geoeconômico e as realizadas nos mos de posse ou de quaisquer documentos, sempre que
campos gerais e especiais da Geogra a, que se zerem se tratar de prestação de serviço ou desempenho de fun-
necessárias: ção atribuída ao Geógrafo, nos termos previstos nesta Lei
a) na delimitação e caracterização de regiões e sub- (arts. 7º e 9º).
-regiões geográ cas naturais e zonas geoeconômicas,
para ns de planejamento e organização físico-espa-
cial;
b) no equacionamento e solução, em escala nacional, LEI Nº 7.410/1985
regional ou local, de problemas atinentes aos recursos
naturais do País;
c) na interpretação das condições hidrológicas das ba-
cias uviais; A Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, é a lei que
d) no zoneamento geo-humano, com vistas aos plane- dispõe sobre a Especialização de Engenheiros e Arquite-
jamentos geral e regional; tos em Engenharia de Segurança do Trabalho, a Pro ssão
de Técnico de Segurança do Trabalho.
e) na pesquisa de mercado e intercâmbio comercial O exercício da especialização de Engenheiro de Se-
em escala regional e inter-regional; gurança do Trabalho será permitido exclusivamente: I -
f) na caracterização ecológica e etológica da paisa- ao Engenheiro ou Arquiteto, portador de certi cado de
gem geográ ca e problemas conexos; conclusão de curso de especialização em Engenharia de
g) na política de povoamento, migração interna, imi-
Segurança do Trabalho, a ser ministrado no País, em ní-
gração e colonização de regiões novas ou de revalori-
vel de pós-graduação; II - ao portador de certi cado de
zação de regiões de velho povoamento;
h) no estudo físico-cultural dos setores geoeconômicos curso de especialização em Engenharia de Segurança do
destinados ao planejamento da produção; Trabalho, realizado em caráter prioritário, pelo Ministério
i) na estruturação ou reestruturação dos sistemas de do Trabalho; e III - ao possuidor de registro de Engenhei-
circulação; ro de Segurança do Trabalho, expedido pelo Ministério
j) no estudo e planejamento das bases físicas e geoe- do Trabalho (art. 1º)
conômicas dos núcleos urbanos e rurais; O exercício da pro ssão de Técnico de Segurança
l) no aproveitamento, desenvolvimento e preservação do Trabalho será permitido, exclusivamente: I - ao por-
dos recursos naturais; tador de certi cado de conclusão de curso de Técnico
m) no levantamento e mapeamento destinados à so- de Segurança do Trabalho, a ser ministrado no País em
lução dos problemas regionais; estabelecimentos de ensino de 2º grau; II - ao Portador
n) na divisão administrativa da União, dos Estados, de certi cado de conclusão de curso de Supervisor de
dos Territórios e dos Municípios. Segurança do Trabalho, realizado em caráter prioritário
II - a organização de congressos, comissões, seminá- pelo Ministério do Trabalho; III - ao possuidor de registro
rios, simpósios e outros tipos de reuniões, destinados de Supervisor de Segurança do Trabalho, expedido pelo
ao estudo e à divulgação da Geogra a. Ministério do Trabalho (art. 2º).
Art. 4º. As atividades pro ssionais do Geógrafo, sejam O exercício da atividade de Engenheiros e Arquitetos
as de investigação puramente cientí ca, sejam as des- na especialização de Engenharia de Segurança do Tra-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

tinadas ao planejamento e implantação da política balho dependerá de registro em Conselho Regional de


social, econômica e administrativa de órgãos públicos Engenharia, Arquitetura e Agronomia, após a regulamen-
ou às iniciativas de natureza privada, se exercem atra- tação da referida Lei, e o de Técnico de Segurança do Tra-
vés de: balho, após o registro no Ministério do Trabalho (art. 3º).
I - órgãos e serviços permanentes de pesquisas e es-
tudos, integrantes de entidades cientí cas, culturais,
econômicas ou administrativas;
II - prestação de serviços ajustados para a realização
de determinado estudo ou pesquisa, de interesse de
instituições públicas ou particulares, inclusive perícia
e arbitramentos;

20
Satisfeitas as exigências da legislação especí ca do
ensino, é prerrogativa do meteorologista o exercício do
LEI Nº 6.835/1980
magistério das disciplinas constantes dos currículos dos
cursos de Meteorologia em escalas o ciais ou reconhe-
cidas.
A lei nº 6.835, de 14 de outubro de 1980, é a lei que
disciplina sobre o exercício da pro ssão de Meteorolo-
gista. LEI Nº 5.524/1968
Em seu artigo 1º, a lei deixa bastante claro que é li-
vre o exercício da pro ssão de Meteorologista em todo
o território nacional, observadas as condições previstas
na presente Lei: a) aos possuidores de diploma de con- É a lei que disciplina o exercício da pro ssão de Técni-
co Industrial de nível médio.
clusão de curso superior de Meteorologia, concedido no
Brasil por escola o cial ou reconhecida e devidamente Art 2º A atividade pro ssional do Técnico Industrial
registrado no órgão próprio do Ministério da Educação e de nível médio efetiva-se no seguinte campo de rea-
Cultura; b) aos possuidores de diploma de conclusão de lizações:
curso superior de Meteorologia, concedido por institu- I - conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua
to estrangeiro, que revalidem seus diplomas de acordo especialidade;
II - prestar assistência técnica no estudo e desenvolvi-
com a lei; c) aos possuidores de diploma de Bacharel em mento de projetos e pesquisas tecnológicas;
Física, modalidade Meteorologia, concedido pelo Insti- III - orientar e coordenar a execução dos serviços de
tuto de Geociências da Universidade Federal do Rio de manutenção de equipamentos e instalações;
Janeiro e devidamente registrado no órgão próprio do IV - dar assistência técnica na compra, venda e utiliza-
Ministério da Educação e Cultura; d) aos meteorologistas ção de produtos e equipamentos especializados;
que ingressaram no servico público mediante concurso V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de
projetos, compatíveis com a respectiva formação pro-
público e que sejam portadores de diploma de um dos ssional.
cursos superiores de Física, Geogra a, Matemática e En-
genharia; e) aos meteorologistas não diplomados que, Art 3º O exercício da pro ssão de Técnico Industrial de
comprovadamente, tenham exercido ou estejam exer- nível médio é privativo de quem:
cendo, por mais de três anos, funções de Meteorologista I) haja concluído um dos cursos do segundo ciclo de
em entidades públicas ou privadas, e que requeiram os ensino técnico industrial, tenha sido diplomado por
escola o cial autorizada ou reconhecida, de nível mé-
respectivos registros, dentro do prazo de um ano, a con- dio, regularmente constituída nos termos da Lei nú-
tar da data da publicação da presente Lei. mero 4.024, de 20 de dezembro de 1961;
As atribuições do pro ssional meteorologista estão II) após curso regular e válido para o exercício da pro-
dispostas no artigo 7º, in verbis: ssão, tenha sido diplomado por escola ou instituto
Art. 7º São atribuições do Meteorologista: técnico industrial estrangeiro e revalidado seu diplo-
a) dirigir órgãos, serviços, seções, grupos ou setores de ma no Brasil, de acordo com a legislação vigente;
III) sem os cursos e a formação atrás referidos, conte
Meteorologia em entidade pública ou privada; na data da promulgação desta Lei, 5 (cinco) anos de
b) julgar e decidir sobre tarefas cientí cas e operacio- atividade integrada no campo da técnica industrial de
nais de Meteorologia e respectivos instrumentais; nível médio e tenha habilitação reconhecida por ór-
c) pesquisar, planejar e dirigir a aplicação da Meteoro- gão competente.
logia nos diversos campos de sua utilização; Art 4º Os cargos de Técnico Industrial de nível médio,
d) executar previsões meteorológicas;’ no serviço público federal, estadual ou municipal ou
e) executar pesquisas em Meteorologia; em órgãos dirigidos indiretamente pelo poder público,
bem como na economia privada, somente serão exer-
f) dirigir, orientar e controlar projetos cientí cos em cidos por pro ssionais legalmente habilitados.
Meteorologia; Art 5º O Poder Executivo promoverá expedição de re-
g) criar, renovar e desenvolver técnicas, métodos e ins- gulamentos, para execução da presente Lei.
trumental em trabalhos de Meteorologia; Art 6º Esta Lei será aplicável, no que couber, aos técni-
h) introduzir técnicas, métodos e instrumental em tra- cos agrícolas de nível médio.
balhos de Meteorologia;
i) pesquisar e avaliar recursos naturais na atmosfera;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

j) pesquisar e avaliar modi cações arti ciais nas ca- LEI Nº 10.257/2001
racterísticas do tempo;
l) atender a consultas meteorológicas e suas relacões
com outras ciências naturais; A Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, é a lei que
m) fazer perícias, emitir pareceres e fazer divulgação estabelece diretrizes gerais da política urbana. A neces-
técnica dos assuntos referidos nas alíneas anteriores. sidade de regulamentar as diretrizes da política urbana
O órgão de scalização dos pro ssionais de meteo- surge com a Constituição Federal de 1988, sobretudo
rologia é a CONFEA (art. 2º). O registro pro ssional, que seus artigos 182 e 183. Traremos aqui os dispositivos que
é obrigatório, será requerido aos Conselhos Regionais de costumam cair com maior frequência em questões de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREAs (art. 3º). concursos públicos.

21
Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o XII – proteção, preservação e recuperação do meio
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade ambiente natural e construído, do patrimônio cultural,
e da propriedade urbana, mediante as seguintes dire- histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;
trizes gerais: XIII – audiência do Poder Público municipal e da po-
I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendi- pulação interessada nos processos de implantação de
do como o direito à terra urbana, à moradia, ao sane- empreendimentos ou atividades com efeitos poten-
amento ambiental, à infraestrutura urbana, ao trans- cialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou
porte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, construído, o conforto ou a segurança da população;
para as presentes e futuras gerações; XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas
II – gestão democrática por meio da participação da ocupadas por população de baixa renda mediante o
população e de associações representativas dos vários estabelecimento de normas especiais de urbanização,
segmentos da comunidade na formulação, execução e uso e ocupação do solo e edi cação, consideradas a
acompanhamento de planos, programas e projetos de situação socioeconômica da população e as normas
desenvolvimento urbano;
ambientais;
III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada
XV – simpli cação da legislação de parcelamento, uso
e os demais setores da sociedade no processo de urba-
nização, em atendimento ao interesse social; e ocupação do solo e das normas edilícias, com vistas
IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta
da distribuição espacial da população e das atividades dos lotes e unidades habitacionais;
econômicas do Município e do território sob sua área XVI – isonomia de condições para os agentes públicos
de in uência, de modo a evitar e corrigir as distorções e privados na promoção de empreendimentos e ativi-
do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre dades relativos ao processo de urbanização, atendido
o meio ambiente; o interesse social.
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, XVII - estímulo à utilização, nos parcelamentos do solo
transporte e serviços públicos adequados aos interes- e nas edi cações urbanas, de sistemas operacionais,
ses e necessidades da população e às características padrões construtivos e aportes tecnológicos que obje-
locais; tivem a redução de impactos ambientais e a economia
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a de recursos naturais.
evitar: XVIII - tratamento prioritário às obras e edi cações de
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos; infraestrutura de energia, telecomunicações, abasteci-
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconve- mento de água e saneamento.
nientes; XIX – garantia de condições condignas de acessibili-
c) o parcelamento do solo, a edi cação ou o uso ex- dade, utilização e conforto nas dependências internas
cessivos ou inadequados em relação à infraestrutura das edi cações urbanas, inclusive nas destinadas à
urbana; moradia e ao serviço dos trabalhadores domésticos,
d) a instalação de empreendimentos ou atividades observados requisitos mínimos de dimensionamen-
que possam funcionar como polos geradores de trá- to, ventilação, iluminação, ergonomia, privacidade e
fego, sem a previsão da infraestrutura correspondente; qualidade dos materiais empregados.
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que re- (...)
sulte na sua subutilização ou não utilização; Art. 5o Lei municipal especí ca para área incluída no
f) a deterioração das áreas urbanizadas; plano diretor poderá determinar o parcelamento, a
g) a poluição e a degradação ambiental; edi cação ou a utilização compulsórios do solo urbano
h) a exposição da população a riscos de desastres. não edi cado, subutilizado ou não utilizado, devendo
VII – integração e complementaridade entre as ati- xar as condições e os prazos para implementação da
vidades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvol- referida obrigação.
vimento socioeconômico do Município e do território § 1o Considera-se subutilizado o imóvel:
sob sua área de in uência; I – cujo aproveitamento seja inferior ao mínimo de ni-
VIII – adoção de padrões de produção e consumo de do no plano diretor ou em legislação dele decorrente;
bens e serviços e de expansão urbana compatíveis II – (VETADO)
com os limites da sustentabilidade ambiental, social
e econômica do Município e do território sob sua área § 2o O proprietário será noti cado pelo Poder Exe-
de in uência; cutivo municipal para o cumprimento da obrigação,
IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorren-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

devendo a noti cação ser averbada no cartório de re-


tes do processo de urbanização; gistro de imóveis.
X – adequação dos instrumentos de política econômi- § 3o A noti cação far-se-á:
ca, tributária e nanceira e dos gastos públicos aos I – por funcionário do órgão competente do Poder Pú-
objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a blico municipal, ao proprietário do imóvel ou, no caso
privilegiar os investimentos geradores de bem-estar de este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de
geral e a fruição dos bens pelos diferentes segmentos gerência geral ou administração;
sociais; II – por edital quando frustrada, por três vezes, a ten-
XI – recuperação dos investimentos do Poder Público tativa de noti cação na forma prevista pelo inciso I.
de que tenha resultado a valorização de imóveis ur- § 4o Os prazos a que se refere o caput não poderão
banos; ser inferiores a:

22
I - um ano, a partir da noti cação, para que seja pro- § 1o Para os efeitos desta Lei, coe ciente de aprovei-
tocolado o projeto no órgão municipal competente; tamento é a relação entre a área edi cável e a área
II - dois anos, a partir da aprovação do projeto, para do terreno.
iniciar as obras do empreendimento. § 2o O plano diretor poderá xar coe ciente de apro-
§ 5o Em empreendimentos de grande porte, em ca- veitamento básico único para toda a zona urbana ou
ráter excepcional, a lei municipal especí ca a que se diferenciado para áreas especí cas dentro da zona
refere o caput poderá prever a conclusão em etapas, urbana.
assegurando-se que o projeto aprovado compreenda o § 3o O plano diretor de nirá os limites máximos a se-
empreendimento como um todo. rem atingidos pelos coe cientes de aproveitamento,
(...) considerando a proporcionalidade entre a infraestru-
Art. 7o Em caso de descumprimento das condições tura existente e o aumento de densidade esperado em
e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5o cada área.
Art. 29. O plano diretor poderá xar áreas nas quais
desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas
poderá ser permitida alteração de uso do solo, me-
no § 5o do art. 5o desta Lei, o Município procederá
diante contrapartida a ser prestada pelo bene ciário.
à aplicação do imposto sobre a propriedade predial
(...)
e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, me-
Art. 36. Lei municipal de nirá os empreendimentos e
diante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco atividades privados ou públicos em área urbana que
anos consecutivos. dependerão de elaboração de estudo prévio de impac-
§ 1o O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano to de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou auto-
será xado na lei especí ca a que se refere o caput do rizações de construção, ampliação ou funcionamento
art. 5o desta Lei e não excederá a duas vezes o valor a cargo do Poder Público municipal.
referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxi- Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar
ma de quinze por cento. os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou
§ 2o Caso a obrigação de parcelar, edi car ou utili- atividade quanto à qualidade de vida da população
zar não esteja atendida em cinco anos, o Município residente na área e suas proximidades, incluindo a
manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se análise, no mínimo, das seguintes questões:
cumpra a referida obrigação, garantida a prerrogativa I – adensamento populacional;
prevista no art. 8o. II – equipamentos urbanos e comunitários;
§ 3o É vedada a concessão de isenções ou de anistia III – uso e ocupação do solo;
relativas à tributação progressiva de que trata este ar- IV – valorização imobiliária;
tigo. V – geração de tráfego e demanda por transporte pú-
Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU blico;
progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a VI – ventilação e iluminação;
obrigação de parcelamento, edi cação ou utilização, o VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
Município poderá proceder à desapropriação do imó- Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documen-
vel, com pagamento em títulos da dívida pública. tos integrantes do EIV, que carão disponíveis para
§ 1o Os títulos da dívida pública terão prévia aprova- consulta, no órgão competente do Poder Público mu-
ção pelo Senado Federal e serão resgatados no prazo nicipal, por qualquer interessado.
de até dez anos, em prestações anuais, iguais e su- Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração
cessivas, assegurados o valor real da indenização e os e a aprovação de estudo prévio de impacto ambiental
juros legais de seis por cento ao ano. (EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental.
Art. 9o Aquele que possuir como sua área ou edi - Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função so-
cação urbana de até duzentos e cinquenta metros cial quando atende às exigências fundamentais de or-
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem denação da cidade expressas no plano diretor, assegu-
oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua rando o atendimento das necessidades dos cidadãos
família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao de-
proprietário de outro imóvel urbano ou rural. senvolvimento das atividades econômicas, respeitadas
§ 1o O título de domínio será conferido ao homem ou as diretrizes previstas no art. 2o desta Lei.
à mulher, ou a ambos, independentemente do estado Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é
civil.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

o instrumento básico da política de desenvolvimento e


§ 2o O direito de que trata este artigo não será reco-
expansão urbana.
nhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 3o Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo
continua, de pleno direito, a posse de seu antecessor, § 1o O plano diretor é parte integrante do processo de
desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura planejamento municipal, devendo o plano plurianual,
da sucessão. as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual in-
(...) corporar as diretrizes e as prioridades nele contidas.
Art. 28. O plano diretor poderá xar áreas nas quais o § 2o O plano diretor deverá englobar o território do
direito de construir poderá ser exercido acima do coe- Município como um todo.
ciente de aproveitamento básico adotado, mediante § 3o A lei que instituir o plano diretor deverá ser revis-
contrapartida a ser prestada pelo bene ciário. ta, pelo menos, a cada dez anos.

23
§ 4o No processo de elaboração do plano diretor e na Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentá-
scalização de sua implementação, os Poderes Legis- ria participativa de que trata a alínea f do inciso III
lativo e Executivo municipais garantirão: do art. 4o desta Lei incluirá a realização de debates,
I – a promoção de audiências públicas e debates com audiências e consultas públicas sobre as propostas do
a participação da população e de associações repre- plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e
sentativas dos vários segmentos da comunidade; do orçamento anual, como condição obrigatória para
II – a publicidade quanto aos documentos e informa- sua aprovação pela Câmara Municipal.
ções produzidos; Art. 45. Os organismos gestores das regiões metropo-
III – o acesso de qualquer interessado aos documentos litanas e aglomerações urbanas incluirão obrigatória
e informações produzidos. e signi cativa participação da população e de associa-
§ 5o (VETADO) ções representativas dos vários segmentos da comu-
Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades: nidade, de modo a garantir o controle direto de suas
I – com mais de vinte mil habitantes; atividades e o pleno exercício da cidadania.
II – integrantes de regiões metropolitanas e aglome-
rações urbanas;
III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar
os instrumentos previstos no § 4o do art. 182 da Cons- LEI Nº 4.076/1962
tituição Federal;
IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico;
V – inseridas na área de in uência de empreendimen-
A Lei nº 4.076, de 23 de junho de 1962, é a lei que
tos ou atividades com signi cativo impacto ambiental
disciplina o exercício da pro ssão de geólogo.
de âmbito regional ou nacional
VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios O exercício da pro ssão de geólogo será somente
com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos permitido: a) aos portadores de diploma de Geólogo, ex-
de grande impacto, inundações bruscas ou processos pedido por curso o cial; b) aos portadores de diploma
geológicos ou hidrológicos correlatos. (Incluído pela de Geólogo ou de Engenheiro Geólogo expedido por es-
Lei nº 12.608, de 2012) tabelecimento estrangeiro de ensino superior; depois de
§ 1o No caso da realização de empreendimentos ou revalidado (art. 1º)
atividades enquadrados no inciso V do caput, os recur- A scalização do exercício da pro ssão de geólogo
sos técnicos e nanceiros para a elaboração do plano será exercida pelo Conselho Federal de Engenharia e Ar-
diretor estarão inseridos entre as medidas de compen- quitetura e pelos Conselhos Regionais (art. 4º).
sação adotadas. São da competência do geólogo ou engenheiro geó-
§ 2o No caso de cidades com mais de quinhentos mil logo, na forma do art. 6º: a) trabalhos topográ cos e
habitantes, deverá ser elaborado um plano de trans- geodésicos; b) levantamentos geológicos, geoquímicos
porte urbano integrado, compatível com o plano dire-
e geofísicos; c) estudos relativos a ciências da terra; d)
tor ou nele inserido.
§ 3o As cidades de que trata o caput deste artigo trabalhos de prospecção e pesquisa para cubação de ja-
devem elaborar plano de rotas acessíveis, compatível zidas e determinação de seu valor econômico; e) ensino
com o plano diretor no qual está inserido, que dis- das ciências geológicas nos estabelecimentos de ensino
ponha sobre os passeios públicos a serem implanta- secundário e superior; f) assuntos legais relacionados
dos ou reformados pelo poder público, com vistas a com suas especialidades; g) perícias e arbitramentos re-
garantir acessibilidade da pessoa com de ciência ou ferentes às materiais das alíneas anteriores.
com mobilidade reduzida a todas as rotas e vias exis-
tentes, inclusive as que concentrem os focos geradores
de maior circulação de pedestres, como os órgãos pú-
blicos e os locais de prestação de serviços públicos e DECRETOS E SUAS ALTERAÇÕES
privados de saúde, educação, assistência social, espor- POSTERIORES: DECRETO Nº 90.922/1985 E
te, cultura, correios e telégrafos, bancos, entre outros, DECRETO Nº 4.560/2002
sempre que possível de maneira integrada com os sis-
temas de transporte coletivo de passageiros.
(...)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, Não cabe somente ao Poder Legislativo regulamen-
deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes ins- tar as matérias de preocupação constitucional. É possível
trumentos: que os chefes do Executivo acabem regulamentando a
I – órgãos colegiados de política urbana, nos níveis matéria disposta em Lei, para que melhor se adeque com
nacional, estadual e municipal; a realidade social do local onde governa.
II – debates, audiências e consultas públicas; O Decreto nº 90.922, de 6 de fevereiro de 1985, regu-
III – conferências sobre assuntos de interesse urbano, lamenta a Lei nº 5.524, de 05 de novembro de 1968, que
nos níveis nacional, estadual e municipal; dispõe sobre o exercício da pro ssão de técnico indus-
IV – iniciativa popular de projeto de lei e de planos, trial e técnico agrícola de nível médio ou de 2º grau
programas e projetos de desenvolvimento urbano; O Decreto nº 4.560 apenas regulamenta o primeiro,
V – (VETADO) aumentando o rol de atribuições dos técnicos agrícolas.

24
Segundo o referido decreto nº 90.992, é assegurado § 2º Os técnicos em Eletrotécnica poderão projetar e
o exercício da pro ssão de técnico de 2º grau de que tra- dirigir instalações elétricas com demanda de energia
ta o artigo anterior, a quem: I - tenha concluído um dos de até 800 kva, bem como exercer a atividade de de-
cursos técnicos industriais e agrícolas de 2º grau, e tenha senhista de sua especialidade.
sido diplomado por escola autorizada ou reconhecida, § 3º Os técnicos em Agrimensura terão as atribuições
regularmente constituída, nos termos das Leis nºs 4.024, para a medição, demarcação e levantamentos topo-
de 20 de dezembro de 1961, 5.692, de 11 de agosto de grá cos, bem como projetar, conduzir e dirigir traba-
1971 e 7.044, de 18 de outubro de 1982; II - seja porta- lhos topográ cos, funcionar como peritos em vistorias
dor de diploma de habilitação especí ca, expedido por e arbitramentos relativos à agrimensura e exercer a
instituição de ensino estrangeira, revalidado na forma da atividade de desenhista de sua especialidade.
legislação pertinente em vigor; III - sem habilitação es- Art 5º Além das atribuições mencionadas neste Decre-
pecí ca, conte, na data da promulgação da Lei nº 5.524, to, ca assegurado aos técnicos industriais de 2º grau,
de 05 de novembro de 1968, 5 (cinco) anos de atividade o exercício de outras atribuições, desde que compatí-
como técnico de 2º grau (art. 2º). veis com a sua formação curricular.
Art 4º As atribuições dos técnicos industriais de 2º Art 6º As atribuições dos técnicos agrícolas de 2º grau
grau, em suas diversas modalidades, para efeito do em suas diversas modalidades, para efeito do exercício
exercício pro ssional e de sua scalização, respeitados pro ssional e da sua scalização, respeitados os limi-
os limites de sua formação, consistem em: tes de sua formação, consistem em: (Redação alterada
I - executar e conduzir a execução técnica de trabalhos pelo Decreto nº 4.560/2002)
pro ssionais, bem como orientar e coordenar equipes I - desempenhar cargos, funções ou empregos em ati-
de execução de instalações, montagens, operação, re- vidades estatais, paraestatais e privadas;
paros ou manutenção; II - atuar em atividades de extensão, associativismo e
II - prestar assistência técnica e assessoria no estudo em apoio à pesquisa, análise, experimentação, ensaio
de viabilidade e desenvolvimento de projetos e pesqui- e divulgação técnica;
sas tecnológicas, ou nos trabalhos de vistoria, perícia, II - atuar em atividades de extensão, assistência técni-
avaliação, arbitramento e consultoria, exercendo, den- ca, associativismo, pesquisa, análise, experimentação,
tre outras, as seguintes atividades: ensaio e divulgação técnica;
1. coleta de dados de natureza técnica; III - ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade,
2. desenho de detalhes e da representação grá ca de constantes dos currículos do ensino de 1º e 2º graus,
cálculos; desde que possua formação especi ca, incluída a pe-
3. elaboração de orçamento de materiais e equipa- dagógica, para o exercício do magistério, nesses dois
mentos, instalações e mão-de-obra; níveis de ensino;
4. detalhamento de programas de trabalho, observan- IV - responsabilizar-se pela elaboração de projetos e
do normas técnicas e de segurança; assistência técnica nas áreas de:
5. aplicação de normas técnicas concernentes aos res- a) crédito rural e agroindustrial para efeitos de inves-
pectivos processos de trabalho; timento e custeio;
6. execução de ensaios de rotina, registrando observa- b) topogra a na área rural; (Alínea incluída pelo De-
ções relativas ao controle de qualidade dos materiais, creto nº 4.560, de 30.12.2002)
peças e conjuntos; c) impacto ambiental; (Alínea incluída pelo Decreto nº
7. regulagem de máquinas, aparelhos e instrumentos 4.560, de 30.12.2002)
técnicos. d) paisagismo, jardinagem e horticultura;
III - executar, scalizar, orientar e coordenar direta- e) construção de benfeitorias rurais;
mente serviços de manutenção e reparo de equipa- f) drenagem e irrigação;
mentos, instalações e arquivos técnicos especí cos, V - elaborar orçamentos, laudos, pareceres, relatórios
bem como conduzir e treinar as respectivas equipes; e projetos, inclusive de incorporação de novas tecno-
IV - dar assistência técnica na compra, venda e uti- logias;
lização de equipamentos e materiais especializados, VI - prestar assistência técnica e assessoria no estudo
assessorando, padronizando, mensurando e orçando; e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológi-
V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de cas, ou nos trabalhos de vistoria, perícia, arbitramento
projetos compatíveis com a respectiva formação pro- e consultoria, exercendo, dentre outras, as seguintes
ssional; tarefas:
VI - ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade, a) coleta de dados de natureza técnica;
constantes dos currículos do ensino de 1º e 2º graus, b) desenho de detalhes de construções rurais;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

desde que possua formação especí ca, incluída a pe- c) elaboração de orçamentos de materiais, insumos,
dagógica, para o exercício do magistério, nesses dois equipamentos, instalações e mão-de-obra;
níveis de ensino. d) detalhamento de programas de trabalho, observan-
§ 1º Os técnicos de 2º grau das áreas de Arquitetu- do normas técnicas e de segurança no meio rural;
ra e de Engenharia Civil, na modalidade Edi cações, e) manejo e regulagem de máquinas e implementos
poderão projetar e dirigir edi cações de até 80m 2 agrícolas;
de área construída, que não constituam conjuntos f) execução e scalização dos procedimentos relativos
residenciais, bem como realizar reformas, desde que
ao preparo do solo até à colheita, armazenamen-
não impliquem em estruturas de concreto armado ou
to, comercialização e industrialização dos produtos
metálica, e exercer a atividade de desenhista de sua
agropecuários;
especialidade.
g) administração de propriedades rurais;

25
VII - conduzir, executar e scalizar obra e serviço téc- de acordo com a legislação federal. Não é permitido o
nico, compatíveis com a respectiva formação pro s- exercício da pro ssão aos diplomados por escolas ou
sional; cursos cujos estudos hajam sido feitos por meio de cor-
VIII - responsabilizar-se pelo planejamento, organiza- respondência (art. 1º e parágrafo único).
ção, monitoramento e emissão dos respectivos laudos
nas atividades de: O certi cado de registro ou a apresentação do título
a) exploração e manejo do solo, matas e orestas de registrado será exigido pelas autoridades federais, esta-
acordo com suas características; duais e municipais, para a assinatura de contratos, ter-
b) alternativas de otimização dos fatores climáticos e mos de posse, inscrição em concursos, pagamentos de
seus efeitos no crescimento e desenvolvimento das licença ou impostos para o exercício da pro ssão, e de-
plantas e dos animais; sempenho de quaisquer funções a esta inerentes (art. 5º)
c) propagação em cultivos abertos ou protegidos, em O art. 6º dispõe das atribuições da pro ssão agronô-
viveiros e em casas de vegetação; mica, in verbis:
d) obtenção e preparo da produção animal; processo de Art. 6º São atribuições dos agrônomos ou engenhei-
aquisição, preparo, conservação e armazenamento ros agrônomos a organização, direção e execução dos
da matéria prima e dos produtos agroindustriais; serviços técnicos o ciais, federais, estaduais e munici-
e) programas de nutrição e manejo alimentar em pro- pais, concernentes às matérias e atividades seguintes:
jetos zootécnicos; a) ensino agrícola, em seus diferentes graus;
f) produção de mudas (viveiros) e sementes; b) experimentações racionais e cientí cas referentes
IX - executar trabalhos de mensuração e controle de à agricultura, e, em geral, quaisquer demonstrações
qualidade; práticas de agricultura em estabelecimentos federais,
X - dar assistência técnica na compra, venda e uti- estaduais e municipais;
lização de equipamentos e materiais especializados, c) propaganda e difusão de mecânica agrícola, de
processos de adubação, de métodos aperfeiçoados de
assessorando, padronizando, mensurando e orçando;
colheita e de bene ciamento dos produtos agrícolas,
XI - emitir laudos e documentos de classi cação e
bem como de métodos de aproveitamento industrial
exercer a scalização de produtos de origem vegetal,
da produção vegetal;
animal e agroindustrial; d) estudos econômicos relativos à agricultura e indús-
XII - prestar assistência técnica na comercialização e trias correlatas;
armazenamento de produtos agropecuários; e) genética agrícola, produção de sementes, melho-
XII - prestar assistência técnica na aplicação, comer- ramento das plantas cultivadas e scalização do co-
cialização, no manejo e regulagem de máquinas, mércio de sementes, plantas vivas e partes vivas de
implementos, equipamentos agrícolas e produtos es- plantas;
pecializados, bem como na recomendação, interpre- f) topatologia, entomologia e microbiologia agríco-
tação de análise de solos e aplicação de fertilizantes las;
e corretivos; g) aplicação de medidas de defesa e de vigilância sa-
XIII - administrar propriedades rurais em nível geren- nitária vegetal;
cial; h) química e tecnologia agrícolas;
XIV - prestar assistência técnica na multiplicação de i) re orestamento, conservação, defesa, exploração e
sementes e mudas, comuns e melhoradas; industrialização de matas;
XV - treinar e conduzir equipes de instalação, monta- j) administração de colônias agrícolas;
gem e operação, reparo ou manutenção; l) ecologia e meteorologia agrícolas;
XVI - treinar e conduzir equipes de execução de servi- m) scalização de estabelecimentos de ensino agro-
ços e obras de sua modalidade; nômico, reconhecidos, equiparados ou em via de equi-
XVII - analisar as características econômicas, sociais e paração;
ambientais, identi cando as atividades peculiares da n) scalização de empresas, agrícolas ou de indústrias
área a serem implementadas; correlatas, que gosarem de favores o ciais;
o) barragens em terra que não excedam de cinco me-
tros de altura;
DECRETO Nº 23.196/1933 p) irrigação e drenagem para ns agrícolas;
q) estradas de rodagem de interesse local e destinadas
a ns agrícolas, desde que nelas não existam boeiros e
pontilhões de mais de cinco metros de vão;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O Decreto nº 23.196, de 12 de outubro de 1933, re- r) construções rurais, destinadas a moradias ou ns


gula o exercício da pro ssão agronômica. O exercício da agrícolas;
pro ssão do agrônomo ou engenheiro agrônomo, em s) avaliações e perícias relativas às alíneas anteriores;
qualquer dos seus ramos, com as atribuições estabeleci- t) agrologia;
das neste decreto, só será permitido: a) aos pro ssionais u) peritagem e identi cação, para desembaraço em
diplomados no país por escolas ou institutos de ensino repartições scais ou para ns judiciais, de instrumen-
agronômicos o ciais, equiparados ou o cialmente reco- tos, utensílios e máquinas agrícolas, sementes, plantas
nhecidos: b) aos pro ssionais que, sendo diplomados em ou partes vivas de plantas, adubos, inseticidas, fungi-
agronomia por escolas superiores estrangeiras, após cur- cidas, maquinismos e acessórios e, bem assim, outros
so regular e válido para o exercício da pro ssão no país artigos utilizáveis na agricultura ou na instalação de
de origem, tenham revalidade no Brasil os seus diplomas indústrias rurais e derivadas;

26
v) determinação do valor locativo e venal das proprie- nicos superiores estrangeiros de engenharia, arquitetura
dades rurais, para ns administrativos ou judiciais, na ou agrimensura, após curso regular e válido para o exer-
parte que se relacione com a sua pro ssão; cício da pro ssão em todo o país onde se acharem situa-
x) avaliação e peritagem das propriedades rurais, suas dos, tenham revalidado os seus diplomas, de acordo com
instalações, rebanhos e colheitas pendentes, para ns a legislação federal do ensino superior; d) àqueles que,
administrativos, judiciais ou de crédito; diplomados por escolas ou institutos estrangeiros de en-
z) avaliação dos melhoramentos fundiários para os genharia. arquitetura ou agrimensura, tenham registrado
mesmos ns da alínea x. seus diplomas até 18 de junho de 1915, de acordo com o
decreto n. 3.001, de 9 de outubro de, 1880, ou os regis-
Art. 7º Terão preferência, em igualdade de condições, traram consoante o disposto no art. 22, da lei n. 4.793, de
os agrônomos ou engenheiros agrônomos, quanto à 7 de janeiro de 1924 (art. 1º).
parte relacionada com a sua especialidade, nos servi- Art. 10. Os pro ssionais a que se refere este decreto só
ços o ciais concernentes a: poderão exercer legalmente a engenharia, arquitetura
a) experimentações racionais e cientí cas, bem como ou a agrimensura, após o prévio registro de seus títu-
demonstrações práticas, referentes a questões de fo- los, diplomas, certi cados-diplomas e cartas no Minis-
mento da produção animal, em estabelecimentos fe- tério da Educação e Saúde Pública ou de suas licenças
derais, estaduais ou municipais; no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura,
b) padronização e classi cação dos produtos de ori- sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade.
gem animal; Art. 11. Os pro ssionais punidos por inobservância do
c) inspeção, sob o ponto de vista de fomento da pro- artigo anterior, não poderão obter o registro de que
dução animal, de estábulos, matadouros, frigorí cos, este trata, sem provarem o pagamento das multas am
fábricas de banha e de conservas de origem animal, que houverem ocorrido.
usinas, entrepostos e fábricas de laticínios, e, de um Parágrafo único. A continuação do exercício da pro s-
modo geral, de todos os produtos de origem animal são sem o registro a que estes artigos alude, conside-
nas suas fontes de produção, fabricação ou manipu- rar-se-á como reincidência de infração deste decreto.
lação; (...)
d) organização e execução dos trabalhos de recensea- Art. 14. A todo pro ssional registrado de acordo com
mento, estatística e cadastragem rurais; este decreto, será entregue uma carteira pro ssional,
e) scalização da indústria e comércio de adubos, in- numerada, registrada e visada no Conselho Regional
respectivo, a qual conterá
seticidas e fungicidas;
a) seu nome por inteiro
f) sindicalismo e cooperativismo agrário;
b) sua nacionalidade e naturalidade
g) mecânica agrícola;
c) a data de seu nascimento
h) organização de congressos, concursos e exposições
d) a denominação da escola em que se formou ou da
nacionais ou estrangeiras relativas à agricultura e in-
repartição local onde obteve licença para exercer a
dústria animal, ou representação o cial nesses certâ-
pro ssão;
mens.
e) a data em que foi diplomado ou licenciado;
Parágrafo único. A preferência estabelecida nos servi- f) a natureza do título ou dos títulos de sua habilitação;
ços o ciais especi cados nas alíneas a, b, c e h. deste g) a indicação da revalidação do título, si houver;
artigo não prevalecerá quando for concorrente um ve- h) o número do registro no Conselho Regional respec-
terinário ou médico veterinário. tivo;
i) sua fotogra a de frente e impressão dactiloscópica
(polegar) ;
DECRETO Nº 23.569/1933 j) sua assinatura.
(...)
Art. 18. A scalização do exercício da engenharia,
da arquitetura e da agrimensura será exercida pelo
O Decreto nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933, Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura e pelos
regulamenta o exercício das pro ssões de engenheiro, Conselhos Regionais a que se referem os arts. 25 a 27.
de arquiteto e de agrimensor. Art. 19. Terá sua sede no Distrito Federal o Conselho
O exercício das pro ssões de engenheiro, de arqui- Federal de Engenharia e Arquitetura, ao qual cam
teto e de agrimensor será somente permitido, respec- subordinados os Conselhos Regionais.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

tivamente: a) nos diplomados pelas escolas ou cursos Art. 20. O Conselho Federal de Engenharia e Arqui-
de engenharia, arquitetura ou agrimensura, o ciais, da tetura será constituído de dez membros brasileiros,
União Federal, ou que sejam, ou tenham sido ao tempo habilitados de acordo com o art. 1º e suas alíneas, e
da conclusão dos seus respectivos cursos, o cializadas, obedecerá á seguinte composição:
equiparadas às da União ou sujeitas ao regime de inspe- a) um membro designado pelo Governo Federal;
ção do Ministério da Educação e Saúde Pública; b) aos b) três pro ssionais escolhidos pelas congregações de
diplomados, em data anterior à respectiva o cialização escolas padrões federais, sendo um, engenheiro,
ou equiparação às da União, por escolas nacionais de pela da Escola Politécnica do Rio de Janeiro; outro,
engenharia, arquitetura ou agrimensura cujos diplomas também engenheiro, pela da Escola de Minas de
hajam sido reconhecidos em virtude de lei federal; c) Ouro Preto, e, nalmente, um engenheiro arquiteto,
àqueles que, diplomadas por escolas ou institutos téc- ou arquiteto, pela da Escola Nacional de Belas Artes;

27
c) seis engenheiros, ou arquitetos, escolhidos em as- O principal objetivo do Confea é zelar pela defesa da
sembleia que se realizará no Distrito Federal e na sociedade e do desenvolvimento sustentável do País, ob-
qual tomará parte um representante de cada so- servados os princípios éticos pro ssionais. Para tanto, no
ciedade ou sindicato de classe que tenha adquirido desempenho de seu papel institucional, o Conselho Fede-
personalidade jurídica seis meses antes, pelo menos, ral exerce ações:
da data da reunião da assembleia.
Art. 22. São atribuições do Conselho Federal de Enge- I. regulamentadoras, baixando resoluções, decisões
nharia e Arquitetura : normativas e decisões plenárias para o cumprimen-
a) organizar o seu regimento interno; to da legislação referente ao exercício e à scaliza-
b) aprovar os regimentos internos organizados pelos ção das pro ssões;
Conselhos Regionais, modi cando o que se tornar II. contenciosas, julgando em última instância as de-
necessário, a m de manter a respectiva unidade de mandas instauradas nos Creas;
ação; III. promotoras de condição para o exercício, a sca-
c) examinar, decidindo a respeito em última instância, lização e o aperfeiçoamento das atividades pro s-
sionais, podendo ser exercidas isoladamente ou em
e podendo até anular, o registro de qualquer pro s-
parceria com os Creas, com as entidades represen-
sional licenciado que não estiver de acordo com o tativas de pro ssionais e de instituições de ensino
presente. decreto; nele registradas, com órgãos públicos ou com a so-
d) tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscita- ciedade civil organizada;
das nos Conselhos Regionais e dirimí-las; IV. informativas sobre questão de interesse público;
e) julgar em última instância os recursos de penalida- e V. administrativas, visando a: a) gerir seus re-
des impostas pelos Conselhos Regionais; cursos e patrimônio; e b) coordenar, supervisio-
f) publicar o relatório anual dos seus trabalhos, em que nar e controlar suas atividades e as atividades dos
deverá gurar a relação de todos os pro ssionais re- Creas e da Mútua, observando, especi camente, o
gistrados. disposto na legislação federal, nas resoluções, nas
Art. 26. São atribuições dos Conselhos Regionais: decisões normativas e nas decisões proferidas por
seu Plenário.
a) examinar os requerimentos e processos de registro
de licenças pro ssionais, resolvendo como conter;
b) examinar reclamações e representações escritas Assim, vale a pena conferir algumas das Resolu-
acerca dos serviços de registro e das infrações do ções redigidas pela Confea.
presente decreto, decidindo a respeito;
c) scalizar o exercício das pro ssões de engenheiro, de
arquiteto e de agrimensor, impedindo e punindo as RESOLUÇÃO Nº 218/1973
infrações deste decreto, bem como enviando às au-
toridades competentes minuciosos e documentados
relatórios sobre fatos que apurarem e cuja solução
ou repressão não seja de sua alçada: A Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973, Discrimi-
d) publicar relatórios anuais de seus trabalhos e a rela- na atividades das diferentes modalidades pro ssionais da
ção dos pro ssionais registrados; Engenharia Arquitetura e Agronomia.
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITE-
e) elaborar a proposta de seu regimento interno, sub- TURA E
metendo-a à aprovação do Conselho Federal de En- AGRONOMIA, usando das atribuições que lhe confe-
genharia a Arquitetura; rem as letras “d” e “f”, parágrafo único do artigo 27 da Lei
f) representar ao Conselho Federal de Engenharia e Ar- nº 5.194, de 24 DEZ 1966,
quitetura acerca de novas medidas necessárias para CONSIDERANDO que o Art. 7º da Lei nº 5.194/66 refe-
a regularidade dos serviços e para a scalização do re-se às atividades pro ssionais do engenheiro, do arqui-
exercício das pro ssões indicadas nas alíneas e des- teto e do engenheiro agrônomo, em termos genéricos;
te artigo; CONSIDERANDO a necessidade de discriminar ativi-
g) expedir a carteira pro ssional prevista no art. 14; dades das diferentes modalidades pro ssionais da Enge-
h) admitir a colaboração das de classe nos casos relati- nharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em
nível médio, para ns da scalização de seu exercício pro-
vos à matéria das alíneas anteriores. ssional, e atendendo ao disposto na alínea “b” do artigo
6º e parágrafo único do artigo 84 da Lei nº 5.194, de 24
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

resoluções do confea DEZ 1966,

O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia RESOLVE:


– Confea, instituído juntamente com os Conselhos Regio-
Art. 1º - Para efeito de scalização do exercício pro-
nais de Engenharia e Agronomia pelo Decreto nº 23.569,
ssional correspondente às diferentes modalidades da
de 11 de dezembro de 1933, é a instância superior da s-
Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível supe-
calização do exercício das pro ssões inseridas no Siste- rior e em nível médio, cam designadas as seguintes
ma Confea/Crea. Trata-se de entidade autárquica dotada atividades:
de personalidade jurídica de direito público, que consti- Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação
tui serviço público federal, com sede e foro na cidade de técnica;
Brasília-DF e jurisdição em todo o território nacional.

28
Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e espe- naturais renováveis; ecologia, agrometeorologia; defe-
ci cação; sa sanitária; química agrícola; alimentos;
Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econô- tecnologia de transformação (açúcar, amidos, óleos,
mica; laticínios, vinhos e destilados); bene ciamento
Atividade 04 - Assistência, assessoria e consultoria; e conservação dos produtos animais e vegetais; zimo-
Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico; tecnia; agropecuária; edafologia; fertilizantes e
Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramen- corretivos; processo de cultura e de utilização de solo;
to, laudo e parecer técnico; microbiologia agrícola; biometria; parques e
Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica; jardins; mecanização na agricultura; implementos
Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise, experimenta- agrícolas; nutrição animal; agrostologia;
ção, ensaio e divulgação técnica; extensão; bromatologia e rações; economia rural e crédito rural;
Atividade 09 - Elaboração de orçamento; seus serviços a ns e correlatos.
Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle Art. 6º - Compete ao ENGENHEIRO CARTÓGRAFO ou
de qualidade; ao ENGENHEIRO DE GEODÉSIA E TOPOGRAFIA ou ao
Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico; ENGENHEIRO GEÓGRAFO:
Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico; I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do
Atividade 13 - Produção técnica e especializada; artigo 1º desta Resolução,
referentes a levantamentos topográ cos, batimétricos,
Atividade 14 - Condução de trabalho técnico;
geodésicos e aerofotogramétricos; elaboração de car-
Atividade 15 - Condução de equipe de instalação,
tas geográ cas; seus serviços a ns e correlatos.
montagem, operação, reparo ou manutenção;
Art. 7º - Compete ao ENGENHEIRO CIVIL ou ao ENGE-
Atividade 16 - Execução de instalação, montagem e
NHEIRO DE FORTIFICAÇÃO e CONSTRUÇÃO:
reparo;
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo
Atividade 17 - Operação e manutenção de equipa-
1º desta Resolução, referentes a edi cações, estradas,
mento e instalação; pistas de rolamentos e aeroportos; sistema de trans-
Atividade 18 - Execução de desenho técnico. portes, de abastecimento de água e de saneamento;
portos, rios, canais, barragens e diques; drenagem e
Art. 2º - Compete ao ARQUITETO OU ENGENHEIRO irrigação; pontes e grandes estruturas; seus serviços
ARQUITETO: a ns e correlatos.
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo Art. 8º - Compete ao ENGENHEIRO ELETRICISTA ou
1º desta Resolução, referentes a edi cações, conjuntos ao ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE ELE-
arquitetônicos e monumentos, arquitetura paisagísti- TROTÉCNICA:
ca e de interiores; planejamento físico, local, urbano e I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º
regional; seus serviços a ns e correlatos. desta Resolução, referentes
Art. 3º - Compete ao ENGENHEIRO AERONÁUTICO: à geração, transmissão, distribuição e utilização da
Confea – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura energia elétrica; equipamentos, materiais e máqui-
e Agronomia LDR - Leis Decretos, Resoluções nas elétricas; sistemas de medição e controle elétri-
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º cos; seus serviços a ns e correlatos. Confea – Conselho
desta Resolução, referentes a aeronaves, seus sistemas Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia LDR
e seus componentes; máquinas, motores e equipa- - Leis Decretos, Resoluções
mentos; instalações industriais e mecânicas relaciona- Art. 9º - Compete ao ENGENHEIRO ELETRÔNICO ou
das à modalidade; infra-estrutura aeronáutica; opera- ao ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE ELE-
ção, tráfego e serviços de comunicação de transporte TRÔNICA ou ao ENGENHEIRO DE COMUNICAÇÃO:
aéreo; seus serviços a ns e correlatos; I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo
Art. 4º - Compete ao ENGENHEIRO AGRIMENSOR: 1º desta Resolução, referentes a materiais elétricos e
I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do eletrônicos; equipamentos eletrônicos em geral; siste-
artigo 1º desta Resolução, mas de comunicação e telecomunicações; sistemas de
referente a levantamentos topográ cos, batimétricos, medição e controle elétrico e eletrônico; seus serviços
geodésicos e aerofotogramétricos; locação de: a ns e correlatos.
a) loteamentos; Art. 10 - Compete ao ENGENHEIRO FLORESTAL:
b) sistemas de saneamento, irrigação e drenagem; I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º
c) traçados de cidades; desta Resolução, referentes a engenharia rural; cons-
d) estradas; seus serviços a ns e correlatos. truções para ns orestais e suas instalações comple-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

II - o desempenho das atividades 06 a 12 e 14 a 18 do mentares, silvimetria e inventário orestal; melhora-


artigo 1º desta Resolução, mento orestal; recursos naturais renováveis; ecologia,
referente a arruamentos, estradas e obras hidráulicas; climatologia, defesa sanitária orestal; produtos o-
seus serviços a ns e correlatos. restais, sua tecnologia e sua industrialização; edafolo-
Art. 5º - Compete ao ENGENHEIRO AGRÔNOMO: gia; processos de utilização de solo e de oresta; orde-
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º namento e manejo orestal; mecanização na oresta;
desta Resolução, referentes implementos orestais; economia e crédito rural para
a engenharia rural; construções para ns rurais e suas ns orestais; seus serviços a ns e correlatos.
instalações complementares; irrigação e Art. 11 - Compete ao ENGENHEIRO GEÓLOGO ou GE-
drenagem para ns agrícolas; totecnia e zootecnia; ÓLOGO:
melhoramento animal e vegetal; recursos I - o desempenho das atividades de que trata a Lei nº
4.076, de 23 JUN 1962.

29
Art. 12 - Compete ao ENGENHEIRO MECÂNICO ou ao I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º
ENGENHEIRO MECÂNICO E DE AUTOMÓVEIS ou ao desta Resolução, referentesà indústria de alimentos;
ENGENHEIRO MECÂNICO E DE ARMAMENTO ou ao acondicionamento, preservação, distribuição, trans-
ENGENHEIRO DE AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO porte e abastecimento de produtos alimentares; seus
INDUSTRIAL MODALIDADE MECÂNICA: serviços a ns e correlatos.
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo Art. 20 - Compete ao ENGENHEIRO TÊXTIL:
1º desta Resolução, referentes a processos mecânicos, I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º
máquinas em geral; instalações industriais e mecâni- desta Resolução, referentes
cas; equipamentos mecânicos e eletro-mecânicos; veí- à indústria têxtil; produtos têxteis, seus serviços a ns
culos automotores; sistemas de produção de transmis- e correlatos.
são e de utilização do calor; sistemas de refrigeração Art. 21 - Compete ao URBANISTA:
e de ar condicionado; seus serviços a ns e correlatos.
I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do
Art. 13 - Compete ao ENGENHEIRO METALURGISTA
artigo 1º desta Resolução,
ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL E DE METALURGIA
referentes a desenvolvimento urbano e regional, pai-
ou ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE META-
LURGIA: sagismo e trânsito; seus serviços a ns e
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º correlatos.
desta Resolução, referentes a processos metalúrgicos, Art. 22 - Compete ao ENGENHEIRO DE OPERAÇÃO:
instalações e equipamentos destinados à indústria I - o desempenho das atividades 09 a 18 do artigo 1º
metalúrgica, bene ciamento de minérios; produtos desta Resolução,
metalúrgicos; seus serviços a ns e correlatos. circunscritas ao âmbito das respectivas modalidades
Art. 14 - Compete ao ENGENHEIRO DE MINAS: pro ssionais;
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º II - as relacionadas nos números 06 a 08 do artigo 1º
desta Resolução, referentes à prospecção e à pesquisa desta Resolução, desde que
mineral; lavra de minas; captação de água subterrâ- enquadradas no desempenho das atividades referidas
nea; bene ciamento de minérios e abertura de vias no item I deste artigo.
subterrâneas; seus serviços a ns e correlatos. Art. 23 - Compete ao TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR
Art. 15 - Compete ao ENGENHEIRO NAVAL: ou TECNÓLOGO:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo I - o desempenho das atividades 09 a 18 do artigo 1º
1º desta Resolução, referentes a embarcações e seus desta Resolução,
componentes; máquinas, motores e equipamentos; circunscritas ao âmbito das respectivas modalidades
instalações industriais e mecânicas relacionadas à pro ssionais;
II - as relacionadas nos números 06 a 08 do artigo 1º
modalidade; diques e porta-batéis; operação, tráfego
desta Resolução, desde que
e serviços de comunicação de transporte hidroviário; enquadradas no desempenho das atividades referidas
seus serviços a ns e correlatos. no item I deste artigo.
Art. 16 - Compete ao ENGENHEIRO DE PETRÓLEO: Art. 24 - Revogado pela Resolução 1.057, de 31 de ju-
Confea – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura lho de 2014
e Agronomia LDR - Leis Decretos, Resoluções Confea – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º e Agronomia LDR - Leis Decretos, Resoluções
desta Resolução referentes a dimensionamento, ava- Art. 25 - Nenhum pro ssional poderá desempenhar
atividades além daquelas que
liação e exploração de jazidas pretrolíferas, transpor- lhe competem, pelas características de seu currículo
te e industrialização do petróleo; seus serviços a ns e escolar, consideradas em cada caso, apenas, as
correlatos. disciplinas que contribuem para a graduação pro s-
Art. 17 - Compete ao ENGENHEIRO QUÍMICO ou ao sional, salvo outras que lhe sejam acrescidas em
ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE QUÍMICA: curso de pós-graduação, na mesma modalidade.
I - desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º Parágrafo único - Serão discriminadas no registro pro-
desta Resolução, referentes à indústria química e pe- ssional as atividades constantes desta Resolução.
Art. 26 - Ao já diplomado aplicar-se-á um dos seguin-
troquímica e de alimentos; produtos químicos; trata-
tes critérios:
mento de água e instalações de tratamento de água I - àquele que estiver registrado, é reconhecida a com-
industrial e de rejeitos industriais; seus serviços a ns petência concedida em seu registro, salvo se as resul-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

e correlatos. tantes desta Resolução forem mais amplas, obedecido


Art. 18 - Compete ao ENGENHEIRO SANITARISTA: neste caso, o disposto no artigo 25 desta Resolução.
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo II - àquele que ainda não estiver registrado, é reconhe-
1º desta Resolução, referentes a controle sanitário do cida a competência resultante dos critérios em vigor
ambiente; captação e distribuição de água; tratamen- antes da vigência desta Resolução, com a ressalva do
inciso I deste artigo.
to de água, esgoto e resíduos; controle de poluição; Parágrafo único - Ao aluno matriculado até à data da
drenagem; higiene e conforto de ambiente; seus servi- presente Resolução, aplicarse-á, quando diplomado, o
ços a ns e correlatos. critério do item II deste artigo.
Art. 19 - Compete ao ENGENHEIRO TECNÓLOGO DE Art. 27 - A presente Resolução entra em vigor na data
ALIMENTOS: de sua publicação.

30
Art. 28 - Revogam-se as Resoluções de nº 4, 26, 30, 43, § 2º - Uma pessoa jurídica pode ser enquadrada si-
49, 51, 53, 55, 56, 57, 58, multaneamente em mais de uma das classes relacio-
59, 67, 68, 71, 72, 74, 76, 78, 79, 80, 81, 82, 89, 95, 96, nadas neste artigo.
108, 111, 113, 120, 121, 124, 130, 132, § 3º - As pessoas jurídicas enquadradas na classe “C”
135, 139, 145, 147, 157, 178, 184, 185, 186, 197, 199, deverão proceder ao registro da seção técnica manti-
208 e 212 e as demais disposições em contrário. da na mesma.
Art. 2º - Os órgãos da administração direta, as autar-
quias e as fundações de direito
RESOLUÇÃO Nº 336/1989 público, que tenham atividades na Engenharia, Arqui-
tetura, Agronomia, Geologia, Geogra a ou
Meteorologia ou se utilizem dos trabalhos dessas ca-
tegorias, deverão, sem qualquer ônus para os CREAs,
É a resolução que Dispõe sobre o registro de pessoas fornecer todos os elementos necessários à veri cação
jurídicas nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arqui-
e scalização do exercício pro ssional.
tetura e Agronomia.
Art. 3º - O registro de pessoa jurídica é ato obrigatório
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUI- de inscrição no Conselho Regional
TETURA E AGRONOMIA, no uso da atribuição que lhe de Engenharia, Arquitetura e Agronomia onde ela ini-
confere a letra “f” do artigo 27, combinado com o es- cia suas atividades pro ssionais no campo técnico da
tabelecido no § 3º do artigo 59 da Lei nº 5.194, de 24 Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geo-
DEZ 1966, CONSIDERANDO que, face ao disposto nos gra a ou Meteorologia.
artigos 59 e 60 da citada Lei, a pessoa jurídica que se § 1º - O registro de pessoa jurídica enquadrada nas
organize para prestar ou executar serviços ou obras de classes de que trata o artigo 1º será
Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, ou que mante- efetivado após análise e aprovação da documentação
nha seção ligada ao exercício de uma dessas pro ssões, constante do artigo 8º, pagamento das taxas devidas
está sujeita à scalização pro ssional pelos Conselhos e da anuidade do ano do registro, bem como da cons-
Regionais; CONSIDERANDO o disposto nos artigos 1º, 2º tatação da regularidade junto ao CREA de todos os
e 3º da Lei nº 6.496/77; CONSIDERANDO o disposto na pro ssionais do quadro técnico da empresa e/ou se-
Lei nº 6.839/80; CONSIDERANDO que as Leis nº 4.076/62, ção que exerça atividades nas áreas discriminadas no
6.664/79 e 6.835/80 incluíram Geólogos, Geógrafos e “caput” do artigo.
Meteorologistas no âmbito da scalização do Sistema § 2º - A pessoa jurídica enquadrada na classe “C”,
CONFEA/CREAs, respectivamente; CONSIDERANDO que para efeito de registro, estará sujeita ao pagamento
cabe aos Conselhos Regionais, na forma do disposto nas
de anuidade diferenciada xada em Resolução que
letras “h” e “o” do artigo 34 da Lei nº 5.194/66, de 24 DEZ
1966, processar, organizar, disciplinar e manter atualiza- disciplina as anuidades e taxas.
do o registro de pessoas jurídicas, em suas jurisdições; Art. 4º - A pessoa jurídica enquadrada em qualquer
CONSIDERANDO o decidido pelos acórdãos do Supremo uma das classes do Art. 1º só terá
Tribunal Federal, proferidos nos Recursos Extraordinários condições legais para o início da sua atividade téc-
nº 105.052, 107.751 e 108.864, bem como nos Embargos nico-pro ssional, após ter o seu registro efetivado no
opostos no Recurso Extraordinário nº 107.751, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agro-
nomia.
RESOLVE: Parágrafo único - A pessoa jurídica que não requerer
o seu registro, no prazo de 60 (sessenta) dias a contar
Art. 1º - A pessoa jurídica que se constitua para pres- do arquivamento de seus atos constitutivos nos órgãos
tar ou executar serviços e/ou obras ou que exerça competentes, será noti cada para que, em 30 (trinta)
qualquer atividade ligada ao exercício pro ssional da dias, promova a sua regularização perante o CREA,
Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geo- sob pena da competente autuação por exercício ilegal
gra a ou Meteorologia enquadra-se, para efeito de da pro ssão.
registro, em uma das seguintes classes: Art. 5º - A atividade da pessoa jurídica, em região di-
CLASSE A - De prestação de serviços, execução de ferente daquela em que se encontra registrada, obriga
obras ou serviços ou desenvolvimento de atividades
ao visto do registro na nova região.
reservadas aos pro ssionais da Engenharia, Arquitetu-
ra, Agronomia, Geologia, Geogra a ou Meteorologia; § 1º - O visto exigido neste artigo pode ser concedido
CLASSE B - De produção técnica especializada, in- para atividade parcial dos objetivos sociais da reque-
dustrial ou agropecuária, cuja atividade básica ou rente, com validade a ela restrito.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

preponderante necessite do conhecimento técnico § 2º - No caso em que a atividade exceda de 180 (cen-
inerente aos pro ssionais da Engenharia, Arquitetura, to e oitenta) dias, ca a pessoa jurídica, a sua agência,
Agronomia, Geologia, Geogra a ou Meteorologia; lial ou sucursal, obrigada a proceder ao seu registro
CLASSE C - De qualquer outra atividade que mante- na nova região.
nha seção, que preste ou execute para si ou para ter- Art. 6º - A pessoa jurídica, para efeito da presente
ceiros serviços, obras ou desenvolva atividades ligadas Resolução, que requer registro ou visto em qualquer
às áreas de Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geo- Conselho Regional, deve apresentar responsável téc-
logia, Geogra a ou Meteorologia. nico que mantenha residência em local que, a critério
§ 1º - As empresas públicas e sociedades de economia do CREA, torne praticável a sua participação efetiva
mista serão enquadradas, para o registro, nas classes
nas atividades que a pessoa jurídica pretenda exercer
estabelecidas neste artigo, conforme a atividade de-
senvolvida. na jurisdição do respectivo órgão regional.

31
Art. 7º - Os Conselhos Regionais, atendendo às pecu- Art. 15 - As palavras Engenharia, Arquitetura, Agrono-
liaridades de cada região, e de acordo com as condi- mia, Geologia, Geogra a e Meteorologia só poderão
ções das atividades neles desenvolvidas pelas pessoas constar em denominação ou razão social de pessoas
jurídicas, poderão, através de atos próprios, xar casos jurídicas, cuja direção for composta, na sua maioria,
de dispensa de registro. de pro ssionais habilitados.
Art. 8º - O requerimento de registro deve ser instruído Art. 16 - O registro de pessoas jurídicas deverá ser al-
com os seguintes elementos: terado quando:
I - Instrumento de constituição da pessoa jurídica, de- I - Ocorrer qualquer alteração em seu instrumento
vidamente arquivado, registrado constitutivo;
em órgão competente, bem como suas modi cações II - Houver a baixa da responsabilidade técnica do(s)
subsequentes até a data da solicitação do Registro no pro ssional(is) dela
CREA. encarregado(s).
II - Indicação do ou dos responsáveis técnicos pelas di- Parágrafo único - Será procedida simples averbação
versas atividades pro ssionais, bem como dos demais no registro quando houver alteração
pro ssionais integrantes do quadro técnico da pessoa que não implique mudança dos objetivos sociais, da
jurídica. Direção da pessoa jurídica, da denominação ou razão
III - Prova do vínculo dos pro ssionais referidos no social ou da responsabilidade técnica.
item anterior com a pessoa jurídica, através de docu- Art. 17 - A responsabilidade técnica de qualquer pro-
mentação hábil, quando não zerem parte do contra- ssional por pessoa jurídica ca
to social. extinta, devendo o registro ser alterado, a partir do
IV - Comprovante de solicitação da ART de cargos e momento em que:
funções de todos os pro ssionais do quadro técnico da I - for requerido ao Conselho Regional, por escrito,
pessoa jurídica. pelo pro ssional ou pela pessoa
Art. 9º - Só será concedido registro à pessoa jurídica jurídica, o cancelamento desse encargo;
cuja denominação for condizente com suas nalida- II - for o pro ssional suspenso do exercício da pro s-
des e quando seu ou seus responsáveis técnicos tive- são;
rem atribuições coerentes com os objetivos sociais da III - mudar o pro ssional de residência para local que,
mesma. a juízo do Conselho Regional,
Art. 10 - As pessoas jurídicas registradas na forma torne impraticável o exercício dessa função;
desta Resolução, sempre que efetuarem alterações nos
IV - tiver o pro ssional o seu registro cancelado;
seus objetivos, no seu quadro técnico ou na atividade
V - ocorram outras condições que, a critério do CREA,
de seus pro ssionais, deverão, no prazo de 30 (trinta)
possam impedir a
dias, comunicar ao CREA.
efetiva prestação da assistência técnica.
Parágrafo único - Serão efetivadas novas ARTs, caso
§ 1º - A pessoa jurídica deve, no prazo de 10 (dez) dias,
haja alterações nas atividades dos pro ssionais do seu
quadro técnico. promover a substituição do
Art. 11 - Somente ao pro ssional habilitado é faculta- responsável técnico.
do constituir-se em rma individual para a prestação § 2º - Quando o cancelamento da responsabilidade
de serviços pro ssionais, ou execução de obras, desde técnica for de iniciativa da pessoa
que proceda o registro no CREA, nos moldes desta Re- jurídica, deve esta, no seu requerimento, indicar o
solução. novo responsável técnico, preenchendo os requisitos
Art. 12 - A responsabilidade técnica por qualquer ati- previstos nesta Resolução, e os documentos pertinen-
vidade exercida no campo da Engenharia, Arquitetu- tes.
ra, Agronomia, Geologia, Geogra a ou Meteorologia é § 3º - A baixa de responsabilidade técnica requerida
sempre do pro ssional dela encarregado, não poden- pelo pro ssional só pode ser deferida na ausência de
do, em hipótese nenhuma, ser assumida pela pessoa quaisquer obrigações pendentes em seu nome, relati-
jurídica. vas ao pedido, junto ao Conselho Regional.
Art. 13 - Só será concedido registro à pessoa jurídica Art. 18 - Um pro ssional pode ser responsável técnico
na plenitude de seus objetivos sociais de sua ou dos por uma única pessoa jurídica,
objetivos de suas seções técnicas, se os pro ssionais além da sua rma individual, quando estas forem en-
do seu quadro técnico cobrirem todas as atividades a quadradas por seu objetivo social no artigo 59 da Lei
serem exercitadas. nº 5.194/66 e caracterizadas nas classes A, B e C do
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo único - O registro será concedido com res- artigo 1º desta Resolução.
trições das atividades não cobertas pelas atribuições Parágrafo único - Em casos excepcionais, desde que
dos pro ssionais, até que a pessoa jurídica altere seus haja compatibilização de tempo e área de atuação,
objetivos ou contrate outros pro ssionais com atribui- poderá ser permitido ao pro ssional, a critério do Ple-
ções capazes de suprir aqueles objetivos. nário do Conselho Regional, ser o responsável técnico
Art. 14 - As quali cações de Engenheiro, Arquiteto, por até 03 (três) pessoas jurídicas, além da sua rma
Engenheiro Agrônomo, Geólogo, Geógrafo, ou Meteo- individual.
rologista só poderão constar da razão social ou deno- Art. 19 - A infração a qualquer dispositivo desta Reso-
minação de pessoa jurídica, se estas forem compostas lução sujeita o infrator às
exclusivamente por pro ssionais que possuam aqueles penalidades previstas no artigo 73 da Lei nº 5.194/66,
títulos. sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

32
Art. 20 - A presente Resolução entrará em vigor na III - ao portador de registro de Engenharia de Segu-
data de sua publicação. rança do Trabalho, expedido pelo Ministério do Traba-
Art. 21 - Revogam-se a Resolução nº 247/77 e demais lho, dentro de 180 (cento e oitenta) dias da extinção
disposições em contrário. do curso referido no item anterior.
Parágrafo único - A expressão Engenheiro é especí ca
e abrange o universo
sujeito à scalização do CONFEA, compreendido entre
RESOLUÇÃO Nº 359/1991
os artigos 2º e 22, inclusive, da Resolucão
nº 218/73.
Art. 2º - Os Conselhos Regionais concederão o Regis-
Trata-se de ato administrativo que dispõe sobre o tro dos Engenheiros de
exercício pro ssional, o registro e as atividades do Enge- Segurança do Trabalho, procedendo à anotação nas
nheiro de Segurança do Trabalho. carteiras pro ssionais já expedidas.
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITE- Art. 3º - Para o registro, só serão aceitos certi cados
TURA E AGRONOMIA, no uso da atribuição que lhe con- de cursos de pós-graduação
fere o artigo 27, alínea “f”, da Lei nº 5.194, de 24 DEZ acompanhados do currículo cumprido, de conformi-
1966, CONSIDERANDO que a Lei nº 7.410/85 veio ex- dade com o Parecer nº 19/87, do Conselho
cepcionar a legislação anterior que regulou os cursos de Federal de Educação.
especialização e seus objetivos, tanto que o seu Art. 6º Art. 4º - As atividades dos Engenheiros e Arquitetos,
revogou as disposições em contrário; na especialidade de
CONSIDERANDO a aprovação, pelo Conselho Federal Engenharia de Segurança do Trabalho, são as seguin-
de Educação, do currículo básico do curso de Engenharia tes:
de Segurança do Trabalho - Parecer nº 19/87; 1 - Supervisionar, coordenar e orientar tecnicamente
CONSIDERANDO, ainda, que tal Parecer nº 19/87 é os serviços de Engenharia
expresso em ressaltar que “deve a Engenharia da Segu- de Segurança do Trabaho;
rança do Trabalho voltar-se precipuamente para a pro- 2 - Estudar as condições de segurança dos locais de
teção do trabalhador em todas as unidades laborais, no trabalho e das instalações e
que se refere à questão de segurança, inclusive higiene equipamentos, com vistas especialmente aos proble-
do trabalho, sem interferência especí ca nas competên- mas de controle de risco, controle de poluição,
cias legais e técnicas estabelecidas para as diversas mo- higiene do trabalho, ergonomia, proteção contra in-
dalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia”; cêndio e saneamento;
CONSIDERANDO, ainda, que o mesmo Parecer con- 3 - Planejar e desenvolver a implantação de técnicas
cluiu por xar um currículo básico único e uniforme para relativas a gerenciamento e
a pós-graduação em Engenharia de Segurança do Tra- controle de riscos;
balho, independentemente da modalidade do curso de 4 - Vistoriar, avaliar, realizar perícias, arbitrar, emitir
graduação concluído pelos pro ssionais engenheiros e parecer, laudos técnicos e
arquitetos; indicar medidas de controle sobre grau de exposição a
CONSIDERANDO que a Lei nº 7.410/85 faculta a to- agentes agressivos de riscos físicos, químicos
dos os titulados como Engenheiro a faculdade de se ha- e biológicos, tais como poluentes atmosféricos, ruídos,
bilitarem como Engenheiros de Segurança do Trabalho, calor, radiação em geral e pressões
estando, portanto, amparados inclusive os Engenheiros anormais, caracterizando as atividades, operações e
da área de Agronomia; locais insalubres e perigosos;
CONSIDERANDO, por m, a manifestação da Secre- 5 - Analisar riscos, acidentes e falhas, investigando
taria de Segurança e Medicina do Trabalho, prevista no causas, propondo medidas
Art. 4º do Decreto nº 92.530/86, pela qual “a Engenharia preventivas e corretivas e orientando trabalhos esta-
de Segurança do Trabalho visa à prevenção de riscos nas tísticos, inclusive com respeito a custo;
atividades de trabalho com vistas à defesa da integridade 6 - Propor políticas, programas, normas e regulamen-
da pessoa humana”, tos de Segurança do
Trabalho, zelando pela sua observância;
RESOLVE: 7 - Elaborar projetos de sistemas de segurança e as-
sessorar a elaboração de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 1º - O exercício da especialização de Engenheiro projetos de obras, instalação e equipamentos, opinan-


de Segurança do Trabalho é permitido, exclusivamen- do do ponto de vista da Engenharia de
te: Segurança;
I - ao Engenheiro ou Arquiteto, portador de certi ca- 8 - Estudar instalações, máquinas e equipamentos,
do de conclusão de curso de especialização, a nível identi cando seus pontos de
de pós-graduação, em Engenharia de Segurança do risco e projetando dispositivos de segurança;
Trabalho;
9 - Projetar sistemas de proteção contra incêndios, co-
II - ao portador de certi cado de curso de especiali-
ordenar atividades de
zação em Engenharia de Segurança do Trabalho, re-
combate a incêndio e de salvamento e elaborar planos
alizado em caráter prioritário pelo Ministério do Tra-
para emergência e catástrofes;
balho;

33
10 - Inspecionar locais de trabalho no que se relaciona CONSIDERANDO que cabe aos Conselhos Regionais,
com a segurança do na forma do disposto nas
Trabalho, delimitando áreas de periculosidade; letras “h” e “o” do Art. 34 da mencionada Lei, proces-
11 - Especi car, controlar e scalizar sistemas de pro- sar, organizar, disciplinar e manter atualizado
teção coletiva e o registro de pessoas jurídicas em suas jurisdições,
equipamentos de segurança, inclusive os de proteção
individual e os de proteção contra incêndio, RESOLVE:
assegurando-se de sua qualidade e e ciência;
Art. 1º - Será concedido visto ao registro da pessoa
12 - Opinar e participar da especi cação para aquisi-
jurídica originário de outro
ção de substâncias e
Conselho Regional, para os seguintes efeitos e prazos
equipamentos cuja manipulação, armazenamento, de validade:
transporte ou funcionamento possam apresentar I - execução de obras ou prestação de serviços.
riscos, acompanhando o controle do recebimento e da Prazo: não superior a 180 (cento e oitenta) dias;
expedição; II - participação em licitações.
13 - Elaborar planos destinados a criar e desenvolver Prazo: até a validade da certidão de registro.
a prevenção de acidentes, § 1º - O visto para efeito do item I deste artigo poderá
promovendo a instalação de comissões e assessoran- ser concedido para
do-lhes o funcionamento; atividades parciais do objeto social da pessoa jurídica,
14 - Orientar o treinamento especí co de Segurança quando assim requerido.
do Trabalho e assessorar a § 2º - O visto concedido para efeito do item II deste
elaboração de programas de treinamento geral, no artigo dispensa o
que diz respeito à Segurança do Trabalho; cumprimento das exigências contidas no Art. 3º desta
15 - Acompanhar a execução de obras e serviços de- Resolução.
correntes da adoção de Art. 2º - O requerimento do visto deverá indicar, ex-
medidas de segurança, quando a complexidade dos pressamente, a nalidade para
a qual está sendo solicitado, na forma do artigo ante-
trabalhos a executar assim o exigir;
rior, e ser instruído com a certidão do registro
16 - Colaborar na xação de requisitos de aptidão
no Conselho Regional de origem.
para o exercício de funções, Art. 3º - O responsável técnico da pessoa jurídica, para
apontando os riscos decorrentes desses exercícios; cada atividade a ser
17 - Propor medidas preventivas no campo da Segu- exercida na nova Região, deve estar registrado ou com
rança do Trabalho, em face do o respectivo registro visado no Conselho
conhecimento da natureza e gravidade das lesões pro- Regional onde for requerido o visto.
venientes do acidente de trabalho, incluídas as § 1º - Os responsáveis técnicos pelas diferentes ativi-
doenças do trabalho; dades, apresentados pela
18 - Informar aos trabalhadores e à comunidade, dire- pessoa jurídica, devem comprovar residência em local
tamente ou por meio de seus que, a critério do CREA, torna praticável sua
representantes, as condições que possam trazer danos participação efetiva nas atividades que a pessoa jurí-
a sua integridade e as medidas que eliminam dica pretenda exercer na jurisdição do
ou atenuam estes riscos e que deverão ser tomadas. respectivo órgão regional;
Art. 5º - A presente Resolução entrará em vigor na § 2º - Sempre que ocorrer substituição de responsável
data de sua publicacão. técnico, a pessoa jurídica
Art. 6º - Revogam-se as Resoluções 325, de 27 NOV deve comunicar o fato ao Conselho Regional onde
1987, e 329, de 31 MAR mantém o visto, observando o conteúdo deste artigo.
1989, e as disposições em contrário. Art. 4º - O visto concedido pelo Conselho Regional de-
verá explicitar claramente,
no original e na cópia da certidão, o seguinte:
I - No caso do item I do Art. 1º: “Válido para exercer as
RESOLUÇÃO Nº 413/1997 atividades abaixo, com os
respectivos responsáveis técnicos, na jurisdição deste
CREA”.
II - No caso do item II do Art. 1º: “Válido somente para
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

É a resolução que Dispõe sobre o visto em registro de participação em


pessoa jurídica. licitações na jurisdição deste CREA”.
Art. 5º - O visto referido no item II do artigo anterior,
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITE- não tem validade para a execução de obras ou presta-
TURA E ção de serviços, cumprindo à pessoa jurídica, para esse
AGRONOMIA, no uso das atribuições que lhe confere efeito, atender aos requisitos exigidos no Art. 3º, me-
a letra “f” do artigo 27, da Lei no 5.194, de 24 DEZ 1966, diante solicitação de “visto” para nalidades previstas
CONSIDERANDO que a pessoa jurídica registrada em no item I do Art. 1º desta Resolução.
qualquer Conselho Art. 6º - O prazo de validade do visto não poderá ex-
Regional, quando for exercer atividades em caráter ceder ao da certidão de registro.
temporário na jurisdição de outro Regional, cará obriga- Art. 7º - O prazo de validade de 180 (cento e oitenta)
da a visar nele o seu registro; dias referido no item I do Art. 1º é improrrogável.

34
Art. 8º - Poderá ser concedido novo “visto”, nos seguin- 00.02 - Indústria de extração de minerais não-metá-
tes casos: licos.
I - para a nalidade descrita no item I do Art. 1º: 00.03 - Indústria de extração de petróleo, gás natural
a) como complemento do prazo de 180 (cento e oiten- e combustíveis minerais.
ta) dias, caso a limitação 01 - INDÚSTRIA AGROPECUÁRIA
contida no Art. 6º desta Resolução impeça sua conces- 01.01 - Indústria de agricultura.
são integral, mediante apresentação de nova certidão 01.03 - Indústria pecuária.
de registro; 02 - INDÚSTRIA EXTRAÇÃO VEGETAL
b) após 180 (cento e oitenta) dias do encerramento
02.01 - Indústria de extração de produtos vegetais
das atividades da pessoa jurídica na jurisdição do Re-
não cultivados.
gional.
II - para a nalidade descrita no item II do Art. 1º, 03 - INDÚSTRIA DE PESCA E AGRICULTURA
mediante apresentação de nova 03.01 - Indústria de pesca.
certidão. 03.03 - Indústria de agricultura.
Art. 9º - Para visar o registro, as pessoas jurídicas - 04 A 09 – REVOGADOS
cam obrigadas ao pagamento de taxa de visto esta- 10 - INDÚSTRIA DE PRODUTOS MINERAIS NÃO-
belecida pelo Conselho Federal em Resolução própria. -METÁLICOS
Art. 10 - A presente Resolução entra em vigor na data 10.01 - Indústria de britamento, aparelhamento e
de sua publicação. execução de trabalhos em rocha.
Art. 11 - Revogam-se a Resolução nº 265, do CONFEA, 10.02 - Indústria de bene ciamento de minerais não
de 15 de dezembro de metálicos.
1979 e demais disposições em contrário. 10.03 - Indústria de fabricação de clinquer, cimento
e cal.
10.04 - Indústria de fabricação de material cerâmico.
RESOLUÇÃO Nº 417/1998 10.05 - Indústria de fabricação de estruturas de ci-
mento, de bracimento e de
peças de amianto, gesso e estuque.
É a resolução que Dispõe sobre as empresas indus- 10.06 - Indústria de fabricação de vidro e cristal.
triais enquadráveis nos Artigos 59 e 60 da Lei nº 5.194/66. 10.07 - Indústria de fabricação de abrasivos e arte-
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUI- fatos de gra ta.
TETURA E 10.09 - Indústria de fabricação de produtos de mine-
AGRONOMIA, no uso das atribuições que lhe confere rais não-metálicos não
o Art. 27, alínea “f”, da Lei n.º 5.194, de 24 DEZ 1966, especi cados ou não-classi cados.
CONSIDERANDO que o exercício da Engenharia, Ar- 11 - INDÚSTRIA METALÚRGICA
quitetura e Agronomia é caracterizado pelas realizações 11.00 - Indústria siderúrgica.
de interesse social e humano que importem no desen- 11.01 - Indústria metalúrgica dos materiais não fer-
volvimento industrial e agropecuário, conforme Art. 1º rosos.
da Lei n.º 5.194/66; 11.02 - Indústria metalúrgica do pó e granalha.
CONSIDERANDO que a produção técnica especializa- 11.03 - Indústria de fabricação de estruturas metáli-
da, industrial e agropecuária, é atribuição dos pro ssio- cas e de ferragens
nais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia, conforme eletrotécnicas.
Art. 7º da Lei n.º 5.194/66; 11.04 - Indústria de fabricação de artefatos de tre -
CONSIDERANDO que, para orientar e disciplinar a lados de ferro, aço e metais
scalização dos Conselhos Regionais, devem ser discri- não-ferrosos.
minadas as empresas industriais enquadráveis nos arti- 11.05 - Indústria de estamparia, funilaria e embala-
gos 59 e 60 da Lei n.º 5.194/66, em função da atividade gens metálicas.
básica desenvolvida, conforme dispõe a Lei n.º 6.839, de 11.06 - Indústria de fabricação de tanques, reserva-
30 OUT 1980; tórios, recipientes metálicos,
CONSIDERANDO que é de todo útil, para tal m, a artigos de caldeirarias, serralheria, peças e acessó-
adoção do Código de rios.
Classi cação Nacional de Atividades Econômicas es- 11.07 - Indústria de fabricação de ferramentas ma-
tabelecido pela Fundação Instituto Brasileiro nuais de artefatos de cutelaria e de metal para escri-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

de Geogra a e Estatística - IBGE, tório e para usos pessoal e doméstico.


11.08 - Indústria de tratamento térmico e químico de
RESOLVE: metais e serviços de galvanotécnica.
11.09 - Indústria de bene ciamento de sucata me-
Art. 1º - Para efeito de registro nos Conselhos Regio- tálica.
nais, consideram-se 12 - INDÚSTRIA MECÂNICA
enquadradas nos Artigos 59 e 60 da Lei n.º 5.194, de 12.01 - Indústria de fabricação de caldeiras gera-
24 DEZ 1966, as empresas industriais a seguir rela- doras de vapor, máquinas, motrizes não elétricas,
cionadas: equipamentos de transmissão para ns industriais,
00 - INDÚSTRIAS DE EXTRAÇÃO DE MINERAIS caldeiraria pesada, peças e acessórios.
00.01 - Indústria de extração de minerais metálicos. 12.02 - Indústria de fabricação de máquinas, apare-
lhos e equipamentos, peças e acessórios.

35
12.06 - Indústria de fabricação de cronômetros e reló- 16.04 - Indústria de fabricação de artefatos de colcho-
gios, peças e acessórios. aria.
13 - INDÚSTRIA DE MATERIAL ELÉTRICO, ELETRÔNI- 16.05 - Indústria de fabricação de persianas e artefa-
CO E DE COMUNICAÇÃO tos do mobiliário.
13.01 - Indústria de fabricação de máquinas, apare- 16.09 - Indústria de fabricação de móveis e peças do
lhos e equipamentos para geração, transmissão, dis- mobiliário não especi cados
tribuição, medição e controle de energia elétrica, pe- ou não classi cados.
ças e acessórios. 17 - INDÚSTRIA DE PAPEL, PAPELÃO E CELULOSE
13.02 - Indústria de fabricação de material elétrico. 17.01 - Indústria de fabricação de celulose, pasta me-
13.03 - Indústria de fabricação de material elétrico cânica, termomecânica, quimitermomecânica e seus
para veículos, peças e acessórios. artefatos.
13.04 - Indústria de fabricação de aparelhos elétricos, 17.02 - Indústria de fabricação de papelão, cartão e
peças e acessórios, exclusive odonto-médico-hospita- cartolina.
lares. (grupo 30.1) 17.03 - Indústria de fabricação de artefatos e embala-
13.05 - Indústria de fabricação de material eletrônico gens de papel, papelão, cartão e cartolina.
básico. 17.04 - Indústria de fabricação de peças e acessórios
13.06 - Indústria de fabricação de máquinas, apare- confeccionados em papel, papelão, cartão e cartolina
lhos e equipamentos para informática, peças e aces- para máquinas e meios de transporte.
sórios. 18 - INDÚSTRIA DE BORRACHA
13.07 - Indústria de fabricação de cronômetros e reló- 18.01 - Indústria de bene ciamento de borracha na-
gios eletrônicos, peças e acessórios. tural.
13.08 - Indústria de fabricação de aparelhos e equi- 18.02 - Indústria de fabricação de artefatos de bor-
pamentos para comunicação e entretenimento, peças racha.
e acessórios. 18.03 - Indústria de fabricação de espuma e espuma
13.09 - Indústria de reparação ou manutenção de má- de borracha.
quinas, aparelhos e equipamentos industriais, comer- 19 - INDÚSTRIA DE COUROS, PELES E ASSEMELHA-
ciais, elétricos e eletrônicos. DOS
14 - INDÚSTRIA DE MATERIAL DE TRANSPORTE 19.01 - Indústria de bene ciamento de couros e peles.
14.01 - Indústria de construção e reparação de embar- 19.02 - Indústria de fabricação de artefatos de couro,
cações e estruturas utuantes, reparação de caldeiras, pele e assemelhados.
máquinas, turbinas e motores marítimos. 20 - INDÚSTRIA DE QUÍMICA
14.02 - Indústria de construção e reparação de veícu- 20.00 - Indústria de produção de elementos e de pro-
los ferroviários e fabricação de peças e acessórios. dutos químicos.
14.03 - Indústria de fabricação de veículos rodoviários, 20.01 - Indústria de fabricação de produtos químicos
peças e acessórios. derivados do processamento
14.04 - Indústria de construção e reparação de aviões, do petróleo de rochas oleígenas, do carvão mineral e
fabricação e reparação de turbinas e motores de avia- do álcool.
ção, peças e acessórios. 20.02 - Indústria de fabricação de matérias plásticas,
14.05 - Indústria de fabricação de bancos e estofados resinas e borrachas
para veículos - exclusive capas e capotas. sintéticas, os e bras arti ciais e sintéticas e plasti-
14.06 - Indústria de fabricação de veículos não especi- cantes.
cados ou não classi cados, peças e acessórios. 20.03 - Indústria de fabricação de produtos químicos
para agricultura.
15 - INDÚSTRIA DE MADEIRA
20.04 - Indústria de fabricação de pólvoras, explosivos
15.01 - Indústria de desdobramento de madeira.
e detonantes, fósforos de segurança e artigos pirotéc-
15.02 - Indústria de produção de casas de madeira
nicos.
pré-fabricadas e fabricação de estrutura de madeira e 20.05 - Indústria de fabricação de corantes e pigmen-
artefatos de carpintaria. tos.
15.03 - Indústria de fabricação de chapas e placas de 20.06 - Indústria de fabricação de tintas, esmaltes, la-
madeira aglomerada, prensada ou compensada. cas, vernizes, impermeabilizantes, solventes, secantes,
15.05 - Indústria de fabricação de artefatos de ma- e massas preparadas para pintura e acabamento.
deira. 20.07 - Indústria de fabricação de substâncias de pro-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

15.06 - Indústria de fabricação de artefatos de bambu, dutos químicos.


vime, junco, xaxim e palha traçada. 20.08 - Indústria de fabricação de sabões, detergen-
15.07 - Indústria de fabricação de artefatos de cortiça. tes, desinfetantes, defensivos domésticos, preparações
15.08 - Indústria de produção de lenha e de carvão para limpeza e polimento, perfumaria, cosméticos e
vegetal. outras preparações para toalete e de velas.
16 - INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO 20.09 - Indústria de fabricação de produtos químicos
16.01 - Indústria de fabricação de móveis de madeira, não especi cados ou não classi cados.
vime e junco. 22 - REFINO DO PETRÓLEO E DESTILAÇÃO DE ÁL-
16.02 - Indústria de fabricação de móveis de metal. COOL
16.03 - Indústria de fabricação de móveis de material 22.01 - Indústria de fabricação de produtos do re no
plástico. do petróleo.

36
22.02 - Indústria de destilação de álcool por processa- 30.00 - Indústria de fabricação de instrumentos, uten-
mento de cana-de-açúcar, mandioca, madeira e ou- sílios e aparelhos de medição,
tros vegetais. para usos técnico e pro ssional.
23 - INDÚSTRIA DE PRODUTOS DE MATÉRIAS PLÁS- 30.01 - Indústria de fabricação de aparelhos, instru-
TICAS mentos e utensílios odontomédico-hospitalares e la-
23.01 - Indústria de fabricação de laminados e espu- boratoriais.
ma de material plástico. 30.02 - Indústria de fabricação de aparelhos, instru-
23.02 - Indústria de fabricação de artefatos de mate- mentos e materiais para fotogra a e de ótica.
rial plástico. 30.04 - Indústria de fabricação de instrumentos musi-
23.24 - Indústria de fabricação de peças e acessórios cais, discos e tas magnéticas gravados.
de material plástico para veículos (para aeronaves, 30.06 - Indústria de fabricação de brinquedos e equi-
embarcações, veículos ferroviários, automotores, bici- pamentos de uso do bebê, peças e acessórios.
cletas, motocicletas, triciclos, etc.) 30.07 - Indústria de fabricação de artefatos e equipa-
24 - INDÚSTRIA TÊXTIL mentos para caça, pesca, esporte e aparelhos recrea-
24.01 - Indústria de bene ciamento de bras têxteis, tivos.
fabricação de estopa, de materiais para estofo e recu- 33 - INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
peração de resíduos têxteis. 33.01 - Indústria de construção civil.
24.02 - Fiação. 33.02 - Indústria de atividades auxiliares da constru-
24.03 - Indústria de fabricação de tecidos. ção.
24.04 - Indústria de fabricação de artefatos têxteis. Art. 2º - É obrigatório o registro, no Conselho Regional
25 - INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO, ARTEFATOS DE TE-
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, das empre-
CIDOS E DE VIAGEM - INCLUSIVE ACESSÓRIOS DO
sas e suas liais cujas atividades correspondam aos
VESTUÁRIO
itens relacionados nesta Resolução.
25.02 - Indústria de confecção de roupas e acessórios
Art. 3º - Subsidiariamente, os Conselhos Regionais de
pro ssionais e para segurança no trabalho.
Engenharia, Arquitetura e Agronomia poderão adotar
26 - INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES
também o Código de Atividades, instituído pela Fun-
26.00 - Indústria de bene ciamento, moagem, torre-
dação Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística -
fação e fabricação de produtos alimentares de origem
vegetal. IBGE, cujo uso tornou-se obrigatório pelas empresas,
26.01 - Indústria de fabricação e re nação de açúcar. através da Portaria GB-279, de 17 JUL 1969, do Minis-
26.02 - Indústria de fabricação de derivados do bene- tério da Fazenda.
ciamento do cacau, balas, caramelos, pastilhas, dro- Art. 4º - Revogam-se a Resolução nº 299, de 23 NOV
pes e gomas de mascar. 1984, e demais disposições em contrário.
26.03 - Indústria de preparação de alimentos e produ- Art. 5º - Esta Resolução entrará em vigor na data de
ção de conservas e doces. sua publicação
26.04 - Indústria de preparação de especiarias, de
condimentos, de sal, fabricação
RESOLUÇÃO Nº 1.002/2002
de óleos vegetais e vinagres.
26.05 - Indústria de abate de animais em matadouros,
frigorí cos, preparação de
conservas de carne. É a resolução que Adota o Código de Ética Pro s-
26.06 - Indústria de preparação do pescado e fabrica- sional da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da
ção de conservas do pescado. Geologia, da Geogra a e da Meteorologia.
26.07 - Indústria de resfriamento, preparação e fabri-
cação de produtos do leite. O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITE-
26.08 - Indústria de fabricação de massas, pós alimen- TURA E
tícios, pães, bolos, biscoitos, tortas - exclusive dietéti- AGRONOMIA - Confea, no uso das atribuições que
cos (código 26.95). lhe confere a alínea “f” do art. 27 da Lei nº5.194, de 24 de
26.09 - Indústria de fabricação de produtos alimenta- dezembro de 1966, e Considerando que o disposto nos
res diversos. arts. 27, alínea “n”, 34, alínea “d”, 45, 46, alínea “b”, 71 e
27 - INDÚSTRIA DE BEBIDAS 72, obriga a todos os pro ssionais do Sistema Confea/
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

27.01 - Indústria de fabricação e engarrafamento de Crea a observância e cumprimento do Código de Ética


vinhos. Pro ssional da Engenharia, da Arquitetura, da Agrono-
27.02 - Indústria de fabricação e engarrafamento de mia, da Geologia, da Geogra a e da Meteorologia;
aguardentes, licores e de outras bebidas alcoólicas. Considerando as mudanças ocorridas nas condições
27.03 - Indústria de fabricação e engarrafamento de históricas, econômicas,sociais, políticas e culturais da So-
cervejas, chopes e malte. ciedade Brasileira, que resultaram no amplo reordena-
27.04 - Indústria de fabricação e engarrafamento de mento da economia, das organizações empresariais nos
bebidas não alcoólicas. diversos setores, do aparelho do Estado e da Sociedade
28 - INDÚSTRIA DE FUMO Civil, condições essas que têm contribuído para pautar a
28.01 - Indústria de fabricação de produtos do fumo. “ética” como um dos temas centrais da vida brasileira nas
30 - INDÚSTRIAS DIVERSAS últimas décadas;

37
Considerando que um “código de ética pro ssional” de 24 de dezembro de 1966, e Considerando o art. 72
deve ser resultante de um pacto pro ssional, de um acor- da Lei nº 5.194, de 1966, que estabelece as penalidades
do crítico coletivo em torno das condições de convivên- aplicáveis aos pro ssionais que deixarem de cumprir dis-
cia e relacionamento que se desenvolve entre as cate- posições do Código de Ética Pro ssional;
gorias integrantes de um mesmo sistema pro ssional, Considerando o Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outu-
visando uma conduta pro ssional cidadã; bro de 1941, que instituiu a Lei das Contravenções Penais;
Considerando a reiterada demanda dos cidadãos- Considerando a Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973,
-pro ssionais que integram o Sistema Confea/Crea, es- que instituiu o Código do Processo Civil;
pecialmente explicitada através dos Congressos Esta- Considerando a Lei nº 6.838, de 29 de outubro de
duais e Nacionais de Pro ssionais, relacionada à revisão 1980, que dispõe sobre o prazo prescricional para a puni-
do “Código de Ética Pro ssional do Engenheiro, do Ar- bilidade de pro ssional liberal por falta sujeita a processo
quiteto e do Engenheiro Agrônomo” adotado pela Reso- disciplinar;
lução nº 205, de 30 de setembro de 1971; Considerando o inciso LV do art. 5º da Constituição
Considerando a deliberação do IV Congresso Nacio- da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de
nal de Pro ssionais – IV CNP 1988, que assegura o direito ao contraditório e ampla
sobre o tema “Ética Pro ssional”, aprovada por unani- defesa aos litigantes;
midade, propondo a revisão do Código de Considerando a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de
Ética Pro ssional vigente e indicando o Colégio de 1999, que regula o processo administrativo no âmbito da
Entidades Nacionais - CDEN para elaboração Administração Pública Federal;
do novo texto, Considerando o disposto no Código de Ética Pro s-
sional, adotado pela Resolução nº 1.002, de 26 de no-
RESOLVE: vembro de 2002

RESOLVE:
Art. 1º Adotar o Código de Ética Pro ssional da Enge-
nharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia,
Art. 1º Aprovar o regulamento para a condução do
da Geogra a e da Meteorologia, anexo à presente
processo ético disciplinar, em
Resolução, elaborado pelas Entidades de Classe Na-
anexo.
cionais, através do CDEN - Colégio de Entidades Na-
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
cionais, na forma prevista na alínea “n” do art. 27 da
publicação.
Lei nº 5.194, de 1966.
Art. 3º Fica revogada a Resolução nº 401, de 6 de ou-
Art. 2º O Código de Ética Pro ssional, adotado através
tubro de 1995.
desta Resolução, para os efeitos dos arts. 27, alínea
“n”, 34, alínea “d”, 45, 46, alínea “b”, 71 e 72, da Lei
nº 5.194, de 1966, obriga a todos os pro ssionais da REGULAMENTO PARA A CONDUÇÃO DO PROCES-
Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geolo- SO ÉTICO DISCIPLINAR
gia, da Geogra a e da Meteorologia, em todas as suas CAPÍTULO I
modalidades e níveis de formação. DA FINALIDADE
Art. 3º O Confea, no prazo de cento e oitenta dias
a contar da publicação desta, deve editar Resolução Art. 1º Este regulamento estabelece procedimentos
adotando novo “Manual de Procedimentos para a para instauração, instrução e
condução de processo de infração ao código de Ética julgamento dos processos administrativos e aplicação
Pro ssional” das penalidades relacionadas à apuração de
Art. 4º Os Conselhos Federal e Regionais de Engenha- infração ao Código de Ética Pro ssional da Engenha-
ria, Arquitetura e Agronomia, em conjunto, após a ria, da Arquitetura, da Agronomia, da
publicação desta Resolução, devem desenvolver cam- Geologia, da Geogra a e da Meteorologia, adotado
panha nacional visando a ampla divulgação deste pela Resolução nº 1.002, de 26 de novembro de
Código de Ética Pro ssional, especialmente junto às 2002.
entidades de classe, instituições de ensino e pro ssio- § 1º Os procedimentos adotados neste regulamento
nais em geral. também se aplicam aos casos
Art. 5° O Código de Ética Pro ssional, adotado por previstos no art. 75 da Lei nº 5.194, de 1966.
esta Resolução, entra em vigor à partir de 1° de agos- § 2º Os procedimentos estabelecidos aplicam-se aos
to de 2003. pro ssionais da Engenharia,
Art. 6º Fica revogada a Resolução 205, de 30 de se- da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geo-
tembro de 1971 e demais disposições em contrário, a
gra a e da Meteorologia, em seus níveis
partir de 1º de agosto de 2003.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

superior e médio, que transgredirem preceitos do Có-


digo de Ética Pro ssional, e serão executados
pelos vários órgãos das instâncias administrativas do
RESOLUÇÃO Nº 1.004/2003 Sistema Confea/Crea.
Art. 2º A apuração e condução de processo de infração
ao Código de Ética
É a resolução que Aprova o Regulamento para a Con- Pro ssional obedecerá, dentre outros, aos princípios
dução do Processo Ético Disciplinar. da legalidade, nalidade, motivação,
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITE- razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla
TURA E AGRONOMIA – Confea, no uso das atribuições defesa, contraditório, segurança jurídica,
que lhe confere a alínea “f” do art. 27 da Lei nº 5.194, interesse público e e ciência.

38
CAPÍTULO II § 2º A denúncia somente será recebida quando contiver
DA COMISSÃO DE ÉTICA PROFISSIONAL o nome, assinatura e endereço do denunciante, número
do CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, se
pessoa jurídica, CPF – Cadastro de Pessoas Físicas, nú-
Art. 3º A Comissão de Ética Pro ssional é órgão auxi- mero do RG – Registro Geral, se pessoa física, e estiver
liar das câmaras especializadas, constituída de acordo acompanhada de elementos ou indícios comprobatórios
com o regimento do Crea. do fato alegado.
§ 1º Recomenda-se observar na sua composição a Art. 8º Caberá à câmara especializada da modalidade
presença de um representante de cada câmara espe- do denunciado proceder a análise preliminar da de-
cializada. núncia, no prazo máximo de trinta dias, encaminhando
§ 2º O Crea deverá colocar à disposição da Comissão cópia ao denunciado, para conhecimento e informan-
de Ética Pro ssional servidores com a incumbência de do-lhe da remessa do processo à Comissão de Ética Pro-
apoiar as reuniões, lavrando ata, termo de depoimen- ssional.
to, atividade administrativa e assessoramento jurídico Art. 9º Caberá à Comissão de Ética Pro ssional proce-
necessários ao seu funcionamento. der instrução do processo no prazo máximo de noventa
Art. 4º É atribuição da Comissão de Ética Pro ssional: dias, contados da data da sua instauração.
§ 1º Acatada a denúncia, a Comissão de Ética Pro s-
I – iniciar o processo ético ante notícia ou indício de
sional dará conhecimento ao denunciado da instaura-
infração; ção de processo disciplinar, juntando cópia da denúncia,
II - instruir processo de infração ao Código de Ética por meio de correspondência encaminhada pelo correio
Pro ssional, ouvindo testemunhas e partes, e reali- com aviso de recebimento, ou outro meio legalmente
zando ou determinando a realização de diligências admitido, cujo recibo de entrega será anexado ao pro-
necessárias para apurar os fatos; e cesso.
III – emitir relatório fundamentado a ser encaminhado § 2º Não acatada a denúncia, o processo será enca-
à câmara especializada competente para apreciação, minhado à câmara especializada da modalidade do
o qual deve fazer parte do respectivo processo. pro ssional, que decidirá quanto aos procedimentos a
Art. 5º A Comissão de Ética Pro ssional, para atendi- serem adotados.
Art. 10. Duas ou mais pessoas poderão demandar ques-
mento ao disposto no inciso II e III do art. 4º, deverá:
tão no mesmo processo.
I - apurar o fato mediante recebimento e análise de Parágrafo único. A Comissão de Ética Pro ssional, me-
denúncias, tomada de epoimentos das partes e aco- diante justi cativa, poderá determinar a juntada de
lhimento das provas documentais e testemunhais re- duas ou mais denúncias contra um mesmo pro ssional,
lacionadas à denúncia visando instruir o processo; e em razão da falta cometida ou fatos denunciados.
II - veri car, apontar e relatar a existência ou não de Art. 11. O processo instaurado será constituído de tantos
falta ética e de nulidade dos atos processuais. tomos quantos forem necessários, contendo até duzen-
Art. 6º O coordenador da Comissão de Ética Pro ssio- tas folhas cada, numeradas ordenadamente e rubri-
nal designará um de seus membros como relator de cadas por servidor credenciado do Crea, devidamente
identi cado pela sua matrícula.
cada processo.
Parágrafo único. Todos os atos e termos processuais - a
Parágrafo único. O relator designado deverá ser, pre- denúncia, a defesa e os recursos - serão feitos por escri-
ferencialmente, de modalidade pro ssional diferente to, utilizando-se o vernáculo, com a data e o local de sua
daquela do denunciado. realização e a assinatura do responsável.
Art. 12. Os processos de apuração de infração ao Código
CAPÍTULO III de Ética Pro ssional correrão em caráter reservado.
DO INÍCIO DO PROCESSO Parágrafo único. Somente as partes envolvidas – o de-
nunciante e o denunciado – e os advogados legalmente
Art. 7º O processo será instaurado após ser protocola- constituídos pelas partes terão acesso aos autos do pro-
do pelo setor competente do Crea em cuja jurisdição cesso, podendo manifestar-se quando intimadas.
Art. 13. O processo será duplicado quando houver pe-
ocorreu a infração, decorrente de denúncia formulada
dido de vista ou recurso ao Confea, mantendo-se uma
por escrito e apresentada por: cópia na unidade ou Crea de origem.
I – instituições de ensino que ministrem cursos nas Art. 14. Os procedimentos relacionados ao processo de-
áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea; vem realizar-se em dias úteis, preferencialmente na sede
II – qualquer cidadão, individual ou coletivamente, do Crea responsável pela sua condução, cienti cando-se
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

mediante requerimento fundamentado; o denunciado se outro for o local de realização.


III – associações ou entidades de classe, representati-
vas da sociedade ou de pro ssionais scalizados pelo CAPÍTULO IV
Sistema Confea/Crea; ou DA INSTRUÇÃO DO PROCESSO
IV – pessoas jurídicas titulares de interesses individuais
ou coletivos. Art. 15. As atividades de instrução, destinadas a apurar
§ 1º O processo poderá iniciar-se a partir de relatório os fatos, consistem natomada de depoimento do denun-
apresentado pelo setor de scalização do Crea, após ciante, do denunciado e suas respectivas testemunhas,
a análise da câmara especializada da modalidade do obtenção de todas as provas não proibidas em lei e na
pro ssional, desde que seja veri cado indício da vera- adoção de quaisquer diligências que se façam neces-
cidade dos fatos. sáriaspara o esclarecimento da denúncia.

39
§ 1º O depoimento será tomado verbalmente ou me- § 1º O rol deverá conter o nome completo, a quali -
diante questionário, se requerido pela parte e autori- cação, RG e endereço para correspondência de cada
zado pela Comissão de Ética Pro ssional. testemunha.
§ 2º São inadmissíveis no processo as provas obtidas § 2º As testemunhas serão intimadas a comparecer à
por meios ilícitos. audiência por meio de correspondência encaminhada
§ 3º A prova documental deverá ser apresentada em
pelo correio, com aviso de recebimento, ou por outro
original ou cópia autenticada em cartório, ou ainda,
meio legalmente admitido, cujo recibo de entrega será
cópia autenticada por servidor credenciado do Crea.
§ 4º As reproduções fotográ cas serão aceitas como anexado ao processo.
prova desde que acompanhadas dos respectivos ne- § 3º Não poderão compor o rol de testemunhas das
gativos. partes as pessoas incapazes, impedidas ou suspeitas.
Art. 16. Cabe ao denunciado a prova dos fatos que § 4º A Comissão de Ética Pro ssional poderá, a seu
tenha alegado em sua defesa, critério, ouvir outras testemunhas além das arroladas.
sem prejuízo do dever atribuído à Comissão de Ética Art. 21. A testemunha falará sob palavra de honra, de-
Pro ssional para a instrução do processo. clarando seu nome, pro ssão, estado civil e residência;
Art. 17. O denunciado poderá, na fase de instrução e se é parente de alguma das partes e em que grau;
antes da tomada da decisão, quais suas relações com quaisquer delas e seu interes-
juntar documentos e pareceres, bem como apresentar se no caso, se houver; relatará o que souber, explican-
alegações referentes à denúncia objeto do do sempre as razões da sua ciência.
processo. Art. 22. O depoimento será prestado verbalmente, sal-
Art. 18. No caso de tomada de depoimento ou quando vo no caso dos surdosmudos, que poderão fazer uso de
for necessária a ciência do denunciado, a prestação intérprete da Linguagem Brasileira de Sinais.
de informações ou a apresentação de provas propos- Art. 23. Os depoimentos serão reduzidos a termo, as-
tas pelas partes, serão expedidas intimações para esse sinados pelo depoente e pelos membros da Comissão
m, mencionando-se data, prazo, forma e condições
de Ética Pro ssional.
para atendimento do requerido.
Art. 24. É vedado, a quem ainda não depôs, assistir ao
§ 1º A intimação, assinada pelo coordenador da Co-
interrogatório da outra parte.
missão de Ética Pro ssional, será encaminhada pelo
correio com aviso de recebimento, ou por outro meio Art. 25. Durante a audiência de instrução a Comissão
legalmente admitido, de Ética Pro ssional ouvirá em primeiro lugar o de-
cujo recibo de entrega será anexado ao processo, nunciante, em segundo o denunciado, e, em separado
registrando-se a data da juntada e a identi caçãodo e sucessivamente, as testemunhas do denunciante e
funcionário responsável pelo ato. do denunciado.
§ 2º Não sendo encontradas as partes, far-se-á sua in- § 1º Deverão ser abertos os depoimentos indagando-
timação por edital divulgado em publicação do Crea, -se, tanto ao denunciante quanto ao denunciado, so-
ou em jornal de circulação na jurisdição, ou no diário bre seu nome, número do RG, naturalidade, grau de
o cial do estado ou outro meio que amplie as possi- escolaridade e pro ssão, estado civil, idade, liação,
bilidades de conhecimento por parte do denunciado, residência e lugar onde exerce sua atividade e, na se-
em linguagem quência, sobre a razão e os motivos da denúncia.
que não ra os preceitos constitucionais de inviolabi- § 2º Ao denunciado será esclarecido que o seu silêncio
lidade da sua intimidade, da honra, da vida privada e poderá trazer prejuízo à própria defesa.
da imagem. § 3º Após ter sido cienti cado da denúncia, median-
§ 3º A intimação observará a antecedência mínima de te breve relato do coordenador da Comissão de Ética
quinze dias quanto à data de comparecimento. Pro ssional, o denunciado será interrogado sobre:
§ 4º O não atendimento da intimação não implica o
I - onde estava ao tempo da infração e se teve notícias
reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia
desta;
a direito pelo denunciado.
§ 5º O denunciado não poderá arguir nulidade da in- II - se conhece o denunciante e as testemunhas arrola-
timação se ela atingir os ns para os quais se destina. das e o que alegam contra ele, bem como se conhece
Art. 19. No caso de encontrarem-se as partes ou teste- as provas apuradas;
munhas em local distante da sede ou fora de jurisdição III - se é verdadeira a imputação que lhe é feita;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

do Crea onde o processo foi instaurado, os depoimen- IV – se, não sendo verdadeira a imputação, tem algum
tos serão tomados pela Comissão de Ética Pro ssional motivo particular para atribuí-la; e
da jurisdição onde se encontram ou, por delegação, V - todos os demais fatos e pormenores que condu-
pelos inspetores da inspetoria mais próxima das suas zam à elucidação dos antecedentes e circunstâncias
residências ou locais de trabalho. da infração.
Parágrafo único. A Comissão de Ética Pro ssional da § 4º Se o denunciado negar em todo ou em parte o
jurisdição onde o processo foi instaurado encaminha- que lhe foi imputado, deverá apresentar as provas da
rá questionário e as peças processuais necessárias à verdade de suas declarações.
tomada dos depoimentos.
§ 5º As perguntas não respondidas e as razões que
Art. 20. As partes deverão apresentar, até quinze dias
o denunciado invocar para não respondê-las deverão
antes da audiência de instrução, o rol de testemunhas.
constar no termo da audiência.

40
§ 6º Havendo comprometimento na elucidação dos § 4º No caso das partes se recusarem a receber o rela-
fatos em decorrência de contradição entre os depoi- tório e a decisão da câmara especializada ou obstruí-
mentos das partes, a Comissão de Ética Pro ssional, a rem o seu recebimento, o processo terá prosseguimen-
seu critério, poderá promover acareações. to, nele constando a recusa ou obstrução.
§ 7º As partes poderão fazer perguntas ao depoen- Art. 29. A câmara especializada deverá julgar o de-
te, devendo dirigi-las ao coordenador da Comissão nunciado no prazo de até noventa dias, contados da
de Ética Pro ssional, que após deferi-la, questionará data do recebimento do processo.
o depoente. Art. 30. Será concedido prazo de dez dias para que as
§ 8º É facultado às partes, requisitar que seja consig- partes, se quiserem, manifestem-se quanto ao teor do
nado em ata as perguntas indeferidas. relatório.
Art. 26. A audiência de instrução é una e contínua, § 1º O prazo para manifestação das partes será conta-
sendo os interrogatórios efetuados num mesmo dia ou do da data da juntada ao processo do aviso de recebi-
em datas aproximadas. mento ou do comprovante de entrega da decisão e do
Art. 27. A Comissão de Ética Pro ssional elaborará re- relatório ou, encontrando-se em lugar incerto, da data
latório contendo o nome das partes, sumário sobre o da publicação da intimação.
fato imputado, a sua apuração, o registro das princi- § 2º Mediante justi cativa, a juízo do coordenador da
pais ocorrências havidas no andamento do processo, câmara especializada, o prazo para manifestação das
os fundamentos de fato e de direito que nortearam a partes poderá ser prorrogado, no máximo, por mais
análise do processo e a conclusão, que será submetido dez dias.
à câmara especializada da modalidade do denuncia- Art. 31. Apresentada a manifestação das partes, o co-
do. ordenador da câmara especializada indicará um con-
§ 1º O relatório será submetido à aprovação da Co- selheiro para relatar o processo.
missão de Ética em pleno, na mesma sessão de sua Parágrafo único. O relator indicado não poderá ter
participado da fase de instrução do processo como
leitura.
membro da Comissão de Ética Pro ssional, nem ter
§ 2º A Comissão de Ética aprovará o relatório por vo-
sido o autor da denúncia.
tação em maioria simples, estando presentes metade
Art. 32. A falta de manifestação das partes no prazo
mais um de seus membros.
estabelecido não obstruirá o seguimento do processo.
§ 3º No caso de haver rejeição do relatório, o coorde-
Art. 33. O relato e apreciação do processo na câmara
nador designará novo relator para apresentar relató-
especializada obedecerão às normas xadas no regi-
rio substitutivo, na mesma sessão.
mento do Crea.
§ 4º Caso o relatório manifeste-se pela culpa do de-
Art. 34. Estando as partes presentes no julgamento,
nunciado, deverá indicar a autoria, efetiva ocorrência
considerar-se-ão intimadas desde logo da decisão,
dos fatos e a capitulação da infração no Código de
dando-lhes conhecimento, por escrito, do início da
Ética Pro ssional.
contagem do prazo para recurso.
§ 5º Caso o relatório manifeste-se pela improcedência
Art. 35. Ausentes as partes no julgamento, serão inti-
da denúncia, deverá sugerir o arquivamento do pro-
madas da decisão da câmara especializada por meio
cesso.
de correspondência encaminhada pelo correio com
aviso de recebimento, ou por outro meio legalmen-
CAPÍTULO V
te admitido, cujo recibo de entrega será anexado ao
DO JULGAMENTO DO PROCESSO NA CÂMARA ES-
processo.
PECIALIZADA
§ 1º Da intimação encaminhada às partes constará o
Art. 28. O relatório encaminhado pela Comissão de prazo de sessenta dias para apresentação de recurso
Ética Pro ssional será apreciado pela câmara espe- ao Plenário do Crea.
cializada da modalidade do denunciado, que lavrará § 2º Não sendo encontradas as partes, far-se-á sua in-
decisão sobre o assunto, anexando-a ao processo. timação por edital divulgado em publicação do Crea,
§ 1º A decisão proferida pela câmara especializada e ou em jornal de circulação na jurisdição, ou no diário
uma cópia do relatório da Comissão de Ética Pro s- o cial do estado ou outro meio que amplie as possibi-
sional serão levados ao conhecimento das partes, por lidades de conhecimento por parte do denunciado, em
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

meio de correspondência encaminhada pelo correio linguagem que não ra os preceitos constitucionais de
com aviso de recebimento, ou por outro meio legal- inviolabilidade da sua intimidade, da honra, da vida
mente admitido, cujo recibo de entrega será anexado privada e da imagem.
ao processo. Art. 36. Quando do trâmite do processo na câmara
§ 2º A decisão, se desfavorável ao denunciado, infor- especializada, o conselheiro relator poderá, em caráter
mará as disposições legais e éticas infringidas e a pe- excepcional, requerer diligência visando complemen-
nalidade correspondente. tar informações julgadas relevantes para a elucidação
§ 3º Nos casos em que houver a impossibilidade de dos fatos.
julgamento pela câmara especializada da modalidade
do denunciado, as atribuições deste artigo serão exer-
cidas pelo Plenário do Crea.

41
CAPÍTULO VI CAPÍTULO VIII
DA APRESENTAÇÃO DO RECURSO AO PLENÁRIO DA APRESENTAÇÃO DO RECURSO AO PLENÁRIO
DO CREA DO CONFEA

Art. 44. Da decisão proferida pelo Plenário do Crea,


Art. 37. Da decisão proferida pela câmara especiali-
as partes poderão, dentro do prazo de sessenta dias,
zada, as partes poderão, dentro do prazo de sessenta
contados da data da juntada ao processo do aviso de
dias, contados da data da juntada ao processo do avi- recebimento ou do comprovante de entrega da inti-
so de recebimento ou do comprovante de entrega da mação, interpor recurso que terá efeito suspensivo,
intimação, interpor recurso que terá efeito suspensivo, para o Plenário do Confea.
para o Plenário do Crea. Parágrafo único. O teor do recurso apresentado será
Parágrafo único. O teor do recurso apresentado será dado a conhecer a outra parte, que terá prazo de
dado a conhecer a outra parte, que terá prazo de quinze dias para manifestação.
quinze dias para manifestação. Art. 45. O Crea deverá encaminhar o recurso ao Con-
Art. 38. Recebido o recurso e manifestação da outra fea acompanhado do processo.
parte, o presidente do Crea designará conselheiro Art. 46. Recebido o recurso no Confea, o processo será
para relatar o processo em plenário. submetido à análise do departamento competente e,
Parágrafo único. O relator indicado não poderá ter em seguida, levado à apreciação da comissão respon-
participado da fase de instrução do processo como sável pela sua análise.
membro da Comissão de Ética Pro ssional ou membro Art. 47. Pautado o assunto para análise da comissão,
da câmara especializada que julgou o denunciado em a apreciação da matéria seguirá o rito previsto em seu
primeira instância, nem ter sido o autor da denúncia. regimento.
Art. 39. O processo, cuja infração haja sido cometida Art. 48. A comissão, após a apreciação da matéria,
por pro ssional no exercício de emprego, função ou emitirá deliberação em conformidade com o estabele-
cargo eletivo no Crea, no Confea ou na Mútua, será cido em regimento, que será levada à consideração do
remetido para reexame do plenário do Crea qualquer Plenário do Confea.
que seja a decisão da câmara especializada e inde- Art. 49. O processo, cuja infração haja sido cometida
pendentemente de recurso interposto por quaisquer por pro ssional no exercício de emprego, função ou
das partes, em até trinta dias após esgotado o prazo cargo eletivo no Crea, no Confea ou na Mútua, será
estabelecido no art. 37. remetido para reexame do plenário do Confea, qual-
quer que seja a decisão do Crea de origem e inde-
CAPÍTULO VII pendentemente de recurso interposto por quaisquer
DO JULGAMENTO DO PROCESSO NO PLENÁRIO das partes, em até trinta dias após esgotado o prazo
DO CREA estabelecido no art. 44.

CAPÍTULO IX
Art. 40. O processo será apreciado pelo Plenário do DO JULGAMENTO DO PROCESSO NO PLENÁRIO
Crea, que lavrará decisão sobre o assunto, anexando- DO CONFEA
-a ao processo.
Art. 41. O Plenário do Crea julgará o recurso no prazo Art. 50. O processo será apreciado pelo Plenário do
de até noventa dias após o seu recebimento. Confea, que lavrará decisão sobre o assunto, anexan-
Art. 42. O relato e apreciação do processo pelo Ple- do-a ao processo.
nário do Crea obedecerão às normas xadas no regi- Art. 51. O relato e apreciação do processo pelo Plená-
mento do Crea. rio do Confea obedecerão às normas xadas no seu
regimento.
Art. 43. Ausentes do julgamento, as partes serão inti-
madas da decisão do plenário por meio de correspon- CAPÍTULO X
dência encaminhada pelo correio com aviso de rece- DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES
bimento, ou por outro meio legalmente admitido, cujo
recibo de entrega será anexado ao processo. Art. 52. Aos pro ssionais que deixarem de cumprir dis-
§ 1º Da intimação encaminhada às partes constará o posições do Código de Ética Pro ssional serão aplica-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

prazo de sessenta dias para apresentação de recurso das as penalidade previstas em lei.
ao Plenário do Confea. § 1º A advertência reservada será anotada nos assen-
§ 2º Não sendo encontradas as partes, extrato da inti- tamentos do pro ssional e terá caráter con dencial.
mação será divulgado em publicação do Crea, ou em § 2º A censura pública, anotada nos assentamentos do
jornal de circulação na jurisdição, ou no diário o cial pro ssional, será efetivada por meio de edital a xado
do estado ou outro meio que amplie as possibilidades no quadro de avisos nas inspetorias, na sede do Crea
de conhecimento por parte do denunciado, em lin- onde estiver inscrito o pro ssional, divulgação em pu-
guagem que não ra os preceitos constitucionais de blicação do Crea ou em jornal de circulação na jurisdi-
inviolabilidade da sua intimidade, da honra, da vida ção, ou no diário o cial do estado ou outro meio, eco-
privada e da imagem. nomicamente aceitável, que amplie as possibilidades
de conhecimento da sociedade.

42
§ 3º O tempo de permanência do edital divulgando Art. 60. A Declaração da revelia pela Comissão de
a pena de censura pública no quadro de avisos das Ética Pro ssional não obstruirá o prosseguimento do
inspetorias e da sede do Crea, será xado na decisão processo, garantindo-se o direito de ampla defesa nas
proferida pela instância julgadora. fases subsequentes.
Art. 53. A aplicação da penalidade prevista no art. 75 Art 61. Declarada a revelia, o denunciado será inti-
da Lei nº 5.194, de 1966, seguirá os procedimentos mado a cumprir os prazos dos atos processuais sub-
estabelecidos no § 2º do art. 52. sequentes, podendo intervir no processo em qualquer
Art. 54. A pena será aplicada após o trânsito em jul- fase.
gado da decisão.
Parágrafo único. Entende-se como transitada em jul- CAPÍTULO XIV
gado, a decisão que não mais está sujeita a recurso. DA NULIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS

Art. 62. Nenhum ato será declarado nulo se da nulida-


CAPÍTULO XI de não resultar prejuízo para as partes.
DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
Art. 63. Os atos do processo não dependem de for-
Art. 55. Caberá um único pedido de reconsideração ma determinada senão quando a lei expressamente a
de decisão em processo disciplinar, dirigido ao órgão exigir, considerando-se válidos os atos que, realizados
julgador que proferiu a decisão transitada em julgado, de outro modo, alcançarem a nalidade sem prejuízo
pelas partes interessadas, instruída com cópia da deci- para as partes.
são recorrida e as provas documentais comprobatórias Art. 64. A nulidade dos atos processuais ocorrerá nos
dos fatos arguidos. seguintes casos:
Parágrafo único. A reconsideração, no interesse do I - por impedimento ou suspeição reconhecida de um
membro da Comissão de Ética Pro ssional, câmara
pro ssional penalizado, poderá ser pedida por ele
especializada, Plenário do Crea ou do Plenário do
próprio ou por procurador devidamente habilitado, ou
Confea, quando da instrução ou quando do julgamen-
ainda, no caso de morte, pelo cônjuge, ascendente e
to do processo;
descendente ou irmão. II - por ilegitimidade de parte; ou
Art. 56. O pedido de reconsideração será admitido, III - por falta de cumprimento de preceitos constitucio-
depois de transitada em julgado a decisão, quando nais ou disposições de leis.
apresentados fatos novos ou circunstâncias relevan- Art. 65. Nenhuma nulidade poderá ser arguida pela
tes suscetíveis de justi car a inadequação da sanção parte que lhe tenha dado causa ou para a qual tenha
aplicada. concorrido.
Art. 57. Julgado procedente o pedido de reconside- Art. 66. As nulidades deverão ser arguidas em qual-
ração, o órgão julgador poderá con rmar, modi car, quer fase do processo, antes da decisão transitada em
anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão. julgado, a requerimento das partes ou de ofício.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá
resultar agravamento da pena. Art. 67. As nulidades considerar-se-ão sanadas:
I - se não forem arguidas em tempo oportuno, de acor-
CAPITULO XII do com o disposto no art. 66 deste regulamento; ou
DA EXECUÇÃO DA DECISÃO II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido
seu m.
Art. 58. Cumpre ao Crea da jurisdição do pro ssional
Art. 68. Os atos processuais, cuja nulidade não tiver
penalizado, onde se iniciou o processo, a execução das
sido sanada na forma do artigo anterior, serão repeti-
decisões proferidas nos processos do Código de Ética
dos ou reti cados.
Pro ssional. Parágrafo único. A repetição ou reti cação dos atos
Parágrafo único. Não havendo recurso à instância nulos será efetuada em qualquer fase do processo.
superior, devido ao esgotamento do prazo para sua Art. 69. A nulidade de um ato, uma vez declarada,
apresentação ou quando esgotadas as instâncias re- causará a nulidade dos atos que dele, diretamente,
cursais, a execução da decisão ocorrerá imediatamen- dependam ou sejam consequência.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

te, inclusive na hipótese de apresentação de pedido de Art. 70. Dar-se-á o aproveitamento dos atos pratica-
reconsideração. dos, desde que não resulte prejuízo ao denunciado.

CAPÍTULO XIII CAPÍTULO XV


DA REVELIA DA EXTINÇÃO E PRESCRIÇÃO

Art. 59. Será considerado revel o denunciado que: Art. 71. A extinção do processo ocorrerá:
I - se opuser ao recebimento da intimação, expedida I – quando o órgão julgador proferir decisão de nitiva;
pela Comissão de Ética Pro ssional, para apresenta- II – quando a câmara especializada concluir pela au-
ção de defesa; ou sência de pressupostos de constituição e de desenvol-
II – se intimado, não apresentar defesa. vimento válido e regular do processo;

43
III – quando a câmara especializada ou Plenário do Art. 79. Pode ser arguida a suspeição de conselheiro
Crea ou Plenário do Confea declararem a prescrição que tenha amizade íntima ou inimizade notória com
do ilícito que deu causa ao processo; ou alguma das partes ou com os respectivos cônjuges,
IV – quando o órgão julgador concluir por exaurida a companheiros, parentes e a ns até o terceiro grau.
nalidade do processo ou o objeto da decisão se tornar Art. 80. Os prazos começam a correr a partir da data
impossível, inútil ou prejudicado por fato supervenien- da juntada ao processo do aviso de recebimento ou
te. do comprovante de entrega da intimação, excluindo-
Parágrafo único. Estes dispositivos não se aplicam aos -se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do
casos referidos nos arts. 39 vencimento.
e 49. § 1º considera-se prorrogado o prazo até o primeiro
Art. 72. A punibilidade do pro ssional, por falta sujeita dia útil seguinte, se o vencimento cair em dia em que
a processo disciplinar, prescreve em cinco anos, conta- não houver expediente no Crea ou este for encerrado
dos da veri cação do fato respectivo. antes da hora normal.
§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se de modo
Art. 73. A intimação feita a qualquer tempo ao pro s-
contínuo.
sional faltoso interrompe o prazo prescricional de que
Art. 81. Nos casos omissos aplicar-se-ão, supletiva-
trata o art. 72.
mente ao presente regulamento, a legislação pro s-
Parágrafo único. A intimação de que trata este artigo sional vigente, as normas do direito administrativo,
ensejará defesa escrita a partir de quando recomeçará do processo civil brasileiro e os princípios gerais do
a uir novo prazo prescricional. Direito.
Art. 74. Todo processo disciplinar que car paralisa- Art. 82. Este regulamento aplica-se, exclusivamente,
do por três ou mais anos, pendente de despacho ou aos processos de infração ao Código de Ética Pro ssio-
julgamento, será arquivado por determinação da au- nal iniciados a partir da publicação desta Resolução
toridade competente ou a requerimento da parte in- no Diário O cial da União.
teressada.
Art. 75. A autoridade que retardar ou deixar de prati-
car ato de ofício que leve ao arquivamento do proces- RESOLUÇÃO Nº 1.008/2004
so, responderá a processo administrativo pelo seu ato.
§ 1º Entende-se por autoridade o servidor ou agente
público dotado de poder de decisão. É a resolução que Dispõe sobre os procedimentos
§ 2º Se a autoridade for pro ssional vinculado ao Sis- para instauração, instrução e julgamento dos processos
tema Confea/Crea, estará sujeito a processo discipli- de infração e aplicação de penalidades.
nar.
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITE-
CAPÍTULO XVI TURA E
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS AGRONOMIA – Confea, no uso das atribuições que
lhe confere a alínea “f” do art. 27 da Lei n° 5.194, de 24
Art. 76. Nenhuma penalidade será aplicada ou man- de dezembro de 1966, e Considerando a necessidade de
tida sem que tenha sido assegurado ao denunciado aperfeiçoar os procedimentos para instauração, instru-
pleno direito de defesa. ção e julgamento dos processos de infração no âmbito
dos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e
Art. 77. Se a infração apurada constituir violação do Agronomia – Creas;
Código Penal ou da Lei das Contravenções Penais, o Considerando o art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966, que
órgão julgador comunicará o fato à autoridade com- estipula as multas a serem
petente. aplicadas às pessoas físicas – pro ssionais e leigos - e
Parágrafo único. A comunicação do fato à autoridade às pessoas jurídicas que incorrerem em infração
competente não paralisa o processo administrativo. à legislação pro ssional de acordo com a gravidade
da falta cometida;
Art. 78. É impedido de atuar em processo o conselheiro Considerando as disposições do parágrafo único do
que: art. 73 e art. 74 da Lei nº 5.194, de 1966, no que se refere
I – tenha interesse direto ou indireto na matéria; às conceituações de reincidência e de nova reincidência
II – tenha participado ou venha a participar como pe- de infrações praticadas;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

rito, testemunha ou representante; Considerando a Lei nº 4.950-A, de 22 de abril de


III – haja apresentado a denúncia; ou 1966, que dispõe sobre a remuneração de pro ssionais
IV – seja cônjuge, companheiro ou tenha parentesco scalizados pelo Sistema Confea/Crea;
com as partes do processo até o terceiro grau. Considerando a Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de
§ 1º O conselheiro que incorrer em impedimento deve 1977, que institui a Anotação de Responsabilidade Téc-
comunicar o fato ao coordenador da Comissão de nica na prestação de serviços de Engenharia, Arquitetura
Ética Pro ssional, câmara especializada ou plenário, e Agronomia;
conforme o caso, abstendo-se de atuar. Considerando a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de
§ 2º A omissão do dever de comunicar o impedimento 1999, que regula o processo administrativo no âmbito da
constitui falta grave, para efeitos disciplinares. Administração Pública Federal,

44
RESOLVE: V – identi cação das Anotações de Responsabilidade
Técnica – ARTs relativas às atividades desenvolvidas,
Art. 1º Fixar os procedimentos para instauração, ins- se houver;
trução e julgamento dos VI – informações acerca da participação efetiva do
processos de infração aos dispositivos das Leis n.os responsável técnico na execução da obra, serviço ou
5.194 e 4.950-A, ambas de 1966, e 6.496, de empreendimento, quando for o caso;
1977, e aplicação de penalidades. VII - descrição minuciosa dos fatos que con gurem in-
fração à legislação pro ssional; e
CAPÍTULO I VIII – identi cação do responsável pelas informações,
DA INSTAURAÇÃO E DA INSTRUÇÃO DO PROCES- incluindo nome completo e função exercida na obra,
SO serviço ou empreendimento, se for o caso.
Seção I Parágrafo único. O agente scal deve recorrer ao ban-
Dos Procedimentos Preliminares co de dados do Crea para complementar as informa-
ções do relatório de scalização.
Art. 2º Os procedimentos para instauração do proces- Art. 6º Sempre que possível, à denúncia ou ao rela-
so têm início no Crea em cuja jurisdição for veri cada tório de scalização devem ser anexados documentos
a infração, por meio dos seguintes instrumentos: que caracterizam a infração e a abrangência da atu-
I – denúncia apresentada por pessoas físicas ou jurídi- ação da pessoa física ou jurídica na obra, serviço ou
cas de direito público ou privado; empreendimento, a saber:
II - denúncia apresentada por entidade de classe ou I – cópia do contrato social da pessoa jurídica e de
por instituição de ensino; suas alterações;
III - relatório de scalização; e II – cópia do contrato de prestação do serviço;
IV – iniciativa do Crea, quando constatados, por qual- III – cópia dos projetos, laudos e outros documentos
quer meio à sua disposição, indícios de infração à le- relacionados à obra, ao serviço ou ao empreendimen-
gislação pro ssional. to scalizado;
Parágrafo único. No caso dos indícios citados no inciso IV – fotogra as da obra, serviço ou empreendimento;
IV, o Crea deve veri cálos por meio de scalização ao V – laudo técnico pericial;
local de ocorrência da pressuposta infração. VI - declaração do contratante ou de testemunhas; ou
Art. 3º A denúncia deve ser protocolizada no Crea e VII – informação sobre a situação cadastral do respon-
instruída, no mínimo, com as seguintes informações: sável técnico, emitido pelo Crea.
I - identi cação do denunciante, pessoa física ou ju- Art. 7º Revogado pela Resolução 1.047, de 28 de maio
rídica, incluindo endereço residencial ou comercial de 2013
completo e número do Cadastro de Pessoas Físicas Art. 8º Revogado pela Resolução 1.047, de 28 de maio
– CPF ou do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas de 2013
– CNPJ; e
II – provas circunstanciais ou elementos comprobató- Seção II
rios do fato denunciado. Da Lavratura do Auto de Infração
Art. 4º A denúncia anônima pode ser efetuada, verbal-
mente ou por escrito, e será
Art. 9º Compete ao agente scal a lavratura do auto
recebida pelo Crea, desde que contenha descrição de-
talhada dos fatos, apresentação de elementos e, de infração, indicando a capitulação da infração e da
penalidade. (NR)
quando for o caso, provas circunstanciais que con gu-
§ 1º Caso os fatos envolvam a participação irregular
rem infração à legislação pro ssional.
Parágrafo único. A denúncia anônima somente será de mais de uma pessoa, deverá ser lavrado um auto de
infração especí co para cada uma delas.
admitida após a veri cação
§ 2º Em caso de dúvida na análise da situação apre-
dos fatos pelo Crea, por meio de scalização no local
de ocorrência da pressuposta infração. sentada, o relatório de scalização deverá ser subme-
tido à câmara especializada relacionada à atividade
Art. 5º O relatório de scalização deve conter, pelo
menos, as seguintes desenvolvida que determinará, se cabível, a lavratura
informações: do auto de infração e a capitulação da infração e da
penalidade.
I – data de emissão, nome completo, matrícula e assi-
natura do agente scal;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

II – nome e endereço completos da pessoa física ou Art. 10. O auto de infração é o ato processual que
instaura o processo administrativo, expondo os fatos
jurídica scalizada, incluindo,
se possível, CPF ou CNPJ; ilícitos atribuídos ao autuado e indicando a legislação
infringida, lavrado por agente scal, funcionário do
III - identi cação da obra, serviço ou empreendimento,
Crea, designado para esse m
com informação sobre o nome e endereço do execu-
tor, descrição detalhada da atividade desenvolvida e Parágrafo único. Da penalidade estabelecida no auto
de infração, o autuado pode apresentar defesa à câ-
dados necessários para sua caracterização, tais como
fase, natureza e quanti cação; mara especializada, que terá efeito suspensivo, no
IV – nome completo, título pro ssional e número de prazo de dez dias, contados da data do recebimento
do auto de infração.
registro no Crea do responsável técnico, quando for
o caso;

45
Art. 11. O auto de infração, grafado de forma legível, CAPÍTULO II
sem emendas ou rasuras, deve apresentar, no mínimo, DO JULGAMENTO
as seguintes informações: Seção I
I – menção à competência legal do Crea para scali- Da Defesa à Câmara Especializada
zar o exercício das pro ssões abrangidas pelo Sistema
Confea/Crea; Art. 15. Anexada ao processo, a defesa será encami-
II – data da lavratura, nome completo, matrícula e as- nhada à câmara especializada
sinatura do agente scal; relacionada à atividade desenvolvida, para apreciação
III – nome e endereço completos da pessoa física ou e julgamento.
jurídica autuada, incluindo, obrigatoriamente, CPF ou § 1º Se o Crea não possuir câmara especializada re-
CNPJ; lacionada à atividade desenvolvida, a atribuição de
IV – identi cação da obra, serviço ou empreendimen- julgamento em primeira instância será exercida pelo
to, com informação sobre a sua localização, nome e plenário.
endereço do contratante, indicação da natureza da § 2º Caso sejam julgadas relevantes para a elucidação
atividade e sua descrição detalhada; dos fatos, novas diligências deverão ser requeridas du-
V – identi cação da infração, mediante descrição de- rante a apreciação do processo.
talhada da irregularidade, Art. 16. Na câmara especializada, o processo será dis-
capitulação da infração e da penalidade, e valor da tribuído para conselheiro, que deve relatar o assunto
multa a que estará sujeito o autuado; de forma objetiva e legalmente fundamentada.
VI – data da veri cação da ocorrência; Art. 17. Após o relato do assunto, a câmara especiali-
VII – indicação de reincidência ou nova reincidência, zada deve decidir explicitando as razões da manuten-
se for o caso; e ção da autuação, as disposições legais infringidas e a
VIII – indicação do prazo de dez dias para efetuar o penalidade correspondente ou as razões do arquiva-
pagamento da multa e regularizar a situação ou apre- mento do processo, se for o caso.
sentar defesa à câmara especializada. Art. 18. O autuado será noti cado da decisão da câ-
§ 1º A infração somente será capitulada, conforme o mara especializada por meio de correspondência,
caso, nos dispositivos das Leis n.os 4.950-A e 5.194, acompanhada de cópia de inteiro teor da decisão pro-
ambas de 1966, e 6.496, de 1977, sendo vedada a ca- ferida.
pitulação com base em instrumentos normativos do § 1º Da decisão proferida pela câmara especializada o
autuado pode interpor
Crea e do Confea.
recurso, que terá efeito suspensivo, ao Plenário do
§ 2º Lavrado o auto de infração, a regularização da
Crea no prazo de sessenta dias, contados da data
situação não exime o autuado
do recebimento da noti cação.
das cominações legais. § 2º A falta de manifestação do autuado no prazo es-
§ 3º Não será permitida a lavratura de novo auto de tabelecido no parágrafo anterior não obstruirá o pros-
infração referente à mesma obra, serviço ou empre- seguimento do processo.
endimento, antes do trânsito em julgado da decisão Art. 19. O processo relativo à infração cometida por
relativa à infração. pro ssional no exercício de emprego, função ou cargo
Art. 12. Caso seja veri cado, antes do julgamento pela eletivo no Crea, no Confea ou na Mútua será remetido
câmara especializada, erro insanável na lavratura do para exame do Plenário do Crea qualquer que seja a
auto de infração, a gerência de scalização poderá decisão da câmara especializada, independentemente
instruir o processo com os esclarecimentos que julgar de recurso interposto, em até trinta dias após esgota-
cabíveis, visando ao seu arquivamento. do o prazo para interposição de recurso.

Seção III Seção II


Da Instauração do Processo Da Revelia

Art. 13. O Crea deve instaurar um processo especí co Art. 20. A câmara especializada competente julgará à
para cada auto de infração, revelia o autuado que não apresentar defesa, garan-
indicando na capa o nome do autuado, a descrição e a tindo-lhe o direito de ampla defesa nas fases subse-
capitulação da infração, o número do auto de infração quentes Parágrafo único. O autuado será noti cado a
e a data da autuação.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

cumprir os prazos dos atos processuais subsequentes.


Parágrafo único. A reincidência ou nova reincidência
da conduta infratora objeto da autuação, só poderá Seção III
ser considerada se o processo for instruído com cópia Do Recurso ao Plenário do Crea
da decisão transitada em julgado referente à autua-
ção anterior. Art. 21. O recurso interposto à decisão da câmara es-
Art. 14. Para efeito desta Resolução, considera-se tran- pecializada será encaminhado ao Plenário do Crea
sitada em julgado a decisão irrecorrível que se torna para apreciação e julgamento.
imutável e indiscutível por não estar mais sujeita a Parágrafo único. Caso sejam julgadas relevantes para
recurso. a elucidação dos fatos, novas diligências deverão ser
requeridas durante a apreciação do processo.

46
Art. 22. No Plenário do Crea, o processo será distri- § 2º O pedido de reconsideração será admitido quan-
buído para conselheiro, que deve relatar o assunto de do forem apresentadas provas documentais compro-
forma objetiva e legalmente fundamentada. batórias de novos fatos ou circunstâncias relevantes
Art. 23. Após o relato, o Plenário do Crea deve decidir suscetíveis de justi car a inadequação da penalidade
explicitando as razões da manutenção da autuação, aplicada.
as disposições legais infringidas e a penalidade cor- Art. 34. O Crea deverá encaminhar o pedido de re-
respondente ou as razões do arquivamento do pro- consideração ao Confea, acompanhado do respectivo
cesso, se for o caso. processo, no prazo máximo de noventa dias contados
Art. 24. O autuado será noti cado da decisão do Ple- da data da protocolização do pedido de reconsidera-
nário do Crea por meio de correspondência, acompa- ção.
nhada de cópia de inteiro teor da decisão proferida. Art. 35. Julgado procedente o pedido de reconsidera-
Parágrafo único. Da decisão proferida pelo Plenário ção, o Plenário do Confea poderá con rmar, modi car,
do Crea, o autuado pode interpor recurso, que terá anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão.
efeito suspensivo, ao Plenário do Confea no prazo de
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá
sessenta dias, contados da data do recebimento da
resultar agravamento da pena.
noti cação.
Art. 25. O Crea deverá encaminhar o recurso ao Con-
fea acompanhado do respectivo processo, no prazo CAPÍTULO III
máximo de noventa dias contados da data da proto- DA EXECUÇÃO DA DECISÃO
colização do recurso.
Art. 36. Compete ao Crea da jurisdição da pessoa físi-
Seção IV ca ou jurídica penalizada, onde se iniciou o processo,
Do Recurso ao Plenário do Confea a execução das decisões proferidas nos processos de
infração às Leis n.os 4.950-A e 5.194, ambas de 1966,
Art. 26. O recurso interposto à decisão do Plenário do e 6.496, de 1977.
Crea será encaminhado ao Plenário do Confea para Parágrafo único. Não havendo recurso à instância
apreciação e julgamento. superior, devido ao esgotamento do prazo para sua
Art. 27. Recebido o recurso, o processo será submetido apresentação ou quando esgotadas as instâncias re-
à análise do departamento competente e, em segui- cursais, a execução da decisão ocorrerá imediatamen-
da, à apreciação da comissão responsável. te, inclusive na hipótese de apresentação de pedido de
Art. 28. Na comissão, o processo será distribuído para reconsideração.
conselheiro, que deve relatar o assunto de forma ob- Art. 37. Para a execução da decisão, o Crea deve no-
jetiva e legalmente fundamentada. ti car o autuado para regularizar a situação que en-
Art. 29. Após o relato, a comissão emitirá deliberação sejou a autuação, informando-o sobre a penalidade
que será encaminhada ao Plenário do Confea. estabelecida.
Art. 30. O Plenário do Confea deve decidir explicitan- Parágrafo único. Nos casos em que seja possível regu-
do as razões da manutenção da autuação, as disposi- larizar a situação, o Crea deve indicar as providências
ções legais infringidas e a penalidade correspondente a serem adotadas de acordo com a legislação vigente.
ou as razões do arquivamento do processo, se for o
caso.
Art. 31. Julgado o recurso pelo Confea, os autos serão CAPÍTULO IV
encaminhados ao Crea para execução da decisão. DA REINCIDÊNCIA E DA NOVA REINCIDÊNCIA
Parágrafo único. O Crea poderá solicitar revisão da
decisão proferida pelo Plenário do Confea, se for de- Art. 38. Transitada em julgado a decisão, dar-se-á a
tectado erro de natureza técnica ou administrativa, reincidência se o autuado praticar nova infração ca-
no prazo máximo de sessenta dias, contados da data pitulada no mesmo dispositivo legal pela qual tenha
do recebimento do processo. sido anteriormente declarado culpado.
Art. 32. O autuado será noti cado pelo Crea da deci- Art. 39. Transitada em julgado a decisão relativa à in-
fração por reincidência, considera-se nova reincidên-
são do Plenário do Confea por meio de correspondên-
cia a prática de nova infração capitulada no mesmo
cia, acompanhada de cópia de inteiro teor da decisão
dispositivo legal.
proferida.
CAPÍTULO V
Seção V
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

DAS PENALIDADES
Do Pedido de Reconsideração

Art. 33. Da decisão proferida pelo Plenário do Con- Art. 40. Nenhuma penalidade será aplicada ou manti-
fea, cabe um único pedido de reconsideração, que da sem que tenha sido assegurado ao autuado pleno
não terá efeito suspensivo, efetuado pelo autuado no direito de defesa.
Art. 41. Quando a infração apurada constituir viola-
prazo máximo de sessenta dias contados da data do
ção da Lei de Contravenções Penais, o Crea comuni-
recebimento da noti cação.
cará o fato à autoridade competente.
§ 1º A reconsideração pode ser pedida pelo autuado
Parágrafo único. A comunicação do fato à autoridade
penalizado, por procurador habilitado ou, ainda, no competente ocorrerá após o trânsito em julgado da
caso de morte, pelo cônjuge, ascendente, descendente respectiva decisão.
ou irmão.

47
Seção I I - impedimento ou suspeição reconhecida de membro
Das Multas da câmara especializada, do Plenário do Crea ou do
Plenário do Confea, quando da instrução ou do julga-
Art. 42. As multas são penalidades previstas no art. mento do processo;
73 da Lei n.º 5.194, de 1966, aplicadas pelo Crea com II - ilegitimidade de parte;
base nas faixas de valores estabelecidos em resolução III – falhas na identi cação do autuado, da obra, do
especí ca. serviço ou do empreendimento observadas no auto de
Art. 43. As multas serão aplicadas proporcionalmente infração;
à infração cometida, visando ao cumprimento da na- IV - falhas na descrição dos fatos observados no auto
lidade do interesse público a que se destina, observa- de infração, que devido à insu ciência de dados, im-
dos os seguintes critérios: possibilita a delimitação do objeto da controvérsia e a
I - os antecedentes do autuado quanto à condição de plenitude da defesa;
primariedade, reincidência ou V – falta de correspondência entre o dispositivo legal
infringido e os fatos descritos no auto de infração;
nova reincidência de autuação;
VI – falta de fundamentação das decisões da câmara
II – a situação econômica do autuado;
especializada, do Plenário do Crea e do Plenário do
III – a gravidade da falta; Confea que apliquem penalidades às pessoas físicas
IV – as consequências da infração, tendo em vista o ou jurídicas;
dano ou o prejuízo decorrente; e VII – falta de cumprimento de demais formalidades
V – regularização da falta cometida. previstas em lei; ou
§ 1º A multa será aplicada em dobro no caso de rein- VIII. Revogado pela Resolução 1.047, de 28 de maio
cidência. de 2013
§ 2º A multa aplicada no caso de nova reincidência Art. 48. As nulidades poderão ser arguidas a requeri-
será igual à aplicada para reincidência, sem prejuízo mento do autuado ou de ofício em qualquer fase do
do que dispõe o art. 74 da Lei n.o 5.194, de 1966. processo, antes da decisão transitada em julgado.
§ 3º É facultada a redução de multas pelas instâncias Art. 49. A nulidade de um ato, uma vez declarada,
julgadoras do Crea e do Confea nos casos previstos causará a nulidade dos atos que dele, diretamente,
neste artigo, respeitadas as faixas de valores estabele- dependam ou sejam consequência.
cidas em resolução especí ca. Art. 50. As nulidades considerar-se-ão sanadas:
Art. 44. A multa não paga, após a decisão transitada I – se não houver solicitação do autuado arguindo a
em julgado, será inscrita na dívida ativa e cobrável ju- nulidade do ato processual; ou II – se, praticado por
dicialmente. outra forma, o ato processual tiver atingido seu m.
Art. 51. Os atos processuais, cuja nulidade não tiver
Seção II sido sanada na forma do artigo anterior, retornarão às
Da Suspensão do Registro instâncias competentes para repetição ou reti cação.
Parágrafo único. A repetição ou reti cação dos atos
Art. 45. A suspensão temporária ou a ampliação do nulos será efetuada em qualquer fase do processo.
período de suspensão do registro são penalidades pre-
vistas no art. 74 da Lei n.º 5.194, de 1966, que podem CAPÍTULO VII
ser aplicadas pelo Crea ao pro ssional que incorrer DA EXTINÇÃO DO PROCESSO
em nova reincidência das seguintes infrações, respec-
tivamente: Art. 52. A extinção do processo ocorrerá:
I – quando a câmara especializada concluir pela au-
I – emprestar seu nome a pessoas, rmas, organiza-
sência de pressupostos de constituição e de desenvol-
ções ou empresas executoras de
vimento válido e regular do processo;
obras, serviços ou empreendimentos sem sua real par-
II – quando o órgão julgador declarar a prescrição do
ticipação; ou
ilícito que originou o processo;
II – continuar em atividade após suspenso do exercício III – quando o órgão julgador concluir por exaurida a
pro ssional. nalidade do processo ou o objeto da decisão se tornar
impossível, inútil ou prejudicado por fato supervenien-
CAPÍTULO VI te; ou
DA NULIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS IV – quando o órgão julgador proferir decisão de niti-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

va, caracterizando trânsito em julgado.


Art. 46. Os atos processuais não dependem de forma
determinada senão quando a lei expressamente a exi- CAPÍTULO VIII
gir, considerando-se válidos os atos que, realizados DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
de outro modo, alcançarem a nalidade sem prejuízo
para o autuado. Art. 53. As noti cações e o auto de infração devem
Parágrafo único. Não havendo prejuízo para o autua- ser entregues pessoalmente ou enviados por via postal
do, todos os atos processuais devem ser aproveitados. com Aviso de Recebimento - AR ou por outro meio
Art. 47. A nulidade dos atos processuais ocorrerá nos legal admitido que assegure a certeza da ciência do
seguintes casos: autuado.

48
§ 1º Em todos os casos, o comprovante de entrega de- CAPÍTULO XI
verá ser anexado ao processo. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 2º Caso o autuado recuse ou obstrua o recebimento
da noti cação ou do auto de infração, o fato deverá Art. 59. A instauração, a instrução e o julgamento
ser registrado no processo. do processo de infração obedecerão, entre outros,
aos princípios da legalidade, nalidade, formalidade,
Art. 54. Em qualquer fase do processo, não sendo en- motivação, razoabilidade, proporcionalidade, mora-
contrado o autuado ou seu representante legal, ou no lidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurí-
caso de recusa do recebimento de noti cação ou do dica,
auto de infração, o extrato destes atos processuais será interesse público e e ciência.
divulgado em publicação do Crea, ou em jornal de cir- Art. 60. Todos os atos e termos processuais serão fei-
culação na jurisdição, ou no Diário O cial do Esta- tos por escrito, utilizando-se o vernáculo, indicando
do ou em outro meio que amplie as possibilidades de a data e o local de sua realização e a assinatura do
conhecimento por parte do autuado, em linguagem responsável.
que não ra os preceitos constitucionais de inviolabi- Art. 61. A prescrição dos atos processuais será decla-
lidade da sua intimidade, da honra, da vida privada e rada de acordo com a legislação especí ca em vigor.
da imagem. Art. 62. Não pode ser objeto de delegação de compe-
tência a decisão relativa ao julgamento de processos
de infração, inclusive nos casos de revelia.
CAPÍTULO IX Art. 63. Os procedimentos para instauração, instru-
DOS PRAZOS ção e julgamento dos processos
de infração ao Código de Ética Pro ssional são regu-
Art. 55. Os prazos começam a correr a partir da data lamentados em resolução especí ca.
do comprovante de entrega do auto de infração ou Art. 64. Nos casos omissos aplicar-se-ão, supletiva-
da noti cação ou, encontrando-se o autuado em lugar mente ao presente regulamento,
incerto, da data da publicação da noti cação, excluin- a legislação pro ssional vigente, as normas do Di-
do o dia do começo e incluindo o do vencimento. reito Administrativo, do Processo Civil Brasileiro e os
princípios gerais do Direito.
§ 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro
dia útil seguinte, se o vencimento cair em dia em que CAPÍTULO XII
não houver expediente no Crea ou este for encerrado DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
antes do horário normal.
§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se de modo Art. 65. Estes procedimentos aplicam-se, exclusiva-
contínuo. mente, aos processos de infração iniciados a partir da
publicação desta Resolução no Diário O cial da União
CAPÍTULO X – DOU.
DA PRESCRIÇÃO Art. 66. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 56. Prescreve em cinco anos a ação punitiva do Art. 67. Revogam-se as Resoluções nos 207, de 28 de
Sistema Confea/Crea no exercício do poder de polícia, janeiro de 1972, e 391, de 17 de março de 1995, e a
em processos administrativos que objetivem apurar Decisão Normativa no 07, de 29 de abril de 1983, e
infração à legislação em vigor, contados da data de demais disposições em contrário.
prática do ato ou, no caso de infração permanente ou
continuada, do dia em que tiver cessado.
Parágrafo único. Enquadram-se neste artigo os pro- RESOLUÇÃO Nº 1.025/2009
cessos administrativos instaurados em desfavor de
pessoas físicas, leigos e pro ssionais do Sistema Con-
fea/Crea, e de pessoas jurídicas, excluindo os proces-
sos ético-disciplinares. É a resolução que Dispõe sobre a Anotação de
Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Pro-
fissional, e dá outras providências.
Art. 57. Interrompe-se a prescrição nos processos ad-
ministrativos caracterizados no art. 56: O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITE-
I - pela noti cação do autuado; TURA E AGRONOMIA – Confea, no uso das atribuições
II - por qualquer ato inequívoco que importe apuração que lhe confere a alínea “f” do art. 27 da Lei nº 5.194, de
do fato; e 24 de dezembro de 1966, e
III - pela decisão recorrível. Considerando os arts. 8º, 12, 19, 20, 21, 59 e 67 da Lei
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo único. Ocorrendo qualquer dos casos pre- nº 5.194, de 1966, que regula o exercício das pro ssões
vistos neste artigo, teremos o reinício do prazo pres- de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá
cricional de cinco anos. outras providências;
Considerando os arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 6.496, de
Art. 58. Incide a prescrição no processo administrativo 7 de dezembro de 1977, que institui a Anotação de Res-
que objetive apurar infração à legislação em vigor pa- ponsabilidade Técnica na execução de obras e na presta-
ralisado por mais de três anos, pendente de julgamen- ção de serviços de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;
to ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício Considerando os arts. 30 e 72 da Lei nº 8.666, de 21
ou mediante requerimento da parte interessada, sem de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI,
prejuízo da apuração da responsabilidade funcional da Constituição Federal, institui normas para licitações
e contratos da Administração Pública e dá outras pro-
decorrente da paralisação, se for o caso.
vidências;

49
Considerando o art. 11, § 1º, do Decreto nº 5.296, § 2º Após o recolhimento do valor correspondente, os
de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as Leis nos dados da ART serão automaticamente anotados no
10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de Sistema de Informações Confea/Crea – SIC.
atendimento às pessoas que especi ca, e 10.098, de 19 § 3º O SIC mencionado no parágrafo anterior é o ban-
de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e co de dados que consolida as informações de interesse
critérios básicos para a promoção da acessibilidade das nacional registradas no Sistema Confea/Crea.
pessoas portadoras de de ciência ou com mobilidade
Art. 5º O cadastro da ART será efetivado pelo pro-
reduzida, e dá outras providências;
ssional de acordo com o disposto nesta resolução,
Considerando a Lei nº 5.700, de 1º de janeiro de 1971,
que dispõe sobre a forma de registro e a apresentação mediante preenchimento de formulário eletrônico,
dos símbolos nacionais e dá outras providências; Con- conforme o Anexo I, e senha pessoal e intransferível
siderando a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, fornecida após assinatura de termo de responsabili-
que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras dade.
providências; Art. 6º A guarda da via assinada da ART será de res-
Considerando a Lei nº 9.307, de 23 de setembro de ponsabilidade do pro ssional e do contratante, com o
1996, que dispõe sobre a arbitragem; objetivo de documentar o vínculo contratual.
Considerando o Decreto nº 6.932, de 11 de agosto de Art. 7º O responsável técnico deverá manter uma via
2009, que dispõe sobre a simpli cação do atendimento da ART no local da obra ou serviço.
público prestado ao cidadão, rati ca a dispensa do re- Art. 8º É vedado ao pro ssional com o registro cance-
conhecimento de rma em documentos produzidos no lado, suspenso ou interrompido registrar ART.
Brasil, institui a “Carta de Serviços ao Cidadão” e dá ou- Art. 9º Quanto à tipi cação, a ART pode ser classi -
tras providências,
cada em:
RESOLVE: I – ART de obra ou serviço, relativa à execução de
obras ou prestação de serviços
Art. 1º Fixar os procedimentos necessários ao regis- inerentes às pro ssões abrangidas pelo Sistema Con-
tro, baixa, cancelamento e anulação da Anotação de fea/Crea;
Responsabilidade Técnica – ART, ao registro do ates- II – ART de obra ou serviço de rotina, denominada ART
tado emitido por pessoa física e jurídica contratante e múltipla, que especi ca
à emissão da Certidão de Acervo Técnico – CAT, bem vários contratos referentes à execução de obras ou à
como aprovar os modelos de ART e de CAT, o Reque- prestação de serviços em determinado período;
rimento de ART e Acervo Técnico e os dados mínimos e
para registro do atestado que constituem os Anexos I, III – ART de cargo ou função, relativa ao vínculo com
II, III e IV desta resolução, respectivamente. pessoa jurídica para
desempenho de cargo ou função técnica.
CAPÍTULO I
Art. 10. Quanto à forma de registro, a ART pode ser
DA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA
classi cada em:
Art. 2º A ART é o instrumento que de ne, para os efei- I – ART complementar, anotação de responsabilidade
tos legais, os responsáveis técnicos pela execução de técnica do mesmo
obras ou prestação de serviços relativos às pro ssões pro ssional que, vinculada a uma ART inicial, comple-
abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. menta os dados anotados nos seguintes
Art. 3º Todo contrato escrito ou verbal para execução casos
de obras ou prestação de serviços relativos às pro s- a) for realizada alteração contratual que ampliar o
sões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea ca sujeito objeto, o valor do contrato ou a atividade técnica con-
ao registro da ART no Crea em cuja circunscrição for tratada, ou prorrogar o prazo de execução; ou
exercida a respectiva atividade. b) houver a necessidade de detalhar as atividades
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo técnicas, desde que não impliquem a modi cação da
também se aplica ao vínculo de pro ssional, tanto a caracterização do objeto ou da atividade técnica con-
pessoa jurídica de direito público quanto de direito
tratada.
privado, para o desempenho de cargo ou função téc-
II – ART de substituição, anotação de responsabilidade
nica que envolva atividades para as quais sejam ne-
cessários habilitação legal e conhecimentos técnicos técnica do mesmo pro ssional que, vinculada a uma
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

nas pro ssões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. ART inicial, substitui os dados anotados nos casos em
que:
Seção I a) houver a necessidade de corrigir dados que impli-
Do Registro da ART quem a modi cação da caracterização do objeto ou
da atividade técnica contratada; ou
Art. 4º O registro da ART efetiva-se após o seu cadas- b) houver a necessidade de corrigir erro de preenchi-
tro no sistema eletrônico do Crea e o recolhimento do mento de ART.
valor correspondente. Art. 11. Quanto à participação técnica, a ART de obra
§ 1º O início da atividade pro ssional sem o recolhi- ou serviço pode ser classi cada da seguinte forma:
mento do valor da ART ensejará as sanções legais ca- I – ART individual, que indica que a atividade, objeto
bíveis. do contrato, é desenvolvida por um único pro ssional;

50
II – ART de coautoria, que indica que uma atividade Art. 18. O Crea manifestar-se-á sobre o requerimento
técnica caracterizada como intelectual, objeto de con- de baixa de ART por não conclusão das atividades téc-
trato único, é desenvolvida em conjunto por mais de nicas após efetuar análise do pedido e eventual veri -
um pro ssional de mesma competência; cação das informações apresentadas.
III – ART de corresponsabilidade, que indica que uma § 1º O requerimento será deferido somente se for ve-
atividade técnica caracterizada como executiva, obje- ri cada sua compatibilidade com o disposto nesta re-
to de contrato único, é desenvolvida em conjunto por solução.
mais de um pro ssional de mesma competência; e § 2º Compete ao Crea, quando necessário, solicitar
IV – ART de equipe, que indica que diversas atividades documentos, efetuar diligências ou adotar outras pro-
complementares, objetos de contrato único, são de- vidências necessárias ao caso para averiguar as infor-
senvolvidas em conjunto por mais de um pro ssional mações apresentadas.
com competências diferenciadas. § 3º Em caso de dúvida, o processo será encaminhado
Art. 12. Para efeito desta resolução, todas as ARTs re- à câmara especializada competente para apreciação.
ferentes a determinado empreendimento, registradas Art. 19. Deverá ser objeto de baixa automática pelo
pelos pro ssionais em função de execução de outras Crea:
atividades técnicas citadas no contrato inicial, aditi- I – a ART que indicar pro ssional que tenha falecido
vo contratual, substituição de responsável técnico ou ou que teve o seu registro cancelado ou suspenso após
contratação ou subcontratação de outros serviços, de- a anotação da responsabilidade técnica; e
vem ser vinculadas à ART inicialmente registrada, com II – a ART que indicar pro ssional que deixou de cons-
o objetivo de identi car a rede de responsabilidades tar do quadro técnico da pessoa jurídica contratada.
técnicas da obra ou serviço. Parágrafo único. A baixa da ART por falecimento do
pro ssional será processada administrativamente pelo
Seção II Crea mediante apresentação de cópia de documento
Da Baixa da ART hábil ou de informações acerca do óbito.
Art. 20. Após a baixa da ART, o motivo, as atividades
técnicas concluídas e a data da solicitação serão auto-
Art. 13. Para os efeitos legais, somente será considera-
maticamente anotados no SIC.
da concluída a participação do pro ssional em deter-
§ 1º No caso de rescisão contratual ou falecimento do
minada atividade técnica a partir da data da baixa da
pro ssional, deverá ser anotada no SIC a data do dis-
ART correspondente.
trato ou do óbito.
Parágrafo único. A baixa da ART não exime o pro s-
§ 2º No caso em que seja apresentado documento
sional ou a pessoa jurídica contratada das responsabi-
comprobatório, também será anotada no SIC a data
lidades administrativa, civil ou penal, conforme o caso.
da conclusão da obra ou serviço.
Art. 14. O término da atividade técnica desenvolvida
obriga à baixa da ART de execução de obra, prestação
Seção III
de serviço ou desempenho de cargo ou função.
Do Cancelamento da ART
Art. 15. Para efeito desta resolução, a ART deve ser
baixada em função de algum dos seguintes motivos:
Art. 21. O cancelamento da ART ocorrerá quando:
I – conclusão da obra ou serviço, quando do término
I – nenhuma das atividades técnicas descritas na ART
das atividades técnicas descritas na ART; ou
forem executadas; ou
II – interrupção da obra ou serviço, quando da não
II – o contrato não for executado.
conclusão das atividades técnicas descritas na ART, de
Art. 22. O cancelamento da ART deve ser requerido ao
acordo com os seguintes casos:
Crea pelo pro ssional, pela pessoa jurídica contratada
a) rescisão contratual;
ou pelo contratante, e ser instruído com o motivo da
b) substituição do responsável técnico; ou
solicitação.
c) paralisação da obra e serviço.
Art. 23. A câmara especializada competente decidirá
Art. 16. A baixa da ART deve ser requerida ao Crea
acerca do processo administrativo de cancelamento
pelo pro ssional por meio eletrônico e instruída com o
da ART.
motivo, as atividades concluídas e, nos casos de baixa
§ 1º Compete ao Crea averiguar as informações apre-
em que seja caracterizada a não conclusão das ati-
sentadas e adotar as providências necessárias ao caso.
vidades técnicas, a fase em que a obra ou serviço se
§ 2º No caso em que a atividade técnica descrita na
encontrar.
ART caracterizar assunto de interesse comum a duas
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 17. A baixa de ART pode ser requerida ao Crea


ou mais especializações pro ssionais, o processo será
pelo contratante ou pela pessoa jurídica contratada
apreciado pelas câmaras especializadas competentes
por meio de formulário próprio, conforme o Anexo III,
e, em caso de divergência, encaminhado ao Plenário
desde que instruída com informações su cientes que
do Crea para decisão.
comprovem a inércia do pro ssional em requerê-la.
§ 3º O Crea deverá comunicar ao pro ssional, à pes-
§ 1º No caso previsto no caput deste artigo, o Crea
soa jurídica contratada e ao contratante o cancela-
noti cará o pro ssional para manifestar-se sobre o
mento da ART.
requerimento de baixa no prazo de dez dias corridos.
Art. 24. Após o cancelamento da ART, o motivo e a
§ 2º O Crea analisará o requerimento de baixa após
data de cancelamento serão automaticamente ano-
a manifestação do pro ssional ou esgotado o prazo
tados no SIC.
previsto para sua manifestação.

51
Seção IV Art. 30. A subcontratação ou a subempreitada de par-
Da Nulidade da ART te ou da totalidade da obra ou do serviço obriga ao
registro de ART, da seguinte forma:
Art. 25. A nulidade da ART ocorrerá quando: I – o pro ssional da pessoa jurídica inicialmente con-
I – for veri cada lacuna no preenchimento, erro ou tratada deve registrar ART de gestão, direção, super-
inexatidão insanáveis de qualquer dado da ART; visão ou coordenação do serviço subcontratado, con-
II – for veri cada incompatibilidade entre as ativida- forme o caso; e
des desenvolvidas e as atribuições pro ssionais do res- II – o pro ssional da pessoa jurídica subcontratada
ponsável técnico à época do registro da ART; deve registrar ART de obra ou serviço relativa à ati-
III – for veri cado que o pro ssional emprestou seu vidade que lhe foi subcontratada, vinculada à ART de
nome a pessoas físicas ou jurídicas sem sua real parti- gestão, supervisão, direção ou coordenação do con-
cipação nas atividades técnicas descritas na ART, após tratante.
decisão transitada em julgado; Parágrafo único. No caso em que a ART tenha sido
registrada indicando atividades que posteriormente
IV – for caracterizada outra forma de exercício ilegal
foram subcontratadas, compete ao pro ssional subs-
da pro ssão;
tituí-la para adequação ao disposto no inciso I deste
V – for caracterizada a apropriação de atividade téc-
artigo.
nica desenvolvida por outro pro ssional habilitado; ou Art. 31. A substituição, a qualquer tempo, de um ou
VI – for indeferido o requerimento de regularização da mais responsáveis técnicos pela execução da obra ou
obra ou serviço a ela relacionado. prestação do serviço obriga ao registro de nova ART,
Art. 26. A câmara especializada relacionada à ativida- vinculada à ART anteriormente registrada.
de desenvolvida decidirá acerca do processo adminis- Art. 32. Compete ao pro ssional cadastrar a ART de
trativo de anulação da ART. obra ou serviço no sistema eletrônico e efetuar o reco-
§ 1º No caso da constatação de lacuna no preenchi- lhimento do valor relativo ao registro no Crea em cuja
mento, erro ou inexatidão dos dados da ART, prelimi- circunscrição for exercida a atividade, nos seguintes
narmente o Crea noti cará o pro ssional e a pessoa casos:
jurídica contratada para proceder às correções neces- I – quando o pro ssional for contratado como autôno-
sárias no prazo de dez dias corridos, contados da data mo diretamente por pessoa
do recebimento da noti cação. física ou jurídica; ou
§ 2º No caso em que a atividade técnica descrita na II – quando o pro ssional for o proprietário do empre-
ART caracterizar assunto de interesse comum a duas endimento ou empresário.
ou mais especializações pro ssionais, o processo será Art. 33. Compete ao pro ssional cadastrar a ART de
apreciado pelas câmaras especializadas competentes obra ou serviço no sistema
e, em caso de divergência, encaminhado ao Plenário eletrônico e à pessoa jurídica contratada efetuar o re-
do Crea para decisão. colhimento do valor relativo ao registro no Crea em
§ 3º O Crea deverá comunicar ao pro ssional, à pes- cuja circunscrição for exercida a atividade, quando o
soa jurídica contratada e ao contratante os motivos responsável técnico desenvolver atividades técnicas
que levaram à anulação da ART. em nome da pessoa jurídica com a qual mantenha
Art. 27. Após a anulação da ART, o motivo e a data da vínculo.
decisão que a anulou serão automaticamente anota-
dos no SIC. Seção VI
Da ART de Obra ou Serviço de Rotina
Seção V
Da ART de Obra ou Serviço Art. 34. Caso não deseje registrar diversas ARTs espe-
cí cas, é facultado ao pro ssional que execute obras
Art. 28. A ART relativa à execução de obra ou presta- ou preste serviços de rotina anotar a responsabilida-
ção de serviço deve ser registrada antes do início da de técnica pelas atividades desenvolvidas por meio da
respectiva atividade técnica, de acordo com as infor- ART múltipla.
mações constantes do contrato rmado entre as par- Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo
tes. também se aplica ao serviço de rotina executado por
§ 1º No caso de obras públicas, a ART pode ser regis- pro ssional integrante do quadro técnico de pessoa
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

trada em até dez dias após a liberação da ordem de jurídica.


serviço ou após a assinatura do contrato ou de docu- Art. 35. Para efeito desta resolução, a atividade técnica
mento equivalente, desde que não esteja caracteriza- relacionada à obra ou ao serviço de rotina pode ser
do o início da atividade. caracterizada como aquela que é executada em gran-
§ 2º. Revogado pela Resolução 1.050, de 13 de dezem- de quantidade ou de forma repetitiva e continuada.
bro de 2013. Parágrafo único. Poderá ser objeto de ART múltipla
Art. 29. A coautoria ou a corresponsabilidade por ati- contrato cuja prestação do serviço seja caracterizada
vidade técnica, bem como o trabalho em equipe para como periódica.
execução de obra ou prestação de serviço obriga ao Art. 36. As atividades técnicas relacionadas a obra ou
registro de ART, vinculada à ART primeiramente re- serviço de rotina que poderão ser registradas via ART
gistrada. múltipla serão objeto de relação uni cada.

52
§ 1º A câmara especializada manifestar-se-á sempre Seção VIII
que surgirem outras atividades que possam ser regis- Da ART de Cargo ou Função
tradas por meio de ART múltipla.
§ 2º Aprovada pela câmara especializada, a proposta Art. 43. O vínculo para desempenho de cargo ou fun-
será levada ao Plenário para apreciação. ção técnica, tanto com pessoa jurídica de direito pú-
§ 3º Após aprovação pelo Plenário do Crea, a proposta blico quanto de direito privado, obriga à anotação de
será encaminhada ao Confea para apreciação e atua- responsabilidade técnica no Crea em cuja circunscri-
lização da relação correspondente. ção for exercida a atividade.
Art. 37. A ART múltipla deve relacionar as atividades § 1º A ART relativa ao desempenho de cargo ou fun-
referentes às obras e aos serviços de rotina contrata- ção deve ser registrada após assinatura do contrato
dos ou desenvolvidos no mês calendário. ou publicação do ato administrativo de nomeação ou
Art. 38. A ART múltipla deve ser registrada até o dé- designação, de acordo com as informações constantes
cimo dia útil do mês subsequente à execução da obra do documento comprobatório de vínculo do pro ssio-
ou prestação do serviço de rotina, no Crea em cuja nal com a pessoa jurídica.
circunscrição for exercida a atividade. § 2º Somente a alteração do cargo, da função ou da
Art. 39. É vedado o registro de atividade que tenha circunscrição onde for exercida a atividade obriga ao
sido concluída em data anterior ou iniciada posterior- registro de nova ART.
mente ao período do mês de referência a que corres- § 3º É vedado o registro da ART de cargo ou função ex-
tinta, cujo vínculo contratual tenha sido iniciado após
ponde a ART múltipla.
a data de entrada em vigor desta resolução.
Art. 40. Compete ao pro ssional cadastrar a ART múl-
Art. 44. O registro da ART de cargo ou função de pro-
tipla no sistema eletrônico e efetuar o recolhimento do
ssional integrante do quadro técnico da pessoa jurí-
valor relativo ao registro no Crea em cuja circunscri- dica não exime o registro de ART de execução de obra
ção for exercida a atividade, nos seguintes casos: ou prestação de serviço – especí ca ou múltipla.
I – quando o pro ssional for contratado como autôno- Art. 45. O registro da ART de cargo ou função somente
mo diretamente por pessoa física ou jurídica; ou será efetivado após a apresentação no Crea da com-
II – quando o pro ssional for o proprietário do empre- provação do vínculo contratual.
endimento ou empresário. Parágrafo único. Para efeito desta resolução, o vínculo
Art. 41. Compete ao pro ssional cadastrar a ART múl- entre o pro ssional e a pessoa jurídica pode ser com-
tipla no sistema eletrônico e à pessoa jurídica efetuar provado por meio de contrato de trabalho anotado na
o recolhimento do valor relativo ao registro no Crea Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, con-
da circunscrição onde for exercida a atividade, quando trato de prestação de serviço, livro ou cha de registro
o responsável técnico desenvolver atividades em nome de empregado, contrato social, ata de assembleia ou
da pessoa jurídica com a qual mantenha vínculo. ato administrativo de nomeação ou designação do
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo tam- qual constem a indicação do cargo ou função técnica,
bém se aplica ao registro da ART múltipla de execução o início e a descrição das atividades a serem desenvol-
de obra ou prestação de serviço de rotina desenvolvido vidas pelo pro ssional.
por pro ssional integrante do quadro técnico de pes- Art. 46. Compete ao pro ssional cadastrar a ART de
soa jurídica de direito público. cargo ou função no sistema eletrônico e à pessoa ju-
rídica efetuar o recolhimento do valor relativo ao re-
Seção VII gistro no Crea da circunscrição onde for exercida a
Da ART de Obra ou Serviço que Abrange Circuns- atividade.
crições de Diversos Creas
CAPÍTULO II
Art. 42. A ART relativa à execução de obras ou à pres- DO ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL
tação de serviços que abranjam circunscrições de di-
versos Creas deve ser registrada antes do início da Art. 47. O acervo técnico é o conjunto das atividades
respectiva atividade técnica, de acordo com as infor- desenvolvidas ao longo da
mações constantes do contrato rmado entre as par- vida do pro ssional compatíveis com suas atribuições
tes, da seguinte forma: e registradas no Crea por meio de anotações
de responsabilidade técnica.
I – a ART referente à execução de obras ou à prestação
Parágrafo único. Constituirão o acervo técnico do pro-
serviços que abranjam mais de uma unidade da fede-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ssional as atividades
ração pode ser registrada em qualquer dos Creas onde
nalizadas cujas ARTs correspondentes atendam às
for realizada a atividade; seguintes condições:
II – a ART referente à prestação de serviço cujo obje- I – tenham sido baixadas; ou
to encontra-se em outra unidade da federação pode II – não tenham sido baixadas, mas tenha sido apre-
ser registrada no Crea desta circunscrição ou no Crea sentado atestado que comprove
onde for realizada a atividade pro ssional; ou a execução de parte das atividades nela consignadas.
III – a ART referente à prestação de serviços executa- Art. 48. A capacidade técnico-pro ssional de uma pes-
dos remotamente a partir de um centro de operações soa jurídica é representada pelo conjunto dos acervos
deve ser registrada no Crea em cuja circunscrição se técnicos dos pro ssionais integrantes de seu quadro
localizar o centro de operações. (NR) técnico.

53
Parágrafo único. A capacidade técnico-pro ssional de Art. 54. Revogado pela Resolução 1.092, de 19 de se-
uma pessoa jurídica varia tembro de 2017
em função da alteração dos acervos técnicos dos pro- Art. 55. É vedada a emissão de CAT em nome da pes-
ssionais integrantes de seu quadro técnico. soa jurídica.
Parágrafo único. A CAT constituirá prova da capacida-
Seção I de técnico-pro ssional da pessoa jurídica somente se
Da Emissão de Certidão de Acervo Técnico o responsável técnico indicado estiver a ela vinculado
como integrante de seu quadro técnico.
Art. 49. A Certidão de Acervo Técnico – CAT é o instru- Art. 56. A CAT deve conter número de controle para
mento que certi ca, para os efeitos legais, que consta consulta acerca da autenticidade e da validade do do-
dos assentamentos do Crea a anotação da responsa- cumento.
bilidade técnica pelas atividades consignadas no acer- Parágrafo único. Após a emissão da CAT, os dados
vo técnico do pro ssional. para sua validação serão automaticamente transmi-
Art. 50. A CAT deve ser requerida ao Crea pelo pro- tidos ao SIC.
ssional por meio de formulário próprio, conforme o
Anexo III, com indicação do período ou especi cação Seção II
do número das ARTs que constarão da certidão. Do Registro de Atestado
Parágrafo único. No caso de o pro ssional especi car
ART de obra ou serviço em andamento, o requerimen- Art. 57. É facultado ao pro ssional requerer o regis-
to deve ser instruído com atestado que comprove a tro de atestado fornecido por pessoa física ou jurídica
efetiva participação do pro ssional na execução da de direito público ou privado contratante com o obje-
obra ou prestação do serviço, caracterizando, explici- tivo de fazer prova de aptidão para desempenho de
tamente, o período e as atividades ou as etapas na- atividade pertinente e compatível em características,
lizadas. quantidades e prazos.
Art. 51. O Crea manifestar-se-á sobre a emissão da Parágrafo único. O atestado é a declaração forneci-
CAT após efetuar a análise do requerimento e a veri - da pela contratante da obra ou serviço, pessoa física
cação das informações apresentadas. ou jurídica de direito público ou privado, que atesta a
§ 1º O requerimento será deferido somente se for ve- execução de obra ou a prestação de serviço e identi ca
ri cada sua compatibilidade com o disposto nesta re- seus elementos quantitativos e qualitativos, o local e
solução. o período de execução, os responsáveis técnicos envol-
§ 2º Compete ao Crea, quando necessário e mediante vidos e as atividades técnicas executadas. Art. 58. As
justi cativa, solicitar outros documentos ou efetuar di- informações acerca da execução da obra ou prestação
ligências para averiguar as informações apresentadas. de serviço, bem como os dados técnicos qualitativos e
§ 3º A análise do requerimento para emissão de CAT quantitativos do atestado devem ser declarados por
aos responsáveis técnicos por obras ou serviços execu- pro ssional que possua habilitação nas pro ssões
tados por Sociedade em Conta de Participação, deverá abrangidas pelo Sistema Confea/Crea.
ser realizada pela Câmara Especializada relacionada Parágrafo único. No caso em que a contratante não
à atividade desenvolvida, que observará a efetiva par- possua em seu quadro técnico pro ssional habilitado,
ticipação na execução da obra ou prestação do servi- o atestado deverá ser objeto de laudo técnico.
ço. (NR) Art. 59. O registro de atestado deve ser requerido ao
§ 4º A emissão de CAT aos responsáveis técnicos pela Crea pelo pro ssional por meio de formulário, con-
execução e scalização de obras deverá ser condicio- forme o Anexo III, e instruído com original e cópia, ou
nada à apresentação do respectivo Livro de Ordem ao com cópia autenticada, do documento fornecido pelo
Crea. (NR) contratante. (NR)
Art. 52. A CAT, emitida em nome do pro ssional con- § 1º Para efeito desta resolução, somente será objeto
forme o Anexo II, deve conter as seguintes informa- de registro pelo Crea o atestado emitido sem rasuras
ções: ou adulteração, e que apresentar os dados mínimos
I – identi cação do responsável técnico; indicados no Anexo IV.
II – dados das ARTs; § 2º O requerimento deverá conter declaração do pro-
III – observações ou ressalvas, quando for o caso; ssional corroborando a veracidade das informações
IV – local e data de expedição; e relativas à descrição das atividades constantes das
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

V – autenticação digital. ARTs especi cadas e à existência de subcontratos ou


Páragrafo único. A CAT poderá ser emitida pela Inter- subempreitadas.
net desde que atendidas as exigências de análise de § 3º Será mantida no Crea uma cópia do atestado
documentação relativa ao caso especi co. apresentado. (NR)
Art. 53. A CAT é válida em todo o território nacional. Art. 60. O atestado que referenciar serviços que foram
§ 1º A CAT perderá a validade no caso de modi ca- parcialmente concluídos deve explicitar o período e as
ção dos dados técnicos qualitativos ou quantitativos etapas executadas.
nela contidos em razão de substituição ou anulação Art. 61. O atestado que referenciar serviços subcon-
da ART. (NR) tratados ou subempreitados deve estar acompanhado
§ 2º A validade da CAT deve ser conferida no site do de documentos hábeis que comprovem a anuência
Crea ou do Confea. do contratante original ou que comprovem a efetiva

54
participação do pro ssional na execução da obra ou respondente, desde que tenha sido realizada após sua
prestação do serviço, tais como trabalhos técnicos, diplomação em curso técnico de nível médio ou de
correspondências, diário de obras ou documento equi- nível superior nas pro ssões abrangidas pelo Sistema
valente. Confea/Crea.
Art. 61-A. O atestado que referenciar serviços de su- Parágrafo único. Revogado pela Resolução 1.092, de
pervisão, coordenação, direção ou condução de equi- 19 de setembro de 2017.
pe técnica deverá relacionar os demais pro ssionais Art. 66. A inclusão ao acervo técnico de atividade de-
da equipe e suas respectivas ARTs. (NR) senvolvida no exterior deve ser requerida ao Crea por
Art. 62. No caso de obra própria, o atestado deve estar meio de formulário, conforme o Anexo III, e instruída
acompanhado de documento público que comprove a com cópia dos seguintes documentos:
conclusão da obra ou serviço expedido pela prefeitura, I – formulário da ART, assinado pelo responsável técni-
por agência reguladora ou por órgão ambiental, entre co e pelo contratante, indicando o nível de participa-
outros. ção e as atividades desenvolvidas pelo pro ssional; e
Art. 63. O Crea manifestar-se-á sobre o registro do II – documento hábil que comprove a efetiva partici-
atestado após efetuar a análise do requerimento e a pação do pro ssional na execução da obra ou pres-
veri cação dos dados do atestado em face daqueles tação do serviço, indicando explicitamente o período,
constantes dos assentamentos do Crea relativos às o nível de atuação e as atividades desenvolvidas, tais
ARTs registradas. como trabalhos técnicos, correspondências, diário de
§ 1º O requerimento será deferido somente se for ve- obras, livro de ordem, atestado emitido pelo contra-
ri cada sua compatibilidade com o disposto nesta re- tante ou documento equivalente.
solução. § 1º O Crea dispensará a assinatura do contratante na
§ 2º Compete ao Crea, quando necessário e mediante ART caso seja apresentada cópia do contrato ou de do-
justi cativa, solicitar outros documentos ou efetuar di- cumento equivalente que comprove a relação jurídica
ligências para averiguar as informações apresentadas. entre as partes.
§ 3º Em caso de dúvida, o processo será encaminhado § 2º Os documentos em língua estrangeira, legali-
zados pela autoridade consular brasileira, devem ser
à câmara especializada competente para apreciação.
traduzidos para o vernáculo por tradutor público ju-
§ 4º Em caso de dúvida quando a atividade técnica
ramentado.
descrita na ART caracterizar assunto de interesse co-
Art. 67. O requerimento de inclusão ao acervo técni-
mum a duas ou mais especializações pro ssionais, o
co será analisado para veri cação da documentação
processo será apreciado pelas câmaras especializadas apresentada, das atribuições do pro ssional e da ati-
competentes e, em caso de divergência, encaminhado
vidade descrita, em função da legislação brasileira em
ao Plenário do Crea para decisão.
vigor à época de sua execução.
Art. 64. O registro de atestado será efetivado por meio
Parágrafo único. Compete ao Crea, quando necessário
de sua vinculação à CAT,
e mediante justi cativa, solicitar outros documentos
que especi cará somente as ARTs a ele corresponden-
para averiguar as informações apresentadas.
tes.
Art. 68. A câmara especializada competente decidirá
§ 1º A veracidade e a exatidão das informações cons-
sobre o requerimento de registro da ART após a veri -
tantes do atestado são de responsabilidade do seu
cação das informações apresentadas.
emitente.
§ 1º O requerimento será deferido somente se for ve-
§ 2º A CAT à qual o atestado está vinculado é o docu-
ri cada sua compatibilidade com o disposto nesta re-
mento que comprova o registro do atestado no Crea.
§ 3º A CAT apresentará informações ou ressalvas per- solução.
tinentes em função da veri cação do registro do pro- § 2º Após o deferimento, o pro ssional será comuni-
ssional e da pessoa jurídica à época da execução da cado para efetuar o recolhimento do valor relativo ao
obra ou da prestação do serviço, bem como dos dados registro da ART.
do atestado em face daqueles constantes dos assenta- § 3º No caso em que a atividade técnica descrita na
mentos do Crea relativos às ARTs registradas. ART caracterizar assunto de interesse comum a duas
§ 4º O atestado registrado constituirá prova da capa- ou mais especializações pro ssionais, o processo será
cidade técnico-pro ssional da pessoa jurídica somente apreciado pelas câmaras especializadas competentes
se o responsável técnico indicado estiver ou venha ser e, em caso de divergência, encaminhado ao Plenário
a ela vinculado como integrante de seu quadro técni- do Crea para decisão.
co por meio de declaração entregue no momento da
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

habilitação ou da entrega das propostas. CAPÍTULO III


DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção III
Da Inclusão ao Acervo Técnico de Atividade Desen- Art. 69. É facultado ao pro ssional requerer por meio
volvida no Exterior de fomulário, conforme o Anexo III, certidão que rela-
ciona as ARTs registradas no Crea em função do perí-
Art. 65. É facultado ao pro ssional, brasileiro ou es- odo ou da situação em que se encontram.
trangeiro, registrado no Crea, que executou obra, Art. 70. As cópias dos documentos exigidos nesta re-
prestou serviços ou desempenhou cargo ou função solução devem ser autenticadas em cartório ou objeto
no exterior, requerer a inclusão desta atividade ao de conferência atestada por servidor do Crea, desde
seu acervo técnico por meio do registro da ART cor- que apresentados os respectivos originais.

55
Art. 71. Compete ao Crea, sempre que necessário, ave- V – consulta às ARTs registradas e às CATs emitidas; e
riguar as informações apresentadas e adotar as provi- VI – anotação no SIC das informações referenciadas
dências necessárias ao caso. nesta resolução.
Art. 72. Os critérios e os procedimentos para regula- § 1º Até que a implantação da infraestrutura tecno-
rização de obra ou serviço concluído sem a anotação lógica e a adaptação do sistema corporativo do Crea
de responsabilidade técnica serão objeto de resolução se efetivem, os novos procedimentos previstos para o
especí ca. registro e a baixa da ART poderão ser disponibilizados
Art. 73. Os valores de registro e de serviços discipli- ao pro ssional por meio de formulário impresso nos
moldes dos anexos desta resolução.
nados nesta resolução serão objeto de legislação es-
§ 2º Até que a integração ao SIC se efetive, o sistema
pecí ca. corporativo do Crea deverá disponibilizar aos interes-
Art. 74. Revogado pela Resolução 1.092, de 19 de se- sados serviço de consulta aos documentos eletronica-
tembro de 2017. mente registrados e emitidos.
§ 1º Para ns de atualização dos Anexos I, II, III e IV, o § 3º Até que a implantação da infraestrutura tecno-
Crea deve encaminhar ao Confea proposta justi cada lógica e a adaptação do sistema corporativo do Crea
até 30 de maio de cada ano. se efetivem, a CAT poderá ser emitida manualmente e
§ 2º O disposto neste artigo também se aplica ao ma- assinada pelo presidente ou por empregado do Crea,
nual de procedimentos para preenchimento da ART, desde que conste da certidão referência expressa a
emissão de CAT e registro de atestado. esta delegação.
Art. 75. As tabelas auxiliares relacionadas no manual Art. 78. O registro de ART manualmente preenchida
de procedimentos serão atualizadas rotineiramente somente será efetivado com a apresentação ao Crea
a partir de proposta justi cada encaminhada pelos da via assinada e do comprovante do pagamento do
Creas, após deliberação da comissão permanente que valor correspondente.
Parágrafo único. Será vedado ao Crea registrar ART
tem como atribuição a organização do Sistema. manualmente preenchida a partir de 1º de janeiro de
Parágrafo único. As propostas para atualização das 2011, ressalvados casos especí cos devidamente justi-
tabelas auxiliares serão analisadas em caráter priori- cados e autorizados pelo Plenário do Confea.
tário pela unidade organizacional do Confea respon- Art. 79. Revogado pela Resolução 1.050, de 13 de de-
sável pela elaboração de normas e procedimentos. zembro de 2013.
Art. 75-A. Após a implantação da infraestrutura tec- Art. 80. Os novos procedimentos previstos para a ano-
nológica do SIC, o Crea que deixar de atualizar as tação de responsabilidade técnica serão obrigatórios
informações neste banco de dados será considerado somente para as ARTs registradas de acordo com os
inadimplente até a regularização da pendência. (NR) formulários
constantes do Anexo I.
CAPÍTULO IV Parágrafo único. Os novos procedimentos para análise
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS de acervo técnico serão
obrigatórios para todas as ARTs, independentemente
da data de registro, ressalvadas aquelas
Art. 76. O Crea terá até a data de início da vigência indicadas em requerimento protocolizado no Crea até
desta resolução para promover a adaptação de suas a data de entrada em vigor desta resolução.
rotinas administrativas aos novos procedimentos pre- Art. 81. Esta resolução entra em vigor em 1º de janeiro
vistos para a anotação de responsabilidade técnica e a de 2010.
composição do acervo técnico, de acordo com as dire- Art. 82. Revoga-se o art. 7º da Resolução nº 444, de 14
trizes xadas pelo Confea. de abril de 2000, e na
Parágrafo único. Para atendimento ao disposto no ca- íntegra as Resoluções nos 317, de 31 de outubro de
put deste artigo, o Crea deverá adotar as seguintes 1986, 394, de 17 de março de 1995, 425, de 18
providências: de dezembro de 1998, e 1.023, de 30 de maio de 2008,
I – instituir plano de comunicação para divulgar aos as Decisões Normativas nos 15, de 2 de janeiro de
pro ssionais os procedimentos que serão alterados ou 1985, 58, de 9 de agosto de 1996, e 64, de 30 de abril
implantados a partir da vigência desta resolução; de 1999, e demais disposições em contrário. (NR).
II – reformular os atos administrativos que contrariem
as novas disposições; e
III – aprovar outros atos administrativos que se façam RESOLUÇÃO Nº 1.090/2017
necessários para o cumprimento desta resolução.
Art. 77. O Crea terá o prazo de doze meses após a
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

entrada em vigor desta resolução para implantar a in-


fraestrutura tecnológica necessária e adaptar seu sis- Trata-se do ato que dispõe sobre o cancelamento de
tema corporativo aos novos procedimentos eletrônicos registro pro ssional por má conduta pública, escândalo
previstos para a anotação de responsabilidade técnica ou crime infamante.
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONO-
e a composição do acervo técnico, de acordo com as
MIA – CONFEA, no uso das atribuições que lhe confere a
diretrizes xadas pelo Confea, quais sejam:
alínea “f” do art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro
I – registro, baixa, cancelamento e anulação de ART;
de 1966, e
II – emissão de certidão de acervo técnico;
Considerando o art. 71 da Lei nº 5.194, de 1966, que
III – registro de atestado;
estabelece as penalidades aplicáveis por infração a essa
IV – inclusão ao acervo técnico de atividade desenvol- lei;
vida no exterior;

56
Considerando o art. 75 da Lei nº 5.194, de 1966, que II - manter no exercício da pro ssão conduta incom-
estabelece que o cancelamento do registro será efetua- patível com a honra, a dignidade e a boa imagem da
do por má conduta pública e escândalos praticados pelo pro ssão;
pro ssional ou sua condenação de nitiva por crime con- III - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para
siderado infamante; o registro no Crea;
Considerando o inciso XLVII, alínea “b”, do art. 5º da IV - falsi car ou adulterar documento público emitido
Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de ou registrado pelo Crea para obter vantagem indevida
outubro de 1988, que estabelece a garantia de que não para si ou para outrem;
haverá penas de caráter perpétuo; V - usar das prerrogativas de cargo, emprego ou fun-
Considerando o art. 5°, inciso LV, da Constituição da ção pública ou privada para obter vantagens indevi-
República Federativa do Brasil, de 1988, que assegura o das para si ou para outrem;
direito ao contraditório e à ampla defesa dos litigantes; VI - ter sido condenado por Tribunal de Contas ou
Considerando o Código de Ética Pro ssional, adotado pelo Poder Judiciário por prática de ato de improbi-
dade administrativa enquanto no exercício de empre-
pela Resolução n° 1.002, de 26 de novembro de 2002; go, cargo ou função pública ou privada, caso concorra
Considerando a resolução especí ca que aprova o re- para o ilícito praticado por agente público ou, tendo
gulamento para condução do processo ético-disciplinar, conhecimento de sua origem ilícita, dele se bene cie
no exercício de atividades que exijam conhecimentos
RESOLVE: de engenharia, de agronomia, de geologia, de geogra-
a ou de meteorologia; e
Art. 1º Fixar as de nições e os procedimentos necessá- VII - ter sido penalizado com duas censuras públicas,
rios à condução do processo de cancelamento do re- em processos transitados em julgado, nos últimos cin-
gistro pro ssional pela prática de má conduta pública, co anos.
escândalos e crimes infamantes, bem como os proce- Art. 4º O enquadramento da infração por crime con-
dimentos para requerimento de reabilitação do pro- siderado infamante dependerá da apresentação da
ssional. decisão criminal transitada em julgado.

CAPÍTULO III
CAPÍTULO I DA INSTAURAÇÃO E CONDUÇÃO DO PROCESSO
DAS DEFINIÇÕES

Art. 2º Para os ns desta resolução, considera-se: Art. 5º O processo será instaurado pelo Crea, a partir
I - má conduta pública: a atuação incorreta, irregular, de denúncia ou por iniciativa própria, e conduzido em
caráter prioritário na forma estabelecida pela resolu-
que atenta contra as normas legais ou que fere a mo- ção especí ca que trata do processo ético-disciplinar.
ral quando do exercício pro ssional; § 1º Caberá à câmara especializada da modalidade do
II - escândalo: aquilo que, quando do exercício pro- denunciado, no caso de recebimento de denúncia, en-
ssional, perturba a sensibilidade do homem comum caminhar o processo à Comissão de Ética Pro ssional,
pelo desprezo às convenções ou à moral vigente, ou com a indicação expressa para que aquela comissão
causa indignação provocada por um mau exemplo, averigue a ocorrência de infração ao art. 75 da Lei n°
por má conduta pública ou por ação vergonhosa, le- 5.194, de 1966, ou ao Código Ética Pro ssional.
viana, indecente, ou constitui acontecimento imoral § 2º O Crea deverá instaurar processo de ofício quan-
ou revoltante que abala a opinião pública; do constatados por qualquer meio à sua disposição,
III - crime infamante: aquele que acarreta desonra, in- inclusive a partir de notícias veiculadas em meios de
dignidade e infâmia ao seu autor, ou que repercute comunicação idôneos, indícios de má conduta pública,
negativamente em toda a categoria pro ssional, atin- escândalo ou condenação por crime infamante.
gindo a imagem coletiva dos pro ssionais do Sistema
CAPITULO IV
Confea/Crea;
DA REABILITAÇÃO PROFISSIONAL
IV - imperícia: a atuação do pro ssional que se in-
cumbe de atividades para as quais não possua conhe-
cimento técnico su ciente, mesmo tendo legalmente Art. 6º O pro ssional que tiver o seu registro cance-
essas atribuições; lado por má conduta pública, escândalo ou crime in-
V - imprudência: a atuação do pro ssional que, mes- famante poderá requerer sua reabilitação, mediante
mo podendo prever consequências negativas, pratica novo registro, decorridos no mínimo cinco anos da
ato sem considerar o que acredita ser fonte de erro; e data do trânsito em julgado da decisão administrativa
VI - negligência: a atuação omissa do pro ssional ou que ensejou seu cancelamento.
§ 1º Além dos documentos estabelecidos pela resolu-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

a falta de observação do seu dever, principalmente


aquela relativa à não participação efetiva na autoria ção especí ca que trata do registro pro ssional, o re-
do projeto ou na execução do empreendimento. querimento de que trata o caput deverá ser instruído
com os seguintes documentos comprobatórios da rea-
CAPÍTULO II bilitação do pro ssional relativos à infração cometida:
I – certidão negativa de processos criminais, expedida
DO ENQUADRAMENTO
pela comarca do seu domicílio, e sentença de reabili-
tação criminal; e
Art. 3º São enquadráveis como má conduta ou escân- II – três declarações de idoneidade e de boa condu-
dalos passíveis de cancelamento do registro pro ssio- ta lavradas por pro ssionais idôneos e registrados no
nal, entre outros, os seguintes atos e comportamentos: Crea da jurisdição onde será processado o requeri-
I - incidir em erro técnico grave por negligência, impe- mento, com rma reconhecida em cartório.
rícia ou imprudência, causando danos;

57
§ 2º O pro ssional que tiver concedida sua solicitação “Art. 42
de reabilitação receberá novo registro, com nova nu- III – a ART referente à prestação de serviços executa-
meração, devendo o acervo técnico constante de seu dos remotamente a partir de um centro de operações
registro anterior ser transferido para o novo registro. deve ser registrada no Crea em cuja circunscrição se
localizar o centro de operações.” (NR)
Art. 7° Apresentado o requerimento de novo registro “Art. 53
devidamente instruído, o processo será encaminhado § 1º A CAT perderá a validade no caso de modi ca-
à câmara especializada da modalidade do denuncia-
do para apreciação da documentação comprobatória ção dos dados técnicos qualitativos ou quantitativos
da reabilitação do pro ssional. nela contidos em razão de substituição ou anulação
§ 1º Recebida a documentação comprobatória da rea- da ART.”
bilitação do pro ssional pela câmara especializada, o (NR)
processo será conduzido na forma da resolução espe- “Art. 59. O registro de atestado deve ser requerido ao
cí ca que trata do registro pro ssional. Crea pelo pro ssional por meio de formulário, con-
§ 2º Rejeitada a documentação comprobatória da re- forme o Anexo III, e instruído com original e cópia, ou
abilitação do pro ssional pela câmara especializada, com cópia autenticada, do documento fornecido pelo
o requerimento será arquivado. contratante.
Art. 8° Após um ano da data do trânsito em julgado § 3º Será mantida no Crea uma cópia do atestado
da decisão que indeferiu sua reabilitação pro ssional, apresentado.” (NR)
o interessado poderá protocolar novo requerimento “Art. 82. Revoga-se o art. 7º da Resolução nº 444, de
para reabilitação na forma do art. 6º desta resolução.
14 de abril de 2000, e na íntegra as Resoluções nos
Art. 9º Fica revogada a Decisão Normativa nº 69, de
317, de 31 de outubro de 1986, 394, de 17 de março
23 de março de 2001.
Art. 10. Esta resolução entra em vigor na data de sua de 1995, 425, de 18 de dezembro de 1998, e 1.023, de
publicação. 30 de maio de 2008, as Decisões Normativas nos 15,
de 2 de janeiro de 1985, 58, de 9 de agosto de 1996, e
64, de 30 de abril de 1999, e demais disposições em
contrário.” (NR)
RESOLUÇÃO Nº 1.092/2017
Art. 3º Acrescentar os §§ 3º e 4º no art. 51, o art. 61-A
e o art. 75-A da Resolução nº 1.025, de 2009, publica-
da no Diário O cial da União – DOU de 31 de dezem-
É a resolução que Altera a Resolução nº 1.025, de 30 bro de 2006 – Seção 1, pág. 119 a 121, com a seguinte
de outubro de 2009, que dispõe sobre a Anotação de redação:
Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Pro ssional. “Art. 51..........
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONO- § 3º A análise do requerimento para emissão de CAT
MIA – CONFEA, no uso das atribuições que lhe confere o aos responsáveis técnicos por obras ou serviços execu-
art. 27, alínea “f”, da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de tados por Sociedade em Conta de Participação, deverá
1966, e Considerando os arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 6.496, ser realizada pela Câmara Especializada relacionada
de 7 de dezembro de 1977, que institui a Anotação de à atividade desenvolvida, que observará a
Responsabilidade Técnica – ART na execução de obras efetiva participação na execução da obra ou prestação
e na prestação de serviços de Engenharia e Agronomia; do serviço.” (NR)
Considerando a Resolução nº 1.025, de 30 de outubro § 4º A emissão de CAT aos responsáveis técnicos pela
de 2009, que dispõe sobre a Anotação de Responsabili- execução e scalização de obras deverá ser condicio-
dade Técnica e o Acervo Técnico Pro ssional; nada à apresentação do respectivo Livro de Ordem ao
Considerando a Resolução nº 1.050, de 13 de dezem- Crea.”
(NR)
bro de 2013, que dispõe sobre a regularização de obras
“Art. 61-A. O atestado que referenciar serviços de su-
e serviços de Engenharia e Agronomia concluídos sem a pervisão, coordenação, direção ou condução de equi-
devida Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, pe técnica deverá relacionar os demais pro ssionais
da equipe e suas respectivas ARTs.” (NR)
RESOLVE: “Art. 75-A. Após a implantação da infraestrutura tec-
nológica do SIC, o Crea que deixar de atualizar as
Art. 1º Alterar a Resolução nº 1.025, de 30 de outubro informações neste banco de dados será considerado
de 2009, que dispõe sobre a Anotação de Responsabi- inadimplente até a regularização da pendência.” (NR)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

lidade Técnica e o Acervo Técnico Pro ssional, e atua- Art. 4º Revogar o art. 54, o parágrafo único do art. 65
lizar os modelos de ART e de CAT, o Requerimento de e o art. 74 da Resolução nº 1.025, de 2009, publicada
ART e Acervo Técnico e os dados mínimos para regis- no Diário O cial da União – DOU de 31 de dezembro
tro do atestado que constituem os Anexos I, II, III e IV de 2006 – Seção 1, pág. 119 a 121, e a Resolução nº
da resolução, respectivamente. 229, de 27 de junho de 1975, publicada no D.O.U. de
22 de agosto de 1975.
Art. 5º Atualizar os modelos de ART e de CAT, o Reque-
Art. 2º Alterar o inciso III do art. 42, o § 1º do art. 53, rimento de ART e Acervo Técnico e os dados mínimos
o art. 59 e seu § 3º e o art. 82 da Resolução nº 1.025, para registro do atestado constantes da Resolução nº
de 2009, publicada no Diário O cial da União – DOU 1.025, de 2009, publicada no Diário O cial da União
de 31 de dezembro de 2006 – Seção 1, pág. 119 a 121, – DOU de 31 de dezembro de 2006 – Seção 1, pág.
que passam a vigorar com a seguinte redação: 119 a 121.

58
Art. 6º Os Creas terão o prazo de 180 (cento e oitenta)
dias para se adequarem às disposições dos arts. 3º e
5º desta Resolução. RESOLUÇÃO Nº 1.048/2013
Art. 7º Esta resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
É a resolução que consolida as áreas de atuação, as
atribuições e as atividades pro ssionais relacionadas nas
RESOLUÇÃO Nº 1.047/2013 leis, nos decretos-lei e nos decretos que regulamentam
as pro ssões de nível superior abrangidas pelo Sistema
Confea/Crea.
Trata-se de resolução que altera a Resolução nº 1.008, O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONO-
de 09 de dezembro de 2004, que dispõe sobre os proce- MIA - CONFEA, no uso das atribuições que lhe confere
dimentos para instauração, instrução e julgamento dos a alínea “f” do art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 de dezem-
processos de infração e aplicação de penalidades. bro 1966, e considerando que compete exclusivamente
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONO- ao Confea baixar e fazer publicar as resoluções previstas
MIA – Confea, no uso das atribuições que lhe confere a para regulamentação e execução da lei, bem como pro-
alínea “f” do art. 27 da Lei n° 5.194, de 24 de dezembro ceder a consolidação e o estabelecimento das atribui-
de 1966, e Considerando o art. 73 da Lei nº 5.194, de ções dos pro ssionais por ele abrangidos, conforme o
1966, que estipula as multas a serem aplicadas às pes- Decreto-Lei nº 8.620, de 10 de janeiro de 1946;
soas físicas – pro ssionais e leigos - e às pessoas jurídicas Considerando a Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de
que incorrerem em infração à legislação pro ssional de 1966, que regula o exercício das pro ssões de engenhei-
acordo com a gravidade da falta cometida; ro e de engenheiro agrônomo;
Considerando as disposições do parágrafo único do Considerando a Lei nº 4.076, de 23 de junho de 1962,
art. 73 e art. 74 da Lei nº 5.194, de 1966, no que se refere
às conceituações de reincidência e de nova reincidência que regula o exercício da pro ssão de geólogo;
de infrações praticadas; Considerando a Lei nº 6.664, de 26 de junho de 1979,
Considerando a Lei nº 4.950-A, de 22 de abril de que disciplina a pro ssão de geógrafo;
1966, que dispõe sobre a remuneração de pro ssionais Considerando a Lei nº 6.835, de 14 de outubro de
scalizados pelo Sistema Confea/Crea; 1980, que dispõe sobre o exercício da pro ssão de me-
Considerando a Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de teorologista;
1977, que institui a Anotação de Responsabilidade Téc- Considerando o Decreto nº 23.196, de 12 de outubro
nica na prestação de serviços de Engenharia, Arquitetura de 1933, que regula o exercício da pro ssão agronômica;
e Agronomia; Considerando o Decreto nº 23.569, de 11 de dezem-
Considerando a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de bro de 1933, que regula o exercício das pro ssões de
1999, que regula o processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal, engenheiro e de agrimensor;
Considerando a Resolução nº 1.008, de 09 de dezem- Considerando o Decreto-Lei nº 8.620, de 10 de janei-
bro de 2004, que dispõe sobre os procedimentos para ro de 1946;
instauração, instrução e julgamento dos processos de in- Considerando a Lei nº 4.643, de 31 de maio de 1965,
fração e aplicação de penalidades; que determina a inclusão da especialização de engenhei-
Considerando a necessidade de aperfeiçoar os pro- ro orestal na enumeração do art. 16 do Decreto-Lei nº
cedimentos scalizatórios, de maneira a proporcionar 8.620, de 1946;
celeridade e e ciência no tocante à autuação de pessoas Considerando a Lei nº 7.410, de 27 de novembro de
físicas e jurídicas; 1985, que dispõe sobre a especialização em nível de pós-
-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho;
RESOLVE:
Considerando o disposto na Constituição Federal, art.
Art. 1º Revogar os arts. 7º e 8º e o inciso VIII do art. 47 5º, inciso XIII, que preconiza “é livre o exercício de qual-
da Resolução nº 1.008, quer trabalho, ofício ou pro ssão, atendidas as quali ca-
de 09 de dezembro de 2004, que dispõe sobre os pro- ções pro ssionais que a lei estabelecer”; e
cedimentos para instauração, Considerando o disposto na Constituição Federal, art.
instrução e julgamento dos processos de infração e 5º, inciso XXXVI, que preconiza “a lei não prejudicará o
aplicação de penalidades, publicada no direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julga-
D.O.U, de 13 de dezembro de 2004, Seção 1, pág. da”;
142/143.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 2º Alterar o caput do art. 9º da Resolução nº RESOLVE:


1.008, de 09 de dezembro de 2004, que dispõe sobre
os procedimentos para instauração, instrução e julga-
mento dos processos de infração e aplicação de pe- Art. 1º Consolidar as áreas de atuação, as atribuições
nalidades, publicada no D.O.U, de 13 de dezembro de e as atividades dos Engenheiros Agrônomos ou Agrô-
2004, Seção 1, pág. 142/143, que passa a vigorar com nomos, Engenheiros Civis, Engenheiros Industriais,
a seguinte redação: “Art. 9º Compete ao agente scal Engenheiros Mecânico Eletricistas, Engenheiros Eletri-
a lavratura do auto de infração, indicando a capitula- cistas, Engenheiros de Minas, Engenheiros Geógrafos
ção da infração e da penalidade.” (NR) ou Geógrafos, Agrimensores, Engenheiros Geólogos
Art. 3º Esta resolução entra em vigor após 60 (sessen- ou Geólogos e Meteorologistas, nos termos das leis,
ta) dias da data de sua publicação. dos decretos-lei e dos decretos que regulamentam tais
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário
pro ssões.

59
Art. 2º As áreas de atuação dos pro ssionais contem- XIV - barragens;
plados nesta resolução são caracterizadas pelas reali- XV - irrigação e drenagem para ns agrícolas;
zações de interesse social e humano que importem na XVI - estradas de rodagem de interesse local e destina-
realização dos seguintes empreendimentos: das a ns agrícolas;
I - aproveitamento e utilização de recursos naturais; XVII - construções rurais, destinadas a moradias ou
II - meios de locomoção e comunicações; ns agrícolas;
III - edi cações, serviços e equipamentos urbanos, ru- XVIII - avaliações e perícias;
rais e regionais, nos seus aspectos técnicos e artísticos; XIX - agrologia;
IV - instalações e meios de acesso a costas, cursos e XX - peritagem e identi cação, para desembaraço em
massas de água e extensões terrestres; e repartições scais ou
V - desenvolvimento industrial e agropecuário. para ns judiciais, de instrumentos, utensílios e má-
Art. 3º As atividades dos pro ssionais citados no art. quinas agrícolas, sementes, plantas ou partes vivas de
1º desta resolução são as seguintes: plantas, adubos, inseticidas, fungicidas, maquinismos
e acessórios e, bem assim, outros artigos utilizados na
I - desempenho de cargos, funções e comissões em en-
agricultura ou na instalação de indústrias rurais e de-
tidades estatais, paraestatais, autárquicas e de econo-
rivadas;
mia mista e privada; XXI - determinação do valor locativo e venal das pro-
II - planejamento ou projeto, em geral, de regiões, priedades rurais, para ns administrativos ou judiciais,
zonas, cidades, obras, estruturas, transportes, explo- na parte que se relacione com a sua pro ssão;
rações de recursos naturais e desenvolvimento da pro- XXII - avaliação e peritagem das propriedades rurais,
dução industrial e agropecuária; suas instalações, rebanhos e colheitas pendentes, para
III - estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, ns administrativos, judiciais ou de crédito;
perícias, pareceres e divulgação técnica; XXIII - avaliação dos melhoramentos fundiários;
IV - ensino, pesquisa, experimentação e ensaios; XXIV - o estudo, projeto, direção, scalização e cons-
V - scalização de obras e serviços técnicos; trução de obras de drenagem e irrigação;
VI - direção de obras e serviços técnicos; XXV - o estudo, projeto, direção, scalização e cons-
VII - execução de obras e serviços técnicos; trução de edifícios, com todas as suas obras comple-
VIII - produção técnica especializada, industrial ou mentares;
agropecuária. XXVI - o estudo, projeto, direção, scalização e cons-
Art. 4º O exercício das atividades e das áreas de atua- trução das estradas de rodagem e de ferro;
ção pro ssional elencadas nos arts. 2º e 3º correlacio- XXVII - o estudo, projeto, direção, scalização e cons-
nam-se às seguintes atribuições: trução das obras de captação e abastecimento de
I - ensino agrícola em seus diferentes graus; água;
II - experimentações racionais e cientí cas referentes XXVIII - trabalhos de captação e distribuição da água;
à agricultura, e, em geral, quaisquer demonstrações XXIX - o estudo, projeto, direção, scalização e cons-
práticas de agricultura em estabelecimentos federais, trução das obras destinadas ao aproveitamento de
estaduais e municipais; energia e dos trabalhos relativos às máquinas e fá-
III - propagar a difusão de mecânica agrícola, de pro- bricas;
cessos de adubação, de métodos aperfeiçoados de XXX - o estudo, projeto, direção, execução e explora-
colheita e de bene ciamento dos produtos agrícolas, ção de instalações industriais, fábricas e o cinas;
bem como de métodos de aproveitamento industrial XXXI - o estudo, projeto, direção e execução das insta-
da produção vegetal; lações das o cinas, fábricas e indústrias;
XXXII - o estudo, projeto, direção, scalização e cons-
IV - estudos econômicos relativos à agricultura e in-
trução das obras relativas a portos, rios e canais e das
dústrias correlatas; concernentes aos aeroportos;
V - genética agrícola, produção de sementes, melho- XXXIII - o estudo, projeto, direção, scalização e cons-
ramento das plantas cultivadas e scalização do co- trução das obras peculiares ao saneamento urbano e
mércio de sementes, plantas vivas e partes vivas de rural;
plantas; XXXIV - projeto, direção e scalização dos serviços de
VI - topatologia, entomologia e microbiologia agrí- urbanismo;
colas; XXXV - assuntos de engenharia legal;
VII - aplicação de medidas de defesa e de vigilância XXXVI - assuntos legais relacionados com suas espe-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

sanitária vegetal; cialidades;


VIII - química e tecnologia agrícolas; XXXVII - perícias e arbitramentos;
IX - re orestamento, conservação, defesa, exploração XXXVIII - fazer perícias, emitir pareceres e fazer divul-
e industrialização de matas; gação técnica;
X - administração de colônias agrícolas; XXXIX - trabalhos topográ cos e geodésicos;
XI - ecologia e meteorologia agrícolas; XL - o estudo e projeto de organização e direção das
XII - scalização de estabelecimentos de ensino agro- obras de caráter tecnológico dos edifícios industriais;
nômico reconhecidos, equiparados ou em via de equi- XLI - o estudo, projeto, direção e execução das instala-
paração; ções de força motriz;
XIII - scalização de empresas agrícolas ou de indús- XLII - a direção, scalização e construção das instala-
trias correlatas; ções que utilizem energia elétrica;

60
XLIII - o estudo, projeto, direção e execução das insta- LVIII - dirigir órgãos, serviços, seções, grupos ou seto-
lações mecânicas e eletromecânicas; res de Meteorologia em entidade pública ou privada;
XLIV - o estudo, projeto, direção e execução de obras LIX - julgar e decidir sobre tarefas cientí cas e opera-
relativas às usinas elétricas, às redes de distribuição e cionais de Meteorologia e respectivos instrumentais;
às instalações que utilizem a energia elétrica; LX - pesquisar, planejar e dirigir a aplicação da Meteo-
XLV - a direção, scalização e construção de obras rologia nos diversos campos de sua utilização;
concernentes às usinas elétricas e às redes de distri- LXI - executar previsões meteorológicas;
buição de eletricidade;
LXII - executar pesquisas em Meteorologia;
XLVI - vistorias e arbitramentos;
XLVII - o estudo de geologia econômica e pesquisa de LXIII - dirigir, orientar e controlar projetos cientí cos
riquezas minerais; em Meteorologia;
XLVIII - a pesquisa, localização, prospecção e valoriza- LXIV - criar, renovar e desenvolver técnicas, métodos e
ção de jazidas minerais; instrumental em trabalhos de meteorologia;
XLIX - o estudo, projeto, execução, direção e scaliza- LXV - introduzir técnicas, métodos e instrumental em
ção de serviços de exploração de minas; trabalhos de Meteorologia;
L - o estudo, projeto, execução, direção e scalização LXVI - pesquisar e avaliar recursos naturais na atmos-
de serviços da indústria metalúrgica; fera;
LI - reconhecimentos, levantamentos, estudos e pes- LXVII - pesquisar e avaliar modi cações arti ciais nas
quisas de caráter físicogeográ co, biogeográ co, an- características do tempo; e
tropogeográ co e geoeconômico e as LXVIII - atender a consultas meteorológicas e suas re-
realizadas nos campos gerais e especiais da Geogra a, lações com outras ciências naturais.
que se zerem necessárias:
Parágrafo único. Os pro ssionais citados no art. 1º
a) na delimitação e caracterização de regiões, sub-
-regiões geográ cas naturais e zonas geoeconômicas, desta resolução poderão exercer qualquer outra ati-
para ns de planejamento e organização vidade que, por sua natureza, se inclua no âmbito de
físico-espacial; suas pro ssões.
b) no equacionamento e solução, em escala nacional, Art. 5º Compete exclusivamente ao Sistema Confea/
regional ou local, de problemas atinentes aos recursos Crea de nir as áreas de atuação, as atribuições e as
naturais do País; atividades dos pro ssionais a ele vinculados, não pos-
c) na interpretação das condições hidrológicas das ba- suindo qualquer efeito prático e legal resoluções ou
cias uviais; normativos editados e divulgados por outros conse-
d) no zoneamento geo-humano, com vistas aos plane- lhos de scalização pro ssional tendentes a restringir
jamentos geral e regional; ou suprimir áreas de atuação, atribuições e atividades
e) na pesquisa de mercado e intercâmbio comercial dos pro ssionais vinculados ao Sistema Confea/Crea.
em escala regional e inter-regional; Art. 6º Esta resolução entra em vigor na data de sua
f) na caracterização ecológica e etológica da paisa- publicação.
gem geográ ca e problemas conexos;
g) na política de povoamento, migração interna, imi-
gração e colonização de regiões novas ou de revalori- RESOLUÇÃO Nº 1.050/2013
zação de regiões de velho povoamento;
h) no estudo físico-cultural dos setores geoeconômicos
destinados ao planejamento da produção;
i) na estruturação ou reestruturação dos sistemas de É a resolução que dispõe sobre a regularização de
circulação; obras e serviços de Engenharia e Agronomia concluídos
j) no estudo e planejamento das bases físicas e geoe- sem a devida Anotação de Responsabilidade Técnica –
conômicas dos núcleos urbanos e rurais; ART.
k) no aproveitamento, desenvolvimento e preservação O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONO-
dos recursos naturais; MIA – Confea, no uso das atribuições que lhe confere a
l) no levantamento e mapeamento destinados à solu- alínea “f” do art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro
ção dos problemas regionais; de 1966, e Considerando os arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº
m) na divisão administrativa da União, dos Estados, 6.496, de 7 de dezembro de 1977, que institui a Anotação
dos Territórios e dos Municípios. de Responsabilidade Técnica – ART na execução de obras
LII - a organização de congressos, comissões, seminá- e na prestação de serviços de Engenharia e Agronomia;
rios, simpósios e outros tipos de reuniões, destinados Considerando o art. 72 da Resolução nº 1.025, de 30
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ao estudo e à divulgação da Geogra a; de outubro de 2009, que dispõe que os critérios e os


LIII - levantamentos geológicos, geoquímicos e geo- procedimentos para regularização de obra ou serviço
físicos; concluído sem a anotação de responsabilidade técnica
LIV - estudos relativos a ciências da terra; serão objeto de resolução especí ca,
LV - trabalhos de prospecção e pesquisa para cubação
de jazidas e determinação de seu valor econômico; RESOLVE:
LVI - ensino das ciências geológicas nos estabeleci-
mentos de ensino secundário e superior; Art. 1º Fixar os critérios e os procedimentos para regu-
LVII - relatório circunstanciado, nos termos do inciso IX larização de obras e serviços de Engenharia e Agrono-
do art. 16, do Decretolei nº 1.985, de 29 de janeiro de mia concluídos sem a devida Anotação de Responsa-
1940 (Código de Minas); bilidade Técnica - ART.

61
Art. 2º A regularização da obra ou serviço concluído Art. 8° Esta resolução entra em vigor em 1º de janeiro
deve ser requerida no Crea em cuja circunscrição foi de 2014.
desenvolvida a atividade pelo pro ssional que execu- Art. 9º Ficam revogados o §2º do art. 28 e o art. 79 da
tou a obra ou prestou o serviço, instruída com cópia Resolução nº 1.025, de 30 de outubro de 2009.
dos seguintes documentos:
I – formulário da ART devidamente preenchido;
II – documento hábil que comprove a efetiva partici- REGIMENTO INTERNO DO CREA-MG -
pação do pro ssional na execução da obra ou pres- NORMAS REGULATÓRIAS BRASILEIRAS:
tação do serviço, indicando explicitamente o período, NR -09; NR -10; NR-13; NR-18; NR-35
o nível de atuação e as atividades desenvolvidas, tais
como trabalhos técnicos, correspondências, diário de
obras, livro de ordem, atestado emitido pelo contra- O Conselho Regional de Engenharia Agrária de Minas
tante ou documento equivalente; e Gerais (Crea-MG) possui um regimento interno bastante
III – comprovante de pagamento do valor correspon- denso. Procuramos destacar apenas alguns de seus dis-
dente à análise de requerimento de regularização de positivos, lembrando que uma leitura de todo o Regi-
obra ou serviço concluído. mento em sua íntegra é altamente recomendada.
§ 1º Mediante justi cativa fundamentada, poderá ser Em seu artigo 1º, o regimento faz uma melhor ex-
aceita como prova de efetiva participação do pro s- planação sobre o Crea-MG: O Conselho Regional de En-
sional declaração do contratante, desde que baseada genharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de Minas
em início de prova material, não sendo admitida pro- Gerais - Crea-MG é entidade autárquica de scalização
va exclusivamente testemunhal. § 2º A falta de visto do exercício e das atividades pro ssionais, dotada de
do pro ssional no Crea em cuja circunscrição a ativi- personalidade jurídica de direito público, constituindo
dade foi desenvolvida não impede a regularização da serviço público federal, vinculada ao Conselho Federal
obra ou serviço, desde que a situação do pro ssional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Confea, com
seja previamente regularizada. sede e foro na cidade de Belo Horizonte e jurisdição em
Art. 3° O requerimento de regularização da obra ou todo o Estado de Minas Gerais, instituída pela Resolução
serviço será analisado para veri cação da documenta- nº 2, de 23 de abril de 1934, na forma estabelecida pelo
Decreto Federal nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933,
ção apresentada, das atribuições do pro ssional e da
e mantida pela Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966,
atividade descrita, em função da legislação em vigor à para exercer o papel institucional de primeira e segunda
época de sua execução, e após a veri cação pelo Crea instâncias no âmbito de sua jurisdição.
da existência de obra ou serviço concluído. As competências do Crea-MG estão em seu artigo 4º,
Paragrafo único. Compete ao Crea, quando necessário in verbis:
e mediante justi cativa, solicitar outros documentos Art. 4º Compete ao Crea-MG:
para averiguar as informações apresentadas. I – cumprir e fazer cumprir a legislação federal, as re-
Art. 4° Apresentado o requerimento devidamente ins- soluções, as decisões normativas, as decisões plenárias
truído, o processo será encaminhado à câmara espe- baixadas pelo Confea, os atos normativos e os atos
cializada competente para apreciação. administrativos baixados pelo Crea-MG;
§ 1º No caso de a atividade técnica descrita na ART II – apresentar ao Confea proposta de resolução e de
caracterizar assunto de interesse comum a duas ou decisão normativa;
mais especializações pro ssionais, a matéria, obriga- III – baixar atos normativos destinados a detalhar, a
toriamente, será apreciada por todas as câmaras es- especi car e a esclarecer, no âmbito de sua jurisdição,
pecializadas competentes. as disposições contidas nas resoluções e nas decisões
§ 2º Ocorrendo divergência nas decisões das câmaras normativas baixadas pelo Confea;
especializadas no caso previsto no § 1º, o requerimen- IV – elaborar e alterar seu regimento a ser encami-
to será encaminhado ao Plenário do Crea para nhado ao Confea para homologação;
deliberação. V – elaborar proposta de renovação do terço de seu
§ 3º Não havendo câmara especializada da categoria Plenário a ser encaminhada ao Confea para homo-
logação;
ou modalidade do pro ssional requerente, o processo
VI – instituir câmara especializada;
será apreciado diretamente pelo Plenário do Regional.
VII – instituir grupo de trabalho ou comissão em cará-
Art. 5º Deferido o requerimento, o pro ssional será
ter permanente ou especial;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

comunicado para efetuar o registro da anotação de


VIII – organizar o sistema de scalização do exercício
responsabilidade técnica mediante o recolhimento do
e das atividades pro ssionais abrangidas pelo sistema
valor da ART.
Confea/Crea;
Art. 6° A regularização de obra ou serviço na forma IX – instituir inspetoria e gerência regional;
desta resolução não exime o interessado de outras co- X – instituir órgão administrativo de caráter consultivo
minações legais cabíveis. no âmbito das inspetorias;
Art. 7° Os valores referentes ao registro da ART e à XI – promover a unidade de ação entre os órgãos que
análise de requerimento de regularização de obra ou integram o sistema Confea/Crea;
serviço concluído a serem aplicados pelos Creas serão XII – manter intercâmbio com outros Creas, visando
aqueles constantes de resolução especí ca, em vigor à à troca de informações sobre seus objetivos comuns e
época do requerimento. uniformização de procedimentos;

62
XIII – analisar, em primeira instância, defesa de pesso- XXXIII – elaborar seu balancete de receitas e despesas
as físicas e jurídicas; a ser encaminhado ao Confea;
XIV – analisar, em segunda instância, recursos de pes- XXXIV – adquirir, onerar ou executar obra, serviço, in-
soas físicas e jurídicas sobre registros, decisões e pena- clusive de publicidade, compra, alienação e locação de
lidades oriundos das câmaras especializadas; acordo com a legislação em vigor;
XV – encaminhar ao Confea, para julgamento em úl- XXXV – celebrar convênios com entidades de classe e
tima instância, recursos de pessoas físicas e jurídicas instituições de ensino;
acompanhados dos respectivos processos; XXXVI – celebrar convênios com órgãos públicos e pri-
XVI – analisar demais assuntos relativos ao exercício vados e instituições da sociedade civil, incluindo sem-
das pro ssões abrangidas pelo sistema Confea/Crea; pre as entidades de classe nos convênios de parcerias
XVII – anular qualquer de seus atos que não estiverem do Crea-MG como partícipe do processo, e as institui-
de acordo com a legislação em vigor; XVIII – deliberar
ções de ensino quando couber;
sobre assuntos administrativos e de interesse geral, e
XXXVII – homenagear, de acordo com normas e cri-
sobre casos comuns a duas ou mais modalidades;
XIX – apreciar os requerimentos e processos de regis- térios estabelecidos em ato administrativo normati-
tro de pro ssional e de pessoa jurídica. XX – receber os vo próprio, instituição de ensino, entidade de classe,
pedidos de registro de obras intelectuais concernentes pessoa jurídica, pessoa física ou pro ssional de sua
às pro ssões abrangidas pelo sistema Confea/Crea a jurisdição, que tenha contribuído para o desenvolvi-
serem encaminhados ao Confea para análise; mento tecnológico do país, para o desenvolvimento de
XXI – organizar e manter atualizados os registros de atividades do sistema Confea/Crea ou tenha ocupado
entidades de classe e de instituições de ensino, para cargo ou exercido função no Crea-MG;
ns de representação no Crea-MG; XXXVIII – atuar, com a colaboração das entidades de
XXII – manter atualizado o cadastro de cargos e de classe e das instituições de ensino de nível médio e
funções dos serviços estatais, paraestatais, autárqui- superior, nos assuntos relacionados com a legislação
cos e de economia mista de sua jurisdição, para cujo pro ssional;
exercício seja necessário o desempenho das ativida- XXXIX – instituir o Plano de Ações Estratégicas e o Pla-
des da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da no Anual de Trabalho do Crea-MG; e
Geologia, da Geogra a ou da Meteorologia, em seu XL – contratar pro ssionais e/ou empresas registra-
nível médio e superior, a ser encaminhado ao Confea, dos e regulares com o sistema Confea/Crea, visando
anualmente, para publicação;
à elaboração de Relatórios de Inspeção sobre a situa-
XXIII – manter atualizados os cadastros de títulos,
ção de empreendimentos de engenharia, arquitetura
de cursos e de escolas de ensino médio e superior, de
pro ssionais e de pessoas jurídicas registrados em sua e agronomia, quando solicitado pelo Poder Público ou
jurisdição a serem encaminhados ao Confea, anual- pelo Plenário.
mente, para publicação;
XXIV – publicar, anualmente, relatórios dos trabalhos O Crea é composto por um Plenário, Câmaras Espe-
desenvolvidos e a relação de pessoas jurídicas e de cializadas, uma Presidência, uma Diretoria, e várias ins-
pro ssionais registrados; petorias.
XXV – uni car jurisprudência e procedimentos de suas O Plenário do Crea-MG, órgão colegiado decisório
câmaras especializadas, quando divergentes; da estrutura básica, tem por nalidade decidir os assun-
XXVI – registrar tabela básica de honorários pro ssio- tos relacionados às competências do Conselho Regional,
nais elaborada por entidade de classe; obedecendo à legislação vigente relativa a prescrições
XXVII – organizar e realizar o Congresso Estadual de processuais, constituindo a segunda instância de julga-
Pro ssionais - CEP; mento no âmbito de sua jurisdição, ressalvado o caso de
XXVIII – promover, junto aos poderes públicos e insti- foro privilegiado (art. 6º). Dentre suas competências, dis-
tuições da sociedade civil, estudos e encaminhamento postas no art. 9º, destaca-se: I – cumprir e fazer cumprir a
de soluções de problemas relacionados às áreas de legislação federal, as resoluções, as decisões normativas
atuação das pro ssões abrangidas pelo sistema Con- e as decisões plenárias baixadas pelo Confea; II – estabe-
fea/Crea; lecer e scalizar as políticas do Crea-MG, obedecendo à
XXIX – promover estudos, campanhas de valorização legislação em vigor; III – orientar e scalizar a execução
pro ssional e medidas que objetivem o aperfeiçoa- das competências do Crea-MG, obedecendo à legislação
mento técnico e cultural dos pro ssionais registrados em vigor; (...) X – aprovar anualmente a proposta de re-
no Crea-MG;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

novação do terço a ser encaminhada ao Confea para ho-


XXX – promover, por ocasião da renovação do terço do mologação (...);XVII – deliberar sobre assuntos constantes
Plenário, capacitação em legislação pro ssional e ritos
da pauta de suas sessões; XVIII – determinar quando a
processuais administrativos dos conselheiros regionais
decisão do Plenário deva ser tomada por escrutínio se-
indicados para Plenário do Crea-MG, em Seminário a
creto; XIX – apreciar e decidir assunto aprovado ad refe-
ser convocado em até 30 dias após a realização da 1ª
Plenária Ordinária anual; rendum pelo Presidente do Crea-MG; etc.
XXXI – orientar e dirimir dúvidas, suscitadas no âm- A câmara especializada, órgão decisório da estrutura
bito de sua jurisdição, sobre a aplicação da legislação básica do Crea-MG, tem por nalidade apreciar e julgar
pro ssional; os assuntos relacionados à scalização do exercício pro-
XXXII – elaborar, anualmente, seu orçamento a ser en- ssional, e sugerir medidas para o aperfeiçoamento das
caminhado ao Confea para homologação; atividades do Conselho Regional, constituindo a primeira

63
instância de julgamento no âmbito de sua jurisdição (art. taria N° 3.214, 8 de junho de 1978, são de observância
59). Apresenta várias especializações, como Câmara Esp. obrigatória por todas as empresas brasileiras regidas
de Agrimensura – CAGR, Câmara Esp. de Agronomia – pela CLT, sendo periodicamente revisadas pelo Ministé-
CEAG, Câmara Esp. de Eng. Civil – CEEC; etc. rio do Trabalho e Previdência Social. Algumas NRs me-
A Presidência, órgão executivo máximo da estrutura recem maior atenção, sobretudo aquelas que se relacio-
básica, tem por nalidade dirigir o Crea-MG e cumprir nam com aspectos do meio ambiente de trabalho. Seu
e fazer cumprir as decisões do Plenário e das câmaras texto é bastante didático, não havendo necessidade de
especializadas no âmbito de suas respectivas competên- dar maiores explicações sobre o tema.
cias. O presidente do Crea-MG é eleito pelo voto direto
1. Norma Regulamentadora nº 09: Prevenção de
e secreto dos pro ssionais registrados e em dia com as
Riscos Ambientais
obrigações perante o sistema Confea/Crea, de acordo
com a Lei nº 8.195, de 26 de junho de 1991, e com reso- É a NR que estabelece a obrigatoriedade da
lução especí ca baixada pelo Confea. (art. 89, § 2º). elaboração e implementação, por parte de todos os
A Diretoria, órgão executivo da estrutura básica do empregadores e instituições que admitam trabalhadores
Crea-MG, tem por nalidade auxiliar a Presidência no como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos
desempenho de suas funções e decidir sobre questões Ambientais, através da antecipação, reconhecimento,
administrativas (art. 97). avaliação e consequente controle da ocorrência de
A inspetoria, órgão executivo que representa o Crea- riscos ambientais existentes ou que venham a existir no
-MG no município ou na região onde for instituída, tem ambiente de trabalho.
por nalidade gerir os recursos humanos, materiais e
nanceiros colocados à sua disposição pelo Crea-MG e NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS
scalizar o exercício das pro ssões abrangidas pelo siste- AMBIENTAIS
ma Confea/Crea. A inspetoria é instituída pelo Crea-MG
mediante ato administrativo normativo. A instituição de 9.1 Do objeto e campo de aplicação.
inspetorias depende do estudo das condições geográ - 9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a
cas, sociais, estratégicas e da disponibilidade nanceira obrigatoriedade da elaboração e implementação,
por parte de todos os empregadores e instituições
para seu aparelhamento e da viabilidade econômica de
que admitam trabalhadores como empregados,
sua manutenção, considerando as despesas com pessoal, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
com equipamentos e com material (arts. 126 e 127). - PPRA, visando à preservação da saúde e da inte-
O Crea também conta em sua estrutura com diversas gridade dos trabalhadores, através da antecipação,
comissões. Destacamos a Comissão de Ética Pro ssional reconhecimento, avaliação e consequente controle
(CEP), que tem por nalidade a apreciação das infrações da ocorrência de riscos ambientais existentes ou
ao Código de Ética das pro ssões abrangidas pelo Siste- que venham a existir no ambiente de trabalho, ten-
ma Confea/Crea (art. 150). Compete à Comissão de Ética do em consideração a proteção do meio ambiente
Pro ssional: I – instruir processo de infração ao Código e dos recursos naturais.
de Ética Pro ssional, ouvindo testemunhas e partes, e 9.1.2 As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no
realizando diligências necessárias para apurar os fatos; II âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob
– emitir relatório fundamentado a ser encaminhado à câ- a responsabilidade do empregador, com a partici-
mara especializada competente para apreciação, o qual pação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e
deve fazer parte do respectivo processo; e III – sugerir ao profundidade dependentes das características dos
Plenário alterações nos dispositivos do Código de Ética riscos e das necessidades de controle.
Pro ssional a ser encaminhada ao Confea (art. 151). 9.1.2.1 Quando não forem identi cados riscos am-
A comissão especial tem por nalidade auxiliar os bientais nas fases de antecipação ou reconheci-
órgãos da estrutura básica no desenvolvimento de ati- mento, descritas nos itens 9.3.2 e 9.3.3, o PPRA po-
vidades de caráter temporário relacionadas a um tema derá resumir-se às etapas previstas nas alíneas “a”
especí co de caráter legal, técnico ou administrativo (art. e “f” do subitem 9.3.1.
170). Compete ao coordenador de comissão especial: I – 9.1.3 O PPRA é parte integrante do conjunto mais
responsabilizar-se pelas atividades da comissão junto ao amplo das iniciativas da empresa no campo da
Plenário do Crea-MG; II – propor o plano de trabalho a preservação da saúde e da integridade dos traba-
ser submetido à apreciação da Diretoria, incluindo metas, lhadores, devendo estar articulado com o disposto
ações, calendário, cronograma de execução e previsão nas demais NR, em especial com o Programa de
de recursos nanceiros e administrativos necessários; III – Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO
cumprir e fazer cumprir o plano de trabalho da comissão;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

previsto na NR-7.
IV – diligenciar junto à Diretoria para o atendimento das 9.1.4 Esta NR estabelece os parâmetros mínimos e di-
necessidades da comissão, visando à execução de seus retrizes gerais a serem observados na execução do
trabalhos; V – convocar e coordenar as reuniões; e VI – PPRA, podendo os mesmos ser ampliados median-
proferir voto de qualidade, em caso de empate (art. 175). te negociação coletiva de trabalho.
9.1.5 Para efeito desta NR, consideram-se riscos am-
NORMAS REGULAMENTADORAS BRASILEIRAS
bientais os agentes físicos, químicos e biológicos
existentes nos ambientes de trabalho que, em fun-
Normas Regulamentadoras (ou NRs) são espécies
ção de sua natureza, concentração ou intensidade
normativas que regulamentam e fornecem orientações
sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segu- e tempo de exposição, são capazes de causar da-
rança e saúde do trabalhador. Foram aprovadas pela Por- nos à saúde do trabalhador.

64
9.1.5.1 Consideram-se agentes físicos as diversas for- e em Medicina do Trabalho - SESMT ou por pessoa
mas de energia a que possam estar expostos os ou equipe de pessoas que, a critério do empre-
trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pres- gador, sejam capazes de desenvolver o disposto
sões anormais, temperaturas extremas, radiações nesta NR.
ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o 9.3.2 A antecipação deverá envolver a análise de pro-
infrassom e o ultrassom. jetos de novas instalações, métodos ou processos
9.1.5.2 Consideram-se agentes químicos as substân- de trabalho,
cias, compostos ou produtos que possam penetrar ou de modi cação dos já existentes, visando a iden-
no organismo pela via respiratória, nas formas de ti car os riscos potenciais e introduzir medidas de
poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, proteção para
ou que, pela natureza da atividade de exposição, sua redução ou eliminação.
possam ter contato ou ser absorvidos pelo orga- 9.3.3 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá
nismo através da pele ou por ingestão. conter os seguintes itens, quando aplicáveis:
9.1.5.3 Consideram-se agentes biológicos as bacté- a) a sua identi cação;
rias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, b) a determinação e localização das possíveis fontes
entre outros. geradoras;
9.2 Da estrutura do PPRA. c) a identi cação das possíveis trajetórias e dos meios
9.2.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais de propagação dos agentes no ambiente de tra-
deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura: balho;
a) planejamento anual com estabelecimento de me- d) a identi cação das funções e determinação do nú-
tas, prioridades e cronograma; mero de trabalhadores expostos;
b) estratégia e metodologia de ação; e) a caracterização das atividades e do tipo da expo-
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos sição;
dados; f) a obtenção de dados existentes na empresa, indi-
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvi- cativos de possível comprometimento da saúde
mento do PPRA. decorrente do
9.2.1.1 Deverá ser efetuada, sempre que necessário e trabalho;
pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos
PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e re- identi cados, disponíveis na literatura técnica;
alização dos ajustes necessários e estabelecimento h) a descrição das medidas de controle já existentes.
de novas metas e prioridades. 9.3.4 A avaliação quantitativa deverá ser realizada
9.2.2 O PPRA deverá estar descrito num documento- sempre que necessária para:
-base contendo todos os aspectos estruturais a) comprovar o controle da exposição ou a inexistên-
constantes do item cia riscos identi cados na etapa de reconhecimen-
9.2.2.1 O documento-base e suas alterações e com- to;
plementações deverão ser apresentados e discu- b) dimensionar a exposição dos trabalhadores;
tidos na CIPA, quando existente na empresa, de c) subsidiar o equacionamento das medidas de con-
acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada ao trole.
livro de atas desta Comissão. 9.3.5 Das medidas de controle.
9.2.2.2 O documento-base e suas alterações deverão 9.3.5.1 Deverão ser adotadas as medidas necessárias
estar disponíveis de modo a proporcionar o ime- su cientes para a eliminação, a minimização ou o
diato acesso às autoridades competentes. controle dos riscos ambientais sempre que forem
9.2.3 O cronograma previsto no item 9.2.1 deverá in- veri cadas uma ou mais das seguintes situações:
dicar claramente os prazos para o desenvolvimen- a) identi cação, na fase de antecipação, de risco po-
to das etapas e cumprimento das metas do PPRA. tencial à saúde;
9.3 Do desenvolvimento do PPRA. b) constatação, na fase de reconhecimento de risco
9.3.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais evidente à saúde;
deverá incluir as seguintes etapas: c) quando os resultados das avaliações quantitativas
a) antecipação e reconhecimentos dos riscos; da exposição dos trabalhadores excederem os va-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

b) estabelecimento de prioridades e metas de avalia- lores dos limites previstos na NR-15 ou, na ausência
ção e controle; destes os valores limites de exposição ocupacio-
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalha- nal adotados pela ACGIH - American Conference
dores; of Governmental Industrial Higyenists, ou aqueles
d) implantação de medidas de controle e avaliação que venham a ser estabelecidos em negociação
de sua e cácia; coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do
e) monitoramento da exposição aos riscos; que os critérios técnico-legais estabelecidos;
f) registro e divulgação dos dados. d) quando, através do controle médico da saúde, car
9.3.1.1 A elaboração, implementação, acompanha- caracterizado o nexo causal entre danos observa-
mento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo dos na saúde os trabalhadores e a situação de tra-
ServiçoEspecializado em Engenharia de Segurança balho a que eles cam expostos.

65
9.3.5.2 O estudo, desenvolvimento e implantação de 9.3.6.2 Deverão ser objeto de controle sistemático as
medidas de proteção coletiva deverá obedecer à situações que apresentem exposição ocupacional
seguinte hierarquia: acima dos níveis de ação, conforme indicado nas
a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou alíneas que seguem:
a formação de agentes prejudiciais à saúde; a) para agentes químicos, a metade dos limites de ex-
b) medidas que previnam a liberação ou dissemina- posição ocupacional considerados de acordo com
ção desses agentes no ambiente de trabalho; a alínea “c” do subitem 9.3.5.1;
c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%),
desses agentes no ambiente de trabalho. conforme critério estabelecido na NR-15, Anexo I,
9.3.5.3 A implantação de medidas de caráter coleti- item 6.
vo deverá ser acompanhada de treinamento dos 9.3.7 Do monitoramento.
trabalhadores quanto os procedimentos que asse- 9.3.7.1. Para o monitoramento da exposição dos tra-
gurem a sua e ciência e de informação sobre as balhadores e das medidas de controle, deve ser
eventuais limitações de proteção que ofereçam. realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da
9.3.5.4 Quando comprovado pelo empregador ou exposição a um dado risco, visando à introdução
instituição a inviabilidade técnica da adoção de ou modi cação das medidas de controle, sempre
medidas de proteção coletiva ou quando estas que necessário.
não forem su cientes ou encontrarem-se em fase 9.3.8 Do registro de dados.
de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda 9.3.8.1 Deverá ser mantido pelo empregador ou insti-
em caráter complementar ou emergencial, deve- tuição um registro de dados, estruturado de forma
rão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se a constituir um histórico técnico e administrativo
à seguinte hierarquia: do desenvolvimento do PPRA.
a) medidas de caráter administrativo ou de organiza- 9.3.8.2 Os dados deverão ser mantidos por um perío-
ção do trabalho; do mínimo de 20 (vinte) anos.
9.3.8.3 O registro de dados deverá estar sempre dis-
b) utilização de equipamento de proteção individual
ponível aos trabalhadores interessados ou seus re-
- EPI. presentantes e para as autoridades competentes.
9.3.5.5 A utilização de EPI no âmbito do programa de- 9.4 Das responsabilidades.
verá considerar as Normas Legais e Administrativas 9.4.1 Do empregador:
em vigor e envolver no mínimo: I. estabelecer, implementar e assegurar o cumprimen-
a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a to do PPRA como atividade permanente da empre-
que o trabalhador está exposto e à atividade exer- sa ou instituição.
cida, considerando-se a e ciência necessária para 9.4.2 Dos trabalhadores:
o controle da exposição ao risco e o conforto ofe- I. colaborar e participar na implantação e execução
do PPRA;
recido segundo avaliação do trabalhador usuário; II. seguir as orientações recebidas nos treinamentos
b) programa de treinamento dos trabalhadores quan- oferecidos dentro do PPRA;
to à sua correta utilização e orientação sobre as III. informar ao seu superior hierárquico direto ocor-
limitações de proteção que o EPI oferece; rências que, a seu julgamento, possam implicar ris-
c) estabelecimento de normas ou procedimento para cos à saúde dos trabalhadores.
promover o fornecimento, o uso, a guarda, a hi- 9.5 Da informação.
gienização, a conservação, a manutenção e a re- 9.5.1 Os trabalhadores interessados terão o direito
de apresentar propostas e receber informações e
posição do EPI, visando garantir as condições de
orientações a m de assegurar a proteção aos ris-
proteção originalmente estabelecidas; cos ambientais identi cados na execução do PPRA.
d) caracterização das funções ou atividades dos tra- 9.5.2 Os empregadores deverão informar os trabalha-
balhadores, com a respectiva identi cação dos dores de maneira apropriada e su ciente sobre os
EPI’s utilizados para os riscos ambientais. riscos ambientais que possam originar-se nos lo-
9.3.5.6 O PPRA deve estabelecer critérios e mecanis- cais de trabalho e sobre os meios disponíveis para
mos de avaliação da e cácia das medidas de pro- prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se
teção implantadas considerando os dados obtidos dos mesmos.
9.6 Das disposições nais.
nas avaliações realizadas e no controle médico da
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

9.6.1 Sempre que vários empregadores realizem si-


saúde previsto na NR7. multaneamente atividades no mesmo local de tra-
9.3.6 Do nível de ação. balho terão o dever de executar ações integradas
9.3.6.1 Para os ns desta NR, considera-se nível de para aplicar as medidas previstas no PPRA visando
ação o valor acima do qual devem ser iniciadas a proteção de todos os trabalhadores expostos aos
ações preventivas de forma a minimizar a probabi- riscos ambientais gerados.
lidade de que as exposições a agentes ambientais 9.6.2 O conhecimento e a percepção que os traba-
lhadores têm do processo de trabalho e dos riscos
ultrapassem os limites de exposição. As ações de-
ambientais presentes, incluindo os dados consig-
vem incluir o monitoramento periódico da exposi- nados no Mapa de Riscos, previsto na NR-5, deve-
ção, a informação aos trabalhadores e o controle rão ser considerados para ns de planejamento e
médico. execução do PPRA em todas as suas fases.

66
9.6.3 O empregador deverá garantir que, na ocorrên- b) documentação das inspeções e medições do sis-
cia de riscos ambientais nos locais de trabalho que tema de proteção contra descargas atmosféricas e
coloquem em situação de grave e iminente risco aterramentos elétricos;
um ou mais trabalhadores, os mesmos possam in-
c) especi cação dos equipamentos de proteção cole-
terromper de imediato as suas atividades, comuni-
tiva e individual e o ferramental, aplicáveis confor-
cando o fato ao superior hierárquico direto para as
devidas providências. me determina esta NR;
d) documentação comprobatória da quali cação, ha-
2. Norma Regulamentadora nº 10: Instalações bilitação, capacitação, autorização dos trabalhado-
e Serviços em Eletricidade res e dos treinamentos realizados;
e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados
em equipamentos de proteção individual e coleti-
Esta NR estabelece os requisitos e condições mínimas va;
exigidas para garantir a segurança e saúde dos trabalha-
f) certi cações dos equipamentos e materiais elétri-
dores que interagem com instalações elétricas, em suas
cos em áreas classi cadas;
etapas de projeto, construção, montagem, operação e
manutenção, bem como de quaisquer trabalhos realiza- g) relatório técnico das inspeções atualizadas com re-
dos em suas proximidades. comendações, cronogramas de adequações, con-
templando as alíneas de “a” a “f”.
NORMA REGULAMENTADORA 10 - SEGURANÇA 10.2.5 As empresas que operam em instalações ou
EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE equipamentos integrantes do sistema elétrico de
potência devem constituir prontuário com o con-
10.1 - OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO teúdo do item 10.2.4 e acrescentar ao prontuário
10.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os documentos a seguir listados:
os requisitos e condições mínimas objetivando a a) descrição dos procedimentos para emergências;
implementação de medidas de controle e sistemas b) certi cações dos equipamentos de proteção cole-
preventivos, de forma a garantir a segurança e a tiva e individual;
saúde dos trabalhadores que, direta ou indireta- 10.2.5.1 As empresas que realizam trabalhos em pro-
mente, interajam em instalações elétricas e servi- ximidade do Sistema Elétrico de Potência devem
ços com eletricidade. constituir prontuário contemplando as alíneas “a”,
10.1.2 Esta NR se aplica às fases de geração, trans- “c”, “d” e “e”, do item 10.2.4 e alíneas “a” e “b” do
missão, distribuição e consumo, incluindo as eta- item 10.2.5.
pas de projeto, construção, montagem, operação, 10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser
manutenção das instalações elétricas e quaisquer
organizado e mantido atualizado pelo emprega-
trabalhos realizados nas suas proximidades, obser-
dor ou pessoa formalmente designada pela em-
vando-se as normas técnicas o ciais estabelecidas
pelos órgãos competentes e, na ausência ou omis- presa, devendo permanecer à disposição dos tra-
são destas, as normas internacionais cabíveis. balhadores envolvidos nas instalações e serviços
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE em eletricidade.
10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elé- 10.2.7 Os documentos técnicos previstos no Prontu-
tricas devem ser adotadas medidas preventivas de ário de Instalações Elétricas devem ser elaborados
controle do risco elétrico e de outros riscos adicio- por pro ssional legalmente habilitado.
nais, mediante técnicas de análise de risco, de for- 10.2.8 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
ma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. 10.2.8.1 Em todos os serviços executados em insta-
10.2.2 As medidas de controle adotadas devem inte- lações elétricas devem ser previstas e adotadas,
grar-se às demais iniciativas da empresa, no âm- prioritariamente, medidas de proteção coletiva
bito da preservação da segurança, da saúde e do aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades
meio ambiente do trabalho. a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segu-
10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esque-
rança e a saúde dos trabalhadores.
mas uni lares atualizados das instalações elétricas
10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva compreen-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

dos seus estabelecimentos com as especi cações


do sistema de aterramento e demais equipamen- dem, prioritariamente, a desenergização elétrica
tos e dispositivos de proteção. conforme estabelece esta NR e, na sua impossibili-
10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada su- dade, o emprego de tensão de segurança.
perior a 75 kW devem constituir e manter o Pron- 10.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação do
tuário de Instalações Elétricas, contendo, além do estabelecido no subitem 10.2.8.2., devem ser uti-
disposto no subitem 10.2.3, no mínimo: lizadas outras medidas de proteção coletiva, tais
a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e como: isolação das partes vivas, obstáculos, bar-
administrativas de segurança e saúde, implantadas reiras, sinalização, sistema de seccionamento au-
e relacionadas a esta NR e descrição das medidas tomático de alimentação, bloqueio do religamento
de controle existentes; automático.

67
10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve 10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter,
ser executado conforme regulamentação estabe- no mínimo, os seguintes itens de segurança:
lecida pelos órgãos competentes e, na ausência a) especi cação das características relativas à prote-
desta, deve atender às Normas Internacionais vi- ção contrachoques elétricos, queimaduras e outros
gentes. riscos adicionais;
10.2.9 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL b) indicação de posição dos dispositivos de mano-
10.2.9.1 Nos trabalhos em instalações elétricas, quan- bra dos circuitos elétricos: (Verde - “D”, desligado e
do as medidas de proteção coletiva forem tecnica- Vermelho - “L”, ligado);
mente inviáveis ou insu cientes para controlar os c) descrição do sistema de identi cação de circuitos
riscos, devem ser adotados equipamentos de pro- elétricos e equipamentos, incluindo dispositivos de
teção individual especí cos e adequados às ativi- manobra, de controle, de proteção, de intertrava-
dades desenvolvidas, em atendimento ao disposto mento, dos condutores e os próprios equipamen-
na NR 6. tos e estruturas, de nindo como tais indicações
10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser ade- devem ser aplicadas sicamente nos componentes
quadas às atividades, devendo contemplar a con-
das instalações;
dutibilidade, in amabilidade e in uências eletro-
d) recomendações de restrições e advertências quan-
magnéticas.
to ao acesso de pessoas aos componentes das ins-
10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais nos tra-
balhos com instalações elétricas ou em suas pro- talações;
ximidades. e) precauções aplicáveis em face das in uências ex-
10.3 - SEGURANÇA EM PROJETOS ternas;
10.3.1 É obrigatório que os projetos de instalações f) o princípio funcional dos dispositivos de proteção,
elétricas especi quem dispositivos de desligamen- constantes do projeto, destinados à segurança das
to de circuitos que possuam recursos para impe- pessoas;
dimento de reenergização, para sinalização de g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de
advertência com indicação da condição operativa. proteção com a instalação elétrica.
10.3.2 O projeto elétrico, na medida do possível, deve 10.3.10 Os projetos devem assegurar que as instala-
prever a instalação de dispositivo de seccionamen- ções proporcionem aos trabalhadores iluminação
to de ação simultânea, que permita a aplicação de adequada e uma posição de trabalho segura, de
impedimento de reenergização do circuito. acordo com a NR 17 - Ergonomia.
10.3.3 O projeto de instalações elétricas deve con- 10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM,
siderar o espaço seguro, quanto ao dimensiona- OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
mento e a localização de seus componentes e as 10.4.1 As instalações elétricas devem ser construídas,
in uências externas, quando da operação e da re- montadas, operadas, reformadas, ampliadas, repa-
alização de serviços de construção e manutenção. radas e inspecionadas de forma a garantir a segu-
10.3.3.1 Os circuitos elétricos com nalidades diferen- rança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários, e
tes, tais como: comunicação, sinalização, controle e serem supervisionadas por pro ssional autorizado,
tração elétrica devem ser identi cados e instalados conforme dispõe esta NR.
separadamente, salvo quando o desenvolvimento 10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas de-
tecnológico permitir compartilhamento, respeita- vem ser adotadas medidas preventivas destinadas
das as de nições de projetos. ao controle dos riscos adicionais, especialmente
10.3.4 O projeto deve de nir a con guração do es- quanto a altura, con namento, campos elétricos e
quema de aterramento, a obrigatoriedade ou não magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna
da interligação entre o condutor neutro e o de pro- e ora e outros agravantes, adotando-se a sinaliza-
teção e a conexão à terra das partes condutoras ção de segurança.
não destinadas à condução da eletricidade. 10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser utilizados
10.3.5 Sempre que for tecnicamente viável e necessá- equipamentos, dispositivos e ferramentas elétri-
rio, devem ser projetados dispositivos de secciona- cas compatíveis com a instalação elétrica existen-
mento que incorporem recursos xos de equipo- te, preservando-se as características de proteção,
tencialização e aterramento do circuito seccionado. respeitadas as recomendações do fabricante e as
10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a in uências externas.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

adoção de aterramento temporário. 10.4.3.1 Os equipamentos, dispositivos e ferramentas


10.3.7 O projeto das instalações elétricas deve car à que possuam isolamento elétrico devem estar ade-
disposição dos trabalhadores autorizados, das au- quados às tensões envolvidas, e serem inspeciona-
toridades competentes e de outras pessoas autori- dos e testados de acordo com as regulamentações
zadas pela empresa e deve ser mantido atualizado. existentes ou recomendações dos fabricantes.
10.3.8 O projeto elétrico deve atender ao que dis- 10.4.4 As instalações elétricas devem ser mantidas em
põem as Normas Regulamentadoras de Saúde e condições seguras de funcionamento e seus siste-
Segurança no Trabalho, as regulamentações técni- mas de proteção deve ser inspecionados e contro-
cas o ciais estabelecidas, e ser assinado por pro s- lados periodicamente, de acordo com as regula-
sional legalmente habilitado. mentações existentes e de nições de projetos.

68
10.4.4.1 Os locais de serviços elétricos, compartimen- 10.5.4 Os serviços a serem executados em instalações
tos e invólucros de equipamentos e instalações elétricas desligadas, mas com possibilidade de
elétricas são exclusivos para essa nalidade, sendo energização, por qualquer meio ou razão, devem
expressamente proibido utilizá-los para armazena- atender ao que estabelece o disposto no item 10.6.
mento ou guarda de quaisquer objetos. 10.6 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
10.4.5 Para atividades em instalações elétricas deve ENERGIZADAS
ser garantida ao trabalhador iluminação adequada 10.6.1 As intervenções em instalações elétricas com
e uma posição de trabalho segura, de acordo com tensão igual ou superior a 50 Volts em corrente al-
a NR 17 - Ergonomia, de forma a permitir que ele ternada ou superior a 120 Volts em corrente con-
disponha dos membros superiores livres para a re- tínua somente podem ser realizadas por trabalha-
alização das tarefas. dores que atendam ao que estabelece o item 10.8
10.4.6 Os ensaios e testes elétricos laboratoriais e de desta Norma.
campo ou comissionamento de instalações elétri- 10.6.1.1 Os trabalhadores de que trata o item ante-
cas devem atender à regulamentação estabelecida rior devem receber treinamento de segurança para
trabalhos com instalações elétricas energizadas,
nos itens 10.6 e 10.7, e somente podem ser realiza-
com currículo mínimo, carga horária e demais de-
dos por trabalhadores que atendam às condições
terminações estabelecidas no Anexo III desta NR.
de quali cação, habilitação, capacitação e autori-
(Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril
zação estabelecidas nesta NR. de 2016)
10.5 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE- 10.6.1.2 As operações elementares como ligar e des-
SENERGIZADAS ligar circuitos elétricos, realizadas em baixa tensão,
10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas com materiais e equipamentos elétricos em perfei-
as instalações elétricas liberadas para trabalho, to estado de conservação, adequados para ope-
mediante os procedimentos apropriados, obede- ração, podem ser realizadas por qualquer pessoa
cida a sequência abaixo: não advertida.
a) seccionamento; 10.6.2 Os trabalhos que exigem o ingresso na zona
b) impedimento de reenergização; controlada devem ser realizados mediante pro-
c) constatação da ausência de tensão; cedimentos especí cos respeitando as distâncias
d) instalação de aterramento temporário com equi- previstas no Anexo II. (Alterado pela Portaria MTPS
potencialização dos condutores dos circuitos; n.º 509, de 29 de abril de 2016)
e) proteção dos elementos energizados existentes na 10.6.3 Os serviços em instalações energizadas, ou em
zona controlada (Anexo II); suas proximidades devem ser suspensos de ime-
(Alterada pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril diato na iminência de ocorrência que possa colo-
de 2016) car os trabalhadores em perigo.
f) instalação da sinalização de impedimento de ree- 10.6.4 Sempre que inovações tecnológicas forem im-
plementadas ou para a entrada em operações de
nergização.
novas instalações ou equipamentos elétricos de-
10.5.2 O estado de instalação desenergizada deve vem ser previamente elaboradas análises de risco,
ser mantido até a autorização para reenergização, desenvolvidas com circuitos desenergizados, e res-
devendo ser reenergizada respeitando a sequência pectivos procedimentos de trabalho.
de procedimentos abaixo: 10.6.5 O responsável pela execução do serviço deve
a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamen- suspender as atividades quando veri car situação
tos; ou condição de risco não prevista, cuja eliminação
b) retirada da zona controlada de todos os trabalha- ou neutralização imediata não seja possível.
dores não envolvidos no processo de reenergiza- 10.7 - TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO (AT)
ção; 10.7.1 Os trabalhadores que intervenham em insta-
c) remoção do aterramento temporário, da equipo- lações elétricas energizadas com alta tensão, que
tencialização e das proteções adicionais; exerçam suas atividades dentro dos limites estabe-
d) remoção da sinalização de impedimento de ree- lecidos como zonas controladas e de risco, confor-
nergização; me Anexo II, devem atender ao disposto no item
10.8 desta NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º
e) destravamento, se houver, e religação dos disposi-
509, de 29 de abril de 2016)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

tivos de seccionamento. 10.7.2 Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1


10.5.3 As medidas constantes das alíneas apresenta- devem receber treinamento de segurança, especí-
das nos itens 10.5.1 e 10.5.2 podem ser alteradas, co em segurança no Sistema Elétrico de Potência
substituídas, (SEP) e em suas proximidades, com currículo mí-
ampliadas ou eliminadas, em função das peculiarida- nimo, carga horária e demais determinações es-
des de cada situação, por pro ssional legalmen- tabelecidas no Anexo III desta NR. (Alterado pela
te habilitado, autorizado e mediante justi cativa Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)
técnica previamente formalizada, desde que seja 10.7.3 Os serviços em instalações elétricas energiza-
mantido o mesmo nível de segurança originalmen- das em AT, bem como aqueles executados no Sis-
te preconizado. tema Elétrico de Potência – SEP, não podem ser
realizados individualmente.

69
10.7.4 Todo trabalho em instalações elétricas ener- 10.8.4 São considerados autorizados os trabalhadores
gizadas em AT, bem como aquelas que interajam quali cados ou capacitados e os pro ssionais ha-
com o SEP, somente pode ser realizado mediante bilitados, com anuência formal da empresa.
ordem de serviço especí ca para data e local, assi- 10.8.5 A empresa deve estabelecer sistema de iden-
nada por superior responsável pela área. ti cação que permita a qualquer tempo conhecer
10.7.5 Antes de iniciar trabalhos em circuitos energi- a abrangência da autorização de cada trabalhador,
zados em AT, o superior imediato e a equipe, res- conforme o item 10.8.4.
ponsáveis pela execução do serviço, devem realizar 10.8.6 Os trabalhadores autorizados a trabalhar em
instalações elétricas devem ter essa condição con-
uma avaliação prévia, estudar e planejar as ativi-
signada no sistema de registro de empregado da
dades e ações a serem desenvolvidas de forma a empresa.
atender os princípios técnicos básicos e as melho- 10.8.7 Os trabalhadores autorizados a intervir em ins-
res técnicas de segurança em eletricidade aplicá- talações elétricas devem ser submetidos a exame
veis ao serviço. de saúde compatível com as atividades a serem
10.7.6 Os serviços em instalações elétricas energiza- desenvolvidas, realizado em conformidade com a
das em AT somente podem ser realizados quando NR 7 e registrado em seu prontuário médico.
houver procedimentos especí cos, detalhados e 10.8.8 Os trabalhadores autorizados a intervir em
assinados por pro ssional autorizado. instalações elétricas devem possuir treinamento
10.7.7 A intervenção em instalações elétricas ener- especí co sobre os riscos decorrentes do empre-
go da energia elétrica e as principais medidas de
gizadas em AT dentro dos limites estabelecidos
prevenção de acidentes em instalações elétricas,
como zona de risco, conforme Anexo II desta NR, de acordo com o estabelecido no Anexo III desta
somente pode ser realizada mediante a desativa- NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de
ção, também conhecida como bloqueio, dos con- abril de 2016)
juntos e dispositivos de religamento automático 10.8.8.1 A empresa concederá autorização na forma
do circuito, sistema ou equipamento. (Alterado desta NR aos trabalhadores capacitados ou quali-
pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016) cados e aos pro ssionais habilitados que tenham
10.7.7.1 Os equipamentos e dispositivos desativados participado com avaliação e aproveitamento satis-
devem ser sinalizados com identi cação da con- fatórios dos cursos constantes do Anexo III desta
dição de desativação, conforme procedimento de NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de
abril de 2016)
trabalho especí co padronizado.
10.8.8.2 Deve ser realizado um treinamento de reci-
10.7.8 Os equipamentos, ferramentas e dispositivos clagem bienal e sempre que ocorrer alguma das
isolantes ou equipados com materiais isolantes, situações a seguir:
destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser a) troca de função ou mudança de empresa;
submetidos a testes elétricos ou ensaios de labora- b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade,
tório periódicos, obedecendo-se as especi cações por período superior a três meses;
do fabricante, os procedimentos da empresa e na c) modi cações signi cativas nas instalações elétricas
ausência desses, anualmente. ou troca de métodos, processos e organização do
10.7.9 Todo trabalhador em instalações elétricas ener- trabalho.
gizadas em AT, bem como aqueles envolvidos em 10.8.8.3 A carga horária e o conteúdo programáti-
co dos treinamentos de reciclagem destinados
atividades no SEP devem dispor de equipamento
ao atendimento das alíneas “a”, “b” e “c” do item
que permita a comunicação permanente com os 10.8.8.2 devem atender as necessidades da situa-
demais membros da equipe ou com o centro de ção que o motivou.
operação durante a realização do serviço. 10.8.8.4 Os trabalhos em áreas classi cadas devem
10.8 - HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E ser precedidos de treinamento especi co de acor-
AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES do com risco envolvido.
10.8.1 É considerado trabalhador quali cado aquele 10.8.9 Os trabalhadores com atividades não relacio-
que comprovar conclusão de curso especí co na nadas às instalações elétricas desenvolvidas em
área elétrica reconhecido pelo Sistema O cial de zona livre e na vizinhança da zona controlada,
Ensino. conforme de ne esta NR, devem ser instruídos
10.8.2 É considerado pro ssional legalmente habili- formalmente com conhecimentos que permitam
identi car e avaliar seus possíveis riscos e adotar
tado o trabalhador previamente quali cado e com
as precauções cabíveis.
registro no competente conselho de classe.
10.9 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

10.8.3 É considerado trabalhador capacitado aquele


que atenda às seguintes condições, simultanea- 10.9.1 As áreas onde houver instalações ou equipa-
mente: mentos elétricos devem ser dotadas de proteção
a) receba capacitação sob orientação e responsabili- contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR
dade de pro ssional habilitado e autorizado; e 23 – Proteção Contra Incêndios.
b) trabalhe sob a responsabilidade de pro ssional ha- 10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos
bilitado e autorizado. e sistemas destinados à aplicação em instalações
10.8.3.1 A capacitação só terá validade para a empre- elétricas de ambientes com atmosferas potencial-
sa que o capacitou e nas condições estabelecidas mente explosivas devem ser avaliados quanto à
pelo pro ssional habilitado e autorizado responsá- sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro
vel pela capacitação. de Certi cação.

70
10.9.3 Os processos ou equipamentos susceptíveis de 10.11.6 Toda equipe deverá ter um de seus trabalha-
gerar ou acumular eletricidade estática devem dis- dores indicado e em condições de exercer a super-
por de proteção especí ca e dispositivos de des- visão e condução dos trabalhos.
carga elétrica. 10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus
10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classi cadas membros, em conjunto com o responsável pela
ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou ex- execução do serviço, devem realizar uma avaliação
plosões, devem ser adotados dispositivos de pro- prévia, estudar e planejar as atividades e ações a
teção, como alarme e seccionamento automático serem desenvolvidas no local, de forma a atender
para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas os princípios técnicos básicos e as melhores técni-
de isolamento, aquecimentos ou outras condições cas de segurança aplicáveis ao serviço.
anormais de operação. 10.11.8 A alternância de atividades deve considerar a
10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áre- análise de riscos das tarefas e a competência dos
as classi cadas somente poderão ser realizados trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a se-
mediante permissão para o trabalho com libera- gurança e a saúde no trabalho.
ção formalizada, conforme estabelece o item 10.5 10.12 - SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
ou supressão do agente de risco que determina a 10.12.1 As ações de emergência que envolvam as ins-
classi cação da área. talações ou serviços com eletricidade devem cons-
10.10 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA tar do plano de emergência da empresa.
10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade 10.12.2 Os trabalhadores autorizados devem estar
deve ser adotada sinalização adequada de segu- aptos a executar o resgate e prestar primeiros so-
rança, destinada à advertência e à identi cação, corros a acidentados, especialmente por meio de
obedecendo ao disposto na NR-26 – Sinalização reanimação cardiorrespiratória.
de Segurança, de forma a atender, dentre outras, 10.12.3 A empresa deve possuir métodos de resgate
as situações a seguir: padronizados e adequados às suas atividades, dis-
a) identi cação de circuitos elétricos; ponibilizando os meios para a sua aplicação.
10.12.4 Os trabalhadores autorizados devem estar
b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas
aptos a manusear e operar equipamentos de pre-
de manobra e comandos;
venção e combate a incêndio existentes nas insta-
c) restrições e impedimentos de acesso;
lações elétricas.
d) delimitações de áreas;
10.13 - RESPONSABILIDADES
e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas,
10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento
de veículos e de movimentação de cargas;
desta NR são solidárias aos contratantes e contra-
f) sinalização de impedimento de energização;
tados envolvidos.
g) identi cação de equipamento ou circuito impedi-
10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes man-
do.
ter os trabalhadores informados sobre os riscos a
10.11 - PROCEDIMENTOS DE TRABALHO
que estão expostos, instruindo-os quanto aos pro-
10.11.1 Os serviços em instalações elétricas devem
cedimentos e medidas de controle contra os riscos
ser planejados e realizados em conformidade com
elétricos a serem adotados.
procedimentos de trabalho especí cos, padroniza-
10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes
dos, com descrição detalhada de cada tarefa, pas-
de trabalho envolvendo instalações e serviços em
so a passo, assinados por pro ssional que atenda
eletricidade, propor e adotar medidas preventivas
ao que estabelece o item 10.8 desta NR.
e corretivas.
10.11.2 Os serviços em instalações elétricas devem
10.13.4 Cabe aos trabalhadores:
ser precedidos de ordens de serviço especi cas,
a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pes-
aprovadas por trabalhador autorizado, contendo,
soas que possam ser afetadas por suas ações ou
no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências
omissões no trabalho;
aos procedimentos de trabalho a serem adotados.
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cum-
10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem con-
ter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base primento das disposições legais e regulamentares,
técnica, competências e responsabilidades, dispo- inclusive quanto aos procedimentos internos de
sições gerais, medidas de controle e orientações segurança e saúde; e
c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execu-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

nais.
10.11.4 Os procedimentos de trabalho, o treinamento ção do serviço as situações que considerar de risco
de segurança e saúde e a autorização de que tra- para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.
ta o item 10.8 devem ter a participação em todo 10.14 - DISPOSIÇÕES FINAIS
processo de desenvolvimento do Serviço Especia- 10.14.1 Os trabalhadores devem interromper suas ta-
lizado de Engenharia de Segurança e Medicina do refas exercendo o direito de recusa, sempre que
Trabalho - SESMT, quando houver. constatarem evidências de riscos graves e imi-
10.11.5 A autorização referida no item 10.8 deve estar nentes para sua segurança e saúde ou a de outras
em conformidade com o treinamento ministrado, pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu
previsto no Anexo III desta NR. (Alterado pela Por- superior hierárquico, que diligenciará as medidas
taria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016) cabíveis.

71
10.14.2 As empresas devem promover ações de con- f) tanques metálicos de superfície para armazena-
trole de riscos originados por outrem em suas ins- mento e estocagem de produtos nais ou de ma-
talações elétricas e oferecer, de imediato, quando térias primas, não enterrados e com fundo apoiado
cabível, denúncia aos órgãos competentes. sobre o solo, com diâmetro externo maior do que 3
10.14.3 Na ocorrência do não cumprimento das nor- m (três metros), capacidade nominal maior do que
mas constantes nesta NR, o MTE adotará as provi- 20.000 L (vinte mil litros), e que contenham uidos
dências estabelecidas na NR-03. de classe A ou B, conforme a alínea “a” do subitem
10.14.4 A documentação prevista nesta NR deve estar 13.5.1.2 desta NR.
permanentemente à disposição dos trabalhadores 13.2.2 Os equipamentos abaixo referenciados de-
que atuam em serviços e instalações elétricas, res- vem ser inspecionados sob a responsabilidade
peitadas as abrangências, limitações e interferên- técnica de PH, considerando recomendações do
cias nas tarefas. 10.14.5 A documentação prevista fabricante, códigos e normas nacionais ou interna-
nesta NR deve estar, permanentemente, à disposi- cionais a eles relacionados, bem como submetidos
ção das autoridades competentes. a manutenção, cando dispensados do cumpri-
10.14.6 Esta NR não é aplicável a instalações elétricas mento dos demais requisitos desta NR:
alimentadas por extra-baixa tensão. a) recipientes transportáveis, vasos de pressão des-
tinados ao transporte de produtos, reservatórios
portáteis de uido comprimido e extintores de in-
2. Norma Regulamentadora 13: Caldeiras e Va- cêndio;
sos de Pressão e Tubulações b) recipientes transportáveis de Gás Liquefeito de Pe-
tróleo - GLP - com volume interno menor do que
Esta NR estabelece os procedimentos obrigató- 500 L (quinhentos litros) e certi cados pelo INME-
rios para garantir a integridade física de caldeiras, vasos TRO;
de pressão e as tubulações que estiverem interligadas a
c) vasos de pressão destinados à ocupação humana;
eles. Serviços de operação e manutenção, e supervisão
d) vasos de pressão que façam parte de sistemas au-
de inspeção de caldeiras, vasos de pressão e tubulações,
xiliares de pacote de máquinas;
em conformidade com a regulamentação pro ssional vi-
gente no país. e) vasos de pressão sujeitos apenas à condição de vá-
cuo inferior a 5 kPa (cinco quilo pascais) em módu-
lo, independente da classe do uido contido;
NR 13 - NORMA REGULAMENTADORA 13 - CAL- f) dutos e seus componentes;
DEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
g) fornos e serpentinas para troca térmica;
h) tanques e recipientes de superfície para armazena-
13.1 Introdução
mento e estocagem de uidos não enquadrados
13.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabele-
em normas e códigos de projeto relativos a vasos
ce requisitos mínimos para gestão da integridade
estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão, de pressão e que não estejam enquadrados na alí-
suas tubulações de interligação e tanques metáli- nea “f” do subitem 13.2.1 desta NR;
cos de armazenamento nos aspectos relacionados i) vasos de pressão com diâmetro interno inferior a
à instalação, inspeção, operação e manutenção, 150 mm (cento e cinquenta milímetros) para ui-
visando à segurança e à saúde dos trabalhadores. dos das classes B, C e D, conforme especi cado na
13.1.2 O empregador é o responsável pela adoção alínea “a” do subitem13.5.1.2, e cujo produto P.V
das medidas determinadas nesta NR. seja superior a 8 (oito), onde P é a pressão máxima
13.2 Campo de Aplicação de operação em kPa, em módulo, e V o seu volume
13.2.1 Esta NR deve ser aplicada aos seguintes equi- interno em m3;
pamentos: j) trocadores de calor de placas corrugadas gaxeta-
a) todos os equipamentos enquadrados como caldei- das;
ras conforme subitens 13.4.1.1 e 13.4.1.2; k) geradores de vapor não enquadrados em códigos
b) vasos de pressão cujo produto P.V seja superior a 8 de vasos de pressão;
(oito), onde P é a pressão máxima de operação em l) tubos de sistemas de instrumentação com diâmetro
kPa, em módulo, e V o seu volume interno em m³; nominal ≤ 12,7 mm (doze milímetros e sete déci-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

c) vasos de pressão que contenham uido da classe mos) e com uidos das classes A ou B, conforme
A, especi cados na alínea “a” do subitem 13.5.1.2, especi cado na alínea “a” do subitem 13.5.1.2;
independente das dimensões e do produto P.V; m) tubulações de redes públicas de distribuição de
d) recipientes móveis com P.V superior a 8 (oito) ou gás;
com uido da classe A, especi cado na alínea “a” n) vasos de pressão fabricados em Plástico Reforça-
do subitem 13.5.1.2. do de Fibra de Vidro - PRFV, contendo uidos das
e) tubulações ou sistemas de tubulação ligados a classes A ou B, conforme especi cado na alínea “a”
caldeiras ou vasos de pressão, categorizados, con- do subitem 13.5.1.2, com volume interno maior do
forme subitens 13.4.1.2 e 13.5.1.2, que contenham que 160 L (cento e sessenta litros) e pressão máxi-
uidos de classe A ou B, conforme a alínea “a” do
ma de operação interna maior do que 50 kPa (cin-
subitem 13.5.1.2 desta NR;
quenta quilo pascais);

72
o) vasos de pressão fabricados em PRFV, sujeitos à 13.3.2.1 O PH, de nido no subitem 13.3.2, pode ob-
condição de vácuo, contendo uidos das classes A ter voluntariamente a certi cação de suas com-
ou B, conforme especi cado na alínea “a” subitem petências pro ssionais através de um Organismo
13.5.1.2, com volume interno maior do que 160 L de Certi cação de Pessoas - OPC acreditado pela
(cento e sessenta litros) e vácuo maior do que 5 Coordenação Geral de Acreditação do Instituto
kPa (cinco quilo pascais) e cujo produto P.V seja Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia -
superior a 8 (oito), onde P é a pressão máxima de Cgcre/INMETRO, conforme estabelece o Anexo III
operação (vácuo) em kPa, em módulo, e V o seu desta NR.
volume interno em m³. 13.3.3 Todos os reparos ou alterações em equipamen-
13.3 Disposições Gerais tos abrangidos por esta NR devem respeitar os
13.3.1 Constitui condição de Risco Grave e Iminente respectivos códigos de projeto e pós-construção
- RGI o não cumprimento de qualquer item previs- e as prescrições do fabricante no que se refere a:
to nesta NR que possa causar acidente ou doença a) materiais;
relacionada ao trabalho, com lesão grave à integri- b) procedimentos de execução;
dade física do trabalhador, especialmente: c) procedimentos de controle de qualidade;
a) operação de equipamentos abrangidos por esta d) quali cação e certi cação de pessoal.
NR sem os dispositivos de segurança previstos 13.3.3.1 Quando não for conhecido o código de pro-
conforme alínea “a” do subitem 13.4.1.3, alínea “a” jeto, deve ser respeitada a concepção original do
do subitem 13.5.1.3 e subitens 13.6.1.2 e 13.7.1.2; vaso de pressão, caldeira, tubulação ou tanques
b) atraso na inspeção de segurança periódica de cal- metálicos de armazenamento, empregando-se os
deiras; procedimentos de controle prescritos pelos códi-
c) bloqueio de dispositivos de segurança de caldei- gos aplicáveis a esses equipamentos.
ras, vasos de pressão e tubulações, sem a devida 13.3.3.2 A critério do PH podem ser utilizadas tecno-
justi cativa técnica baseada em códigos, normas logias de cálculo ou procedimentos mais avança-
ou procedimentos formais de operação do equi- dos, em substituição aos previstos pelos códigos
pamento; de projeto.
d) ausência de dispositivo operacional de controle do 3.3.3.3 Projetos de alteração ou reparo devem ser
nível de água de caldeira; concebidos previamente nas seguintes situações:
e) operação de equipamento enquadrado nesta NR a) sempre que as condições de projeto forem modi-
com deterioração atestada por meio de recomen- cadas;
dação de sua retirada de operação constante de b) sempre que forem realizados reparos que possam
parecer conclusivo em relatório de inspeção de se- comprometer a segurança.
gurança, de acordo com seu respectivo código de 13.3.3.4 Os projetos de alterações ou reparo devem:
projeto ou de adequação ao uso; a) ser concebidos ou aprovados por PH;
f) operação de caldeira por trabalhador que não aten- b) determinar materiais, procedimentos de execução,
da aos requisitos estabelecidos no Anexo I desta controle de qualidade e quali cação de pessoal;
NR, ou que não esteja sob supervisão, acompa- c) ser divulgados para os empregados do estabeleci-
nhamento ou assistência especí ca de operador mento que estão envolvidos com o equipamento.
quali cado. 13.3.3.5 Todas as intervenções que exijam mandrilha-
13.3.1.1 Por motivo de força maior e com justi cativa mento ou soldagem em partes que operem sob
formal do empregador, acompanhada por análi- pressão devem ser objeto de exames ou testes
se técnica e respectivas medidas de contingência para controle da qualidade com parâmetros de-
para mitigação dos riscos, elaborada por Pro ssio- nidos pelo PH, de acordo com normas ou códi-
nal Habilitado - PH ou por grupo multidisciplinar gos aplicáveis.
por ele coordenado, pode ocorrer postergação de 13.3.4 Os sistemas de controle e segurança das cal-
até 6 (seis) meses do prazo previsto para a inspe- deiras, dos vasos de pressão, das tubulações e dos
ção de segurança periódica da caldeira. tanques metálicos de armazenamento devem ser
13.3.1.1.1 O empregador deve comunicar ao sindica- submetidos à manutenção preventiva ou preditiva.
to dos trabalhadores da categoria predominante 13.3.5 O empregador deve garantir que os exames
do estabelecimento a justi cativa formal para pos- e testes em caldeiras, vasos depressão, tubulações
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

tergação da inspeção de segurança periódica da e tanques metálicos de armazenamento sejam


caldeira. executados em condições de segurança para seus
13.3.2 Para efeito desta NR, considera-se PH aque- executantes e demais trabalhadores envolvidos.
le que tem competência legal para o exercício da 13.3.6 O empregador deve comunicar ao órgão re-
pro ssão de engenheiro nas atividades referentes gional do Ministério do Trabalho e ao sindicato da
a projeto de construção, acompanhamento da categoria pro ssional predominante do estabele-
operação e da manutenção, inspeção e supervisão cimento a ocorrência de vazamento, incêndio ou
de inspeção de caldeiras, vasos de pressão, tubula- explosão envolvendo equipamentos abrangidos
ções e tanques metálicos de armazenamento, em nesta NR que tenha como consequência uma das
conformidade com a regulamentação pro ssional situações a seguir:
vigente no País. a) morte de trabalhador(es);

73
b) acidentes que implicaram em necessidade de in- b) caldeiras da categoria B são aquelas cuja a pressão
ternação hospitalar de trabalhador(es); de operação seja superior a 60 kPa (0,61 kgf/cm ) e
c) eventos de grande proporção. inferior a 1 960 kPa (19,98 kgf/cm2), volume interno
13.3.6.1 A comunicação deve ser encaminhada até o superior a 100 L (cem litros) e o produto entre a
segundo dia útil após a ocorrência e deve conter: pressão de operação em kPa e o volume interno
a) razão social do empregador, endereço, local, data e em m seja superior a 6 (seis).
hora da ocorrência; 13.4.1.3 As caldeiras devem ser dotadas dos seguintes
b) descrição da ocorrência; itens:
c) nome e função da(s) vítima(s); a) válvula de segurança com pressão de abertura
d) procedimentos de investigação adotados; ajustada em valor igual ou inferior a Pressão Má-
e) cópia do último relatório de inspeção de segurança xima de Trabalho Admissível - PMTA, considerados
do equipamento envolvido; os requisitos do código de projeto relativos a aber-
f) cópia da Comunicação de Acidente de Trabalho - turas escalonadas e tolerâncias de calibração;
CAT. b) instrumento que indique a pressão do vapor acu-
13.3.6.2 Na ocorrência de acidentes previstos no subi- mulado;
tem 13.3.6, o empregador deve comunicar a repre- c) injetor ou sistema de alimentação de água indepen-
sentação sindical dos trabalhadores predominante dente do principal que evite o superaquecimento
do estabelecimento para compor uma comissão por alimentação de ciente, acima das temperatu-
de investigação. ras de projeto, de caldeiras de combustível sólido
13.3.6.3 Os trabalhadores, com base em sua capacita- não atomizado ou com queima em suspensão;
ção e experiência, devem interromper suas tarefas, d) sistema dedicado de drenagem rápida de água em
exercendo o direito de recusa, sempre que cons- caldeiras de recuperação de álcalis, com ações au-
tatarem evidências de riscos graves e iminentes tomáticas após acionamento pelo operador;
para sua segurança e saúde ou de outras pessoas, e) sistema automático de controle do nível de água
comunicando imediatamente o fato a seu superior com intertravamento que evite o superaquecimen-
hierárquico. (Dispositivo revogado pela Portaria to por alimentação de ciente.
n° 915/2019 - DOU 31/07/2019) 13.4.1.4 Toda caldeira deve ter a xada em seu cor-
13.3.6.3.1 É dever do empregador:(Dispositivo re- po, em local de fácil acesso e bem visível, placa de
vogado pela Portaria n° 915/2019 - DOU identi cação indelével com, no mínimo, as seguin-
31/07/2019) tes informações:
a) assegurar aos trabalhadores o direito de interrom- a) nome do fabricante;
per suas atividades, exercendo o direito de recusa b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
nas situações previstas no subitem 13.3.6.3, e em c) ano de fabricação;
consonância com o subitem 9.6.3 da Norma Regu- d) pressão máxima de trabalho admissível;
lamentadora n.º 09 (NR-09); e) pressão de teste hidrostático de fabricação;
b) diligenciar de imediato as medidas cabíveis para o f) capacidade de produção de vapor;
controle dos riscos. g) área de superfície de aquecimento;
13.3.6.4 O empregador deve apresentar, quando exi- h) código de projeto e ano de edição.
gida pela autoridade competente do órgão regio- 13.4.1.5 Além da placa de identi cação, deve constar,
nal do Ministério do Trabalho, a documentação em local visível, a categoria da caldeira, conforme
mencionada nos subitens 13.4.1.6, 13.5.1.6, 13.6.1.4 de nida no subitem 13.4.1.2 desta NR, e seu nú-
e 13.7.1.4.(Dispositivo revogado pela Portaria n° mero ou código de identi cação.
915/2019 - DOU 31/07/2019) 13.4.1.6 Toda caldeira deve possuir, no estabeleci-
13.3.7 É proibida a fabricação, importação, comer- mento onde estiver instalada, a seguinte docu-
cialização, leilão, locação, cessão a qualquer títu- mentação devidamente atualizada:
lo, exposição e utilização de caldeiras e vasos de a) Prontuário da caldeira, fornecido por seu fabrican-
pressão sem a declaração do respectivo código de te, contendo as seguintes informações:
projeto em seu prontuário e sua indicação na placa - código de projeto e ano de edição;
de identi cação. - especi cação dos materiais;
13.4 Caldeiras - procedimentos utilizados na fabricação, montagem
13.4.1 Disposições Gerais e inspeção nal;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

13.4.1.1 Caldeiras a vapor são equipamentos destina- - metodologia para estabelecimento da PMTA;
dos a produzir e acumular vapor sob pressão su- - registros da execução do teste hidrostático de fa-
perior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de bricação;
energia, projetados conforme códigos pertinentes, - conjunto de desenhos e demais dados necessários
excetuando-se refervedores e similares. para o monitoramento da vida útil da caldeira;
13.4.1.2 Para os propósitos desta NR, as caldeiras são - características funcionais;
classi cadas em 2 (duas)categorias, conforme se- - dados dos dispositivos de segurança;
gue: - ano de fabricação;
a) caldeiras da categoria A são aquelas cuja pressão - categoria da caldeira;
de operação é igual ou superior a 1.960 kPa (19,98 b) Registro de Segurança, em conformidade com o
kgf/cm ), com volume superior a 100 L (cem litros); subitem 13.4.1.9;

74
c) projeto de instalação, em conformidade com o su- - de depósitos de combustíveis, excetuando-se re-
bitem 13.4.2.1; servatórios para partida com até 2 000 L (dois mil
d) projeto de alteração ou reparo, em conformidade litros) de capacidade;
com os subitens 13.3.3.3 e 13.3.3.4; - do limite de propriedade de terceiros;
e) relatórios de inspeção de segurança, em conformi- - do limite com as vias públicas;
dade com o subitem 13.4.4.16; b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, per-
f) certi cados de calibração dos dispositivos de se- manentemente desobstruídas, sinalizadas e dis-
gurança. postas em direções distintas;
13.4.1.7 Quando inexistente ou extraviado, o prontu- c) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à ope-
ário da caldeira deve ser reconstituído pelo empre- ração e à manutenção da caldeira, sendo que, para
gador, com responsabilidade técnica do fabricante guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimen-
ou de PH, sendo imprescindível a reconstituição sões que impeçam a queda de pessoas;
das características funcionais, dos dados dos dis- d) ter sistema de captação e lançamento dos gases e
positivos de segurança e memória de cálculo da material particulado, provenientes da combustão,
PMTA. para fora da área de operação atendendo às nor-
13.4.1.8 Quando a caldeira for vendida ou transferida mas ambientais vigentes;
de estabelecimento, os documentos mencionados e) dispor de iluminação conforme normas o ciais vi-
nas alíneas “a”, “d”, e “e” do subitem 13.4.1.6 de- gentes;
vem acompanhá-la. f) ter sistema de iluminação de emergência caso ope-
13.4.1.9 O Registro de Segurança deve ser constituído re à noite.
por livro de páginas numeradas, pastas ou sistema 13.4.2.4 Quando a caldeira estiver instalada em am-
informatizado do estabelecimento com segurança biente fechado, a casa de caldeiras deve satisfazer
da informação onde serão registradas: os seguintes requisitos:
a) todas as ocorrências importantes capazes de in uir a) constituir prédio separado, construído de material
nas condições de segurança da caldeira; resistente ao fogo, podendo ter apenas uma pa-
b) as ocorrências de inspeções de segurança inicial, rede adjacente a outras instalações do estabele-
periódica e extraordinária, devendo constar a con- cimento, porém com as outras paredes afastadas
dição operacional da caldeira, o nome legível e as- de, no mínimo, 3,0 m (três metros) de outras ins-
sinatura de PH e do operador de caldeira presente talações, do limite de propriedade de terceiros, do
na ocasião da inspeção. limite com as vias públicas e de depósitos de com-
13.4.1.10 Caso a caldeira venha a ser considerada ina- bustíveis, excetuando-se reservatórios para partida
dequada para uso, o Registro de Segurança deve com até 2.000 L (dois mil litros) de capacidade;
conter tal informação e receber encerramento for- b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, per-
mal. manentemente desobstruídas, sinalizadas e dis-
13.4.1.11 A documentação referida no subitem postas em direções distintas;
13.4.1.6 deve estar sempre à disposição para consul- c) dispor de ventilação permanente com entradas de
ta dos operadores, do pessoal de manutenção, de ar que não possam ser bloqueadas;
inspeção e das representações dos trabalhadores e d) dispor de sensor para detecção de vazamento de
do empregador na Comissão Interna de Prevenção gás quando se tratar de caldeira a combustível ga-
de Acidentes - CIPA, devendo o empregador asse- soso;
gurar livre e pleno acesso a essa documentação, e) não ser utilizada para qualquer outra nalidade;
inclusive à representação sindical da categoria pro- f) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à opera-
ssional predominante do estabelecimento, quan- ção e à manutenção da caldeira, sendo que, para
do formalmente solicitado. guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimen-
13.4.2 Instalação de caldeiras a vapor sões que impeçam a queda de pessoas;
13.4.2.1 A autoria do projeto de instalação de caldei- g) ter sistema de captação e lançamento dos gases e
material particulado, provenientes da combustão,
ras a vapor, no que concerne ao atendimento desta
para fora da área de operação, atendendo às nor-
NR, é de responsabilidade de PH, e deve obedecer
mas ambientais vigentes;
aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente
h) dispor de iluminação conforme normas o ciais vi-
previstos nas Normas Regulamentadoras, conven-
gentes e ter sistema de iluminação de emergência.
ções e disposições legais aplicáveis.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

13.4.2.5 Quando o estabelecimento não puder aten-


13.4.2.2 As caldeiras de qualquer estabelecimento
der ao disposto nos subitens 13.4.2.3 e 13.4.2.4,
devem ser instaladas em casa de caldeiras ou em deve ser elaborado projeto alternativo de instala-
local especí co para tal m, denominado área de ção, com medidas complementares de segurança,
caldeiras. que permitam a atenuação dos riscos, comunican-
13.4.2.3 Quando a caldeira for instalada em ambiente do previamente a representação sindical dos tra-
aberto, a área de caldeiras deve satisfazer aos se- balhadores predominante do estabelecimento.
guintes requisitos: 13.4.2.6 As caldeiras classi cadas na categoria A de-
a) estar afastada de, no mínimo, 3,0 m (três metros) vem possuir painel de instrumentos instalados em
de: sala de controle, construída segundo o que esta-
- outras instalações do estabelecimento; belecem as Normas Regulamentadoras aplicáveis.

75
13.4.3 Segurança na operação de caldeiras a) 12 (doze) meses para caldeiras das categorias A e B;
13.4.3.1 Toda caldeira deve possuir manual de opera- b) 15 (quinze) meses para caldeiras de recuperação
ção atualizado, em língua portuguesa, em local de de álcalis de qualquer categoria;
fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo: c) 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da ca-
a) procedimentos de partidas e paradas; tegoria A, desde que aos 12 (doze) meses sejam
b) procedimentos e parâmetros operacionais de ro- testadas as pressões de abertura das válvulas de
segurança.
tina;
13.4.4.5 Estabelecimentos que possuam SPIE, confor-
c) procedimentos para situações de emergência;
me estabelecido no Anexo II, podem estender seus
d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de períodos entre inspeções de segurança, respeitan-
preservação do meio ambiente. do os seguintes prazos máximos:
13.4.3.2 Os instrumentos e controles de caldeiras de- a) 24 (vinte e quatro) meses para as caldeiras de recu-
vem ser mantidos calibrados e em boas condições peração de álcalis;
operacionais. b) 24 (vinte e quatro) meses para as caldeiras da ca-
13.4.3.2.1 A inibição provisória dos instrumentos e tegoria B;
controles é permitida, desde que mantida a segu- c) 30 (trinta) meses para caldeiras da categoria A.
rança operacional, e que esteja prevista nos proce- 13.4.4.6 O prazo de inspeção de segurança inter-
dimentos formais de operação e manutenção, ou na de caldeiras categoria A que atendam ao item
com justi cativa formalmente documentada, com 13.4.4.6.2 pode ser de até 48 (quarenta e oito) me-
prévia análise técnica e respectivas medidas de ses desde que disponham de barreira de proteção
contingência para mitigação dos riscos elaborada implementada por meio de Sistema Instrumentado
pelo responsável técnico do processo, com anuên- de Segurança - SIS de nido por estudos de con a-
cia do PH. bilidade, auditados por Organismo de Certi cação
13.4.3.3 A qualidade da água deve ser controlada e de SPIE.
tratamentos devem ser implementados, quando 13.4.4.6.1 O empregador deve comunicar formal-
necessários, para compatibilizar suas propriedades mente à representação sindical da categoria pro-
físico-químicas com os parâmetros de operação da ssional predominante do estabelecimento a im-
caldeira de nidos pelo fabricante. plementação dos novos prazos de inspeção de
13.4.3.4 Toda caldeira a vapor deve estar obrigato- segurança destas caldeiras.
riamente sob operação e controle de operador de 13.4.4.6.2 As caldeiras que operam de forma contínua
caldeira. podem ser consideradas com SIS quando todas as
13.4.3.5 É considerado operador de caldeira aquele condições a seguir forem satisfeitas:
que satis zer o disposto no item “A” do Anexo I a) estiverem instaladas em estabelecimentos que
desta NR. possuam SPIE Certi cado citado no Anexo II;
13.4.4 Inspeção de segurança de caldeiras. b) possuírem análise formal realizada por responsável
13.4.4.1 As caldeiras devem ser submetidas a inspe- técnico identi cando os riscos que podem ser mi-
ções de segurança inicial, periódica e extraordiná- tigados por funções instrumentadas de segurança
ria. e quanti cando o nível de integridade de seguran-
13.4.4.2 A inspeção de segurança inicial deve ser feita ça (SIL) requerido para mitigar cada um dos ris-
em caldeiras novas, antes da entrada em funciona- cos identi cados, conforme normas internacionais;
mento, no local de nitivo de instalação, devendo c) disponham de SIS em conformidade com os subi-
compreender exame interno, seguido de teste de tens 13.4.4.6.3 a 13.4.4.6.6;
estanqueidade e exame externo. d) o SIS seja testado conforme estudo especí co de
13.4.4.3 As caldeiras devem obrigatoriamente ser con abilidade das funções instrumentadas de se-
submetidas a Teste Hidrostático - TH em sua fase
gurança;
de fabricação, com comprovação por meio de lau-
e) exista parecer técnico do PH e do responsável téc-
do assinado por PH, e ter o valor da pressão de
nico sobre o SIS fundamentando a decisão de ex-
teste a xado em sua placa de identi cação.
tensão de prazo;
13.4.4.3.1 Na falta de comprovação documental de
f) atender ao que consta no subitem 13.4.3.3, quanto
que o Teste Hidrostático - TH tenha sido realiza-
à qualidade da água;
do na fase de fabricação, se aplicará o disposto a
seguir: g) exista controle de deterioração dos materiais que
a) para as caldeiras fabricadas ou importadas a partir compõem as principais partes da caldeira.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

da vigência da Portaria do MTE n.º 594, de 28 de 13.4.4.6.3 As caldeiras devem dispor de SIS com pro-
abril de 2014, o TH deve ser feito durante a inspe- jeto baseado em estudo de con abilidade para
ção de segurança inicial; este m, que garanta execução segura da sequên-
b) para as caldeiras em operação antes da vigência cia de acendimento e o bloqueio automático dos
da Portaria do MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014, combustíveis em casos de perda do controle de
a execução do TH ca a critério do PH e, caso seja combustão ou da geração de vapor.
necessária, deve ser executada até a próxima ins- 13.4.4.6.4 O proprietário deve comprovar, através de
peção de segurança periódica interna. toda a documentação de projeto e de seu comis-
13.4.4.4 A inspeção de segurança periódica, constitu- sionamento, que o SIS da caldeira foi projetado,
ída por exames interno e externo, deve ser execu- adquirido, instalado e testado adequadamente pe-
tada nos seguintes prazos máximos: los responsáveis técnicos.

76
13.4.4.6.5 Alterações nas funções instrumentadas de c) redundância de sistemas de segurança nos painéis
segurança do SIS, sejam provisórias ou de nitivas, de comando;
devem ser registradas e aprovadas formalmente d) gerenciador com o registro dos alarmes ativos e
pelos responsáveis técnicos. inativos.
13.4.4.6.6 O proprietário deve comprovar, através de 13.4.4.7.5 O proprietário deve comprovar, através de
registros, que o SIS da caldeira é mantido adequa- toda a documentação de projeto e de comissiona-
damente de acordo com procedimentos especí - mento, que o SGC da nova caldeira categoria B foi
cos de nidos pelo fabricante ou seus responsáveis projetado, adquirido, instalado e testado adequa-
técnicos para a inspeção, testes e manutenção. damente pelos responsáveis técnicos.
Esses eventos devem ser executados e aprovados
13.4.4.7.6 O proprietário deve comprovar, através
pelos responsáveis técnicos próprios ou contrata-
dos. de registros, que o SGC da caldeira categoria B é
13.4.4.7 Os prazos de inspeção de segurança interna mantido adequadamente de acordo com procedi-
de caldeiras de categoria B que operem de forma mentos especí cos de nidos pelo fabricante para
contínua, a partir da publicação desta NR, com a inspeção, testes e manutenção. Esses eventos de-
Sistema de Gerenciamento de Combustão - SGC vem ser executados e aprovados pelos responsá-
podem ser estendidos para 30 (trinta) meses, se to- veis técnicos próprios ou contratados e devem ser
das as condições a seguir forem satisfeitas: anotados no Registro de Segurança.
a) as caldeiras devem dispor de SGC em conformida- 13.4.4.7.7 Alterações nas funções instrumentadas de
de com os subitens 13.4.4.7.1 a 13.4.4.7.7; segurança do SGC, sejam provisórias ou de nitivas,
b) o SGC deve ser comissionado conforme projeto devem ser registradas e aprovadas formalmente
das funções instrumentadas de segurança, reali- pelos responsáveis técnicos.
zado pelo proprietário, com apoio do fabricante, 13.4.4.8 No máximo, ao completar 25 (vinte e cinco)
com parecer formal de aceitação pelos responsá- anos de uso, na sua inspeção subsequente, as cal-
veis técnicos; deiras devem ser submetidas a uma avaliação de
c) existência de projeto técnico do fabricante aprova- integridade com maior abrangência para determi-
do por responsável técnico sobre o SGC; nar a sua vida remanescente e novos prazos máxi-
d) existência de controle periódico de deterioração mos para inspeção, caso ainda estejam em condi-
dos materiais que compõem as principais partes ções de uso.
da caldeira, capaz de garantir a extensão do prazo; 13.4.4.9 As válvulas de segurança de caldeiras devem
e) operação em automático, sem opção de operação ser desmontadas, inspecionadas e calibradas com
em manual. prazo adequado a sua manutenção, porém, não
13.4.4.7.1 O proprietário deve comunicar ao Órgão superior ao previsto para a inspeção de seguran-
Regional do Ministério do Trabalho e ao sindica- ça periódica das caldeiras por elas protegidos, de
to dos trabalhadores da categoria predominante acordo com os subitens 13.4.4.4 e 13.4.4.5.
do estabelecimento, até 30 (trinta) dias após o co- 13.4.4.9.1 As válvulas de segurança soldadas devem
missionamento da caldeira, o enquadramento com
ser testadas no campo, com uma frequência com-
SGC.
patível com o histórico operacional das mesmas,
13.4.4.7.2 As novas caldeiras categoria B com queima
sendo estabelecidos como limites máximos para
de combustíveis líquidos ou gasosos devem dispor
essas atividades os períodos de inspeção estabe-
de SGC de nido no projeto pelo fabricante para
lecidos nos subitens 13.4.4.4 e 13.4.4.5.
este m, que garanta a execução segura da sequ-
13.4.4.9.2 As caldeiras com SIS, conforme subitem
ência de acendimento e o bloqueio automático
13.4.4.6.2, devem ter as válvulas de segurança tes-
dos combustíveis em casos de perda do controle
de combustão ou da geração de vapor, prevendo tadas na pressão de abertura a cada 12 (doze) me-
as seguintes funções de segurança: ses;
a) proteção de nível baixo de água; 13.4.4.10 As válvulas de segurança instaladas em cal-
b) sequenciamento de purga e acendimento; deiras de categoria B devem ser testadas periodi-
c) teste de estanqueidade de válvulas de bloqueio de camente conforme segue:
combustível; a) pelo menos 1 (uma) vez por mês, mediante acio-
d) proteção de pressão alta ou baixa do combustível namento manual da alavanca durante a operação
líquido ou gasoso; de caldeiras sem tratamento de água conforme o
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

e) proteção de falha de chama. subitem 13.4.3.3, exceto para aquelas que vapori-
13.4.4.7.3 As novas caldeiras categoria B com queima zem uido térmico;
de combustíveis sólidos devem dispor de SGC de- b) as caldeiras que operem com água tratada devem
nido no projeto pelo fabricante para este m, que ter a alavanca acionada manualmente quando
garanta o controle automático do nível de água e condições anormais forem detectadas.
da geração de vapor. 13.4.4.11 Adicionalmente aos testes prescritos nos
13.4.4.7.4 As novas caldeiras categoria B independen- subitens 13.4.4.9 e 13.4.4.10, as válvulas de segu-
te do combustível queimado devem possuir: rança instaladas em caldeiras podem ser submeti-
a) redundância de válvula de segurança; das a testes de acumulação, a critério do PH.
b) descarga de fundo automática visando a redução 13.4.4.12 A inspeção de segurança extraordinária
de incrustações; deve ser feita nas seguintes oportunidades:

77
a) sempre que a caldeira for dani cada por aciden- 13.4.4.16.1 O relatório de inspeção de segurança
te ou outra ocorrência capaz de comprometer sua pode ser elaborado em sistema informatizado do
segurança; estabelecimento com segurança da informação,
b) quando a caldeira for submetida à alteração ou re- ou em mídia eletrônica com utilização de assina-
paro importante capaz de alterar suas condições tura digital, desde que a assinatura seja validada
de segurança; por uma Autoridade Certi cadora - AC.
c) antes de a caldeira ser recolocada em funciona- 13.4.4.17 As recomendações decorrentes da inspe-
mento, quando permanecer inativa por mais de 6 ção devem ser registradas e implementadas pelo
(seis) meses; empregador, com a determinação de prazos e res-
d) quando houver mudança de local de instalação da ponsáveis pela execução.
caldeira. 13.4.4.18 Sempre que os resultados da inspeção de-
13.4.4.13 A inspeção de segurança deve ser executa- terminarem alterações dos dados de projeto, a pla-
da sob a responsabilidade técnica de PH. ca de identi cação e a documentação do prontuá-
13.4.4.14 Imediatamente após a inspeção da caldeira, rio devem ser atualizadas.
deve ser anotada no seu Registro de Segurança a 13.5 Vasos de Pressão
sua condição operacional, e, em até 60 (sessenta) 13.5.1 Disposições Gerais
dias, deve ser emitido o relatório, que passa a fazer 13.5.1.1 Vasos de pressão são equipamentos que con-
parte da sua documentação, podendo este prazo têm uidos sob pressão interna ou externa, dife-
ser estendido para 90 (noventa) dias em caso de rente da atmosférica.
parada geral de manutenção. 13.5.1.2 Para efeito desta NR, os vasos de pressão são
13.4.4.15 O empregador deve informar à representa- classi cados em categorias segundo a classe de
ção sindical da categoria pro ssional predominan- uido e o potencial de risco.
te do estabelecimento, num prazo máximo de 30 a) os uidos contidos nos vasos de pressão são clas-
(trinta) dias após o término da inspeção de segu- si cados conforme descrito a seguir:
rança, a condição operacional da caldeira. Classe A:
13.4.4.15.1 Mediante o recebimento de requisição - uidos in amáveis;
formal, o empregador deve encaminhar à repre- - uidos combustíveis com temperatura superior ou
sentação sindical predominante do estabelecimen- igual a 200 ºC (duzentos graus Celsius);
to, no prazo máximo de 10 (dez) dias após a sua - uidos tóxicos com limite de tolerância igual ou in-
elaboração, a cópia do relatório de inspeção. ferior a 20 ppm (vinte partes por milhão);
13.4.4.15.2 A representação sindical da categoria
- hidrogênio;
pro ssional predominante do estabelecimento
- acetileno.
pode solicitar ao empregador que seja enviada
Classe B:
de maneira regular cópia do relatório de inspeção
- uidos combustíveis com temperatura inferior a 200
de segurança da caldeira em prazo de 30 (trinta)
ºC (duzentos graus Celsius);
dias após a sua elaboração, cando o emprega-
dor desobrigado a atender os subitens 13.4.4.15 - uidos tóxicos com limite de tolerância superior a
e13.4.4.15.1. 20 ppm (vinte partes por milhão).
13.4.4.16 O relatório de inspeção de segurança, men- Classe C:
cionado na alínea “e” do subitem 13.4.1.6, deve ser - vapor de água, gases as xiantes simples ou ar com-
elaborado em páginas numeradas contendo no primido.
mínimo: Classe D:
a) dados constantes na placa de identi cação da cal- - outro uido não enquadrado acima.
deira; b) quando se tratar de mistura deve ser considerado
b) categoria da caldeira; para ns de classi cação o uido que apresentar
c) tipo da caldeira; maior risco aos trabalhadores e instalações, consi-
d) tipo de inspeção executada; derando-se sua toxicidade, in amabilidade e con-
e) data de início e término da inspeção; centração.
f) descrição das inspeções, exames e testes executa- c) os vasos de pressão são classi cados em grupos de
dos; potencial de risco em função do produto P.V, onde
g) registros fotográ cos do exame interno da caldei- P é a pressão máxima de operação em MPa, em
ra; módulo, e V o seu volume em m , conforme segue:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

h) resultado das inspeções e providências; Grupo 1 - P.V ≥ 100


i) relação dos itens desta NR, relativos a caldeiras, que Grupo 2 - P.V < 100 e P.V ≥ 30
não estão sendo atendidos; Grupo 3 - P.V < 30 e P.V ≥ 2,5
j) recomendações e providências necessárias; Grupo 4 - P.V < 2,5 e P.V ≥ 1
k) parecer conclusivo quanto à integridade da caldei- Grupo 5 - P.V < 1
ra até a próxima inspeção; d) a tabela a seguir classi ca os vasos de pressão em
l) data prevista para a nova inspeção de segurança categorias de acordo com os grupos de potencial
da caldeira; de risco e a classe de uido contido.
m) nome legível, assinatura e número do registro no
conselho pro ssional do PH e nome legível e assi-
natura de técnicos que participaram da inspeção.

78
CATEGORIAS DE VASOS DE PRESSÃO

Notas:
a) considerar volume em m e pressão em MPa;
b) considerar 1 MPa correspondente a 10,197 kgf/cm .
13.5.1.3 Os vasos de pressão devem ser dotados dos seguintes itens:
a) válvula de segurança ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou
inferior à PMTA, instalado diretamente no vaso ou no sistema que o inclui, considerados os requisitos do código
de projeto relativos a aberturas escalonadas e tolerâncias de calibração;
b) vasos de pressão submetidos a vácuo devem ser dotados de dispositivos de segurança ou outros meios previstos
no projeto; se também submetidos à pressão positiva devem atender à alínea “a” deste subitem;
c) sistema de segurança que de na formalmente o(s) meio(s) para evitar o bloqueio inadvertido de dispositivos de
segurança (Dispositivo Contra Bloqueio Inadvertido - DCBI),sendo que, na inexistência de tal sistema formalmen-
te de nido, deve ser utilizado no mínimo um dispositivo físico associado à sinalização de advertência;
d) instrumento que indique a pressão de operação, instalado diretamente no vaso ou no sistema que o contenha.
13.5.1.4 Todo vaso de pressão deve ter a xado em seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível, placa de iden-
ti cação indelével com, no mínimo, as seguintes informações:
a) fabricante;
b) número de identi cação;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático de fabricação;
f) código de projeto e ano de edição.
13.5.1.5 Além da placa de identi cação, deve constar, em local visível, a categoria do vaso, conforme subitem
3.5.1.2, e seu número ou código de identi cação.
13.5.1.6 Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado, a seguinte documentação
devidamente atualizada:
a) prontuário do vaso de pressão a ser fornecido pelo fabricante, contendo as seguintes informações:
- código de projeto e ano de edição;
- especi cação dos materiais;
- procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção nal;
- metodologia para estabelecimento da PMTA;
- conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da sua vida útil;
- pressão máxima de operação;
- registros documentais do teste hidrostático;
- características funcionais, atualizadas pelo empregador, sempre que alteradas as originais;
- dados dos dispositivos de segurança, atualizados pelo empregador sempre que alterados os originais;
- ano de fabricação;
- categoria do vaso, atualizada pelo empregador sempre que alterada a original;
b) Registro de Segurança em conformidade com o subitem 13.5.1.8;
c) projeto de alteração ou reparo em conformidade com os subitens 13.3.3.3 e 13.3.3.4;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

d) relatórios de inspeção em conformidade com o subitem 13.5.4.14;


e) certi cados de calibração dos dispositivos de segurança, onde aplicável.
13.5.1.7 Quando inexistente ou extraviado, o prontuário do vaso de pressão deve ser reconstituído pelo emprega-
dor, com responsabilidade técnica do fabricante ou de PH, sendo imprescindível a reconstituição das premissas
de projeto, dos dados dos dispositivos de segurança e da memória de cálculo da PMTA.
13.5.1.7.1 Vasos de pressão construídos sem códigos de projeto, instalados antes da publicação desta Norma, para
os quais não seja possível a reconstituição da memória de cálculo por códigos reconhecidos, devem ter PMTA
atribuída por PH a partir dos dados operacionais e serem submetidos a inspeções periódicas, conforme os pra-
zos abaixo:
a) 01 ano, para inspeção de segurança periódica externa;
b) 03 anos, para inspeção de segurança periódica interna.

79
13.5.1.7.2 A empresa deve elaborar um Plano de 13.5.2.4 A instalação de vasos de pressão deve obe-
Ação para realização de inspeção extraordinária decer aos aspectos de segurança, saúde e meio
especial de todos os vasos relacionados no subi- ambiente previstos nas Normas Regulamentado-
tem 13.5.1.7.1. (Prazo para cumprimento de até ras, convenções e disposições legais aplicáveis.
60(sessenta) dias após a publicação da Portaria 13.5.2.5 Quando o estabelecimento não puder aten-
nº 1082/2018 - vide art.8º) der ao disposto no subitem 13.5.2.2 ou 13.5.2.3,
13.5.1.7.3 O prazo para implementação do proje- devem ser adotadas medidas formais complemen-
to de alteração ou de reparo não deve ser supe- tares de segurança que permitam a atenuação dos
rior à vida residual calculada quando da execu- riscos.
ção da inspeção extraordinária especial. (Prazo 13.5.3 Segurança na operação de vasos de pressão.
para cumprimento de até 10(dez) anos após 13.5.3.1 Todo vaso de pressão enquadrado nas ca-
a publicação da Portaria nº 1082/2018 - tegorias I ou II deve possuir manual de opera-
vide art.9º) ção próprio ou instruções de operação contidas
13.5.1.8 O Registro de Segurança deve ser constituído no manual de operação de unidade onde estiver
por livro de páginas numeradas, pastas ou sistema instalado, em língua portuguesa, em local de fácil
informatizado do estabelecimento com segurança acesso aos operadores, contendo no mínimo:
da informação onde serão registradas: a) procedimentos de partidas e paradas;
a) todas as ocorrências importantes capazes de in uir b) procedimentos e parâmetros operacionais de ro-
nas condições de segurança dos vasos de pressão; tina;
b) as ocorrências de inspeções de segurança inicial, c) procedimentos para situações de emergência;
periódica e extraordinária, devendo constar a con- d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de
dição operacional do vaso, o nome legível e assi- preservação do meio ambiente.
natura de PH no caso de registro em livro físico ou 13.5.3.2 Os instrumentos e controles de vasos de
cópias impressas; pressão devem ser mantidos calibrados e em boas
13.5.1.8.1 O empregador deve fornecer cópias im-
condições operacionais.
pressas ou em mídia eletrônica de registros de se-
13.5.3.2.1 Poderá ocorrer a inibição provisória dos
gurança selecionadas pela representação sindical
instrumentos e controles, desde que mantida a se-
da categoria pro ssional predominante do estabe-
gurança operacional, e que esteja prevista nos pro-
lecimento, quando formalmente solicitadas.
cedimentos formais de operação e manutenção,
13.5.1.9 A documentação referida no subitem 13.5.1.6
ou com justi cativa formalmente documentada,
deve estar sempre à disposição para consulta dos
com prévia análise técnica e respectivas medidas
operadores, do pessoal de manutenção, de inspe-
de contingência para mitigação dos riscos, elabo-
ção e das representações dos trabalhadores e do
rada pelo responsável técnico do processo, com
empregador na CIPA, devendo o empregador as-
segurar livre e pleno acesso a essa documentação anuência do PH.
inclusive à representação sindical da categoria pro- 13.5.3.3 A operação de unidades de processo que
ssional predominante do estabelecimento, quan- possuam vasos de pressão de categorias I ou II
do formalmente solicitado. deve ser efetuada por pro ssional capacitado con-
13.5.2 Instalação de vasos de pressão. forme item “B” do Anexo I desta NR.
13.5.2.1 Todo vaso de pressão deve ser instalado de 13.5.4 Inspeção de segurança de vasos de pressão.
modo que todos os drenos, respiros, bocas de vi- 13.5.4.1 Os vasos de pressão devem ser submetidos
sita e indicadores de nível, pressão e temperatura, a inspeções de segurança inicial, periódica e extra-
quando existentes, sejam facilmente acessíveis. ordinária.
13.5.2.2 Quando os vasos de pressão forem instala- 13.5.4.2 A inspeção de segurança inicial deve ser feita
dos em ambientes fechados, a instalação deve sa- em vasos de pressão novos, antes de sua entrada
tisfazer os seguintes requisitos: em funcionamento, no local de nitivo de instala-
a) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, per- ção, devendo compreender exames externo e in-
manentemente desobstruídas, sinalizadas e dis- terno.
postas em direções distintas; 13.5.4.3 Os vasos de pressão devem obrigatoriamen-
b) dispor de acesso fácil e seguro para as atividades te ser submetidos a Teste Hidrostático - TH em sua
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

de manutenção, operação e inspeção, sendo que, fase de fabricação, com comprovação por meio de
para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter di- laudo assinado por PH, e ter o valor da pressão de
mensões que impeçam a queda de pessoas; teste a xado em sua placa de identi cação.
c) dispor de ventilação permanente com entradas de 13.5.4.3.1 Na falta de comprovação documental de
ar que não possam ser bloqueadas; que o Teste Hidrostático - TH tenha sido realiza-
d) dispor de iluminação conforme normas o ciais vi- do na fase de fabricação, se aplicará o disposto a
gentes; seguir:
e) possuir sistema de iluminação de emergência. a) para os vasos de pressão fabricados ou importados
13.5.2.3 Quando o vaso de pressão for instalado em a partir da vigência da Portaria MTE n.º 594, de 28
ambiente aberto, a instalação deve satisfazer as alí- de abril de 2014, o TH deve ser feito durante a ins-
neas “a”, “b”, “d” e “e” do subitem 13.5.2.2. peção de segurança inicial;

80
b) para os vasos de pressão em operação antes da vigência da Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014, a exe-
cução do TH ca a critério do PH e, caso seja necessária à sua realização, o TH deve ser realizado até a próxima
inspeção de segurança periódica interna.
13.5.4.4 Os vasos de pressão categorias IV ou V de fabricação em série, certi cados pelo INMETRO, que possuam
válvula de segurança calibrada de fábrica cam dispensados da inspeção inicial, desde que instalados de acordo
com as recomendações do fabricante.
13.5.4.4.1 Deve ser anotada no Registro de Segurança a data da instalação do vaso de pressão a partir da qual se
inicia a contagem do prazo para a inspeção de segurança periódica.
13.5.4.5 A inspeção de segurança periódica, constituída por exames externo e interno, deve obedecer aos seguintes
prazos máximos estabelecidos a seguir:

a) para estabelecimentos que não possuam SPIE, conforme citado no Anexo II:

b) para estabelecimentos que possuam SPIE, conforme citado no Anexo II, consideradas as tolerâncias nele previstas

13.5.4.6 Vasos de pressão que não permitam acesso visual para o exame interno ou externo por impossibilidade
física devem ser submetidos alternativamente a outros exames não destrutivos e metodologias de avaliação da
integridade, a critério do PH, baseados em normas e códigos aplicáveis à identi cação de mecanismos de dete-
rioração.
13.5.4.7 As empresas que possuam SPIE certi cado conforme Anexo II desta Norma podem executar, em vasos de
pressão de categorias I e II, uma INI, de acordo com a metodologia especi cada na norma ABNT NBR 16455, des-
de que esta seja obrigatoriamente sucedida por um exame visual interno em um prazo máximo correspondente
a 50 % (cinquenta por cento) do intervalo determinado na alínea “b” do subitem 13.5.4.5 desta Norma.
13.5.4.7.1 O intervalo correspondente ao prazo máximo do subitem 13.5.4.7 deve ser contado a partir da data de
realização da INI.
13.5.4.8 Vasos de pressão com enchimento interno ou com catalisador podem ter a periodicidade de exame interno
ampliada, de forma a coincidir com a época da substituição de enchimentos ou de catalisador, desde que esta
ampliação seja precedida de estudos conduzidos por PH ou por grupo multidisciplinar por ele coordenado, ba-
seados em normas e códigos aplicáveis, onde sejam implementadas tecnologias alternativas para a avaliação da
sua integridade estrutural.
13.5.4.9 Vasos de pressão com temperatura de operação inferior a 0 ºC (zero graus Celsius) e que operem em condi-
ções nas quais a experiência mostre que não ocorre deterioração devem ser submetidos a exame interno a cada
20 (vinte) anos e exame externo a cada 2 (dois) anos.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

13.5.4.10 As válvulas de segurança dos vasos de pressão devem ser desmontadas, inspecionadas e calibradas com
prazo adequado à sua manutenção, porém, não superior ao previsto para a inspeção de segurança periódica
interna dos vasos de pressão por elas protegidos.
13.5.4.11 A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades:
a) sempre que o vaso de pressão for dani cado por acidente ou outra ocorrência que comprometa sua segurança;
b) quando o vaso de pressão for submetido a reparo ou alterações importantes, capazes de alterar sua condição
de segurança;
c) antes do vaso de pressão ser recolocado em funcionamento, quando permanecer inativo por mais de 12 (doze)
meses;
d) quando houver alteração do local de instalação do vaso de pressão, exceto para vasos móveis.

81
13.5.4.12 A inspeção de segurança deve ser executa- c) a temperatura de trabalho;
da sob a responsabilidade técnica de PH. d) os mecanismos de danos previsíveis;
13.5.4.13 Imediatamente após a inspeção do vaso e) as consequências para os trabalhadores, instala-
de pressão, deve ser anotada no Registro de Se- ções e meio ambiente trazidas por possíveis falhas
gurança a sua condição operacional, e, em até 60 das tubulações.
(sessenta) dias, deve ser emitido o relatório, que 13.6.1.2 As tubulações ou sistemas de tubulação de-
passa a fazer parte da sua documentação, poden- vem possuir dispositivos de segurança conforme
os critérios do código de projeto utilizado, ou em
do este prazo ser estendido para 90 (noventa) dias
atendimento às recomendações de estudo de aná-
em caso de parada geral de manutenção.
lises de cenários de falhas.
13.5.4.14 O relatório de inspeção de segurança, men- 13.6.1.3 As tubulações ou sistemas de tubulação de-
cionado no item 13.5.1.6, alínea “d”, deve ser ela- vem possuir indicador de pressão de operação,
borado em páginas numeradas, ou em sistema conforme de nido no projeto de processo e ins-
informatizado do estabelecimento com segurança trumentação.
de informação, no qual o PH esteja identi cado 13.6.1.4 Todo estabelecimento que possua tubula-
como o responsável pela respectiva aprovação, e ções, sistemas de tubulação ou linhas deve ter a
conter no mínimo: seguinte documentação devidamente atualizada:
a) identi cação do vaso de pressão; a) especi cações aplicáveis às tubulações ou siste-
b) categoria do vaso de pressão; mas, necessárias ao planejamento e execução da
c) uidos de serviço; sua inspeção;
d) tipo do vaso de pressão; b) uxograma de engenharia com a identi cação da
e) tipo de inspeção executada; linha e seus acessórios;
f) data de início e término da inspeção; c) projeto de alteração ou reparo em conformidade
g) descrição das inspeções, exames e testes execu- com os subitens 13.3.3.3 e 13.3.3.4;
tados; d) relatórios de inspeção em conformidade com o su-
h) registro fotográ co das anomalias do exame inter- bitem 13.6.3.9;
e) Registro de Segurança em conformidade com o su-
no do vaso de pressão;
bitem 13.6.1.4.1.
i) resultado das inspeções e intervenções executadas; 13.6.1.4.1 O Registro de Segurança deve ser consti-
j) recomendações e providências necessárias; tuído por um livro de páginas numeradas por es-
k) parecer conclusivo quanto a integridade do vaso tabelecimento ou sistema informatizado por esta-
de pressão até a próxima inspeção; belecimento com segurança da informação onde
l) data prevista para a próxima inspeção de segurança; serão registradas ocorrências como vazamentos
m) nome legível, assinatura e número do registro no de grande proporção, incêndios ou explosões
conselho pro ssional do PH e nome legível e assi- envolvendo tubulações abrangidas na alínea “e”
natura de técnicos que participaram da inspeção. do subitem 13.2.1 que tenham como consequência
13.5.4.14.1 O relatório de inspeção de segurança uma das situações a seguir:
pode ser elaborado em sistema informatizado do a) in uir nas condições de segurança das tubulações;
estabelecimento com segurança da informação, b) risco ao meio ambiente;
ou em mídia eletrônica com utilização de assina- c) acidentes que implicaram em necessidade de inter-
tura digital, desde que a assinatura seja validada nação hospitalar de trabalhador(es).
por uma AC. 13.6.1.5 Os documentos referidos no subitem 13.6.1.4,
13.5.4.15 O empregador deve disponibilizar aos tra- quando inexistentes ou extraviados, devem ser re-
balhadores acesso aos relatórios de inspeção de constituídos pelo empregador, sob a responsabili-
dade técnica deum PH.
segurança armazenados em seu sistema informa-
13.6.1.6 A documentação referida no subitem 13.6.1.4
tizado.
deve estar sempre à disposição para scalização
13.5.4.16 Sempre que os resultados da inspeção de- pela autoridade competente do Órgão Regional
terminarem alterações das condições de projeto, a do Ministério do Trabalho, e para consulta pelos
placa de identi cação e a documentação do pron- operadores, pessoal de manutenção, de inspeção
tuário devem ser atualizadas. e das representações dos trabalhadores e do em-
13.5.4.17 As recomendações decorrentes da inspe- pregador na CIPA, devendo, ainda, o empregador
ção devem ser implementadas pelo empregador, assegurar livre e pleno acesso a essa documenta-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

com a determinação de prazos e responsáveis pela ção à representação sindical da categoria pro s-
sua execução. sional predominante do estabelecimento, quando
13.6 Tubulações formalmente solicitado.
13.6.1 Disposições Gerais 13.6.2 Segurança na operação de tubulações
13.6.1.1 As empresas que possuem tubulações e sis- 13.6.2.1 Os dispositivos de indicação de pressão da
temas de tubulações enquadradas nesta NR de- tubulação devem ser mantidos em boas condições
vem possuir um programa e um plano de inspeção operacionais.
que considere, no mínimo, as variáveis, condições 13.6.2.2 As tubulações de vapor de água e seus aces-
e premissas descritas abaixo: sórios devem ser mantidos em boas condições
a) os uidos transportados; operacionais, de acordo com um plano de manu-
b) a pressão de trabalho; tenção elaborado pelo estabelecimento.

82
13.6.2.3 As tubulações e sistemas de tubulação devem ser identi cados conforme padronização formalmente insti-
tuída pelo estabelecimento, e sinalizadas conforme a Norma Regulamentadora n.º 26 (NR-26).
13.6.3 Inspeção de segurança de tubulações
13.6.3.1 Deve ser realizada inspeção de segurança inicial nas tubulações.
13.6.3.2 As tubulações devem ser submetidas à inspeção de segurança periódica.
13.6.3.3 Os intervalos de inspeção das tubulações devem atender aos prazos máximos da inspeção interna do vaso
ou caldeira mais crítica a elas interligadas, podendo ser ampliados pelo programa de inspeção elaborado por PH,
fundamentado tecnicamente com base em mecanismo de danos e na criticidade do sistema, contendo os inter-
valos entre estas inspeções e os exames que as compõem, desde que essa ampliação não ultrapasse o intervalo
máximo de 100 % (cem por cento) sobre o prazo da inspeção interna, limitada a 10 (dez) anos.
13.6.3.4 Os intervalos de inspeção periódica da tubulação não podem exceder os prazos estabelecidos em seu pro-
grama de inspeção, consideradas as tolerâncias permitidas para as empresas com SPIE.
13.6.3.5 A critério do PH, o programa de inspeção pode ser elaborado por tubulação, por linha ou por sistema. No
caso de programação por sistema, o intervalo a ser adotado deve ser correspondente ao da sua linha mais crítica.
13.6.3.6 As inspeções periódicas das tubulações devem ser constituídas de exames e análises de nidas por PH, que
permitam uma avaliação da sua integridade estrutural de acordo com normas e códigos aplicáveis.
13.6.3.6.1 No caso de risco à saúde e à integridade física dos trabalhadores envolvidos na execução da inspeção, a
linha deve ser retirada de operação.
13.6.3.7 Deve ser executada inspeção extraordinária nas seguintes situações:
a) sempre que a tubulação for dani cada por acidente ou outra ocorrência que comprometa a segurança dos tra-
balhadores;
b) quando a tubulação for submetida a reparo provisório ou alterações signi cativas, capazes de alterar sua capa-
cidade de contenção de uído;
c) antes da tubulação ser recolocada em funcionamento, quando permanecer inativa por mais de 24 (vinte e quatro)
meses.
13.6.3.8 A inspeção periódica de tubulações deve ser executada sob a responsabilidade técnica de PH.
13.6.3.9 O relatório de inspeção de segurança, mencionado na alínea “d” do subitem 13.6.1.4, deve ser elaborado
em páginas numeradas, contendo no mínimo:
a) identi cação da(s) linha(s) ou sistema de tubulação;
b) uidos de serviço da tubulação, e respectivas temperatura e pressão de operação;
c) tipo de inspeção executada;
d) data de início e de término da inspeção;
e) descrição das inspeções, exames e testes executados;
f) registro fotográ co, ou da localização das anomalias signi cativas detectadas no exame externo da tubulação;
g) resultado das inspeções e intervenções executadas;
h) recomendações e providências necessárias;
i) parecer conclusivo quanto à integridade da tubulação, do sistema de tubulação ou da linha até a próxima inspe-
ção;
j) data prevista para a próxima inspeção de segurança;
k) nome legível, assinatura e número do registro no conselho pro ssional do PH e nome legível e assinatura de
técnicos que participaram da inspeção.
13.6.3.9.1 O prazo para emissão desse relatório é de até 30 (trinta) dias para linhas individuais e de até 90 (noventa)
dias para sistemas de tubulação.
13.6.3.9.2 O relatório de inspeção de segurança pode ser elaborado em sistema informatizado do estabelecimento
com segurança da informação, ou em mídia eletrônica com utilização de assinatura digital, desde que a assina-
tura seja validada por uma AC.
13.6.3.10 As recomendações decorrentes da inspeção devem ser implementadas pelo empregador, com a determi-
nação de prazos e responsáveis pela sua execução.
13.7 Tanques
13.7.1 Disposições Gerais
13.7.1.1 As empresas que possuem tanques metálicos de armazenamento e estocagem enquadra-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

dos nesta NR devem possuir um programa e um plano de inspeção que considere, no mínimo,
as variáveis, condições e premissas descritas abaixo: (Entrará em vigor 12(doze) meses após a
publicação da Portaria nº 1082/2018 - vide art.7º)
a) os uidos armazenados;
b) condições operacionais;
c) os mecanismos de danos previsíveis;
d) as consequências para os trabalhadores, instalações e meio ambiente decorrentes de possíveis
falhas nos tanques.

13.7.1.2 Os tanques devem possuir dispositivos de segurança contra sobre pressão e vácuo conforme os critérios do
código de projeto utilizado, ou em atendimento às recomendações de estudo de análises de cenários de falhas.

83
13.7.1.3 Os tanques devem possuir instrumentação de controle conforme de nido no projeto de processo e
instrumentação.

13.7.1.4 Todo estabelecimento que possua tanques enquadrados nesta NR deve ter a seguinte
documentação devidamente atualizada: (Entrará em vigor 12(doze) meses após a publicação da
Portaria nº 1082/2018 - vide art.7º)
a) folhas de dados com as especi cações dos tanques necessárias ao planejamento e execução da
sua inspeção;
b) desenho geral;
c) projeto de alteração ou reparo em conformidade com os subitens 13.3.3.3 e13.3.3.4;
d) relatórios de inspeção de segurança, em conformidade com o subitem13.7.3.7;
e) Registro de Segurança em conformidade com o subitem 13.7.1.5.
13.7.1.5 O Registro de Segurança deve ser constituído por livro de páginas numeradas, pastas ou sistema in-
formatizado do estabelecimento com segurança da informação onde devem ser registradas:
a) todas as ocorrências importantes capazes de in uir nas condições de segurança dos tanques;
b) as ocorrências de inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária, devendo constar a condição
operacional do tanque, o nome legível e assinatura do responsável técnico formalmente designado pelo empregador
no caso de registro em livro físico ou cópias impressas.

13.7.1.6 Os documentos referidos no subitem 13.7.1.4, quando inexistentes ou extraviados, devem


ser reconstituídos pelo empregador por um responsável técnico formalmente designado. (Entra-
rá em vigor 12(doze) meses após a publicação da Portaria nº 1082/2018 - vide art.7º)
13.7.1.7 A documentação referida no subitem 13.7.1.4 deve estar sempre à disposição para scalização pela auto-
ridade competente do Órgão Regional do Ministério do Trabalho, e para consulta pelos operadores, pessoal de
manutenção, de inspeção e das representações dos trabalhadores e do empregador na CIPA, devendo, ainda, o
empregador assegurar o livre e pleno acesso a essa documentação à representação sindical da categoria pro s-
sional predominante do estabelecimento, quando formalmente solicitado.
13.7.2 Segurança na operação de tanques
13.7.2.1 Os dispositivos contra sobre pressão e vácuo, e válvulas corta-chamas, quando aplicáveis, devem ser man-
tidos em boas condições operacionais, de acordo com um plano de manutenção elaborado pelo empregador.
13.7.2.2 A instrumentação de controle dos tanques deve ser mantida em boas condições operacionais, de acordo
com um plano de manutenção elaborado pelo empregador.
13.7.2.3 Os tanques devem ser identi cados conforme padronização formalmente instituída pelo empregador.
13.7.3 Inspeção de segurança de tanques
13.7.3.1 Deve ser realizada inspeção de segurança inicial nos tanques.
13.7.3.2 Os tanques devem ser submetidos à inspeção de segurança periódica.
13.7.3.3 Os intervalos de inspeção de segurança periódica dos tanques devem atender aos prazos estabelecidos em
programa de inspeção formalmente instituído pelo empregador, não podendo esses prazos exceder aos estabe-
lecidos na norma ABNT NBR17505-2.
13.7.3.4 As inspeções de segurança periódicas dos tanques devem ser constituídas de exames e análises de nidas
por PH que permitam uma avaliação da sua integridade estrutural de acordo com normas e códigos aplicáveis.
13.7.3.5 Deve ser executada inspeção extraordinária nas seguintes situações:
a) sempre que o tanque for dani cado por acidente ou outra ocorrência que comprometa a segurança dos traba-
lhadores;
b) quando o tanque for submetido a reparo provisório ou alterações signi cativas, capazes de alterar sua capacida-
de de contenção de uído;
c) antes de o tanque ser recolocado em funcionamento, quando permanecer inativo por mais de 24 (vinte e quatro)
meses;
d) quando houver alteração do local de instalação.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

13.7.3.6 O relatório de inspeção de segurança, mencionado na alínea “d” do subitem 13.7.1.4 deve ser elaborado em
páginas numeradas, contendo no mínimo:
a) identi cação dos tanques;
b) uidos armazenados nos tanques, e respectiva temperatura de operação;
c) tipo de inspeção executada;
d) data de início e de término da inspeção;
e) descrição das inspeções, exames e testes executados;
f) registro fotográ co, ou da localização das anomalias signi cativas detectadas nos exames internos e externos dos
tanques;
g) resultado das inspeções e intervenções executadas;
h) recomendações e providências necessárias;

84
i) parecer conclusivo quanto à integridade dos tan- Códigos de pós-construção - compõe-se de normas
ques até a próxima inspeção; ou recomendações práticas de avaliação da integridade
j) data prevista para a próxima inspeção de segurança; estrutural de equipamentos durante a sua vida útil.
k) nome legível, assinatura e número do registro no Comissionamento - conjunto de técnicas e procedi-
conselho pro ssional do responsável técnico for- mentos de engenharia aplicados de forma integrada à
malmente designado pelo empregador e nome instalação ou parte dela, visando torná-la operacional
legível e assinatura de técnicos que participaram de acordo com os requisitos especi cados em projeto.
da inspeção. Componentes de duto - quaisquer elementos mecâ-
13.7.3.6.1 O prazo para emissão desse relatório é de nicos pertencentes ao duto, compreendendo, mas não
até 90 (noventa) dias. se limitando, aos seguintes: lançadores e recebedores
13.7.3.6.2 O relatório de inspeção de segurança pode de pigse esferas de limpeza, válvulas, anges, conexões
ser elaborado em sistema informatizado do esta- padronizadas, conexões especiais, derivações tubulares,
belecimento com segurança da informação, ou em parafusos e juntas. Os tubos não são considerados com-
mídia eletrônica com utilização de assinatura digi- ponentes.
tal, desde que a assinatura seja validada por uma Construção - processo que inclui projeto, especi ca-
AC. ção de material, fabricação, inspeção, exame, teste e ava-
13.7.3.7 As recomendações decorrentes da inspeção liação de conformidade de caldeiras, vasos de pressão
devem ser implementadas pelo empregador, com e tubulações.
a determinação de prazos e responsáveis pela sua Controle da qualidade - conjunto de ações destina-
das a veri car e atestar a conformidade de caldeiras, va-
execução.
sos de pressão e suas tubulações de interligação nas eta-
13.8 Glossário
pas de fabricação, montagem ou manutenção. As ações
Abertura escalonada de válvulas de segurança - con- abrangem o acompanhamento da execução da solda-
dição de calibração diferenciada da pressão de abertura gem, materiais utilizados e realização de exames e tes-
de múltiplas válvulas de segurança, prevista no códi- tes tais como: líquido penetrante, partículas magnéticas,
go de projeto do equipamento por elas protegido, onde ultrassom, visual, testes de pressão, radiogra a, emissão
podem ser estabelecidos valores de abertura acima da acústica e correntes parasitas.
PMTA, consideradas as vazões necessárias para o alívio Demanda - condição ou evento perigoso que requer
da sobre pressão em cenários distintos. a atuação de uma Função Instrumentada de Segurança.
Acessório de tubulação - elementos integrantes de Dispositivo Contra Bloqueio Inadvertido - DCBI -
uma tubulação tais como válvulas, ltros de linha, an- meio utilizado para evitar que bloqueios inadvertidos
ges, suportes e conexões. impeçam a atuação de dispositivos de segurança.
Adequação ao uso - estudo conceitual multidisci- Dispositivos de segurança - dispositivos ou compo-
plinar de engenharia, baseado em códigos ou normas, nentes que protegem um equipamento contra sobre
como o API 579-1/ASME FFS-1 - Fitness - for - Service, pressão manométrica, independente da ação do opera-
usado para determinar se um equipamento com desgas- dor e de acionamento por fonte externa de energia.
te conhecido estará apto a operar com segurança por Duto - tubulação projetada por códigos especí cos,
determinado tempo. destinada à transferência de uidos entre unidades in-
Adequação de nitiva - para efeitos desta Norma, é dustriais de estabelecimentos industriais distintos ou
o atendimento aos requisitos da inspeção extraordinária não, ocupando áreas de terceiros.
especial. Empregador - empresa individual ou coletiva, que,
Alteração - mudança no projeto original do fabrican- assumindo os riscos da atividade econômica, admite,
te que promova alteração estrutural ou de parâmetros assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços; equi-
operacionais signi cativos de nidos por PH, ou afete param-se ao empregador os pro ssionais liberais, as ins-
a capacidade de reter pressão ou possa comprometer a tituições de bene cência, as associações recreativas ou
outras instituições sem ns lucrativos, que admitem tra-
segurança de caldeiras, vasos de pressão e tubulações.
balhadores como empregados.
Autoridade Certi cadora (AC) - entidade, pública
Enchimento interno - materiais inseridos no interior
ou privada, subordinada à hierarquia da ICP-Brasil, res-
dos vasos de pressão com nalidades especí cas e perío-
ponsável por emitir, distribuir, renovar, revogar e geren- do de vida útil determinado, tipo catalisador, recheio, pe-
ciar certi cados digitais. neira molecular, e carvão ativado. Bandejas e acessórios
Avaliação ou inspeção de integridade - conjunto de internos não con guram enchimento interno.
estratégias e técnicas utilizadas na avaliação detalhada Especi cação da tubulação - código alfanumérico
da condição física de um equipamento. que de ne a classe de pressão e os materiais dos tubos e
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Caldeira de uido térmico - caldeira utilizada para acessórios das tubulações.


aquecimento de um uido no estado líquido, chamado Estudo de con abilidade para SIS - estudo que de-
de uido térmico, sem vaporizá-lo. termina o Nível de Integridade de Segurança requerido
Caldeiras de recuperação de álcalis - caldeiras a vapor da Função Instrumentada de Segurança e o cálculo de
que utilizam como combustível principal o licor negro con abilidade para sua adequação, conforme normas in-
oriundo do processo de fabricação de celulose, realizan- ternacionais.
do a recuperação de químicos e geração de energia. Exame - atividade conduzida por PH ou técnicos qua-
Código de projeto - conjunto de normas e regras li cados ou certi cados, quando exigido por códigos ou
que estabelece os requisitos para o projeto, construção, normas, para avaliar se determinados produtos, proces-
montagem, controle de qualidade da fabricação e inspe- sos ou serviços estão em conformidade com critérios es-
ção de equipamentos. peci cados.

85
Exame externo - exame da superfície e de componentes externos de um equipamento, podendo ser realizado em
operação, visando avaliar a sua integridade estrutural.
Exame interno - exame da superfície interna e de componentes internos de um equipamento, executado visualmen-
te, com o emprego de ensaios e testes apropriados para avaliar sua integridade estrutural.
Fabricante - empresa responsável pela construção de caldeiras, vasos de pressão ou tubulações.
Fluxograma de engenharia (P&ID) - diagrama mostrando o uxo do processo com os equipamentos, as tubulações
e seus acessórios, e as malhas de controle de instrumentação.
Fluxograma de processo - diagrama de representação esquemática do processo de plantas industriais mostrando o
percurso ou caminho percorrido pelos uidos.
Força maior - todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, e para a realização do qual este
não concorreu, direta ou indiretamente. A imprevidência do empregador exclui a razão de força maior.
Função Instrumentada de Segurança - função implementada pelo SIS cujo objetivo é atingir ou manter o estado
seguro do equipamento ou processo em relação a um evento perigoso especí co.
Gerador de vapor - equipamentos destinados a produzir vapor sob pressão superior à atmosférica, sem acumulação
e não enquadrados em códigos de vasos de pressão.
Inspeção de segurança extraordinária - inspeção executada devido a ocorrências que possam afetar a condição
física do equipamento, tais como hibernação prolongada, mudança de locação, surgimento de deformações inespe-
radas, choques mecânicos de grande impacto ou vazamentos, entre outros, envolvendo caldeiras, vasos de pressão e
tubulações, com abrangência de nida por PH.
Inspeção de segurança inicial - inspeção executada no equipamento novo, montado no local de nitivo de instalação
e antes de sua entrada em operação.
Inspeção de segurança periódica - inspeção executada durante a vida útil de um equipamento, com critérios e pe-
riodicidades determinados por PH, respeitados os intervalos máximos estabelecidos nesta Norma.
Inspeção extraordinária especial - inspeção aplicada para vasos de pressão construídos sem código de projeto que
compreende, impreterivelmente:
a) levantamento dimensional dos elementos de retenção de pressão que não possuem equação de projeto em có-
digos reconhecidos, como tampos nervurados, anges, conexões, transições cônicas, entre outros;
b) caracterização de materiais de fabricação através de ensaios, ou admissão dos menores limites de resistência
presentes nos códigos de projeto, para cada tipo de material/liga (aço ao carbono, aço inox etc.);
c) avaliação de integridade estrutural por metodologia complementar, análise de tensões, adequação ao uso ou
similares, de acordo com critérios de aceitação de códigos internacionais de referência;
d) adoção de sobre espessura de corrosão para os componentes avaliados, que permitam o monitoramento de vida
residual;
e) dimensionamento de reforços estruturais, quando necessário, através da elaboração de projeto de alteração.
Instrumentos de monitoração ou de controle - dispositivos destinados à monitoração ou controle das variáveis
operacionais dos equipamentos a partir da sala de controle ou do próprio equipamento.
Integridade estrutural - conjunto de propriedades e características físicas necessárias para que um equipamento ou
item desempenhe com segurança e e ciência as funções para as quais foi projetado.
Linha - trecho de tubulação individualizado entre dois pontos de nidos e que obedece a uma única especi cação
de materiais, produtos transportados, pressão e temperatura de projeto.
Manutenção preditiva - manutenção com ênfase na predição da falha e em ações baseadas na condição do equi-
pamento para prevenir a falha ou degradação do mesmo.
Manutenção preventiva - manutenção executada a intervalos predeterminados ou de acordo com critérios prescri-
tos, e destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um componente.
Máquinas de uido - aquela que tem como função principal intercambiar energia com um uido que as atravessa.
Mecanismos de danos - conjunto de fatores que causam degradação nos equipamentos e componentes.
Nível de Integridade de Segurança (SIL) - nível discreto (de um a quatro) usado para especi car os requisitos de
integridade de segurança de uma função instrumentada de segurança alocada em um sistema instrumentado de se-
gurança.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Operação contínua - operação da caldeira por mais de 95 % do tempo correspondente aos prazos estipulados no
subitem 13.4.4.5 desta NR.

86
Pacote de máquina - conjunto de equipamentos e Registro de Segurança - registro da ocorrência de ins-
dispositivos composto pela máquina e seus sistemas au- peções ou de anormalidades durante a operação de cal-
xiliares (vide sistemas auxiliares de máquinas). deiras e vasos de pressão, executado por PH ou por pes-
Pessoal quali cado - pro ssional com conhecimentos soal de operação, inspeção ou manutenção diretamente
e habilidades que permitam exercer determinadas tare- envolvido com o fato gerador da anotação.
fas, e certi cado quando exigível por código ou norma. Relatórios de inspeção de segurança - registro formal
Placa de identi cação - placa contendo dados do equi- dos resultados das inspeções executadas nos equipa-
pamento de acordo com os requisitos estabelecidos nes- mentos com laudo conclusivo.
ta NR, xada em local visível Reparo - intervenção executada para correção de da-
Plano de inspeção - descrição das atividades, in- nos, defeitos ou avarias em equipamentos e seus com-
cluindo os exames e testes a serem realizados, necessá- ponentes, visando restaurar a condição do projeto de
rias para avaliar as condições físicas de caldeiras, vasos construção.
de pressão e tubulações, considerando o histórico dos Segurança da informação - conjunto de ações de-
equipamentos e os mecanismos de danos previsíveis. nido pelo empregador com a nalidade de manter a
Plástico Reforçado por Fibra de Vidro (PRFV) - mate- integridade, inviolabilidade, controle de acessos, dispo-
rial compósito constituído de uma matriz polimérica (a
nibilidade, transferência e guarda dos dados eletrônicos.
resina sintética) reforçada pela bra de vidro.
Prática pro ssional supervisionada - atividade na qual Sistemas auxiliares de máquinas - conjunto de equi-
o trabalhador vai colocar na prática tudo o que aprendeu pamentos e dispositivos auxiliares para ns de arrefe-
na teoria com a supervisão de um responsável. cimento, lubri cação e selagem, integrantes de pacote
Pressão máxima de operação - para ns de enqua- de máquina.
dramento e de nição da categoria de vasos de pres- Sistema de Gerenciamento da Combustão (SGC) - sis-
são considera-se pressão máxima de operação a maior tema que compreende os dispositivos de campo, o siste-
pressão que o equipamento pode operar em condições ma lógico e os elementos de controle nais dedicados à
normais de processo, previstas no prontuário. Caso não segurança da combustão e a assistência do operador no
exista esta de nição no prontuário, deve ser considerada início e na parada de caldeiras e para evitar erros duran-
a PMTA . te a operação normal. Também conhecido como Burner
Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA) - é Management System (BMS).
o maior valor de pressão a que um equipamento pode Sistema de iluminação de emergência - sistema desti-
ser submetido continuamente, de acordo com o código nado a prover a iluminação necessária ao acesso seguro
de projeto, a resistência dos materiais utilizados, as di- a um equipamento ou instalação na inoperância dos sis-
mensões do equipamento e seus parâmetros operacio- temas principais destinados a tal m.
nais. Sistema de intertravamento de caldeira - sistema de
Programa de inspeção - cronograma contendo, entre
gerenciamento das atividades de dois ou mais dispositi-
outros dados, as datas das inspeções de segurança pe-
vos ou instrumentos de proteção, monitorado por inter-
riódicas a serem executadas.
Projeto de alteração - projeto elaborado por ocasião face de segurança.
de alteração que implique em intervenção estrutural ou Sistema de tubulação - conjunto integrado de linhas
mudança de processo signi cativa em caldeiras, vasos de e tubulações que exerce uma função de processo ou que
pressão e tubulações. foram agrupadas para ns de inspeção, com característi-
Projeto de reparo - projeto estabelecendo os proce- cas técnicas e de processos semelhantes.
dimentos de execução e controle de reparos que pos- Sistema Instrumentado de Segurança (SIS) - sistema
sam comprometer a capacidade de retenção de pressão usado para implementar uma ou mais Funções Instru-
de caldeiras, vasos de pressão e tubulações. mentadas de Segurança, composto por um conjunto
Projeto alternativo de instalação - projeto concebido de iniciadores, executores da lógica e elementos nais.
para minimizar os impactos de segurança para o traba- SPIE - Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos.
lhador quando as instalações não estiverem atendendo a Teste de estanqueidade - tipo de teste de pressão
determinado item desta NR. realizado com a nalidade de atestar a capacidade de
Projeto de instalação - projeto contendo o posicio- retenção de uido, sem vazamentos, em equipamen-
namento dos equipamentos e sistemas de segurança tos, tubulações e suas conexões, antes de sua entrada ou
dentro das instalações e, quando aplicável, os acessos reentrada em operação.
aos acessórios dos mesmos (vents, drenos, instrumen- Teste hidrostático - TH - tipo de teste de pressão com
tos). Integra o projeto de instalação o inventário de vál-
uido incompressível, executado com o objetivo de ava-
vulas de segurança com os respectivos DCBI e equipa-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

mentos protegidos. liar a integridade estrutural dos equipamentos e o rear-


Prontuário - conjunto de documentos e registros do ranjo de possíveis tensões residuais, de acordo com o
projeto de construção, fabricação, montagem, inspeção código de projeto.
e manutenção dos equipamentos. Tubulações - conjunto de linhas, incluindo seus aces-
Recipientes móveis - vasos de pressão que podem ser sórios, projetadas por códigos especí cos, destinadas ao
movidos dentro de uma instalação ou entre instalações transporte de uidos entre equipamentos de uma mes-
e que não podem ser enquadrados como transportáveis. ma unidade de uma empresa dotada de caldeiras ou va-
Recipientes transportáveis - recipientes projetados e sos de pressão.
construídos para serem transportados pressurizados e Unidades de processo - conjunto de equipamentos e
em conformidade com normas e regulamentações espe- interligações de uma unidade fabril destinada a transfor-
cí cas de recipientes transportáveis. mar matérias primas em produtos.

87
Vasos de pressão - são reservatórios projetados para 18.1.2. Consideram-se atividades da Indústria da
resistir com segurança a pressões internas diferentes da Construção as constantes do Quadro I, Código da
pressão atmosférica, ou submetidos à pressão exter- Atividade Especí ca, da NR 4 - Serviços Especiali-
na, cumprindo assim a sua função básica no processo no zados em Engenharia de Segurança e em Medicina
qual estão inseridos; para efeitos desta NR, estão incluí- do Trabalho e as atividades e serviços de demoli-
dos: ção, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edi-
a) permutadores de calor, evaporadores e similares; fícios em geral, de qualquer número de pavimen-
b) vasos de pressão ou partes sujeitas à chama direta tos o u tipo de construção, inclusive manutenção
que não estejam dentro do escopo de outras NR, de obras de urbanização e paisagismo.
nem do subitem 13.2.2 e alínea “a” do 13.2.1 desta 18.1.3. É vedado o ingresso ou a permanência de tra-
NR; balhadores no canteiro de obras, sem que estejam
c) vasos de pressão encamisados, incluindo referve- assegurados pelas medidas previstas nesta NR e
dores e reatores; compatíveis com a fase da obra. (118.001-0 / I3)
d) autoclaves e caldeiras de uido térmico.
Vida remanescente - estimativa do tempo restante de 18.1.4. A observância do estabelecido nesta NR não
vida de um equipamento ou acessório, executada duran- desobriga os empregadores do cumprimento das
te avaliações de sua integridade, em períodos pré-deter- disposições relativas às condições e meio ambien-
minados. te de trabalho, determinadas na legislação federal,
Vida útil - tempo de vida estimado na fase de projeto estadual e/ou municipal, e em outras estabelecidas
para um equipamento ou acessório. em negociações coletivas de trabalho. (118.002-9
Volume - volume interno útil do vaso de pressão, ex- / I3)
cluindo o volume dos acessórios internos, de enchimen- 18.2. Comunicação prévia.
tos ou de catalisadores. 18.2.1. É obrigatória a comunicação à Delegacia Re-
gional do Trabalho, antes do início das atividades,
4. Norma Regulamentadora nº 18: Condições das seguintes informações: (118.003-7 / I2)
e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Cons- a) endereço correto da obra;
trução b) endereço correto e quali cação (CEI,CGC ou CPF)
do contratante, empregador ou condomínio;
Esta NR estabelece diretrizes de ordem administra- c) tipo de obra;
tiva, de planejamento e de segurança, que objetivam a d) datas previstas do início e conclusão da obra;
implementação de medidas de controle e sistemas pre- e) número máximo previsto de trabalhadores na obra.
ventivos de segurança nos processos, nas condições e no 18.3. Programa de Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT.
meio ambiente de trabalho na indústria da construção.
18.3.1. São obrigatórios a elaboração e o cumprimen-
to do PCMAT nos estabelecimentos com 20 (vinte)
SEGURANÇA NO TRABALHO. CONSTRUÇÃO CIVIL.
trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos
desta NR e outros dispositivos complementares de
CAMPO DE APLICAÇÃO DA NR-18. Os comandos segurança. (118.004-5 / I4)
constantes da Norma Regulamentadora NR -18 não se 18.3.1.1. O PCMAT deve contemplar as exigências
dirigem exclusivamente aos empregadores cujo objeto contidas na NR 9 - Programa de Prevenção e Ris-
social é a construção civil e que, portanto, enquadram-se cos Ambientais. (118.005-3 / I2)
nos Códigos de Atividade Especí ca constantes do Qua- 18.3.1.2. O PCMAT deve ser mantido no estabeleci-
dro I da Norma Regulamentadora - NR 4. As obrigações mento à disposição do órgão regional do Ministé-
se estendem aos empregadores que realizem atividades rio do Trabalho - MTb. (118.006-1 / I1)
ou serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e ma- 18.3.2. O PCMAT deve ser elaborado e executado por
nutenção de edifícios em geral, de qualquer número de pro ssional legalmente habilitado na área de se-
pavimentos ou tipo de construção, de urbanização e pai- gurança do trabalho. (118.007-0 / I4)
sagismo, independentemente de seu objeto social. 18.3.3. A implementação do PCMAT nos estabeleci-
mentos é de responsabilidade do empregador ou
REFERÊNCIA NORMATIVA: Item 18.1.2 da Norma Re- condomínio. (118.008-8 / I4)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

gulamentadora NR-18. 18.3.4. Documentos que integram o PCMAT:


a) memorial sobre condições e meio ambiente de tra-
balho nas atividades e operações, levando-se em
18.1. Objetivo e campo de aplicação.
consideração riscos de acidentes e de doenças do
18.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece
trabalho e suas respectivas medidas preventivas;
diretrizes de ordem administrativa, de planejamen-
(118.009-6 / I4)
to e de organização, que objetivam a implementa- b) projeto de execução das proteções coletivas em
ção de medidas de controle e sistemas preventivos conformidade com as etapas de execução da obra;
de segurança nos processos, nas condições e no (118.010-0 / I4)
meio ambiente de trabalho na Indústria da Cons- c) especi cação técnica das proteções coletivas e in-
trução. dividuais a serem utilizadas; (118.011-8 / I4)

88
d) cronograma de implantação das medidas preventi- 18.4.2.2. É proibida a utilização das instalações sanitá-
vas de nidas no PCMAT; (118.012-6 / I3) rias para outros ns que não aqueles previstos no
e) layout inicial do canteiro de obras, contemplando, subitem 18.4.2.1. (118.024-0 / I1)
inclusive, previsão de dimensionamento das áreas 18.4.2.3. As instalações sanitárias devem:
de vivência; (118.013-4 / I2) a) ser mantidas em perfeito estado de conservação e
f) programa educativo contemplando a temática de higiene; (118.025-8 / I2)
prevenção de acidentes e doenças do trabalho, b) ter portas de acesso que impeçam o devassamento
com sua carga horária. (118.014-2 / I2) e ser construídas de modo a manter o resguardo
18.4. Áreas de vivência. conveniente; (118.026-6 / I1)
18.4.1. Os canteiros de obras devem dispor de: c) ter paredes de material resistente e lavável, poden-
a) instalações sanitárias; (118.015-0 / I4) do ser de madeira; (118.027-4 / I1)
b) vestiário; (118.016-9 / I4) d) ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento
c) alojamento; (118.017-7 / I4) antiderrapante; (118.028-2 / I1)
d) local de refeições; (118.018-5 / I4) e) não se ligar diretamente com os locais destinados
e) cozinha, quando houver preparo de refeições; às refeições; (118.029-0 / I1)
(118.019-3 / I4) f) ser independente para homens e mulheres, quando
f) lavanderia; (118.020-7 / I2) necessário; (118.030-4 / I1)
g) área de lazer; (118.021-5 / I1)
g) ter ventilação e iluminação adequadas; (118.031-2
h) ambulatório, quando se tratar de frentes de tra-
/ I1)
balho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores.
(118.022-3 / I4) h) ter instalações elétricas adequadamente protegi-
18.4.1.1. O cumprimento do disposto nas alíneas “c”, das; (118.032-0 / I4)
“f” e “g” é obrigatório nos casos onde houver tra- i) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cin-
balhadores alojados. quenta centímetros), ou respeitando-se o que de-
18.4.1.2. As áreas de vivência devem ser mantidas em termina o Código de Obras do Município da obra;
perfeito estado de conservação, higiene e limpeza. (118.033-9 / I1)
(118.023-1 / I2) j) estar situadas em locais de fácil e seguro acesso,
18.4.1.3. Instalações móveis, inclusive contêineres, não sendo permitido um deslocamento superior a
serão aceitas em áreas de vivência de canteiro de 150 (cento e cinquenta) metros do posto de traba-
obras e frentes de trabalho, desde que, cada mó- lho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios.
dulo: (118.034-7 / I1)
a) possua área de ventilação natural, efetiva, de no 18.4.2.4. A instalação sanitária deve ser constituída de
mínimo 15% (quinze por cento) da área do piso, lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção
composta por, no mínimo, duas aberturas adequa- de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte)
damente dispostas para permitir e caz ventilação trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro,
interna; (118.670-1 /I4) na proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo
b) garanta condições de conforto térmico; (118.671-0
de 10 (dez) trabalhadores ou fração. (118.035-5 /
/ I2)
I2)
c) possua pé direito mínimo de 2,40m (dois metros e
quarenta centímetros); (118.672-8 / I2) 18.4.2.5. Lavatórios.
d) garanta os demais requisitos mínimos de conforto 18.4.2.5.1. Os lavatórios devem:
e higiene estabelecidos nesta NR; (118.673- 6 / I2) a) ser individual ou coletivo, tipo calha; (118.036-3 / 1)
e) possua proteção contra riscos de choque elétrico b) possuir torneira de metal ou de plástico; (118.037-
por contatos indiretos, além do aterramento elétri- 1 / I1)
co. (118.674-4 / I4) c) car a uma altura de 0,90m (noventa centímetros);
18.4.1.3.1 Nas instalações móveis, inclusive contêine- (118.038-0 / I1)
res, destinadas a alojamentos com camas duplas, d) ser ligados diretamente à rede de esgoto, quando
tipo beliche, a altura livre entre uma cama e ou- houver; (118.039-8 / I1)
tra é, no mínimo, de 0,90m (noventa centímetros). e) ter revestimento interno de material liso, imperme-
(118.675-2 / I3) ável e lavável; (118.040-1 / I1)
18.4.1.3.2 Tratando-se de adaptação de contêineres, f) ter espaçamento mínimo entre as torneiras de
originalmente utilizados no transporte ou acon- 0,60m (sessenta centímetros), quando coletivos;
dicionamento de cargas, deverá ser mantido no
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

(118.041-0 / I1)
canteiro de obras, à disposição da scalização do g) dispor de recipiente para coleta de papéis usados.
trabalho e do sindicato pro ssional, laudo técnico (118.042-8 / I1)
elaborado por pro ssional legalmente habilitado,
18.4.2.6. Vasos sanitários.
relativo a ausência de riscos químicos, biológicos
e físicos (especi camente para radiações) com a 18.4.2.6.1. O local destinado ao vaso sanitário (gabi-
identi cação da empresa responsável pela adapta- nete sanitário) deve:
ção. (118.676-0 / I2) a) ter área mínima de 1,00m2 (um metro quadrado);
18.4.2. Instalações sanitárias. (118.043-6 / I1)
18.4.2.1. Entende-se como instalação sanitária o local b) ser provido de porta com trinco interno e borda
destinado ao asseio corporal e/ou ao atendimento inferior de, no máximo, 0,15m (quinze centímetros)
das necessidades siológicas de excreção. de altura; (118.044-4 / I1)

89
c) ter divisórias com altura mínima de 1,80m (um me- e) ter iluminação natural e/ou arti cial; (118.068-1 /
tro e oitenta centímetros); (118.045-2 / I1) I1)
d) ter recipiente com tampa, para depósito de papéis f) ter armários individuais dotados de fechadura ou
usados, sendo obrigatório o fornecimento de pa- dispositivo com cadeado; (118.069-0 / I1)
pel higiênico. (118.046-0 / I1) g) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cin-
18.4.2.6.2. Os vasos sanitários devem: quenta centímetros), ou respeitando-se o que de-
a) ser do tipo bacia turca ou sifonado; (118.047-9 / I1) termina o Código de Obras do Município, da obra;
b) ter caixa de descarga ou válvula automática; (118.070-3 / I1)
(118.048-7 / I1) h) ser mantidos em perfeito estado de conservação,
c) ser ligado à rede geral de esgotos ou à fossa sépti- higiene e limpeza; (118.071-1 / I1)
ca, com interposição de sifões hidráulicos. i) ter bancos em número su ciente para atender aos
(118.049-5 / I1) usuários, com largura mínima de 0,30m (trinta cen-
18.4.2.7. Mictórios. tímetros). (118.072-0 / I1)
18.4.2.7.1. Os mictórios devem: 18.4.2.10. Alojamento.
a) ser individual ou coletivo, tipo calha; (118.050-9 / 18.4.2.10.1. Os alojamentos dos canteiros de obra de-
I1) vem:
b) ter revestimento interno de material liso, imperme- a. ter paredes de alvenaria, madeira ou material equi-
ável e lavável; (118.051-7 / I1) valente; (118.073-8 / I1)
c) ser providos de descarga provocada ou automáti- b. ter piso de concreto, cimentado, madeira ou mate-
ca; (118.052-5 / I1) rial equivalente; (118.074-6 / I1)
d) car a uma altura máxima de 0,50m (cinquenta c. ter cobertura que proteja das intempéries; (118.075-
centímetros) do piso; (118.053-3 / I1) 4 / I1)
e) ser ligado diretamente à rede de esgoto ou à fos- d. ter área de ventilação de no mínimo 1/10 (um dé-
sa séptica, com interposição de sifões hidráulicos. cimo) da área do piso; (118.076-2 / I1)
(118.054-1 / I1)
e. ter iluminação natural e/ou arti cial; (118.077-0 /
18.4.2.7.2. No mictório tipo calha, cada segmento de
I1)
0,60m (sessenta centímetros) deve corresponder a
f. ter área mínima de 3,00 (três metros) quadrados por
um mictório tipo cuba. (118.055-0 / I1)
módulo cama/armário, incluindo a área de circula-
18.4.2.8. Chuveiros.
ção; (118.078-9 / I2)
18.4.2.8.1. A área mínima necessária para utilização
g. ter pé-direito de 2,50 (dois metros e cinquenta cen-
de cada chuveiro é de 0,80m2 (oitenta centímetros
tímetros) para cama simples e de 3,00m (três me-
quadrados), com altura de 2,10m (dois metros e
dez centímetros) do piso. (118.056-8 / I1) tros) para camas duplas; (118.079-7 / I2)
18.4.2.8.2. Os pisos dos locais onde forem instalados h. não estar situados em subsolos ou porões das edi-
os chuveiros devem ter caimento que assegure o cações; (118.080-0 / I3)
escoamento da água para a rede de esgoto, quan- i. ter instalações elétricas adequadamente protegidas.
do houver, e ser de material antiderrapante ou (118.081-9 / I3)
provido de estrados de madeira. (118.057-6 / I1) 18.4.2.10.2. É proibido o uso de 3 (três) ou mais camas
18.4.2.8.3. Os chuveiros devem ser de metal ou plás- na mesma vertical. (118.082-7 / I3)
tico, individuais ou coletivos, dispondo de água 18.4.2.10.3. A altura livre permitida entre uma cama
quente. (118.058-4 / I1) e outra e entre a última e o teto é de, no mínimo,
18.4.2.8.4. Deve haver um suporte para sabonete e 1,20m (um metro e vinte centímetros). (118.083-5
cabide para toalha, correspondente a cada chuvei- / I2)
ro. (118.059-2 / I1) 18.4.2.10.4. A cama superior do beliche deve ter pro-
18.4.2.8.5. Os chuveiros elétricos devem ser aterrados teção lateral e escada. (118.084-3 / I1)
adequadamente. (118.060-6 / I3) 18.4.2.10.5. As dimensões mínimas das camas devem
18.4.2.9. Vestiário. ser de 0,80m (oitenta centímetros) por 1,90m (um
18.4.2.9.1. Todo canteiro de obra deve possuir vestiá- metro e noventa centímetros) e distância entre o
rio para troca de roupa dos trabalhadores que não ripamento do estrado de 0,05m (cinco centíme-
residem no local. (118.062-2 / I4) tros), dispondo ainda de colchão com densidade
18.4.2.9.2. A localização do vestiário deve ser próxi- 26 (vinte e seis) e espessura mínima de 0,10m (dez
ma aos alojamentos e/ou à entrada da obra, sem centímetros). (118.085-1/ I1)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ligação direta com o local destinado às refeições. 18.4.2.10.6. As camas devem dispor de lençol, fronha
(118.063-0 / I1) e travesseiro em condições adequadas de higiene,
18.4.2.9.3. Os vestiários devem: bem como cobertor, quando as condições climáti-
a) ter paredes de alvenaria, madeira ou material equi- cas assim o exigirem. (118.086-0 / I1)
valente; (118.064-9 / I1) 18.4.2.10.7. Os alojamentos devem ter armários du-
b) ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou ma- plos individuais com as seguintes dimensões mí-
terial equivalente; (118.065-7 / I1) nimas:
c) ter cobertura que proteja contra as intempéries; a. 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura por
(118.066-5 / I1) 0,30m (trinta centímetros) de largura e 0,40m (qua-
d) ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um renta centímetros) de profundidade, com separa-
décimo) de área do piso; (118.067-3 / I1) ção ou prateleira, de modo que um compartimen-

90
to, com a altura de 0,80m (oitenta centímetros), se 18.4.2.11.3. Independentemente do número de tra-
destine a abrigar a roupa de uso comum e o outro balhadores e da existência ou não de cozinha, em
compartimento, com a altura de 0,40m (quarenta todo canteiro de obra deve haver local exclusivo
centímetros), a guardar a roupa de trabalho; ou para o aquecimento de refeições, dotado de equi-
(118.087-8 / I1) pamento adequado e seguro para o aquecimento.
b. 0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,50m (118.106-8 / I1)
(cinquenta centímetros) de largura e 0,40m (qua- 18.4.2.11.3.1. É proibido preparar, aquecer e tomar
renta centímetros) de profundidade com divisão no refeições fora dos locais estabelecidos neste subi-
sentido vertical, de forma que os compartimentos, tem.
com largura de 0,25m (vinte e cinco centímetros), (118.107-6 / I1)
estabeleçam rigorosamente o isolamento das rou- 18.4.2.11.4. É obrigatório o fornecimento de água po-
pas de uso comum e de trabalho. (118.088-6 / I1) tável, ltrada e fresca, para os trabalhadores, por
18.4.2.10.8. É proibido cozinhar e aquecer qualquer meio de bebedouro de jato inclinado ou outro
tipo de refeição dentro do alojamento. (118.089-4 dispositivo equivalente, sendo proibido o uso de
/ I2) copos coletivos. (118.108-4 / I1)
18.4.2.10.9. O alojamento deve ser mantido em per- 18.4.2.12. Cozinha.
manente estado de conservação, higiene e limpe- 18.4.2.12.1. Quando houver cozinha no canteiro de
za. (118.090-8 / I2) obra, ela deve:
18.4.2.10.10. É obrigatório no alojamento o forneci- a) ter ventilação natural e/ou arti cial que permita
mento de água potável, ltrada e fresca, para os boa exaustão; (118.109-2 / I1)
trabalhadores por meio de bebedouros de jato b) ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oi-
inclinado ou equipamento similar que garanta as tenta centímetros), ou respeitando-se o Código de
mesmas condições, na proporção de 1 (um) para Obras do Município da obra; (118.110-6 / I1)
cada grupo de 25 (vinte e cinco) trabalhadores ou c) ter paredes de alvenaria, concreto, madeira ou ma-
fração. (118.091-6 /I2) terial equivalente; (118.111-4 / I1)
18.4.2.10.11. É vedada a permanência de pessoas
d) ter piso de concreto, cimentado ou de outro mate-
com moléstia infectocontagiosa nos alojamentos.
rial de fácil limpeza; (118.112-2 / I1)
(118.092- 4 / I4)
e) ter cobertura de material resistente ao fogo;
18.4.2.11. Local para refeições.
(118.113-0 / I1)
18.4.2.11.1. Nos canteiros de obra é obrigatória a exis-
f) ter iluminação natural e/ou arti cial; (118.114-9 / I1)
tência de local adequado para refeições. (118.093-
g) ter pia para lavar os alimentos e utensílios;
2 / I4)
(118.115-7 / I1)
18.4.2.11.2. O local para refeições deve:
h) possuir instalações sanitárias que não se comuni-
a) ter paredes que permitam o isolamento durante as
refeições; (118.094-0 / I1) quem com a cozinha, de uso exclusivo dos encar-
b) ter piso de concreto, cimentado ou de outro mate- regados de manipular gêneros alimentícios, refei-
rial lavável; (118.095-9 / I1) ções e utensílios, não devendo ser ligadas à caixa
c) ter cobertura que proteja das intempéries; (118.096- de gordura; (118.116-5 / I1)
7 / I1) i) dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo;
d) ter capacidade para garantir o atendimento de (118.117-3 / I1)
todos os trabalhadores no horário das refeições; j) possuir equipamento de refrigeração para preser-
(118.097-5 / I1) vação dos alimentos; (118.118-1 / I1)
e) ter ventilação e iluminação natural e/ou arti cial; k) car adjacente ao local para refeições; (118.119-0
(118.098-3 / I1) / I1)
f) ter lavatório instalado em suas proximidades ou no l) ter instalações elétricas adequadamente protegi-
seu interior; (118.099-1 / I1) das; (118.120-3 / I3)
g) ter mesas com tampos lisos e laváveis; (118.100-9 m) quando utilizado GLP, os botijões devem ser ins-
/ I1) talados fora do ambiente de utilização, em área
h) ter assentos em número su ciente para atender permanentemente ventilada e coberta. (118.121-1
/ I3)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

aos usuários; (118.101-7 / I1)


i) ter depósito, com tampa, para detritos; (118.102-5 18.4.2.12.2. É obrigatório o uso de aventais e gorros
/ I1) para os que trabalham na cozinha. (118.122-0 / I1)
j) não estar situado em subsolos ou porões das edi - 18.4.2.13. Lavanderia.
cações; (118.103-3 / I2) 18.4.2.13.1. As áreas de vivência devem possuir local
k) não ter comunicação direta com as instalações sa- próprio, coberto, ventilado e iluminado para que
nitárias; (118.104-1 / I1) o trabalhador alojado possa lavar, secar e passar
l) ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oi- suas roupas de uso pessoal. (118.123-8 / I2)
tenta centímetros), ou respeitando-se o que deter- 18.4.2.13.2. Este local deve ser dotado de tanques
mina o Código de Obras do Município, da obra. individuais ou coletivos em número adequado.
(118.105-0 / I1) (118.124-6 /I1)

91
18.4.2.13.3. A empresa poderá contratar serviços 18.5.13. As paredes somente podem ser demolidas
de terceiros para atender ao disposto no item antes da estrutura, quando esta for metálica ou de
18.4.2.13.1, sem ônus para o trabalhador. concreto armado. (118.138-6 / I3)
18.4.2.14. Área de lazer. 18.6. Escavações, fundações e desmonte de rochas.
18.4.2.14.1. Nas áreas de vivência devem ser previstos 18.6.1. A área de trabalho deve ser previamente lim-
locais para recreação dos trabalhadores alojados, pa, devendo ser retirados ou escorados solida-
podendo ser utilizado o local de refeições para mente árvores, rochas, equipamentos, materiais e
este m. (118.125-4 / I1) objetos de qualquer natureza, quando houver risco
18.5. Demolição de comprometimento de sua estabilidade durante
18.5.1. Antes de se iniciar a demolição, as linhas de a execução de serviços. (118.139-4 / I4)
fornecimento de energia elétrica, água, in amáveis 18.6.2. Muros, edi cações vizinhas e todas as estrutu-
líquidos e gasosos liquefeitos, substâncias tóxicas, ras que possam ser afetadas pela escavação devem
canalizações de esgoto e de escoamento de água ser escorados. (118.140-8 / I4)
devem ser desligadas, retiradas, protegidas ou iso- 18.6.3. Os serviços de escavação, fundação e desmon-
ladas, respeitando-se as normas e determinações te de rochas devem ter responsável técnico legal-
em vigor. (118.126-2 /I4) mente habilitado. (118.141-6 / I4)
18.5.2. As construções vizinhas à obra de demolição 18.6.4. Quando existir cabo subterrâneo de energia
devem ser examinadas, prévia e periodicamente, elétrica nas proximidades das escavações, as me-
no sentido de ser preservada sua estabilidade e a sas só poderão ser iniciadas quando o cabo estiver
integridade física de terceiros. (118.127-0 / I4) desligado. (118.142-4 / I4)
18.6.4.1. Na impossibilidade de desligar o cabo, de-
18.5.3. Toda demolição deve ser programada e di-
vem ser tomadas medidas especiais junto à con-
rigida por pro ssional legalmente habilitado.
cessionária. (118.143-2 / I4)
(118.128-9 /I4)
18.6.5. Os taludes instáveis das escavações com pro-
18.5.4. Antes de se iniciar a demolição, devem ser re-
fundidade superior a 1,25m (um metro e vinte e
movidos os vidros, ripados, estuques e outros ele- cinco centímetros) devem ter sua estabilidade
mentos frágeis. (118.129-7 / I3) garantida por meio de estruturas dimensionadas
18.5.5. Antes de se iniciar a demolição de um pavi- para este m. (118.144-0 / I4)
mento, devem ser fechadas todas as aberturas 18.6.6. Para elaboração do projeto e execução das
existentes no piso, salvo as que forem utilizadas escavações a céu aberto, serão observadas as con-
para escoamento de materiais, cando proibida a dições exigidas na NBR 9061/85 - Segurança de
permanência de pessoas nos pavimentos que pos- Escavação a Céu Aberto da ABNT. (118.145-9 / I4)
sam ter sua estabilidade comprometida no proces- 18.6.7. As escavações com mais de 1,25m (um metro e
so de demolição. (118.130-0 / I3) vinte e cinco centímetros) de profundidade devem
18.5.6. As escadas devem ser mantidas desimpedidas dispor de escadas ou rampas, colocadas próximas
e livres para a circulação de emergência e somen- aos postos de trabalho, a m de permitir, em caso
te serão demolidas à medida em que forem sendo de emergência, a saída rápida dos trabalhado-
retirados os materiais dos pavimentos superiores. res, independentemente do previsto no subitem
(118.131-9 / I2) 18.6.5. (118.146-7 /I4)
18.5.7. Objetos pesados ou volumosos devem ser re- 18.6.8. Os materiais retirados da escavação devem ser
movidos mediante o emprego de dispositivos me- depositados a uma distância superior à metade da
cânicos, cando proibido o lançamento em queda profundidade, medida a partir da borda do talude.
livre de qualquer material. (118.132-7 / I2) (118.147-5 / I4)
18.5.8. A remoção dos entulhos, por gravidade, deve 18.6.9. Os taludes com altura superior a 1,75m (um
ser feita em calhas fechadas de material resis- metro e setenta e cinco centímetros) devem ter es-
tente, com inclinação máxima de 45º (quarenta tabilidade garantida. (118.148-3 / I4)
e cinco graus), xadas à edi cação em todos os 18.6.10. Quando houver possibilidade de in ltração
pavimentos. (118.133-5 /I2) ou vazamento de gás, o local deve ser devidamen-
18.5.9. No ponto de descarga da calha, deve existir te ventilado e monitorado. (118.149-1 / I4)
dispositivo de fechamento. (118.134-3 / I2) 18.6.10.1. O monitoramento deve ser efetivado en-
18.5.10. Durante a execução de serviços de demolição, quanto o trabalho estiver sendo realizado para,
devem ser instaladas, no máximo, a 2 (dois) pavi- em caso de vazamento, ser acionado o sistema de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

mentos abaixo do que será demolido, plataformas alarme sonoro e visual. (118.150-5 / I4)
de retenção de entulhos, com dimensão mínima 18.6.11. As escavações realizadas em vias públicas ou
de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) canteiros de obras devem ter sinalização de adver-
e inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), em tência, inclusive noturna, e barreira de isolamento
todo o perímetro da obra. (118.135-1 / I4) em todo o seu perímetro. (118.151-3 / I3)
18.5.11. Os elementos da construção em demolição 18.6.12. Os acessos de trabalhadores, veículos e equi-
não devem ser abandonados em posição que tor- pamentos às áreas de escavação devem ter sinali-
ne possível o seu desabamento. (118.136-0 / I3) zação de advertência permanente. (118.152-1 / I3)
18.5.12. Os materiais das edi cações, durante a de- 18.6.13. É proibido o acesso de pessoas não-autori-
molição e remoção, devem ser previamente ume- zadas às áreas de escavação e cravação de estacas.
decidos. (118.137-8 / I2) (118.153-0 / I2

92
18.6.14. O operador de bate-estacas deve ser quali- d) as transmissões de força mecânica devem estar
cado e ter sua equipe treinada. (118.154-8 / I3) protegidas obrigatoriamente por anteparos xos
18.6.15. Os cabos de sustentação do pilão devem ter e resistentes, não podendo ser removidos, em hi-
comprimento para que haja, em qualquer posição pótese alguma, durante a execução dos trabalhos;
de trabalho, um mínimo de 6 (seis) voltas sobre o (118.166-1 / I4)
tambor. (118.155-6 / I4) e) ser provida de coifa protetora do disco e cutelo
18.6.16. Na execução de escavações e fundações sob divisor, com identi cação do fabricante e ainda co-
ar comprimido, deve ser obedecido o disposto no letor de serragem. (118.167-0 / I4)
Anexo no 6 da NR 15 - Atividades e Operações in- 18.7.3. Nas operações de corte de madeira, devem ser
salubres. utilizados dispositivo empurrador e guia de alinha-
18.6.17. Na operação de desmonte de rocha a fogo, mento. (118.168-8 / I4)
fogacho ou mista, deve haver um blaster, respon- 18.7.4. As lâmpadas de iluminação da carpintaria de-
sável pelo armazenamento, preparação das cargas, vem estar protegidas contra impactos provenien-
carregamento das minas, ordem de fogo, detona- tes da projeção de partículas. (118.169-6 / I2)
ção e retirada das que não explodiram, destina- 18.7.5. A carpintaria deve ter piso resistente, nivelado
ção adequada das sobras de explosivos e pelos e antiderrapante, com cobertura capaz de proteger
dispositivos elétricos necessários às detonações. os trabalhadores contra quedas de materiais e in-
(118.156-4 / I4) tempéries. (118.170-0 / I3)
18.6.18. A área de fogo deve ser protegida contra 18.8. Armações de aço.
projeção de partículas, quando expuser a risco tra- 18.8.1. A dobragem e o corte de vergalhões de aço
balhadores e terceiros. (118.157-2 / I4) em obra devem ser feitos sobre bancadas ou plata-
18.6.19. Nas detonações é obrigatória a existência de formas apropriadas e estáveis, apoiadas sobre su-
alarme sonoro. (118.158-0 / I4) perfícies resistentes, niveladas e não escorregadias,
18.6.20. Na execução de tubulões a céu aberto, apli- afastadas da área de circulação de trabalhadores.
cam-se as disposições constantes no item 18.20 - (118.171-8 / I2)
Locais con nados. 18.8.2. As armações de pilares, vigas e outras estrutu-
ras verticais devem ser apoiadas e escoradas para
18.6.21. Na execução de tubulões a céu aberto, a exi-
evitar tombamento e desmoronamento. (118.172-
gência de escoramento (encamisamento) ca a cri-
6 / I1)
tério do engenheiro especializado em fundações
18.8.3. A área de trabalho onde está situada a banca-
ou solo, considerados os requisitos de segurança.
da de armação deve ter cobertura resistente para
18.6.22. O equipamento de descida e içamento de
proteção dos trabalhadores contra a queda de ma-
trabalhadores e materiais utilizado na execução de
teriais e intempéries. (118.173-4 / I2)
tubulões a céu aberto deve ser dotado de sistema
18.8.3.1. As lâmpadas de iluminação da área de tra-
de segurança com travamento. (118.159-9 / I4) balho da armação de aço devem estar protegidas
18.6.23. A escavação de tubulões a céu aberto, alar- contra impactos provenientes da projeção de par-
gamento ou abertura manual de base e execução tículas ou de vergalhões. (118.174-2 / I1)
de taludes, deve ser precedida de sondagem ou de 18.8.4. É obrigatória a colocação de pranchas de ma-
estudo geotécnico local. (118.160-2 / I4) deira rmemente apoiadas sobre as armações nas
18.6.23.1. Em caso especí co de tubulões a céu aber- fôrmas, para a circulação de operários. (118.175-0
to e abertura de base, o estudo geotécnico será / I2)
obrigatório para profundidade superior a 3 (três) 18.8.5. É proibida a existência de pontas verticais de
metros. (118.161-0 / I4) vergalhões de aço desprotegidas. (118.176-9 / I4)
18.7. Carpintaria. 18.8.6. Durante a descarga de vergalhões de aço, a
18.7.1. As operações em máquinas e equipamentos área deve ser isolada. (118.177-7 / I1)
necessários à realização da atividade de carpinta- 18.9. Estruturas de concreto
ria somente podem ser realizadas por trabalhador 18.9.1. As fôrmas devem ser projetadas e construídas
quali cado nos termos desta NR. (118.162-9 / I2) de modo que resistam às cargas máximas de servi-
18.7.2. A serra circular deve atender às disposições a ço. (118.178-5 / I2)
seguir: 18.9.2. O uso de fôrmas deslizantes deve ser super-
a) ser dotada de mesa estável, com fechamento de visionado por pro ssional legalmente habilitado.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

suas faces inferiores, anterior e posterior, construí- (118.179-3 / I2)


da em madeira resistente e de primeira qualidade, 18.9.3. Os suportes e escoras de fôrmas devem ser
material metálico ou similar de resistência equiva- inspecionados antes e durante a concretagem por
lente, sem irregularidades, com dimensionamento trabalhador quali cado. (118.180-7 / I2)
su ciente para a execução das tarefas; (118.163-7 18.9.4. Durante a desforma devem ser viabiliza-
/ I4) dos meios que impeçam a queda livre de seções
b) ter a carcaça do motor aterrada eletricamente; de fôrmas e escoramentos, sendo obrigatórios a
(118.164-5 / I4) amarração das peças e o isolamento e sinalização
c) o disco deve ser mantido a ado e travado, deven- ao nível do terreno. (118.181-5 / I4)
do ser substituído quando apresentar trincas, den- 18.9.5. As armações de pilares devem ser estaiadas ou
tes quebrados ou empenamentos; (118.165-3 / I4) escoradas antes do cimbramento. (118.182-3 / I4)

93
18.9.6. Durante as operações de protensão de cabos 18.11. Operações de soldagem e corte a quente
de aço, é proibida a permanência de trabalhadores 18.11.1. As operações de soldagem e corte a quente
atrás dos macacos ou sobre estes, ou outros dispo- somente podem ser realizadas por trabalhadores
sitivos de protensão, devendo a área ser isolada e quali cados. (118.199-8 / I2)
sinalizada.(118.183-1 / I4) 18.11.2. Quando forem executadas operações de
18.9.7. Os dispositivos e equipamentos usados em soldagem e corte a quente em chumbo, zinco ou
protensão devem ser inspecionados por pro ssio- materiais revestidos de cádmio, será obrigató-
nal legalmente habilitado antes de serem iniciados ria a remoção por ventilação local exaustora dos
os trabalhos e durante os mesmos. (118.184-0 / I2)
fumos originados no processo de solda e corte,
18.9.8. As conexões dos dutos transportadores de
concreto devem possuir dispositivos de segurança bem como na utilização de eletrodos revestidos.
para impedir a separação das partes, quando o sis- (118.200-5 / I4)
tema estiver sob pressão. (118.185-8 / I2) 18.11.3. O dispositivo usado para manusear eletrodos
18.9.9. As peças e máquinas do sistema transportador deve ter isolamento adequado à corrente usada,
de concreto devem ser inspecionadas por traba- a m de se evitar a formação de arco elétrico ou
lhador quali cado, antes do início dos trabalhos. choques no operador. (118.201-3 / I4)
(118.186-6 / I2) 18.11.4. Nas operações de soldagem e corte a quente,
18.9.10. No local onde se executa a concretagem, so- é obrigatória a utilização de anteparo e caz para
mente deve permanecer a equipe indispensável a proteção dos trabalhadores circunvizinhos. O
para a execução dessa tarefa. (118.187-4 / I2) material utilizado nesta proteção deve ser do tipo
18.9.11. Os vibradores de imersão e de placas devem incombustível. (118.202-1 / I2)
ter dupla isolação e os cabos de ligação ser prote- 18.11.5. Nas operações de soldagem ou corte a
gidos contra choques mecânicos e cortes pela fer- quente de vasilhame, recipiente, tanque ou simi-
ragem, devendo ser inspecionados antes e durante lar, que envolvam geração de gases con nados ou
a utilização.(118.188-2 / I3)
semicon nados, é obrigatória a adoção de medi-
18.9.12. As caçambas transportadoras de concreto
das preventivas adicionais para eliminar riscos de
devem ter dispositivos de segurança que impeçam
o seu descarregamento acidental. (118.189-0 / I3) explosão e intoxicação do trabalhador, conforme
18.10. Estruturas metálicas mencionado no item 18.20 - Locais con nados.
18.10.1. As peças devem estar previamente xadas (118.203-0 / I4)
antes de serem soldadas, rebitadas ou parafusa- 18.11.6. As mangueiras devem possuir mecanismos
das. (118.190-4 / I3) contra o retrocesso das chamas na saída do cilin-
18.10.2. Na edi cação de estrutura metálica, abaixo dro e chegada do maçarico. (118.204-8 / I4)
dos serviços de rebitagem, parafusagem ou solda- 18.11.7. É proibida a presença de substâncias in a-
gem, deve ser mantido piso provisório, abrangen- máveis e/ou explosivas próximo às garrafas de O2
do toda a área de trabalho situada no piso imedia- (oxigênio). (118.205-6 / I4)
tamente inferior. (118.191-2 / I4) 18.11.8. Os equipamentos de soldagem elétrica de-
18.10.3. O piso provisório deve ser montado sem fres- vem ser aterrados. (118.206-4 / I4)
tas, a m de se evitar queda de materiais ou equi- 18.11.9. Os os condutores dos equipamentos, as
pamentos. (118.192-0 / I3) pinças ou os alicates de soldagem devem ser man-
18.10.4. Quando necessária a complementação do tidos longe de locais com óleo, graxa ou umidade,
piso provisório, devem ser instaladas redes de pro- e devem ser deixados em descanso sobre superfí-
teção junto às colunas. (118.193-9 / I3) cies isolantes. (118.207-2 / I2)
18.10.5. Deve car à disposição do trabalhador, em 18.12. Escadas, rampas e passarelas
seu posto de trabalho, recipiente adequado para 18.12.1. A madeira a ser usada para construção de
depositar pinos, rebites, parafusos e ferramentas. escadas, rampas e passarelas deve ser de boa qua-
(118.194-7 / I2) lidade, sem apresentar nós e rachaduras que com-
18.10.6. As peças estruturais pré-fabricadas devem prometam sua resistência, estar seca, sendo proi-
ter pesos e dimensões compatíveis com os equipa- bido o uso de pintura que encubra imperfeições.
mentos de transportar e guindar. (118.195-5 / I3) (118.208-0 / I2)
18.10.7. Os elementos componentes da estrutura me-
18.12.2. As escadas de uso coletivo, rampas e passare-
tálica não devem possuir rebarbas. (118.196-3 / I2)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

las para a circulação de pessoas e materiais devem


18.10.8. Quando for necessária a montagem, próximo
ser de construção sólida e dotadas de corrimão e
às linhas elétricas energizadas, deve-se proceder
rodapé. (118.209-9 / I3)
ao desligamento da rede, afastamento dos locais
energizados, proteção das linhas, além do ater- 18.12.3. A transposição de pisos com diferença de ní-
ramento da estrutura e equipamentos que estão vel superior a 0,40m (quarenta centímetros) deve
sendo utilizados. (118.197-1 / I4) ser feita por meio de escadas ou rampas. (118.210-
18.10.9. A colocação de pilares e vigas deve ser feita 2 / I2)
de maneira que, ainda suspensos pelo equipamen- 18.12.4. É obrigatória a instalação de rampa ou esca-
to de guindar, se executem a prumagem, marcação da provisória de uso coletivo para transposição de
e xação das peças. (118.198-0 / I2) níveis como meio de circulação de trabalhadores.
(118.211-0 / I3)

94
18.12.5. Escadas. 18.12.6.2. As rampas provisórias devem ser xadas
18.12.5.1. As escadas provisórias de uso coletivo de- no piso inferior e superior, não ultrapassando 30º
vem ser dimensionadas em função do uxo de (trinta graus) de inclinação em relação ao piso.
trabalhadores, respeitando-se a largura mínima de (118.230-7 / I3)
0,80 (oitenta centímetros), devendo ter pelo menos 18.12.6.3. Nas rampas provisórias, com inclinação
a cada 2,90m (dois metros e noventa centímetros) superior a 18º (dezoito graus), devem ser xadas
de altura um patamar intermediário. (118.212-9 / peças transversais, espaçadas em 0,40m (quaren-
I2) ta centímetros), no máximo, para apoio dos pés.
18.12.5.1.1. Os patamares intermediários devem ter (118.231-5 / I3)
largura e comprimento, no mínimo, iguais à largu- 18.12.6.4. As rampas provisórias usadas para trânsito
ra da escada. (118.213-7 / I2) de caminhões devem ter largura mínima de 4,00m
18.12.5.2. A escada de mão deve ter seu uso restri- (quatro metros) e ser xadas em suas extremida-
to para acessos provisórios e serviços de pequeno des. (118.232-3 / I3)
porte. (118.214-5 / I2) 18.12.6.5. Não devem existir ressaltos entre o piso da
18.12.5.3. As escadas de mão poderão ter até 7,00m
passarela e o piso do terreno. (118.233-1 / I2)
(sete metros) de extensão e o espaçamento en-
tre os degraus deve ser uniforme, variando entre 18.12.6.6. Os apoios das extremidades das passarelas
0,25m (vinte e cinco centímetros) a 0,30m (trinta devem ser dimensionados em função do compri-
centímetros). (118.215-3 / I3) mento total das mesmas e das cargas a que esta-
18.12.5.4. É proibido o uso de escada de mão com rão submetidas. (118.234-0 / I2)
montante único. (118.216-1 / I4) 18.13. Medidas de proteção contra quedas de altura
18.12.5.5. É proibido colocar escada de mão: 18.13.1. É obrigatória a instalação de proteção cole-
a) nas proximidades de portas ou áreas de circulação; tiva onde houver risco de queda de trabalhadores
(118.217-0 / I3) ou de projeção de materiais. (118.235-8 / I4)
b) onde houver risco de queda de objetos ou mate- 18.13.2. As aberturas no piso devem ter fechamento
riais; (118.218-8 / I3) provisório resistente. (118.236-6 / I4)
c) nas proximidades de aberturas e vãos. (118.219-6 18.13.2.1. As aberturas, em caso de serem utilizadas
/ I3) para o transporte vertical de materiais e equipa-
18.12.5.6. A escada de mão deve: mentos, devem ser protegidas por guarda-corpo
a) ultrapassar em 1,00m (um metro) o piso superior; xo, no ponto de entrada e saída de material, e por
(118.220-0 / I2) sistema de fechamento do tipo cancela ou similar.
b) ser xada nos pisos inferior e superior ou ser dota- (118.237-4 / I4)
da de dispositivo que impeça o seu escorregamen-
18.13.3. Os vãos de acesso às caixas dos elevadores
to; (118.221-8 / I2)
devem ter fechamento provisório de, no mínimo,
c) ser dotada de degraus antiderrapantes; (118.222-6
/ I2) 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura,
d) ser apoiada em piso resistente. (118.223-4 / I2) constituído de material resistente e seguramente
18.12.5.7. É proibido o uso de escada de mão junto xado à estrutura, até a colocação de nitiva das
a redes e equipamentos elétricos desprotegidos. portas. (118.238-2 / I4)
(118.224-2 / I4) 18.13.4. É obrigatória, na periferia da edi cação, a ins-
18.12.5.8. A escada de abrir deve ser rígida, estável talação de proteção contra queda de trabalhado-
e provida de dispositivos que a mantenham com res e projeção de materiais a partir do início dos
abertura constante, devendo ter comprimento serviços necessários à concretagem da primeira
máximo de 6,00m (seis metros), quando fechada. laje. (118.239-0 /I4)
(118.225-0 / I3) 18.13.5. A proteção contra quedas, quando constitu-
18.12.5.9. A escada extensível deve ser dotada de dis- ída de anteparos rígidos, em sistema de guarda-
positivo limitador de curso, colocado no quarto -corpo e rodapé, deve atender aos seguintes re-
vão a contar da catraca. Caso não haja o limitador quisitos:
de curso, quando estendida, deve permitir uma a) ser construída com altura de 1,20m (um metro e
sobreposição de no mínimo 1,00m (um metro).
vinte centímetros) para o travessão superior e
(118.226-9 / I3)
18.12.5.10. A escada xa, tipo marinheiro, com 6,00 0,70m (setenta centímetros) para o travessão inter-
(seis metros) ou mais de altura, deve ser provida mediário; (118.240-4 / I4)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

de gaiola protetora a partir de 2,00m (dois metros) b) ter rodapé com altura de 0,20m (vinte centímetros);
acima da base até 1,00m (um metro) acima da últi- (118.241-2 / I4)
ma superfície de trabalho. (118.227-7 / I3) c) ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou
18.12.5.10.1. Para cada lance de 9,00m (nove me- outro dispositivo que garanta o fechamento segu-
tros), deve existir um patamar intermediário de ro da abertura. (118.242-0 / I4)
descanso, protegido por guarda-corpo e rodapé. 18.13.6. Em todo perímetro da construção de edifí-
(118.228-5 / I3) cios com mais de 4 (quatro) pavimentos ou altura
18.12.6. Rampas e passarelas. equivalente, é obrigatória a instalação de uma pla-
18.12.6.1. As rampas e passarelas provisórias devem taforma principal de proteção na altura da primeira
ser construídas e mantidas em perfeitas condições laje que esteja, no mínimo, um pé-direito acima do
de uso e segurança. (118.229-3 / I3) nível do terreno. (118.243-9 / I4)

95
18.13.6.1. Essa plataforma deve ter, no mínimo, 2,50m 18.13.12 - REDES DE SEGURANÇA (item e subitens in-
(dois metros e cinquenta centímetros) de projeção cluídos pela Portaria SIT 157/2006)
horizontal da face externa da construção e 1 (um) 18.13.12.1 Como medida alternativa ao uso de plata-
complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de formas secundárias de proteção, previstas no item
extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco 18.13.7 desta norma regulamentadora, pode ser
graus), a partir de sua extremidade. (118.244-7 / I4) instalado Sistema Limitador de Quedas de Altura,
18.13.6.2. A plataforma deve ser instalada logo após com a utilização de redes de segurança.
a concretagem da laje a que se refere e retira- 18.13.12.2 O Sistema Limitador de Quedas de Altu-
da, somente, quando o revestimento externo do ra deve ser composto, no mínimo, pelos seguintes
prédio acima dessa plataforma estiver concluído. elementos:
(118.245-5 / I4) a)rede de segurança;
18.13.7. Acima e a partir da plataforma principal de b)cordas de sustentação ou de amarração e perimé-
proteção, devem ser instaladas, também, platafor- trica da rede;
mas secundárias de proteção, em balanço, de 3 c)conjunto de sustentação, xação e ancoragem e
(três) em 3 (três) lajes. (118.246-3 / I4) acessórios de rede, composto de:
18.13.7.1. Essas plataformas devem ter, no mínimo, I.Elemento forca;
1,40m (um metro e quarenta centímetros) de ba- II.Grampos de xação do elemento forca;
lanço e um complemento de 0,80m (oitenta centí- III.Ganchos de ancoragem da rede na parte inferior.
metros) de extensão, com inclinação de 45º (qua- 18.13.12.3 Os elementos de sustentação não podem
renta e cinco graus), a partir de sua extremidade. ser confeccionados em madeira.
(118.247-1 / I4) 18.13.12.4 As cordas de sustentação e as perimétricas
18.13.7.2. Cada plataforma deve ser instalada logo devem ter diâmetro mínimo de 16mm (dezesseis
após a concretagem da laje a que se refere e reti- milímetros) e carga de ruptura mínima de 30 KN
rada, somente, quando a vedação da periferia, até (trinta quilonewtons), já considerado, em seu cál-
a plataforma imediatamente superior, estiver con- culo, fator de segurança 2 (dois).
cluída. (118.248- 0 / I4) 18.13.12.5 O Sistema Limitador de Quedas de Altura
18.13.8. Na construção de edifícios com pavimentos deve ter, no mínimo, 2,50 m (dois metros e cin-
no subsolo, devem ser instaladas, ainda, platafor- quenta centímetros) de projeção horizontal a partir
mas terciárias de proteção, de 2 (duas) em 2 (duas) da face externa da construção.
lajes, contadas em direção ao subsolo e a partir da 18.13.12.6 Na parte inferior do Sistema Limitador de
laje referente à instalação da plataforma principal Quedas de Altura, a rede deve permanecer o mais
de proteção. (118.249-8 / I4) próximo possível do plano de trabalho.
18.13.8.1. Essas plataformas devem ter, no mínimo, 18.13.12.7 Entre a parte inferior do Sistema Limita-
2,20m (dois metros e vinte centímetros) de proje- dor de Quedas de Altura e a superfície de trabalho
ção horizontal da face externa da construção e um deve ser observada uma altura máxima de 6,00 m
complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de (seis metros).
extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco 18.13.12.8 A extremidade superior da rede de segu-
graus), a partir de sua extremidade, devendo aten- rança deve estar situada, no mínimo, 1,00m (um
der, igualmente, ao disposto no subitem 18.13.7.2. metro) acima da superfície de trabalho.
18.13.12.9 As redes devem apresentar malha unifor-
(118.250-1 / I4)
me em toda a sua extensão.
18.13.9. O perímetro da construção de edifícios, além
18.13.12.10 Quando necessárias emendas na pana-
do disposto nos subitens 18.13.6 e 18.13.7, deve
gem da rede, devem ser asseguradas as mesmas
ser fechado com tela a partir da plataforma princi-
características da rede original, com relação à re-
pal de proteção. (118.251-0 / I3)
sistência à tração e à deformação, além da durabi-
18.13.9.1. A tela deve constituir-se de uma barreira
lidade, sendo proibidas emendas com sobreposi-
protetora contra projeção de materiais e ferramen-
ções da rede.
tas. (118.252-8 / I3) 18.13.12.10.1 As emendas devem ser feitas por pro-
18.13.9.2. A tela deve ser instalada entre as extremi- ssionais com quali cação e especialização em
dades de 2 (duas) plataformas de proteção conse- redes, sob supervisão de pro ssional legalmente
cutivas, só podendo ser retirada quando a vedação habilitado.
da periferia, até a plataforma imediatamente supe- 18.13.12.11 A distância entre os pontos de ancora-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

rior, estiver concluída. (118.253-6 / I3) gem da rede e a face do edifício deve ser no máxi-
18.13.10. Em construções em que os pavimentos mais mo de 0,10 m (dez centímetros).
altos forem recuados, deve ser considerada a pri- 18.13.12.12 A rede deve ser ancorada à estrutura da
meira laje do corpo recuado para a instalação de edi cação, na sua parte inferior, no máximo a cada
plataforma principal de proteção e aplicar o dis- 0,50m (cinquenta centímetros).
posto nos subitens 18.13.7 e 18.13.9. (118.254-4 / 18.13.12.13 A estrutura de sustentação deve ser pro-
I4) jetada de forma a evitar que as peças trabalhem
18.13.11. As plataformas de proteção devem ser folgadas.
construídas de maneira resistente e mantidas sem 18.13.12.14 A distância máxima entre os elementos
sobrecarga que prejudique a estabilidade de sua de sustentação tipo forca deve ser de 5m (cinco
estrutura. (118.255-2 / I4) metros).

96
18.13.12.15 A rede deve ser confeccionada em cor 18.14.1.1 A montagem e desmontagem devem ser
que proporcione contraste, preferencialmente es- realizadas por trabalhador quali cado. (118.257-9
cura, em cordéis 30/45, com distância entre nós de / I4)
0,04m (quarenta milímetros) a 0,06m (sessenta mi- 18.14.1.2 A manutenção deve ser executada por tra-
límetros) e altura mínima de 10,00m (dez metros). balhador quali cado, sob supervisão de pro ssio-
18.13.12.16 A estrutura de sustentação deve ser di- nal legalmente habilitado. (118.258-7 / I4)
mensionada por pro ssional legalmente habilita- 18.14.2 Todos os equipamentos de movimentação
do. e transporte de materiais e pessoas só devem
18.13.12.16.1 Os ensaios devem ser realizados com ser operados por trabalhador quali cado, o qual
base no item 18.13.12.25 desta norma regulamen- terá sua função anotada em Carteira de Trabalho.
tadora. (118.259-5 / I4)
18.13.12.17 O Sistema de Proteção Limitador de Que- 18.14.3 No transporte vertical e horizontal de concre-
das de Altura deve ser submetido a uma inspeção to, argamassas ou outros materiais, é proibida a
semanal, para veri cação das condições de todos
circulação ou permanência de pessoas sob a área
os seus elementos e pontos de xação.
de movimentação da carga, sendo a mesma isola-
18.13.12.17.1 Após a inspeção semanal, devem ser
efetuadas as correções necessárias. da e sinalizada. (118.260-9 / I3)
18.13.12.18 As redes do Sistema de Proteção Limita- 18.14.4 Quando o local de lançamento de concreto
dor de Quedas de Altura devem ser armazenadas não for visível pelo operador do equipamento de
em local apropriado, seco e acondicionadas em re- transporte ou bomba de concreto, deve ser utiliza-
cipientes adequados. do um sistema de sinalização, sonoro ou visual, e,
18.13.12.19 Os elementos de sustentação do Sistema quando isso não for possível deve haver comunica-
de Proteção Limitador de Quedas de Altura e seus ção por telefone ou rádio para determinar o início
acessórios devem ser armazenados em ambientes e o m do transporte. (118.261-7 / I4)
adequados e protegidos contra deterioração. 18.14.5 No transporte e descarga dos per s, vigas e
18.13.12.20 Os elementos de sustentação da rede no elementos estruturais, devem ser adotadas medi-
Sistema de Proteção Limitador de Quedas em Altu- das preventivas quanto à sinalização e isolamento
ra não podem ser utilizados para outro m. da área. (118.262-5 / I2)
18.13.12.21 Os empregadores que optarem pelo Sis- 18.14.6 Os acessos da obra devem estar desimpedi-
tema de Proteção Limitador de Quedas em Altura dos, possibilitando a movimentação dos equipa-
devem providenciar projeto que atenda às especi- mentos de guindar e transportar. (118.263-3 / I2)
cações de dimensionamento previstas nesta Nor- 18.14.7 Antes do início dos serviços, os equipamentos
ma Regulamentadora, integrado ao Programa de
de guindar e transportar devem ser vistoriados por
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indús-
trabalhador quali cado, com relação a capacida-
tria da Construção - PCMAT.
18.13.12.21.1 O projeto deve conter o detalhamento de de carga, altura de elevação e estado geral do
técnico descritivo das fases de montagem, deslo- equipamento. (118.264-1 / I4)
camento do Sistema durante a evolução da obra e 18.14.8 Estruturas ou per s de grande superfície so-
desmontagem. mente devem ser içados com total precaução con-
18.13.12.21.2 O projeto deve ser assinado por pro s- tra rajadas de vento. (118.265-0 / I4)
sional legalmente habilitado. 18.14.9 Todas as manobras de movimentação de-
18.13.12.22 O Sistema de Proteção Limitador de Que- vem ser executadas por trabalhador quali cado
das em Altura deve ser utilizado até a conclusão e por meio de código de sinais convencionados.
dos serviços de estrutura e vedação periférica. (118.266-8 / I4)
18.13.12.23 As fases de montagem, deslocamento e 18.14.10 Devem ser tomadas precauções especiais
desmontagem do sistema devem ser supervisio- quando da movimentação de máquinas e equipa-
nadas pelo responsável técnico pela execução da mentos próximo a redes elétricas. (118.267-6 / I4)
obra. 18.14.11 O levantamento manual ou semimecaniza-
18.13.12.24 É facultada a colocação de tecidos sobre
do de cargas deve ser executado de forma que o
a rede, que impeçam a queda de pequenos obje-
esforço físico realizado pelo trabalhador seja com-
tos, desde que prevista no projeto do Sistema Li-
mitador de Quedas de Altura. patível com a sua capacidade de força, conforme a
18.13.12.25 As redes de segurança devem ser confec- NR-17 - Ergonomia. (118.268-4 / I2)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

cionadas de modo a atender aos testes previstos 18.14.12 Os guinchos de coluna ou similar (tipo “Ve-
nas Normas EN 1263-1 e EN 1263-2. lox”) devem ser providos de dispositivo próprios
18.13.12.26 Os requisitos de segurança para a mon- para sua xação. (118.269-2 / I4)
tagem das redes devem atender às Normas EN 18.14.13 O tambor do guincho de coluna deve estar
1263-1 e EN 1263-2. nivelado para garantir o enrolamento adequado
18.14. Movimentação e transporte de materiais e pes- do cabo. (118.270-6 / I3)
soas 18.14.14 A distância entre a roldana livre e o tambor
18.14.1 Os equipamentos de transporte vertical de do guincho do elevador deve estar compreendida
materiais e de pessoas devem ser dimensionados entre 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros)
por pro ssional legalmente habilitado. (118.256-0 e 3,00m (três metros), de eixo a eixo. (118.271-4 /
/ I4) I3)

97
18.14.15 O cabo de aço situado entre o tambor de 18.14.21.12 O trecho da torre acima da última laje
rolamento e a roldana livre deve ser isolado por deve ser mantido estaiado pelos montantes poste-
barreira segura, de forma que se evitem a circula- riores, para evitar o tombamento da torre no senti-
ção e o contato acidental de trabalhadores com o do contrário à edi cação. (118.291-9 / I4)
mesmo. (118.272-2 I3) 18.14.21.13 As torres montadas externamente às
18.14.16 O guincho do elevador deve ser dotado de construções devem ser estaiadas através dos mon-
chave de partida e bloqueio que impeça o seu tantes posteriores. (118.297-7 / I4)
acionamento por pessoa não autorizada. (118.273- 18.14.21.14 A torre e o guincho do elevador devem
0 / I3) ser aterrados eletricamente. (118.293-5 / I4)
18.14.17 Em qualquer posição da cabina do elevador, 18.14.21.15 Em todos os acessos de entrada à torre
o cabo de tração deve dispor, no mínimo, de 6 do elevador deve ser instalada uma barreira que
(seis) voltas enroladas no tambor. (118.634-5 / I4) tenha, no mínimo 1,80m ( um metro e oitenta cen-
18.14.18 Os elevadores de caçamba devem ser utiliza- tímetros) de altura, impedindo que pessoas expo-
dos apenas para o transporte de material a granel. nham alguma parte de seu corpo no interior da
(118.275-7 / I4) mesma. (118.639-6 / I4) )
18.14.19 É proibido o transporte de pessoas por equi- 18.14.21.16 A torre do elevador deve ser dotada de
pamento de guindar. (118.276-5 / I4) proteção e sinalização, de forma a proibir a circula-
18.14.20 Os equipamentos de transportes de ma- ção de trabalhadores através da mesma. (118.295-
teriais devem possuir dispositivos que impeçam 1 / I4)
a descarga acidental do material transportado. 18.14.21.17 As torres de elevadores de materiais de-
(118.277-3 / I4) vem ter suas faces revestidas com tela de arame
18.14.21 Torres de Elevadores galvanizado ou material de resistência e durabili-
18.14.21.1 As torres de elevadores devem ser dimen- dade equivalentes. (118.656-6 / I4)
sionadas em função das cargas a que estarão sujei- 18.14.21.17.1 Nos elevadores de materiais, onde a
tas. (118.278-1 / I4) cabina for fechada por painéis xos de, no míni-
18.14.21.1.1 Na utilização de torres de madeira devem mo 2 (dois) metros de altura, e dotada de um úni-
ser atendidas as seguintes exigências adicionais: co acesso , o entelamento da torre é dispensável.
a) permanência, na obra, do projeto e da Anotação de
(118.657-4 / I4)
Responsabilidade Técnica (ART) de projeto e exe-
18.14.21.18 As torres do elevador de material e do
cução da torre; (118.279-0 / I2)
elevador de passageiros devem ser equipadas com
b) a madeira deve ser de boa qualidade e tratada.
dispositivo de segurança que impeça a abertura da
(118.280-3 / I4)
barreira (cancela), quando o elevador não estiver
18.14.21.2 As torres devem ser montadas e desmon-
no nível do pavimento. (118.297-8 / I4)
tadas por trabalhadores quali cados. (118.281-1 /
I4) 18.14.21.19 As rampas de acesso à torre de elevador
18.14.21.3 As torres devem estar afastadas das redes devem:
elétricas ou estas isoladas conforme normas espe- a) ser providas de sistema de guarda-corpo e rodapé,
cí cas da concessionária local. (118.282-0 / I4) conforme subitem 18.13.5; (118.298-6 / I4)
18.14.21.4 As torres devem ser montadas o mais pró- b) ter pisos de material resistente, sem apresentar
ximo possível da edi cação. (118.283-8 / I3) aberturas; (118.299-4 / I4)
18.14.21.5 A base onde se instala a torre e o guin- c) ser xadas à estrutura do prédio e da torre;
cho deve ser única de concreto, nivelada e rígida. (118.300-1 / I4)
(118.284-6 / I4) d) não ter inclinação descendente no sentido da torre.
18.14.21.6 Os elementos estruturais (laterais e con- (118.301-0 / I4)
traventos) componentes da torre devem estar em 18.14.21.20 Deve haver altura livre de no mínimo
perfeito estado, sem deformações que possam 2,00m (dois metros) sobre a rampa. (118.302-8 / I2)
comprometer sua estabilidade. (118.285-4 / I4) 18.14.22 Elevadores de Transporte de Materiais
18.14 21.7 As torres para elevadores de caçamba de- 18.14.22.1 É proibido o transporte de pessoas nos
vem ser dotadas de dispositivos que mantenham a elevadores de materiais. (118.303-6 / I4)
caçamba em equilíbrio. (118.286-2 / I2) 18.14.22.2 Deve ser xada uma placa no interior do
18.14.21.8 Os parafusos de pressão dos painéis de- elevador de material, contendo a indicação de car-
vem ser apertados e os contraventos contrapina- ga máxima e a proibição de transporte de pessoas.
dos. (118.287-0 / I3) (118.304-4 / I1)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

18.14.21.9 O estaiamento ou xação das torres à es- 18.14.22.3 O posto de trabalho do guincheiro deve
trutura da edi cação, deve ser a cada laje ou pavi- ser isolado, dispor de proteção segura contra
mento. (118.635-3 / I4) queda de materiais, e os assentos utilizados de-
18.14.21.10 A distância entre a viga superior da cabi- vem atender ao disposto na NR-17- Ergonomia.
na e o topo da torre, após a última parada, deve ser (118.305-2 / I4)
de 4,00m (quatro metros). (118.636-1 / I4) ) 18.14.22.4 Os elevadores de materiais devem dispor
18.14.21.11 As torres devem ter os montantes pos- de:
teriores estaiados a cada 6,00m (seis metros) por a) Sistema de frenagem automática que atue com
meio de cabo de aço; quando a estrutura for tubu- efetividade em qualquer situação tendente a oca-
lar ou rígida, a xação por meio de cabo de aço é sionar a queda livre da cabina. (redação dada pela
dispensável.(118.637-0 / I4) Portaria SIT 157/2006)

98
b) Sistema de segurança eletromecânica no limite su- 18.14.23.2.4 O transporte de passageiros terá priori-
perior, instalado a 2,00m (dois metros) abaixo da dade sobre o de carga ou de materiais. (118.647-7
viga superior da torre; (118.307-9 / I4) / I2)
c) sistema de trava de segurança para mantê-lo para- 18.14.23.3 O elevador de passageiros deve dispor de:
do em altura, além do freio do motor; (118.641-8 a) interruptor nos ns de curso superior e inferior,
/ I4) conjugado com freio automático eletromecânico;
d) Interruptor de corrente para que só se movimente (118.648-5 / I4)
com portas ou painéis fechados. (118.630-2 / I4) b) sistema de frenagem automática que atue com
18.14.22.5 Quando houver irregularidades no eleva- efetividade em qualquer situação tendente a oca-
dor de materiais quanto ao funcionamento e ma- sionar a queda livre da cabina; (redação dada pela
nutenção do mesmo, estas serão anotadas pelo Portaria SIT 157/2006)
operador em livro próprio e comunicadas, por es- c) sistema de segurança eletromecânico situado a
crito, ao responsável da obra. (118.309-5 / I1) 2,00m (dois metros) abaixo da viga superior da
18.14.22.6 O elevador deve contar com dispositivo torre, ou outro sistema que impeça o choque da
de tração na subida e descida, de modo a impe- cabina com esta viga; (118.650-7 / I4)
dir a descida da cabina em queda livre (banguela). d) interruptor de corrente, para que se movimente
(118.642-6 / I4) ) apenas com as portas fechadas; (118.320-6 / I4)
18.14.22.7 Os elevadores de materiais devem ser do- e) cabina metálica com porta; (118.651-5 / I4)
tados de botão, em cada pavimento, para acionar f) freio manual situado na cabina, interligado ao inter-
lâmpada ou campainha junto ao guincheiro, a m ruptor de corrente que quando acionado desligue
de garantir comunicação única. (118.311-7 / I2) o motor. (118.652-3 / I4)
18.14.22.8 Os elevadores de materiais devem ser pro- 18.14.23.4 O elevador de passageiros deve ter um
vidos, nas laterais, de painéis xos de contenção livro de inspeção, no qual o operador anotará,
com altura em torno de 1,OOm (um metro) e, nas diariamente, as condições de funcionamento e de
demais faces, de portas ou painéis removíveis. manutenção do mesmo. Este livro deve ser visto
(118.312-5 / I2) e assinado, semanalmente, pelo responsável pela
18.14.22.9 Os elevadores de materiais devem ser do- obra. (118.322-2 / I2)
tados de cobertura xa, basculável ou removível. 18.14.23.5 A cabina do elevador automático de pas-
(118.313-3 / I2) sageiros deve ter iluminação e ventilação natural
18.14.23 Elevadores de Passageiros ou arti cial durante o uso e indicação .do número
18.14.23.1 Nos edifícios em construção com 12 (doze) máximo de passageiros e peso máximo equivalen-
ou mais pavimentos, ou altura equivalente é obri- te (kg). (118.653-1 / I4)
gatória a instalação de, pelo menos, um elevador 18.14.24 Gruas
de passageiros, devendo o seu percurso alcançar 18.14.24.1 A ponta da lança e o cabo de aço de sus-
toda a extensão vertical da obra. (118.314-1 / I3) tentação devem car no mínimo a 3,OOm (três
18.14.23.1.1 O elevador de passageiros deve ser ins- metros) de qualquer obstáculo e ter afastamento
talado, ainda, a partir da execução da 7ª laje dos da rede elétrica que atenda orientação da conces-
edifícios em construção com 08 (oito) ou mais sionária local. (118.324-9 / I4)
pavimentos, ou altura equivalente, cujo cantei- 18.14.24.2 É proibida a montagem de estruturas com
ro possua, pelo menos, 30 (trinta) trabalhadores. defeitos que possam comprometer seu funciona-
(118.315-0 / I3) mento. (118.325-7 / I4)
18.14.23.2 Fica proibido o transporte simultâneo de 18.14.24.3 O primeiro estaiamento da torre xa ao
carga e passageiros no elevador de passageiros. solo deve se dar necessariamente no 8ø (oitavo)
(118.643-4 / I4) elemento e a partir daí de 5 (cinco) em 5 (cinco)
18.14.23.2.1 Quando ocorrer o transporte d e carga, o elementos. (118.326-5 / I4)
comando do elevador deve ser externo. (118.644-2
18.14.24.4 Quando o equipamento de guindar não
/ I4)
estiver em operação, a lança deve ser colocada em
18.14.23.2.2 Em caso de utilização de elevador de pas-
posição de descanso. (118.327-3 / I4)
sageiros para transporte de cargas ou materiais,
18.14.24.5 A operação da grua deve ser de confor-
não simultâneo, deverá haver sinalização por meio
de cartazes em seu interior, onde conste de forma midade com as recomendações do fabricante.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

visível, os seguintes dizeres, ou outros que tradu- (118.328-1 /I4)


zam a mesma mensagem: “É PERMITIDO O USO 18.14.24.6 É proibido qualquer trabalho sob intempé-
DESTE ELEVADOR PARA TRANSPORTE DE MATE- ries ou outras condições desfavoráveis que expo-
RIAL, DESDE QUE NÃO REALIZADO SIMULTÂNEO nham a risco os trabalhadores da área. (118.329-0
COM O TRANSPORTE DE PESSOAS.” (118.645-0 / / I4)
I2) 18.14.24.7 A grua deve estar devidamente aterrada e,
18.14.23.2.3 Quando o elevador de passageiros for quando necessário, dispor de para-raios situados a
utilizado para o transporte de cargas e materiais, 2,00m (dois metros) acima da ponta mais elevada
não simultaneamente, e for o único da obra, será da torre. (118.330-3 / I4)
instalado a partir do pavimento térreo. (118.646-9 18.14.24.8 É obrigatório existir trava de segurança no
/ I4) gancho do moitão. (118.331-1 / I4)

99
18.14.24.9 É proibida a utilização da grua para arras- 18.15.9. O acesso aos andaimes deve ser feito de ma-
tar peças. (118.332-0 / I4) neira segura. (118.345-1 / I4)
18.14.24.10 É proibida a utilização de travas de se- Andaimes Simplesmente Apoiados
gurança para bloqueio de movimentação da lan- 18.15.10. Os montantes dos andaimes devem ser
ça quando a grua não estiver em funcionamento. apoiados em sapatas sobre base sólida capaz de
(118.333-8 / I4) resistir aos esforços solicitantes e às cargas trans-
18.14.24.11 É obrigatória a instalação de dispositivos mitidas. (118.346-0 / I4)
de segurança ou ns de curso automáticos como 18.15.11. É proibido trabalho em andaimes apoia-
limitadores de cargas ou movimentos, ao longo da dos sobre cavaletes que possuam altura superior
lança. (118.334-6 / I4) a 2,00m (dois metros) e largura inferior a 0,90m
18.14.24.12 As áreas de carga/descarga devem ser de- (noventa centímetros). (118.347-8 / I4)
limitadas, permitindo o acesso às mesmas somente 18.15.12. É proibido o trabalho em andaimes na peri-
ao pessoal envolvido na operação. (118.335-4 / I4) feria da edi cação sem que haja proteção adequa-
18.14.24.13 A grua deve possuir alarme sonoro que da xada à estrutura da mesma. (118.348-6 / I4)
será acionado pelo operador sempre que houver 18.15.13. É proibido o deslocamento das estruturas
movimentação de carga. (118.336-2 / I4) dos andaimes com trabalhadores sobre os mes-
18.14.25 Elevadores de Cremalheira mos.(118.349-4 / I4)
18.14.25.1 Os elevadores de cremalheira para trans- 18.15.14. Os andaimes cujos pisos de trabalho este-
porte de pessoas e materiais deverão obedecer as jam situados a mais de 1,50m (um metro e cin-
quenta centímetros) de altura devem ser providos
especi cações do fabricante para montagem, ope-
ração, manutenção e desmontagem, e estar sob de escadas ou rampas. (118.350-8 / I2)
responsabilidade de pro ssional legalmente habi- 18.15.15. O ponto de instalação de qualquer aparelho
litado. (118.654-0 / I4) de içar materiais deve ser escolhido, de modo a
18.14.25.2 Os manuais de orientação do fabricante não comprometer a estabilidade e segurança do
deverão estar à disposição, no canteiro de obra. andaime. (118.351-6 / I2)
(118.655-8/ I4) 18.15.16. Os andaimes de madeira não podem ser
18.15. Andaimes. utilizados em obras acima de 3 (três) pavimentos
18.15.1. O dimensionamento dos andaimes, sua es- ou altura equivalente, podendo ter o lado interno
trutura de sustentação e xação, deve ser realizado apoiado na própria edi cação. (118.352-4 / I2)
por pro ssional legalmente habilitado. (118.337-0 18.15.17. A estrutura dos andaimes deve ser xada
/ I4) à construção por meio de amarração e entronca-
18.15.2. Os andaimes devem ser dimensionados e mento, de modo a resistir aos esforços a que estará
construídos de modo a suportar, com seguran- sujeita. (118.353-2 / I4)
ça, as cargas de trabalho a que estarão sujeitos. 18.15.18. As torres de andaimes não podem exceder,
(118.338-9 / I4) em altura, 4 (quatro) vezes a menor dimensão da
18.15.3. O piso de trabalho dos andaimes deve ter base de apoio, quando não estaiadas. (118.354-0
forração completa, antiderrapante, ser nivelado e / I4)
xado de modo seguro e resistente. (118.339-7 / Andaimes Fachadeiros
I4) 18.15.19. Os andaimes fachadeiros não devem rece-
18.15.4. Devem ser tomadas precauções especiais, ber cargas superiores às especi cadas pelo fabri-
quando da montagem, desmontagem e movimen- cante. Sua carga deve ser distribuída de modo uni-
tação de andaimes próximos às redes elétricas. forme, sem obstruir a circulação de pessoas e ser
(118.340-0 / I4) limitada pela resistência da forração da plataforma
18.15.5. A madeira para confecção de andaimes deve de trabalho. (118.355-9 / I2)
ser de boa qualidade, seca, sem apresentar nós e 18.15.20. Os acessos verticais ao andaime fachadei-
rachaduras que comprometam a sua resistência, ro devem ser feitos em escada incorporada a sua
sendo proibido o uso de pintura que encubra im- própria estrutura ou por meio de torre de acesso.
perfeições. (118.341-9 / I4) (118.356-7 / I3)
18.15.5.1. É proibida a utilização de aparas de madeira 18.15.21. A movimentação vertical de componentes e
na confecção de andaimes. acessórios para a montagem e/ou desmontagem
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

18.15.6. Os andaimes devem dispor de sistema guar- de andaime fachadeiro deve ser feita por meio
da-corpo e rodapé, inclusive nas cabeceiras, em de cordas ou por sistema próprio de içamento.
todo o perímetro, conforme subitem 18.13.5, com (118.357-5 / I2)
exceção do lado da face de trabalho. (118.342-7 / 18.15.22. Os montantes do andaime fachadeiro de-
I4) vem ter seus encaixes travados com parafusos,
18.15.7. É proibido retirar qualquer dispositivo de contrapinos, braçadeiras ou similar. (118.358-3 / I4)
segurança dos andaimes ou anular sua ação. 18.15.23. Os painéis dos andaimes fachadeiros des-
(118.343-5 /I4) tinados a suportar os pisos e/ou funcionar como
18.15.8. É proibida, sobre o piso de trabalho de andai- travamento, após encaixados nos montantes, de-
mes, a utilização de escadas e outros meios para se vem ser contrapinados ou travados com parafusos,
atingirem lugares mais altos. (118.344-3 / I4) braçadeiras ou similar. (118.359-1 / I4)

100
18.15.24. As peças de contraventamento devem ser 18.15.32.1.1 - Em caso de sustentação de andaimes
xadas nos montantes por meio de parafusos, bra- suspensos em platibanda ou beiral da edi cação,
çadeiras ou por encaixe em pinos, devidamente essa deverá ser precedida de estudos de veri ca-
travados ou contrapinados, de modo que assegu- ção estrutural sob responsabilidade de pro ssional
rem a estabilidade e a rigidez necessárias ao andai- legalmente habilitado. (118.684-1 - I3)
me. (118.360-5 / I4) 18.15.32.1.2 - A veri cação estrutural e as especi -
18.15.25. Os andaimes fachadeiros devem dispor de cações técnicas para a sustentação dos andaimes
proteção com tela de arame galvanizado ou ma- suspensos em platibanda ou beiral de edi cação
terial de resistência e durabilidade equivalentes, deverão permanecer no local de realização dos
desde a primeira plataforma de trabalho até pelo serviços. (118.685-0 - I2)
18.15.32.2 - A extremidade do dispositivo de susten-
menos 2,00m (dois metros) acima da última plata-
tação, voltada para o interior da construção, deve
forma de trabalho. (118.361-3 / I4)
ser adequadamente xada, constando essa especi-
Andaimes Móveis cação do projeto emitido. (118.686-8 - I4)
18.15.26. Os rodízios dos andaimes devem ser pro- 18.15.32.3 - É proibida a xação de sistemas de sus-
vidos de travas, de modo a evitar deslocamentos tentação dos andaimes por meio de sacos com
acidentais. (118.362-1 / I3) areia, pedras ou qualquer outro meio similar.
18.15.27. Os andaimes móveis somente poderão ser (118.687-6 - I4)
utilizados em superfícies planas. (118.363-0 / I2) 18. 15.32.4 - Quando da utilização do sistema con-
Andaimes em Balanço trapeso, como forma de xação da estrutura de
18.15.28. Os andaimes em balanço devem ter siste- sustentação dos andaimes suspensos, este deverá
ma de xação à estrutura da edi cação capaz de atender as seguintes especi cações mínimas:
suportar 3 a) ser invariável (forma e peso especi cados no proje-
(três) vezes os esforços solicitantes. (118.364-8 / I4) to); (118.688-4 - I4)
18.15.29. A estrutura do andaime deve ser convenien- b) ser xado à estrutura de sustentação dos andai-
temente contraventada e ancorada, de tal forma a mes; (118.689-2 - I4)
eliminar quaisquer oscilações. (118.365-6 / I4) c) ser de concreto, aço ou outro sólido não granula-
Andaimes Suspensos Mecânicos do, com seu peso conhecido e marcado de forma
indelével em cada peça; e, (118.690-6 - I4)
18.15.30 - Os sistemas de xação e sustentação e
d) ter contraventamentos que impeçam seu desloca-
as estruturas de apoio dos andaimes suspensos,
mento horizontal. (118.691-4 - I4)
deverão ser precedidos de projeto elaborado e 18.15.33 - É proibido o uso de cabos de bras naturais
acompanhado por pro ssional legalmente habili- ou arti ciais para sustentação dos andaimes sus-
tado. (118.677-9 - I2) pensos. (118.692-2 - I4)
18.15.30.1 - Os andaimes suspensos deverão ser do- 18.15.34 - Os cabos de suspensão devem trabalhar na
tados de placa de identi cação, colocada em local vertical e o estrado na horizontal. (118.693-0 - I4)
visível, onde conste a carga máxima de trabalho 18.15.35 - Os dispositivos de suspensão devem ser
permitida. (118.678-7 - I2) diariamente veri cados pelos usuários e pelo res-
18.15.30.2 - A instalação e a manutenção dos andai- ponsável pela obra, antes de iniciados os traba-
mes suspensos devem ser feitas por trabalhador lhos. (118.694-9 - I4)
quali cado, sob supervisão e responsabilidade téc- 18.15.35.1 - Os usuários e o responsável pela veri -
nica de pro ssional legalmente habilitado obede- cação deverão receber treinamento e manual de
cendo, quando de fábrica, as especi cações técni- procedimentos para a rotina de veri cação diária.
cas do fabricante. (118.679-5 - I3) (118.695-7 - I3)
18.15.30.3 - Deve ser garantida a estabilidade dos an- 18.15.36 - Os cabos de aço utilizados nos guinchos
daimes suspensos durante todo o período de sua tipo catraca dos andaimes suspensos devem:
utilização, através de procedimentos operacionais a) ter comprimento tal que para a posição mais baixa
do estrado restem pelo menos 6 (seis) voltas sobre
e de dispositivos ou equipamentos especí cos
cada tambor; e, (118.696-5 - I4)
para tal m. (118.680-9 - I4)
b) passar livremente na roldana, devendo o respecti-
18.15.31 - O trabalhador deve utilizar cinto de segu- vo sulco ser mantido em bom estado de limpeza e
rança tipo paraquedista, ligado ao trava-quedas conservação. (118.697-3 - I4)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

de segurança este, ligado a cabo–guia xado em 18.15.37 - Os andaimes suspensos devem ser con-
estrutura independente da estrutura de xação e venientemente xados à edi cação na posição de
sustentação do andaime suspenso. (118.681-7 - I4) trabalho. (118.698-1 - I4)
18.15.32 - A sustentação dos andaimes suspensos 18.15.38 - É proibido acrescentar trechos em balanço
deve ser feita por meio de vigas, afastadores ou ao estrado de andaimes suspensos. (118.699-0 - I4)
outras estruturas metálicas de resistência equiva- 18.15.39 - É proibida a interligação de andaimes sus-
lente a, no mínimo, três vezes o maior esforço soli- pensos para a circulação de pessoas ou execução
citante. (118.682-5 - I4) de tarefas. (118.700-7 - I4)
18.15.32.1 - A sustentação dos andaimes suspensos 18.15.40 - Sobre os andaimes suspensos somente é
somente poderá ser apoiada ou xada em elemen- permitido depositar material para uso imediato.
to estrutural. (118.683-3 - I4) (118.701-5 - I4)

101
18.15.40.1 - É proibida a utilização de andaimes sus- 18.15.45.2 - Os andaimes motorizados devem ser do-
pensos para transporte de pessoas ou materiais tados de dispositivos que impeçam sua movimen-
que não estejam vinculados aos serviços em exe- tação, quando sua inclinação for superior a 15º
cução. (118.702-3 - I4) (quinze graus), devendo permanecer nivelados no
18.15.41 - Os quadros dos guinchos de elevação de- ponto de trabalho. (118.720-1 - I4)
vem ser providos de dispositivos para xação de 18.15.45.3 - O equipamento deve ser desligado e pro-
sistema guarda-corpo e rodapé, conforme subitem tegido quando fora de serviço. (118.721-0 - I2)
18.13.5. (118.703-1 - I4)
18.15.41.1 - O estrado do andaime deve estar xado PLATAFORMA DE TRABALHO COM SISTEMA DE
aos estribos de apoio e o guarda-corpo ao seu su- MOVIMENTAÇÃO VERTICAL EM PINHÃO E CREMA-
porte.(118.704-0 - I4) LHEIRA E PLATAFORMAS HIDRÁULICAS
18.15.42 - Os guinchos de elevação para acionamen-
18.15.46 - As plataformas de trabalho com sistema de
to manual devem observar os seguintes requisitos:
movimentação vertical em pinhão e cremalheira e
a) ter dispositivo que impeça o retrocesso do tambor as plataformas hidráulicas deverão observar as es-
para catraca; (118.705-8 - I4) peci cações técnicas do fabricante quanto à mon-
b) ser acionado por meio de alavancas, manivelas ou tagem, operação, manutenção, desmontagem e às
automaticamente, na subida e na descida do an- inspeções periódicas, sob responsabilidade técnica
daime; (118.706-6 - I4) de pro ssional legalmente habilitado. (118.722-8 -
c) possuir segunda trava de segurança para catraca; e, I3)
(118.707-4 - I4) 18.15.47 - Em caso de equipamento importado, os
d) ser dotado da capa de proteção da catraca. projetos, especi cações técnicas e manuais de
(118.708-2 - I4) montagem, operação, manutenção, inspeção e
18.15.43 - A largura mínima útil da plataforma de desmontagem deverão ser revisados e referenda-
trabalho dos andaimes suspensos será de 0,65 m dos por pro ssional legalmente habilitado no país,
(sessenta e cinco centímetros). (118.709-0 - I3) atendendo o previsto nas normas técnicas da As-
sociação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT ou
18.15.43.1 - A largura máxima útil da plataforma de
de entidades internacionais por ela referendadas,
trabalho dos andaimes suspensos, quando utiliza-
ou ainda, outra entidade credenciada pelo Conse-
do um guincho em cada armação, será de 0,90m lho Nacional de Metrologia, Normalização e Quali-
(noventa centímetros). (118.710-4 - I3) dade Industrial - CONMETRO. (118.723-6 - I4)
18.15.43.2 - A plataforma de trabalho deve resistir em 18.15.47.1 - Os manuais de orientação do fabrican-
qualquer ponto, a uma carga pontual de 200 Kgf te, em língua portuguesa, deverão estar à dispo-
(duzentos quilogramas-força). (118.711-2 - I4) (su- sição no canteiro de obras ou frentes de trabalho.
bitem revogado pela Portaria SIT 157/2006) (118.724-4 - I2)
18.15.43.3 - Os estrados dos andaimes suspensos me- 18.15.47.2 - A instalação, manutenção e inspeção pe-
cânicos podem ter comprimento máximo de 8,00m riódica dessas plataformas de trabalho devem ser
(oito metros). (118.712-0 - I3) feitas por trabalhador quali cado, sob supervisão e
18.15.44 - Quando utilizado apenas um guincho de responsabilidade técnica de pro ssional legalmen-
sustentação por armação é obrigatório o uso de te habilitado. (118.725-2 - I3)
um cabo de segurança adicional de aço, ligado a 18.15.47.3 - O equipamento somente deverá ser ope-
rado por trabalhador quali cado. (118.726-0 - I4)
dispositivo de bloqueio mecânico automático, ob-
18.15.47.4 - Todos os trabalhadores usuários de pla-
servando-se a sobrecarga indicada pelo fabricante taformas deverão receber orientação quanto ao
do equipamento. (118.713-9 - I4) correto carregamento e posicionamento dos ma-
ANDAIMES SUSPENSOS MOTORIZADOS teriais na plataforma. (118.727-9 - I3)
18.15.45 - Na utilização de andaimes suspensos mo- 18.15.47.4.1 - O responsável pela veri cação diária
torizados deverá ser observada a instalação dos das condições de uso do equipamento deverá re-
seguintes dis positivos: ceber manual de procedimentos para a rotina de
a) cabos de alimentação de dupla isolação; (118.714- veri cação diária. (118.728-7 - I3)
7 - I4) 18.15.47.4.1.1 - Os usuários deverão receber trei-
b) plugs/tomadas blindadas; (118.715-5 - I4) namento para a operação dos equipamentos.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

c) aterramento elétrico; (118.716-3 - I4) (118.729-5 –I3)


d) dispositivo Diferencial Residual (DR); e, (118.717- 18.15.47.5 - Todos os trabalhadores deverão utilizar
1 - I4) cinto de segurança tipo paraquedista ligado a um
cabo guia xado em estrutura independente do
e) m de curso superior e batente. (118.718-0 - I4)
equipamento, salvo situações especiais tecnica-
18.15.45.1 - O conjunto motor deve ser equipado com
mente comprovadas por pro ssional legalmente
dispositivo mecânico de emergência, que acionará habilitado. (118.730-9 - I4)
automaticamente em caso de pane elétrica de for- 18.15.47.6 - O equipamento deve estar afastado das
ma a manter a plataforma de trabalho parada em redes elétricas ou estas estarem isoladas confor-
altura e, quando acionado, permitir a descida se- me as normas especí cas da concessionária local.
gura até o ponto de apoio inferior. (118.719-8 - I4) (118.731-7 - I4)

102
18.15.47.7 - A capacidade de carga mínima no piso 18.15.47.21 - No caso de utilização de plataforma
de trabalho deverá ser de 150 kgf/m2 (cento cin- com chassi móvel, o mesmo deverá estar devida-
quenta quilogramas-força por metro quadrado). mente nivelado, patolado e/ou travado no início
(118.732-5 - I3) de montagem das torres verticais de sustentação
18.15.47.8 - As extensões telescópicas quando utiliza- da plataforma, permanecendo dessa forma duran-
te seu uso e desmontagem. (118.747-3 - I4)
das, deverão oferecer a mesma resistência do piso 18.15.47.22 - Os guarda-corpos, inclusive nas exten-
da plataforma. (118.733-3 - I3) sões telescópicas, deverão atender o previsto no
18.15.47.9 - São proibidas a improvisação na mon- item 18.13.5 e observar as especi cações do fabri-
tagem de trechos em balanço e a interligação de cante, não sendo permitido o uso de cordas, ca-
plataformas. (118.734-1 - I4) bos, correntes ou qualquer outro material exível.
18.15.47.10 - É responsabilidade do fabricante ou (118.748-1 - I4)
locador a indicação dos esforços na estrutura e 18.15.47.23 - O equipamento, quando fora de serviço,
apoios da plataforma, bem como a indicação dos deverá estar no nível da base, desligado e protegi-
pontos que resistam a esses esforços. (118.735-0 do contra acionamento não autorizado. (118.749-0
- I2)
- I4) 18.15.47.24 - A plataforma de trabalho deve ter seus
18.15.47.11 - A área sob a plataforma de trabalho de- acessos dotados de dispositivos eletroeletrônicos
verá ser devidamente sinalizada e delimitada, sen- que impeçam sua movimentação quando abertos.
do proibida a circulação de trabalhadores dentro (118.750-3 - I4)
daquele espaço. (118.736-8 - I3) 18.15.47.25 - É proibido realizar qualquer trabalho
18.15.47.12 - A plataforma deve dispor de sistema de sob intempéries ou outras condições desfavoráveis
sinalização sonora acionado automaticamente du- que exponham a risco os trabalhadores. (118.751-
rante sua subida e descida. (118.737-6 - I3) 1 - I4)
18.15.47.26 - É proibida a utilização das plataformas
18.15.47.13 - A plataforma deve possuir no painel
de trabalho para o transporte de pessoas e ma-
de comando botão de parada de emergência. teriais não vinculados aos serviços em execução.
(118.738-4 - I4) (118.752-0 - I3)
18.15.47.14 - O equipamento deve ser dotado de dis-
positivos de segurança que garantam o perfeito PLATAFORMAS POR CREMALHEIRA
nivelamento da plataforma no ponto de trabalho,
não podendo exceder a inclinação máxima indica- 18.15.48 - As plataformas por cremalheira deverão
da pelo fabricante. (118.739-2 - I4) dispor dos seguintes dispositivos:
18.15.47.15 - No percurso vertical da plataforma não a) cabos de alimentação de dupla isolação; (118.753-
8 - I4)
poderá haver interferências que possam obstruir o
b) plugs/tomadas blindadas; (118.754-6 - I4)
seu livre deslocamento. (118.740-6 - I4) c) aterramento elétrico; (118.755-4 - I4)
18.15.47.16 - Em caso de pane elétrica o equipamen- d) dispositivo Diferencial Residual (DR); (118.756-2 -
to deverá ser dotado de dispositivos mecânicos de I4)
emergência que mantenham a plataforma parada e) limites elétricos de percurso superior e inferior;
permitindo o alívio manual por parte do opera- (118.757-0 - I4)
dor, para descida segura da mesma até sua base. f) motofreio; (118.758-9 - I4)
(118.741-4 - I4) g) freio automático de segurança; e, (118.759-7 - I4)
18.15.47.17 - O último elemento superior da torre de- h) botoeira de comando de operação com atuação
por pressão contínua. (118.760-0 - I4)
verá ser cego, não podendo possuir engrenagens
de cremalheira, de forma a garantir que os roletes Cadeira Suspensa
permaneçam em contato com as guias. (118.742-
2 - I4) 18.15.49. Em quaisquer atividades em que não seja
18.15.47.18 - Os elementos de xação utilizados no possível a instalação de andaimes, é permitida a
travamento das plataformas devem ser devida- utilização de cadeira suspensa (balancim individu-
mente dimensionados para suportar os esforços al). (118.388-5 / I4)
indicados em projeto. (118.743-0 - I4) 18.15.50. A sustentação da cadeira suspensa deve ser
18.15.47.19 - O espaçamento entre as ancoragens ou feita por meio de cabo de aço ou cabo de bra
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

entroncamentos, deverá obedecer às especi ca- sintética. (118.389-3 / I4)


18.15.51. A cadeira suspensa deve dispor de: sistema
ções do fabricante e serem indicadas no projeto.
dotado com dispositivo de subida e descida com
(118.744-9 - I4) dupla trava de segurança, quando a sustentação
18.15.47.19.1 - A ancoragem da torre será obrigatória for através de cabo de aço; (118.390-7 /I4) siste-
quando a altura desta for superior a 9,00m (nove ma dotado com dispositivo de descida com dupla
metros). (118.745-7 - I4) trava de segurança, quando a sustentação for por
18.15.47.20 - A utilização das plataformas sem an- meio de cabo de bra sintética; (118.391-5 / I4) re-
coragem ou entroncamento deverá seguir rigoro- quisitos mínimos de conforto previstos na NR 17
samente as condições de cada modelo indicadas - Ergonomia; (118.392-3 / I4) sistema de xação do
pelo fabricante. (118.746-5 - I4) trabalhador por meio de cinto. (118.761-9/I4)

103
18.15.52. O trabalhador deve utilizar cinto de segu- 18.16.5 Os cabos de bra sintética utilizados para sus-
rança tipo paraquedista, ligado ao trava-quedas tentação de cadeira suspensa ou como cabo-guia
em caboguia independente. (118.393-1 / I4) para xação do trava-quedas do cinto de seguran-
18.15.53. A cadeira suspensa deve apresentar na sua ça tipo paraquedista, deverá ser dotado de alerta
estrutura, em caracteres indeléveis e bem visíveis, visual amarelo. (118.763-5 / I4)
a razão social do fabricante e o número de registro 18.16.6. Os cabos de bra sintética deverão atender
respectivo no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica as especi cações constantes do Anexo I - Especi -
- CNPJ. (118.394-0 / I2) cações de Segurança para Cabos de Fibra Sintética,
18.15.54. É proibida a improvisação de cadeira sus- desta NR. (118.764-3/I4)
pensa. (118.395-8 / I4)
18.15.55. O sistema de xação da cadeira suspensa Anexo
deve ser independente do cabo-guia do trava- Especi cações de Segurança para Cabos de Fibra
-quedas. (118.396-6 / I4) Sintética
18.15.56 - ANCORAGEM (item e subitens incluídos
pela Portaria SIT 157/2006) 1. O Cabo de bra sintética utilizado nas condições
18.15.56.1 As edi cações com no mínimo quatro pa- previstas do subitem 18.16.5 deverá atender as es-
vimentos ou altura de 12m (doze metros), a partir peci cações previstas a seguir: deve ser constituí-
do nível do térreo, devem possuir previsão para a do em trançado triplo e alma central.
instalação de dispositivos destinados à ancoragem
de equipamentos de sustentação de andaimes e Trançado externo em multi lamento de poliami-
de cabos de segurança para o uso de proteção in- da.
dividual, a serem utilizados nos serviços de limpe-
za, manutenção e restauração de fachadas. Trançado intermediário e o alerta visual de cor ama-
18.15.56.2 Os pontos de ancoragem devem: rela em multi lamento de polipropileno ou poliamida na
a) estar dispostos de modo a atender todo o períme- cor amarela com o mínimo de 50% de identi cação, não
tro da edi cação; podendo ultrapassar 10%(dez por cento) da densidade
b) suportar uma carga pontual de 1.200 Kgf (mil e du- linear.
zentos quilogramas-força);
c) constar do projeto estrutural da edi cação; Trançado interno em multi lamento de poliamida.
d) ser constituídos de material resistente às intempé-
ries, como aço inoxidável ou material de caracterís- Alma central torcida em multi lamento de poliamida.
ticas equivalentes.
18.15.56.3 Os pontos de ancoragem de equipamen- Construção dos trançados em máquina com 16, 24,
tos e dos cabos de segurança devem ser indepen- 32 ou 36 fusos.
dentes.
18.15.56.4 O item 18.15.56.1 desta norma regulamen- Número de referência: 12 (diâmetro nominal em
tadora não se aplica às edi cações que possuírem mm.).
projetos especí cos para instalação de equipa-
mentos de nitivos para limpeza, manutenção e Densidade linear 95 + 5 KTEX(igual a 95 + 5 g/m).
restauração de fachadas.
18.16. Cabos de Aço e Cabos de Fibra Sintética Carga de ruptura mínima 20 KN.
18.16.1. É obrigatória a observância das condições de
utilização, dimensionamento e conservação dos Carga de ruptura mínima de segurança sem o trança-
cabos de aço utilizados em obras de construção, do externo 15 KN.
conforme o disposto na norma técnica vigente
NBR 6327/83 - Cabo de Aço/Usos Gerais da ABNT. O cabo de bra sintética utilizado nas condições pre-
(118.397-4 / I4)
vistas no subitem 18.16.5 deverá atender as prescrições
18.16.2. Os cabos de aço de tração não podem ter
de identi cação a seguir:
emendas nem pernas quebradas que possam vir a
comprometer sua segurança. (118.398-2 / I4)
Marcação com ta inserida no interior do trançado
18.16.2.1 Os cabos de aço devem ter carga de ruptura
interno gravado NR 18.16.5 ISO 1140 1990 e fabricante
equivalente a, no mínimo, 5(cinco) vezes a carga
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

máxima de trabalho a que estiverem sujeitos e re- com CNPJ.


sistência à tração de seus os de, no mínimo, 160
kgf/mm2 (cento e sessenta quilogramas-força por Rótulo xado rmemente contendo as seguintes in-
milímetro quadrado). (118.762-7/ I4) formações:
18.16.3. Os cabos de aço e de bra sintética devem
ser xados por meio de dispositivos que impeçam Material constituinte: poliamida
seu deslizamento e desgaste.(118.399-0 / I4)
18.16.4 Os cabos de aço e de bra sintética devem ser Número de referência: diâmetro de 12mm
substituídos quando apresentarem condições que
comprometam a sua integridade em face da utili- Comprimentos em metros
zação a que estiverem submetidos. (118.400-8 / I4)

104
Incluir o aviso: “CUIDADO: CABO PARA USO ESPECÍ- 18.19.4. Na execução de trabalho noturno sobre a
FICO EM CADEIRAS SUSPENSAS E CABO-GUIA DE SEGU- água, toda a sinalização de segurança da platafor-
RANÇA PARA FIXAÇÃO DE TRAVA-QUEDAS”. ma e o equipamento de salvamento devem ser ilu-
minados com lâmpadas à prova d’água. (118.413-0
O cabo sintético deverá ser submetido a Ensaio con- / I2)
forme Nota Técnica ISO 2307/1990, ter avaliação de car- 18.19.4.1. O sistema de iluminação deve ser estanque.
ga ruptura e material constituinte pela rede brasileira de (118.414-8 / I2)
laboratórios de ensaios e calibração do Sistema Brasileiro 18.19.5. As superfícies de sustentação das plataformas
de Metrologia e Qualidade Industrial. de trabalho devem ser antiderrapantes. (118.415-6
/ I3)
18.17. Alvenaria, revestimentos e acabamentos. 18.19.6. É proibido deixar materiais e ferramentas sol-
18.17.1. Devem ser utilizadas técnicas que garantam a tos sobre as plataformas de trabalho. (118.416-4
estabilidade das paredes de alvenaria da periferia. / I2)
(118.401-6 / I3) 18.19.7. Ao redor das plataformas de trabalho, devem
18.17.2. Os quadros xos de tomadas energizadas ser instalados guarda-corpos, rmemente xados
devem ser protegidos sempre que no local forem à estrutura. (118.417-2 / I4)
executados serviços de revestimento e acabamen- 18.19.8. Em quaisquer atividades, é obrigatória a pre-
to. (118.402- 4 / I3) sença permanente de pro ssional em salvamento,
18.17.3. Os locais abaixo das áreas de colocação de primeiros socorros e ressuscitamento cardiorrespi-
vidro devem ser interditados ou protegidos contra ratório. (118.418-0 / I3)
queda de material. (118.403-2 / I3) 18.19.9. Os serviços em utuantes devem atender às
disposições constantes no Regulamento para o
18.17.3.1. Após a colocação, os vidros devem ser mar-
Tráfego Marítimo e no Regulamento Internacional
cados de maneira visível. (118.404-0 / I2)
para Evitar Abalroamentos no Mar - RIPEAM 72, do
18.18. Serviços em telhados Ministério da Marinha. (118.419-9 / I2)
18.18.1. Para trabalhos em telhados, devem ser usa- 18.19.10. Os coletes salva-vidas devem ser de cor
dos dispositivos que permitam a movimentação laranja, conter o nome da empresa e a capaci-
segura dos trabalhadores, sendo obrigatória a ins- dade máxima representada em Kg (quilograma).
talação de cabo-guia de aço, para xação do cinto (118.420-2 / I1)
de segurança tipo paraquedista. (118.405-9 / I4) 18.19.11. Os coletes salva-vidas devem ser em nú-
18.18.1.1. Os cabos-guias devem ter suas extremi- mero idêntico ao de trabalhadores e tripulantes.
dades xadas à estrutura de nitiva da edi cação (118.421-0 / I4)
por meio de suporte de aço inoxidável ou outro 18.19.12. É proibido conservar à bordo trapos embe-
material de resistência e durabilidade equivalentes. bidos em óleo ou qualquer outra substância volátil.
(118.406-7 / I4) (118.422-9 / I2)
18.18.2. Nos locais onde se desenvolvem trabalhos 18.19.13. É obrigatória a instalação de extintores de
em telhados, devem existir sinalização e isolamen- incêndio em número e capacidade adequados.
to de forma a evitar que os trabalhadores no piso (118.423-7 / I3)
inferior sejam atingidos por eventual queda de 18.19.14. É obrigatório o uso de botas com elástico
materiais e equipamentos. (118.407-5 / I2) lateral. (118.424-5 / I4)
18.18.3. É proibido o trabalho em telhados sobre for- 18.20. Locais con nados
nos ou qualquer outro equipamento do qual haja 18.20.1. Nas atividades que exponham os trabalha-
emanação de gases provenientes de processos dores a riscos de as xia, explosão, intoxicação e
industriais, devendo o equipamento ser previa- doenças do trabalho devem ser adotadas medidas
mente desligado, para a realização desses serviços. especiais de proteção, a saber:
(118.408-3 / I2) a) treinamento e orientação para os trabalhadores
18.18.4. É proibido o trabalho em telhado com chuva quanto aos riscos a que estão submetidos, a forma
ou vento, bem como concentrar cargas num mes- de preveni-los e o procedimento a ser adotado em
mo ponto. (118.409-1 / I4) situação de risco; (118.425-3 / I4)
18.19. Serviços em utuantes. b) nos serviços em que se utilizem produtos químicos,
18.19.1. Na execução de trabalhos com risco de que- os trabalhadores não poderão realizar suas ativida-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

da n’água, devem ser usados coletes salva-vidas ou des sem a utilização de EPI adequado; (118.426-1
outros equipamentos de utuação. (118.410-5 / I4) / I4)
18.19.2. Deve haver sempre, nas proximidades e em c) a realização de trabalho em recintos con nados
local de fácil acesso, botes salva-vidas em número deve ser precedida de inspeção prévia e elabora-
su ciente e devidamente equipados. (118.411-3 / ção de ordem de serviço com os procedimentos a
I4) serem adotados; (118.427-0 / I4)
18.19.3. As plataformas de trabalho devem ser pro- d) monitoramento permanente de substância que
vidas de linhas de segurança ancoradas em terra cause as xia, explosão e intoxicação no interior de
rme, que possam ser usadas quando as condições locais con nados realizado por trabalhador qua-
meteorológicas não permitirem a utilização de em- li cado sob supervisão de responsável técnico;
barcações. (118.412-1 / I2) (118.428-8 / I4)

105
e) proibição de uso de oxigênio para ventilação de 18.21.8. As chaves blindadas devem ser conveniente-
local con nado; (118.429- 6 / I4) mente protegidas de intempéries e instaladas em
f) ventilação local exaustora e caz que faça a extração posição que impeça o fechamento acidental do
dos contaminantes e ventilação geral que execute circuito. (118.446-6 / I4)
a insu ação de ar para o interior do ambiente, ga- 18.21.9. Os porta-fusíveis não devem car sob tensão
rantindo de forma permanente a renovação contí- quando as chaves blindadas estiverem na posição
nua do ar; (118.430-0 / I4) aberta. (118.447-4 / I4)
g) sinalização com informação clara e permanente 18.21.10. As chaves blindadas somente devem ser uti-
durante a realização de trabalhos no interior de es- lizadas para circuitos de distribuição, sendo proibi-
paços con nados; (118.431-8 / I4) do o seu uso como dispositivo de partida e parada
h) uso de cordas ou cabos de segurança e armaduras de máquinas. (118.448-2 / I4)
para amarração que possibilitem meios seguros de 18.21.11. As instalações elétricas provisórias de um
resgate; (118.432-6 / I4) canteiro de obras devem ser constituídas de:
i) acondicionamento adequado de substâncias tó- a) chave geral do tipo blindada de acordo com a
xicas ou in amáveis utilizadas na aplicação de aprovação da concessionária local, localizada no
laminados, pisos, papéis de parede ou similares; quadro principal de distribuição. (118.449-0 / I4)
(118.433-4 / I4) b) chave individual para cada circuito de derivação;
j) a cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores, 2 (dois) (118.450-4 / I4)
deles devem ser treinados para resgate; (118.434-2 c) chave-faca blindada em quadro de tomadas;
/ I4) (118.451-2 / I4)
k) manter ao alcance dos trabalhadores ar manda- d) chaves magnéticas e disjuntores, para os equipa-
do e/ou equipamento autônomo para resgate; mentos. (118.452-0 / I4)
(118.435-0 / I4) 18.21.12. Os fusíveis das chaves blindadas devem ter
l) no caso de manutenção de tanque, providenciar capacidade compatível com o circuito a proteger,
desgasei cação prévia antes da execução do tra- não sendo permitida sua substituição por dispo-
balho. (118.436-9 / I4) sitivos improvisados ou por outros fusíveis de ca-
18.21. Instalações elétricas pacidade superior, sem a correspondente troca da
18.21.1. A execução e manutenção das instalações ação. (118.453-9 / I4)
elétricas devem ser realizadas por trabalhador 18.21.13. Em todos os ramais destinados à ligação
quali cado, e a supervisão por pro ssional legal- de equipamentos elétricos, devem ser instalados
mente habilitado. (118.437-7 / I4) disjuntores ou chaves magnéticas, independentes,
18.21.2. Somente podem ser realizados serviços nas que possam ser acionados com facilidade e segu-
rança. (118.454-7 / I4)
instalações quando o circuito elétrico não estiver
18.21.14. As redes de alta-tensão devem ser insta-
energizado. (118.438-5 / I4)
ladas de modo a evitar contatos acidentais com
18.21.2.1. Quando não for possível desligar o circuito
veículos, equipamentos e trabalhadores em circu-
elétrico, o serviço somente poderá ser executado
lação, só podendo ser instaladas pela concessioná-
após terem sido adotadas as medidas de proteção
ria. (118.455-5 / I4)
complementares, sendo obrigatório o uso de fer-
18.21.15. Os transformadores e estações abaixadoras
ramentas apropriadas e equipamentos de prote-
de tensão devem ser instalados em local isolado,
ção individual. (118.439-3 / I4) sendo permitido somente acesso do pro ssional
18.21.3. É proibida a existência de partes vivas expos- legalmente habilitado ou trabalhador quali cado.
tas de circuitos e equipamentos elétricos. (118.440- (118.456-3 / I4)
7 / I4) 18.21.16. As estruturas e carcaças dos equipamen-
18.21.4. As emendas e derivações dos condutores tos elétricos devem ser eletricamente aterradas.
devem ser executadas de modo que assegurem a (118.457-1 / I4)
resistência mecânica e contato elétrico adequado. 18.21.17. Nos casos em que haja possibilidade de
(118.441-5 / I4) contato acidental com qualquer parte viva ener-
18.21.4.1. O isolamento de emendas e derivações gizada, deve ser adotado isolamento adequado.
deve ter característica equivalente à dos conduto- (118.458-0 / I4)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

res utilizados. (118.442-3 / I4) 18.21.18. Os quadros gerais de distribuição devem ser
18.21.5. Os condutores devem ter isolamento ade- mantidos trancados, sendo seus circuitos identi -
quado, não sendo permitido obstruir a circulação cados. (118.459-8 / I4)
de materiais e pessoas. (118.443-1 / I4) 18.21.19. Ao religar chaves blindadas no quadro geral
18.21.6. Os circuitos elétricos devem ser protegidos de distribuição, todos os equipamentos devem es-
contra impactos mecânicos, umidade e agentes tar desligados. (118.460-1 / I4)
corrosivos. (118.444-0 / I4) 18.21.20. Máquinas ou equipamentos elétricos mó-
18.21.7. Sempre que a ação de um circuito provisó- veis só podem ser ligados por intermédio de con-
rio se tornar inoperante ou dispensável, deve ser junto de plugue e tomada. (118.461-0 / I4)
retirada pelo eletricista responsável. (118.445-8 / 18.22. Máquinas, equipamentos e ferramentas diver-
I2) sas

106
18.22.1. A operação de máquinas e equipamentos 18.22.12. Nas operações com equipamentos pesados,
que exponham o operador ou terceiros a riscos só devem ser observadas as seguintes medidas de se-
pode ser feita por trabalhador quali cado e identi- gurança:
cado por crachá. (118.462-8 / I2) a) para encher/esvaziar pneus, não se posicionar de
18.22.2. Devem ser protegidas todas as partes móveis frente para eles, mas atrás da banda de rodagem,
dos motores, transmissões e partes perigosas das usando uma conexão de auto xação para encher
máquinas ao alcance dos trabalhadores. (118.463- o pneu. O enchimento só deve ser feito por traba-
6 / I4) lhadores quali cados, de modo gradativo e com
18.22.3. As máquinas e os equipamentos que ofere- medições sucessivas da pressão; (118.477-6 /I4)
çam risco de ruptura de suas partes móveis, proje- b) em caso de superaquecimento de pneus e sistema
ção de peças ou de partículas de materiais devem de freio, devem ser tomadas precauções especiais,
ser providos de proteção adequada. (118.464-4 / prevenindo-se de possíveis explosões ou incên-
I4) dios; (118.478-4 / I4)
18.22.4. As máquinas e equipamentos de grande por- c) antes de iniciar a movimentação ou dar partida no
te devem proteger adequadamente o operador motor, é preciso certi car-se de que não há nin-
contra a incidência de raios solares e intempéries. guém trabalhando sobre, debaixo ou perto dos
(118.465-2 / I2) mesmos; (118.479-2 / I4)
18.22.5. O abastecimento de máquinas e equipa- d) os equipamentos que operam em marcha a ré de-
mentos com motor a explosão deve ser realizado vem possuir alarme sonoro acoplado ao sistema de
por trabalhador quali cado, em local apropriado, câmbio e retrovisores em bom estado; (118.480-6
utilizando-se de técnicas e equipamentos que ga- / I4)
rantam a segurança da operação. (118.466-0 / I3) e) o transporte de acessórios e materiais por içamen-
18.22.6. Na operação de máquinas e equipamentos to deve ser feito o mais próximo possível do piso,
com tecnologia diferente da que o operador estava tomando-se as devidas precauções de isolamento
habituado a usar, deve ser feito novo treinamento, da área de circulação, transporte de materiais e de
de modo a quali cá-lo à utilização dos mesmos. pessoas; (118.481-4 / I4)
(118.467-9/ I3) f) as máquinas não devem ser operadas em posição
que comprometa sua estabilidade; (118.482-2 / I4)
18.22.7. As máquinas e os equipamentos devem ter
g) é proibido manter sustentação de equipamentos
dispositivo de acionamento e parada localizado de
e máquinas somente pelos cilindros hidráulicos,
modo que:
quando em manutenção; (118.483-0 / I4)
a) seja acionado ou desligado pelo operador na sua
h) devem ser tomadas precauções especiais quando
posição de trabalho; (118.468-7 / I4)
da movimentação de máquinas e equipamentos
b) não se localize na zona perigosa da máquina ou do
próximos a redes elétricas. (118.484-9 / I4)
equipamento; (118.469-5 / I4)
18.22.13. As ferramentas devem ser apropriadas ao
c) possa ser desligado em caso de emergência por
uso a que se destinam, proibindo-se o emprego
outra pessoa que não seja o operador; (118.470-9
das defeituosas, dani cadas ou improvisadas, de-
/I4)
vendo ser substituídas pelo empregador ou res-
d) não possa ser acionado ou desligado, involuntaria-
ponsável pela obra. (118.485-7 / I2)
mente, pelo operador ou por qualquer outra forma
18.22.14. Os trabalhadores devem ser treinados e ins-
acidental; (118.471-7 / I4)
truídos para a utilização segura das ferramentas,
e) não acarrete riscos adicionais. (118.472-5 / I4)
especialmente os que irão manusear as ferramen-
18.22.8. Toda máquina deve possuir dispositivo de
tas de xação a pólvora. (118.486-5 / I4)
bloqueio para impedir seu acionamento por pes-
18.22.15. É proibido o porte de ferramentas manuais
soa não autorizada.(118.473-3 / I4)
em bolsos ou locais inapropriados. (118.487-3 / I1)
18.22.9. As máquinas, equipamentos e ferramentas
18.22.16. As ferramentas manuais que possuam gume
devem ser submetidos à inspeção e manutenção
ou ponta devem ser protegidas com bainha de
de acordo com as normas técnicas o ciais vigen-
couro ou outro material de resistência e durabi-
tes, dispensando-se especial atenção a freios, me-
lidade equivalentes, quando não estiverem sendo
canismos de direção, cabos de tração e suspensão,
utilizadas. (118.488-1 / I1)
sistema elétrico e outros dispositivos de seguran-
18.22.17. As ferramentas pneumáticas portáteis de-
ça. (118.474-1 / I2)
vem possuir dispositivo de partida instalado de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

18.22.10. Toda máquina ou equipamento deve estar


modo a reduzir ao mínimo a possibilidade de fun-
localizado em ambiente com iluminação natural e/
cionamento acidental. (118.489-0 / I4)
ou arti cial adequada à atividade, em conformida-
18.22.17.1. A válvula de ar deve fechar-se automatica-
de com a NBR 5.413/91 - Níveis de Iluminância de
mente, quando cessar a pressão da mão do ope-
Interiores da ABNT. (118.475-0 / I2)
rador sobre os dispositivos de partida. (118.490-3
18.22.11. As inspeções de máquinas e equipamentos
/ I1)
devem ser registradas em documento especí co,
18.22.17.2. As mangueiras e conexões de alimenta-
constando as datas e falhas observadas, as medi-
ção das ferramentas pneumáticas devem resistir
das corretivas adotadas e a indicação de pessoa,
às pressões de serviço, permanecendo rmemente
técnico ou empresa habilitada que as realizou.
presas aos tubos de saída e afastadas das vias de
(118.476-8 / I1)
circulação. (118.491-1 / I3)

107
18.22.17.3. O suprimento de ar para as mangueiras 18.24. Armazenagem e estocagem de materiais
deve ser desligado e aliviada a pressão, quan- 18.24.1. Os materiais devem ser armazenados e esto-
do a ferramenta pneumática não estiver em uso. cados de modo a não prejudicar o trânsito de pes-
(118.492-0 / I2) soas e de trabalhadores, a circulação de materiais,
18.22.17.4. As ferramentas de equipamentos pneu- o acesso aos equipamentos de combate a incên-
máticos portáteis devem ser retiradas manual- dio, não obstruir portas ou saídas de emergência
mente e nunca pela pressão do ar comprimido. e não provocar empuxos ou sobrecargas nas pa-
(118.493-8 / I2) redes, lajes ou estruturas de sustentação, além do
18.22.18. As ferramentas de xação a pólvora devem previsto em seu dimensionamento. (118.506-3 / I2)
ser obrigatoriamente operadas por trabalhadores 18.24.2. As pilhas de materiais, a granel ou embala-
quali cados e devidamente autorizados. (118.494- dos, devem ter forma e altura que garantam a sua
6 / I4) estabilidade e facilitem o seu manuseio. (118.507-1
18.22.18.1. É proibido o uso de ferramenta de xação / I2)
a pólvora por trabalhadores menores de 18 (dezoi- 18.24.2.1. Em pisos elevados, os materiais não podem
to) anos. (118.495-4 / I4)
ser empilhados a uma distância de suas bordas
18.22.18.2. É proibido o uso de ferramenta de xação
menor que a equivalente à altura da pilha. Exceção
a pólvora em ambientes contendo substâncias in-
feita quando da existência de elementos proteto-
amáveis ou explosivas. (118.496-2 / I4)
res dimensionados para tal m. (118.508-0 / I2)
18.22.18.3. É proibida a presença de pessoas nas pro-
ximidades do local do disparo, inclusive o ajudan- 18.24.3. Tubos, vergalhões, per s, barras, pranchas e
te. (118.497-0 / I4) outros materiais de grande comprimento ou di-
18.22.18.4. As ferramentas de xação a pólvora de- mensão devem ser arrumados em camadas, com
vem estar descarregadas (sem o pino e o nca- espaçadores e peças de retenção, separados de
-pino) sempre que forem guardadas ou transpor- acordo com o tipo de material e a bitola das peças.
tadas. (118.498-9 / I4) (118.509-8 / I2)
18.22.19. Os condutores de alimentação das ferra- 18.24.4. O armazenamento deve ser feito de modo
mentas portáteis devem ser manuseados de forma a permitir que os materiais seja m retirados obe-
que não sofram torção, ruptura ou abrasão, nem decendo à sequência de utilização planejada, de
obstruam o trânsito de trabalhadores e equipa- forma a não prejudicar a estabilidade das pilhas.
mentos. (118.499-7 / I2) (118.510-1 / I2)
18.22.20. É proibida a utilização de ferramentas elé- 18.24.5. Os materiais não podem ser empilhados di-
tricas manuais sem duplo isolamento. (118.500-4 retamente sobre piso instável, úmido ou desnive-
/ I4) lado. (118.511-0 / I1)
18.22.21. Devem ser tomadas medidas adicionais de 18.24.6. A cal virgem deve ser armazenada em local
proteção quando da movimentação de superestru- seco e arejado. (118.512-8 / I2)
turas por meio de ferragens hidráulicas, prevenin- 18.24.7. Os materiais tóxicos, corrosivos, in amáveis
do riscos relacionados ao rompimento dos maca- ou explosivos devem ser armazenados em locais
cos hidráulicos. (118.501-2 / I3) isolados, apropriados, sinalizados e de acesso
18.23. Equipamento de Proteção Individual - EPI permitido somente a pessoas devidamente auto-
18.23.1. A empresa é obrigada a fornecer aos traba- rizadas. Estas devem ter conhecimento prévio do
lhadores, gratuitamente, EPI adequado ao risco procedimento a ser adotado em caso de eventual
e em perfeito estado de conservação e funcio- acidente. (118.513-6 / I4)
namento, consoante as disposições contidas na 18.24.8. As madeiras retiradas de andaimes, tapumes,
NR 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI.
fôrmas e escoramentos devem ser empilhadas, de-
(118.502-0 / I2)
pois de retirados ou rebatidos os pregos, arames e
18.23.2. O cinto de segurança tipo abdominal somen-
tas de amarração. (118.514-4 / I3)
te deve ser utilizado em serviços de eletricidade e
18.24.9. Os recipientes de gases para solda devem
em situações em que funcione como limitador de
movimentação. (118.503-9 / I4) ser transportados e armazenados adequadamente,
18.23.3. O cinto de segurança tipo paraquedista deve obedecendo-se às prescrições quanto ao trans-
ser utilizado em atividades a mais de 2,00m (dois porte e armazenamento de produtos in amáveis.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

metros) de altura do piso, nas quais haja risco de (118.515-2 / I3)


queda do trabalhador. (118.504-7 / I4) 18.25. Transporte de trabalhadores em veículos au-
18.23.3.1 O cinto de segurança deve ser dotado de tomotores
dispositivo trava-quedas e estar ligado a cabo de 18.25.1. O transporte coletivo de trabalhadores em
segurança independente da estrutura do andaime. veículos automotores dentro do canteiro ou fora
(118.669-8 / I4) dele deve observar as normas de segurança vigen-
18.23.4. Os cintos de segurança tipo abdominal e tipo tes. (118.516-0 / I4)
paraquedista devem possuir argolas e mosquetões 18.25.2. O transporte coletivo dos trabalhadores deve
de aço forjado, ilhoses de material não-ferroso e ser feito através de meios de transportes normali-
vela de aço forjado ou material de resistência e zados pelas entidades competentes e adequados
durabilidade equivalentes. (118.505-5 / I3) às características do percurso. (118.517-9 / I4)

108
18.25.3. O transporte coletivo dos trabalhadores deve como nos locais de manipulação e emprego de
ter autorização prévia da autoridade competente, tintas, solventes e outras substâncias combustíveis,
devendo o condutor mantê-la no veículo durante in amáveis ou explosivas, devem ser tomadas as
todo o percurso. (118.518-7 / I4) seguintes medidas de segurança:
18.25.4. A condução do veículo deve ser feita por a) proibir fumar ou portar cigarros ou assemelhados
condutor habilitado para o transporte coletivo de acesos, ou qualquer outro material que possa pro-
passageiros. (118.519-5 / I4) duzir faísca ou chama; (118.530-6 / I4)
18.25.5. A utilização de veículos, a título precário para b) evitar, nas proximidades, a execução de operação
transporte de passageiros, somente será permitida com risco de centelhamento, inclusive por impacto
em vias que não apresentem condições de tráfego
entre peças; (118.531-4 / I4)
para ônibus. Neste caso, os veículos devem apre-
sentar as seguintes condições mínimas de segu- c) utilizar obrigatoriamente lâmpadas e luminárias à
rança: prova de explosão; (118.532-2 / I4)
a) carroceria em todo o perímetro do veículo, com d) instalar sistema de ventilação adequado para a re-
guardas altas e cobertura de altura livre de 2,10m tirada de mistura de gases, vapores in amáveis ou
(dois metros e dez centímetros) em relação ao piso explosivos do ambiente; (118.533-0 / I4)
da carroceria, ambas com material de boa qualida- e) colocar nos locais de acesso placas com a inscri-
de e resistência estrutural que evite o esmagamen- ção “Risco de Incêndio” ou “Risco de Explosão”;
to e não permita a projeção de pessoas em caso de (118.534-9 / I2)
colisão e/ou tombamento do veículo; (118.520-9 f) manter cola e solventes em recipientes fechados e
/ I4) seguros; (118.535-7 / I2)
b) assentos com espuma revestida de 0,45m (quaren- g) quaisquer chamas, faíscas ou dispositivos de aque-
ta e cinco centímetros) de largura por 0,35m (trin- cimento devem ser mantidos afastados de fôrmas,
ta e cinco centímetros) de profundidade de 0,45m restos de madeiras, tintas, vernizes ou outras subs-
(quarenta e cinco centímetros) de altura com en- tâncias combustíveis, in amáveis ou explosivas.
costo e cinto de segurança tipo 3 (três) pontos; (118.536-5 / I2)
(118.521-7 / I4) 18.26.5. Os canteiros de obra devem ter equipes de
c) barras de apoio para as mãos a 0,10m (dez centí-
operários organizadas e especialmente treinadas
metros) da cobertura e para os braços e mãos en-
no correto manejo do material disponível para o
tre os assentos; (118.522-5 / I4)
d) a capacidade de transporte de trabalhadores será primeiro combate ao fogo. (118.537-3 / I1)
dimensionada em função da área dos assentos 18.27. Sinalização de segurança
acrescida do corredor de passagem de pelo menos 18.27.1. O canteiro de obras deve ser sinalizado com
0,80m (oitenta centímetros) de largura; (118.523-3 o objetivo de: a) identi car os locais de apoio que
/ I4) compõem o canteiro de obras; (118.538-1 / I1)
e) o material transportado, como ferramentas e equi- b) indicar as saídas por meio de dizeres ou setas;
pamentos, deve estar acondicionado em compar- (118.539-0 / I1)
timentos separados dos trabalhadores, de forma c) manter comunicação através de avisos, cartazes ou
a não causar lesões aos mesmos numa eventual similares; (118.540-3 / I1)
ocorrência de acidente com o veículo; (118.524-1 d) advertir contra perigo de contato ou acionamento
/ I4) acidental com partes móveis das máquinas e equi-
f) escada, com corrimão, para acesso pela traseira da pamentos. (118.541-1 / I1)
carroceria, sistemas de ventilação nas guardas al- e) advertir quanto a risco de queda; (118.542-0 / I1)
tas e de comunicação entre a cobertura e a cabine f) alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, es-
do veículo; (118.525-0 / I4) pecí co para a atividade executada, com a devida
g) só será permitido o transporte de trabalhadores sinalização e advertência próximas ao posto de
acomodados nos assentos acima dimensionados.
trabalho; (118.543-8 / I1)
(118.526-8 / I4)
18.26. Proteção contra incêndio. g) alertar quanto ao isolamento das áreas de trans-
18.26.1. É obrigatória a adoção de medidas que aten- porte e circulação de materiais por grua, guincho e
dam, de forma e caz, às necessidades de preven- guindaste; (118.544-6 / I1)
ção e combate a incêndio para os diversos setores, h) identi car acessos, circulação de veículos e equipa-
atividades, máquinas e equipamentos do canteiro mentos na obra; (118.545-4 / I1)
de obras. (118.527-6 / I3) i) advertir contra risco de passagem de trabalhadores
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

18.26.2. Deve haver um sistema de alarme capaz de onde o pé-direito for inferior a 1,80m (um metro e
dar sinais perceptíveis em todos os locais da cons- oitenta centímetros); (118.546-2 / I1)
trução. (118.528-4 / I2) j) identi car locais com substâncias tóxicas, corrosi-
18.26.3. É proibida a execução de serviços de sol- vas, in amáveis, explosivas e radioativas. (118.547-
dagem e corte a quente nos locais onde estejam 0 / I1)
depositadas, ainda que temporariamente, subs- 18.27.2. É obrigatório o uso de colete ou tiras re eti-
tâncias combustíveis, in amáveis e explosivas. vas na região do tórax e costas quando o trabalha-
(118.529-2 / I4) dor estiver a serviço em vias públicas, sinalizando
18.26.4. Nos locais con nados e onde são executa- acessos ao canteiro de obras e frentes de serviços
dos pinturas, aplicação de laminados, pisos, papéis ou em movimentação e transporte vertical de ma-
de parede e similares, com emprego de cola, bem teriais. (118.548-9 / I2)

109
18.27.3. A sinalização de segurança em vias públicas 18.30.3.1. Em caso de necessidade de realização de
deve ser dirigida para alertar os motoristas, pedes- serviços sobre o passeio, a galeria deve ser exe-
tres e em conformidade com as determinações do cutada na via pública, devendo neste caso ser si-
órgão competente. (118.549-7 / I2) nalizada em toda sua extensão, por meio de sinais
18.28. Treinamento de alerta aos motoristas nos 2 (dois) extremo s e
18.28.1. Todos os empregados devem receber treina- iluminação durante a noite, respeitando-se à legis-
mentos admissional e periódico, visando a garan- lação do Código de Obras Municipal e de trânsito
tir a execução de suas atividades com segurança. em vigor. (118.566-7 / I4)
(118.550-0 / I2) 18.30.4. As bordas da cobertura da galeria devem
18.28.2. O treinamento admissional deve ter carga possuir tapumes fechados com altura mínima de
horária mínima de 6 (seis) horas, ser ministrado 1,00m (um metro), com inclinação de aproximada-
dentro do horário de trabalho, antes de o traba- mente 45º (quarenta e cinco graus). (118.567-5 /
lhador iniciar suas atividades, constando de: I3)
a) informações sobre as condições e meio ambiente 18.30.5. As galerias devem ser mantidas sem sobre-
de trabalho; (118.551-9 / I2) cargas que prejudiquem a estabilidade de suas es-
b) riscos inerentes a sua função; (118.552-7 / I2) truturas. (118.568-3 / I3)
c) uso adequado dos Equipamentos de Proteção Indi- 18.30.6. Existindo risco de queda de materiais nas
vidual - EPI; (118.553-5 / I2) edi cações vizinhas, estas devem ser protegidas.
d) informações sobre os Equipamentos de Proteção (118.569- 1 / I4)
Coletiva - EPC, existentes no canteiro de obra. 18.30.7. Em se tratando de prédio construído no ali-
(118.554-3 / I2) nhamento do terreno, a obra deve ser protegida,
18.28.3. O treinamento periódico deve ser ministrado: em toda a sua extensão, com fechamento por meio
a) sempre que se tornar necessário; (118.555-1 / I2) de tela. (118.570-5 / I3)
b) ao início de cada fase da obra. (118.556-0 / I2) 18.30.8. Quando a distância da demolição ao alinha-
18.28.4. Nos treinamentos, os trabalhadores devem mento do terreno for inferior a 3,00m (três metros),
receber cópias dos procedimentos e operações a deve ser feito um tapume no alinhamento do ter-
serem realizadas com segurança. (118.557-8 / I2) reno, de acordo com o subitem 18.30.1. (118.571-3
18.29. Ordem e limpeza / I4)
18.29.1. O canteiro de obras deve apresentar-se or- 18.31. Acidente fatal
ganizado, limpo e desimpedido, notadamente
18.31.1. Em caso de ocorrência de acidente fatal, é
nas vias de circulação, passagens e escadarias.
obrigatória a adoção das seguintes medidas:
(118.558-6 / I3)
a) comunicar o acidente fatal, de imediato, à auto-
18.29.2. O entulho e quaisquer sobras de materiais
ridade policial competente e ao órgão regional
devem ser regulamente coletados e removidos.
Por ocasião de sua remoção, devem ser tomados do Ministério do Trabalho, que repassará imedia-
cuidados especiais, de forma a evitar poeira exces- tamente ao sindicato da categoria pro ssional do
siva e eventuais riscos. (118.559-4 / I3) local da obra; (118.572-1 / I4)
18.29.3. Quando houver diferença de nível, a remo- b) isolar o local diretamente relacionado ao aciden-
ção de entulhos ou sobras de materiais deve ser te, mantendo suas características até sua liberação
realizada por meio de equipamentos mecânicos ou pela autoridade policial competente e pelo órgão
calhas fechadas. (118.560-8 / I3) regional do Ministério do Trabalho. (118.573-0 / I4)
18.29.4. É proibida a queima de lixo ou qualquer outro 18.31.1.1. A liberação do local poderá ser concedida
material no interior do canteiro de obras. (118.561- após a investigação pelo órgão regional compe-
6 / I1) tente do Ministério do Trabalho, que ocorrerá num
18.29.5. É proibido manter lixo ou entulho acumulado prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, conta-
ou exposto em locais inadequados do canteiro de do do protocolo de recebimento da comunicação
obras. (118.562-4 / I3) escrita ao referido órgão, podendo, após esse pra-
18.30. Tapumes e galerias zo, serem suspensas as medidas referidas na alínea
18.30.1. É obrigatória a colocação de tapumes ou bar- “b” do subitem 18.31.1. (118.574-8 / I4)
reiras sempre que se executarem atividades da in- 18.32. Dados estatísticos
dústria da construção, de forma a impedir o acesso 18.32.1. O empregador deve encaminhar, por meio
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

de pessoas estranhas aos serviços. (118.563-2 / I4) do serviço de postagem, à FUNDACENTRO, o Ane-
18.30.2. Os tapumes devem ser construídos e xados xo I, Ficha de Acidente do Trabalho, desta norma
de forma resistente, e ter altura mínima de 2,20m até 10 (dez) dias após o acidente, mantendo cópia
(dois metros e vinte centímetros) em relação ao ní- e protocolo de encaminhamento por um período
vel do terreno. (118.564-0 / I4) de 3 (três) anos, para ns de scalização do órgão
18.30.3. Nas atividades da indústria da construção regional competente do Ministério do Trabalho -
com mais de 2 (dois) pavimentos a partir do nível MTb. (118.575-6 / I2)
do meio- o, executadas no alinhamento do logra- 18.32.1.1. A Ficha de Acidente do Trabalho refere -se
douro, é obrigatória a construção de galerias sobre tanto ao acidente fatal, ao acidente com e sem
o passeio, com altura interna livre de no mínimo afastamento, quanto a doença do trabalho.
3,00m (três metros). (118.565-9 / I4)

110
18.32.1.2. A Ficha de Acidente do Trabalho deve ser nico-cientí cas ou de pro ssionais especializados,
preenchida pelo empregador no estabelecimento sempre que necessário. (redação dada pela Porta-
da empresa que ocorrer o acidente ou doença do ria 63, de 28 de dezembro de 1998)
trabalho. (118.576-4 / I1) 18.34.2.1. No primeiro mandato anual, o coordenador
18.32.2. O empregador deve encaminhar, por meio do CPN será indicado pela Secretaria de Seguran-
do serviço de postagem, à FUNDACENTRO, o Ane- ça e Saúde no Trabalho, no segundo pela FUNDA-
xo II, Resumo Estatístico Anual, desta norma até o CENTRO e, nos mandatos subsequentes, a coorde-
último dia útil de fevereiro do ano subsequente, nação será indicada pelos membros da Comissão,
mantendo cópia e protocolo de encaminhamento
dentre seus pares.
por um período de 3 (três) anos, para ns de sca-
18.34.2.2. À coordenação do CPN cabe convocar pelo
lização do órgão regional competente do Ministé-
menos uma reunião semestral, destinada a analisar
rio do Trabalho - MTb. (118.577-2 / I1)
18.33. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - o trabalho desenvolvido no período anterior e tra-
CIPA nas empresas da indústria da construção çar diretrizes para o ano seguinte.
18.33.1. A empresa que possuir na mesma cidade 1 18.34.2.3. O CPN pode ser convocado por qualquer
(um) ou mais canteiros de obra ou frentes de tra- de seus componentes, através da coordenação,
balho, com menos de 70 (setenta) empregados, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, reu-
deve organizar CIPA centralizada. (118.578-0 / I2) nindo-se com a presença de pelo menos metade
18.33.2. A CIPA centralizada será composta de repre- dos membros.
sentantes do empregador e dos empregados, de- 18.34.2.4. Os representantes integrantes do grupo de
vendo ter pelo menos 1 (um) representante titular apoio técnico-cientí co do CPN não terão direito a
e 1 (um) suplente, por grupo de até 50 (cinquenta) voto, garantido o direito de voz.
empregados em cada canteiro de obra ou frente 18.34.2.5. As disposições anteriores aplicam-se aos
de trabalho, respeitando-se a paridade prevista na Comitês Regionais, observadas as representações
NR 5. (118.579-9 / I2) em âmbito estadual.
18.33.3. A empresa que possuir 1 (um) ou mais cantei- 18.34.2.6. São atribuições do CPN:
ros de obra ou frente de trabalho com 70 (setenta) a) deliberar a respeito das propostas apresentadas
ou mais empregados em cada estabelecimento,
pelos CPR, ouvidos os demais CPR;
ca obrigada a organizar CIPA por estabelecimen-
b) encaminhar ao Ministério do Trabalho as propostas
to. (118.580-2 / I2)
18.33.4. Ficam desobrigadas de constituir CIPA os aprovadas;
canteiros de obra cuja construção não exceda a c) justi car aos CPR a não aprovação das propostas
180 (cento e oitenta) dias, devendo, para o aten- apresentadas;
dimento do disposto neste item, ser constituída d) elaborar propostas, encaminhando cópia aos CPR;
comissão provisória de prevenção de acidentes, e) aprovar os Regulamentos Técnicos de Procedimen-
com eleição paritária de 1 (um) membro efetivo e tos - RTP.
1 (um) suplente, a cada grupo de 50 (cinquenta) 18.34.3. O CPR será composto de 3 (três) a 5 (cinco)
trabalhadores. (118.581-0 / I2) representantes titulares e suplentes do Governo,
18.33.5. As empresas que possuam equipes de traba- dos trabalhadores, dos empregadores e de 3 (três)
lho itinerantes deverão considerar como estabele- a 5 (cinco) titulares e suplentes de entidades de
cimento a sede da equipe. pro ssionais especializados em segurança e saúde
18.33.6. As subempreiteiras que pelo número de em- do trabalho como apoio técnico-cientí co.
pregados não se enquadrarem no subitem 18.33.3 18.34.3.1. As propostas resultantes dos trabalhos de
participarão com, no mínimo 1 (um) representante cada CPR serão encaminhadas ao CPN. Aprovadas,
das reuniões, do curso da CIPA e das inspeções re- serão encaminhadas ao Ministério do Trabalho,
alizadas pela CIPA da contratante. (118.582-9 / I2) que dará andamento às mudanças, por meio de
18.33.7. Aplicam-se às empresas da indústria da cons- dispositivos legais pertinentes, no prazo máximo
trução as demais disposições previstas na NR 5, de 90 (noventa) dias.
naquilo em que não con itar com o disposto neste 18.34.3.2. Nos estados onde funcionarem organiza-
item. ções tripartites que atendem às atribuições esta-
18.34. Comitês permanentes sobre condições e meio belecidas para os CPR, presume-se que aquelas
ambiente do trabalho na indústria da construção sejam organismos substitutivos destes.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

18.34.1. Fica criado o Comitê Permanente Nacional 18.34.3.3. São atribuições dos Comitês Regionais -
sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho CPR:
na Indústria da Construção, denominado CPN, e a) estudar e propor medidas para o controle e a me-
os Comitês Permanentes Regionais sobre Condi- lhoria das condições e dos ambientes de trabalho
ções e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria na indústria da construção;
b) implementar a coleta de dados sobre acidentes de
da Construção, denominados CPR (Unidade(s) da
trabalho e doenças ocupacionais na indústria da
Federação).
construção, visando estimular iniciativas de aper-
18.34.2 O CPN será composto de 3 (três) a 5 (cinco)
feiçoamento técnico de processos construtivos, de
representantes titulares do governo, dos empre- máquinas, equipamentos, ferramentas e procedi-
gadores e dos empregados, sendo facultada a mentos nas atividades da indústria da construção.
convocação de representantes de entidades téc-

111
c) participar e propor campanhas de prevenção de aci- f) as ferramentas manuais não devem ser deixadas
dentes para a indústria da construção; sobre passagens, escadas, andaimes e outras su-
d) incentivar estudos e debates visando ao aperfei- perfícies de trabalho ou de circulação, devendo ser
çoamento permanente das normas técnicas, regu- guardadas em locais apropriados, quando não es-
lamentadoras e de procedimentos na indústria da tiverem em uso; (118.588-8 / I4)
construção; g) antes da xação de pinos por ferramenta de xação
e) encaminhar o resultado de suas propostas ao CPN; a pólvora, devem ser veri cados o tipo e a espes-
f) apreciar propostas encaminhadas pelo CPN, sejam sura da parede ou laje, o tipo de pino e nca-pino
elas oriundas do próprio CPN ou de outro CPR.
mais adequados, e a região oposta à superfície
g) negociar cronograma para gradativa implementa-
ção de itens da Norma que não impliquem em gra- de aplicação deve ser previamente inspecionada;
ve e iminente risco, atendendo as peculiaridades e (118.589-6 / I4)
di culdades regionais, desde que sejam aprovadas h) o operador não deve apontar a ferramenta de xa-
por consenso e homologados pelo Comitê Perma- ção a pólvora para si ou para terceiros. (118.590- 0
nente Nacional - CPN / I4)
18.34.3.3.1 As propostas resultantes de negociações 18.36.3. Quanto à escavação, fundação e desmonte
do CPR, conduzidas na forma do disposto na alí- de rochas:
nea “g” do subitem 18.34.3.3, serão encaminhadas a) antes de ser iniciada uma obra de escavação ou de
à autoridade regional competente do Ministério do
Trabalho, que dará garantias ao seu cumprimen- fundação, o responsável deve procurar se informar
to por meio de dispositivos legais pertinentes, de a respeito da existência de galerias, canalizações
acordo com as prerrogativas que lhe são atribuídas e cabos, na área onde serão realizados os traba-
pelo subitem 28.1.4.3, da Norma Regulamentadora lhos, bem como estudar o risco de impregnação
28 (redação dada pela portaria nº 20, de 17 de abril do subsolo por emanações ou produtos nocivos;
de 1998) (118.591-8 / I4)
18.34.4. O CPN e os CPR funcionarão na forma que b) os escoramentos devem ser inspecionados diaria-
dispuserem os regulamentos internos a serem ela- mente; (118.592-6 / I4)
borados após sua constituição.
18.35. Recomendações Técnicas de Procedimentos - c) quando for necessário rebaixar o lençol d’água (fre-
RTP. 2 ático), os serviços devem ser executados por pes-
18.35.1. O Ministério do Trabalho, através da Fundação soas ou empresas quali cadas; (118.593-4 / I4)
Jorge Duprat de Figueiredo de Segurança e Medici- d) cargas e sobrecargas ocasionais, bem como possí-
na do Trabalho - FUNDACENTRO, publicará “Reco- veis vibrações, devem ser levadas em consideração
mendações Técnicas de Procedimentos - RTP”, após para determinar a inclinação das paredes do talu-
sua aprovação pelo Comitê Permanente Nacional de, a construção do escoramento e o cálculo dos
sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção - CPN, visando subsidiar as elementos necessários; (118.594-2 / I4)
empresas no cumprimento desta Norma.2 e) a localização das tubulações deve ter sinalização
18.36. Disposições gerais. adequada; (118.595-0 / I4)
18.36.1. São de observância, ainda, as disposições f) as escavações devem ser realizadas por pessoal
constantes dos subitens 18.36.2 a 18.36.7. 2 quali cado, que orientará os operários, quando se
18.36.2. Quanto às máquinas, equipamentos e ferra- aproximarem das tubulações até a distância míni-
mentas diversas: ma de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros);
a) os protetores removíveis só podem ser retira-
(118.596-9 / I4)
dos para limpeza, lubri cação, reparo e ajuste, e
após devem ser, obrigatoriamente, recolocados; g) o tráfego próximo às escavações deve ser desviado
(118.583-7 / I4) e, na sua impossibilidade, reduzida a velocidade
b) os operadores não podem se afastar da área de dos veículos; (118.597-7 / I4)
controle das máquinas ou equipamentos sob sua h) devem ser construídas passarelas de largura mí-
responsabilidade, quando em funcionamento; nima de 0,60m (sessenta centímetros), protegidas
(118.584-5 / I4) por guarda-corpos, quando for necessário o trân-
c) nas paradas temporárias ou prolongadas, os opera- sito sobre a escavação; (118.598-5 / I4)
dores de máquinas e equipamentos devem colocar
os controles em posição neutra, acionar os freios e i) quando o bate-estacas não estiver em operação, o
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

adotar outras medidas com o objetivo de eliminar pilão deve permanecer em repouso sobre o solo
riscos provenientes de funcionamento acidental; ou no m da guia de seu curso; (118.599-3 / I4)
(118.585-3 / I4) j) para pilões a vapor, devem ser dispensados cuida-
d) inspeção, limpeza, ajuste e reparo somente devem dos especiais às mangueiras e conexões, devendo
ser executados com a máquina ou o equipamento o controle de manobras das válvulas estar sempre
desligado, salvo se o movimento for indispensável ao alcance do operador; (118.600-0 / I4)
à realização da inspeção ou ajuste; (118.586-1 / I4)
k) para trabalhar nas proximidades da rede elétrica, a
e) quando o operador de máquinas ou equipamen-
tos tiver a visão di cultada por obstáculos, deve ser altura e/ou distância dos bate-estacas deve aten-
exigida a presença de um sinaleiro para orientação der à distância mínima exigida pela concessionária;
do operador; (118.587-0 / I4) (118.601-9 / I4)

112
l) para a proteção contra a projeção de pedras, deve b) deve haver um código de sinais a xado em local
ser coberto todo o setor (área entre as minas, car- visível, para comandar as operações dos equipa-
regadas) com malha de ferro de 1/4” a 3/16”, de mentos de guindar. (118.611-6 / I2)
0,15m (quinze centímetros) e pontiada de solda, c) os diâmetros mínimos para roldanas e eixos em
devendo ser arrumados sobre a malha pneus para função dos cabos usados são: (118.612-4 / I2)
formar uma camada amortecedora. (118.602-7 / I4)
18.36.4. Quanto a estruturas de concreto: Diâmetro do Cabo
a) antes do início dos trabalhos deve ser designado (mm)
um encarregado experiente para acompanhar o
serviço e orientar a equipe de retirada de fôrmas Diâmetro da roldana
quanto às técnicas de segurança a serem observa- (cm)
das; (118.603-5 / I4)
b) durante a descarga de vergalhões de aço a área Diâmetro do eixo
deve ser isolada para evitar a circulação de pessoas (mm)
estranhas ao serviço; (118.604-3 / I4)
c) os feixes de vergalhões de aço que forem deslo- 12,70
cados por guinchos, guindastes ou gruas, devem 30
ser amarrados de modo a evitar escorregamento; 30
(118.605-1 / I4) 15,80
d) durante os trabalhos de lançamento e vibração de 35
concreto, o escoramento e a resistência das fôrmas 40
devem ser inspecionados por pro ssionais quali - 19,00
cados. (118.606-0 / I4) 40
18.36.5. Quanto a escadas: 43
a) as escadas de mão portáteis e corrimão de madeira 22,20
não devem apresentar farpas, saliências ou emen- 46
das; (118.607-8 / I3) 49
b) as escadas xas, tipo marinheiro, devem ser presas 25,40
no topo e na base; (118.608-6 / I3) 51
c) as escadas xas, tipo marinheiro, de altura superior
55
a 5,00m (cinco metros), devem ser xadas a cada
3,00m (três metros). (118.609-4 / I3)
d) peças com mais de 2,00m (dois metros) de compri-
18.36.6. Quanto à movimentação e transporte de ma-
mento devem ser amarradas na estrutura do eleva-
teriais e de pessoas:
dor; (118.613-2 / I2)
a) o código de sinais recomendado é o seguinte:
e) as caçambas devem ser construídas de chapas de
(118.610-8 / I2)
I. elevar carga: antebraço na posição vertical; dedo aço e providas de corrente de segurança ou outro
indicador para mover a mão em pequeno círculo dispositivo que limite sua inclinação por ocasião da
horizontal; descarga. (118.614-0 / I2)
II. abaixar carga: braço estendido na horizontal; palma 18.36.7. Quanto a estruturas metálicas:
da mão para baixo; mover a mão para cima e para a) os andaimes utilizados na montagem de estruturas
baixo; metálicas devem ser suportados por meio de ver-
III. parar: braço estendido; palma da mão para baixo; galhões de ferro, xados à estrutura, com diâmetro
manter braço e mão rígidos na posição; mínimo de 0,018m (dezoito milímetros); (118.615-
IV. parada de emergência: braço estendido; palma da 9 / I4)
mão para baixo; mover a mão para a direita e a b) em locais de estrutura, onde, por razões técnicas,
esquerda rapidamente; não se puder empregar os andaimes citados na alí-
V. suspender a lança: braço estendido; mão fechada, nea anterior, devem ser usadas plataformas com
polegar apontado para cima; mover a mão para tirantes de aço ou vergalhões de ferro, com diâ-
cima e para baixo; metro mínimo de 0,012m (doze milímetros), devi-
VI. abaixar a lança: braço estendido; mão fechada; po- damente xados a suportes resistentes; (118.616-7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

legar apontado para baixo; erguer a mão para cima / I4)


e para baixo; c) os andaimes referidos na alínea “a” devem ter lar-
VII. girar a lança: braço estendido; apontar com o in- gura mínima de 0,90m (noventa centímetros) e
dicador no sentido do movimento; proteção contra quedas conforme subitem 18.13.5.
VIII. mover devagar: o mesmo que em I ou II, porém (118.617-5 / I4)
com a outra mão colocada atrás ou abaixo da mão d) as escadas de mão somente podem ser usadas
de sinal; quando apoiadas no solo. (118.618-3 / I4)
IX. elevar lança e abaixar carga: usar III e V com as 18.37. Disposições nais.
duas mãos simultaneamente; 18.37.1. Devem ser colocados, em lugar visível para
X. abaixar lança e elevar carga: usar I e VI, com as duas os trabalhadores, cartazes alusivos à prevenção de
mãos, simultaneamente; acidentes e doenças de trabalho. (118.619-1 / I1)

113
18.37.2. É obrigatório o fornecimento de água potá- 18.37.7. São facultadas a apresentação e a execução,
vel, ltrada e fresca para os trabalhadores por meio após aprovação pela FUNDACENTRO, de soluções
de bebedouros de jato inclinado ou equipamento alternativas referentes às medidas de proteção co-
similar que garanta as mesmas condições, na pro- letiva ou outros dispositivos não previstos nesta
porção de 1 (um) para cada grupo de 25 (vinte e NR, que propiciem avanço tecnológico e proteção
cinco) trabalhadores ou fração. (118.620-5 / I4) para a segurança, higiene e saúde do trabalhador.
18.37.2.1. O disposto neste subitem deve ser garan- 18.37.7.1. As soluções alternativas constituirão proje-
tido de forma que, do posto de trabalho ao be- to de pesquisa desenvolvido pela FUNDACENTRO
bedouro, não haja deslocamento superior a 100 ou em parceria desta com outras instituições ou
(cem) metros, no plano horizontal e 15 (quinze) empresas interessadas.
metros no plano vertical. (118.621-3/I3) 18.37.7.2. À FUNDACENTRO cabe estabelecer as nor-
18.37.2.2. Na impossibilidade de instalação de be- mas e os procedimentos necessários ao desenvol-
bedouro dentro dos limites referidos no subitem vimento e implementação da proposta.
anterior, as empresas devem garantir, nos postos 18.37.7.3. A FUNDACENTRO poderá delegar a compe-
de trabalho, suprimento de água potável, ltrada tência a que se refere esse assunto a outros órgãos
reconhecidos de ensino e pesquisa.
e fresca fornecida em recipientes portáteis herme-
18.37.7.4 As soluções alternativas aprovadas, bem
ticamente fechados, confeccionados em material
como as respectivas memórias de cálculo e espe-
apropriado, sendo proibido o uso de copos coleti-
ci cações, constituem documentação scalizável
vos. (118.622-1 / I4) pelo Ministério do Trabalho a ser mantida nos es-
18.37.2.3. Em regiões do país ou estações do ano de tabelecimentos de trabalho.
clima quente deve ser garantido o fornecimento 18.37.8. A FUNDACENTRO fará publicar anualmente e
de água refrigerada. (118.623-0 / I1) comunicará ao órgão regional competente do Mi-
18.37.2.4. A área do canteiro de obra deve ser dotada nistério do Trabalho, até no máximo 30 de junho
de iluminação externa adequada. (118.624-8 / I2) de cada ano, os resultados estatísticos a ela enca-
18.37.2.5. Nos canteiros de obras, inclusive nas áre- minhados, relativos ao exercício anterior.
as de vivência, deve ser previsto escoamento de 18.38. Disposições transitórias
águas pluviais. (118.625-6 / I2) 18.38.1. O Programa de Condições e Meio Ambiente
18.37.2.6. Nas áreas de vivência dotadas de aloja- de Trabalho na Indústria da Construção-PCMAT,
mento, deve ser solicitada à concessionária local a referido no subitem 18.3.1., deverá ser elaborado
instalação de um telefone comunitário ou público. e implantado nos dois primeiros anos, a partir da
(118.626-4 / I1) vigência desta Norma, conforme abaixo discrimi-
18.37.3. É obrigatório o fornecimento gratuito pelo nado:
a) no primeiro ano de vigência desta NR, nos estabe-
empregador de vestimenta de trabalho e sua re-
lecimentos com 100 (cem) ou mais trabalhadores;
posição, quando dani cada. (118.627-2 / I4)
b) no segundo ano de vigência desta NR, nos esta-
18.37.4. Para ns da aplicação desta NR, são conside- belecimentos com 50 (cinquenta) ou mais traba-
rados trabalhadores habilitados aqueles que com- lhadores.
provem perante o empregador e a inspeção do 18.38.2. O elevador de passageiros referido no subi-
trabalho uma das seguintes condições: (118.628-0 tem 18.14.23.1.1 será exigido após 4 (quatro) anos
/ I2) de vigência desta Norma, desde que haja pelo me-
a) capacitação, mediante curso especí co do sistema nos 30 (trinta) ou mais trabalhadores.
o cial de ensino; 18.38.3. No terceiro e quarto anos de vigência desta
b) capacitação, mediante curso especializado minis- Norma, o elevador de passageiros deve ser insta-
trado por centros de treinamento e reconhecido lado a partir da sétima laje dos edifícios em cons-
pelo sistema o cial de ensino. trução com 10 (dez) ou mais pavimentos ou altura
18.37.5. Para ns da aplicação desta NR, são consi- equivalente cujo canteiro de obras possua, pelo
derados trabalhadores quali cados aqueles que menos, 40 (quarenta) trabalhadores. (118.629-9 /
I3)
comprovem perante o empregador e a inspeção
18.38.4. As empresas que fabricam, locam, comerciali-
do trabalho uma das seguintes condições:
zam ou utilizam os andaimes referidos no subitem
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

a) capacitação mediante treinamento na empresa; 18.15.47, devem adequar os referidos equipamen-


b) capacitação mediante curso ministrado por insti- tos, em um prazo máximo de 1 (um) ano, a partir
tuições privadas ou públicas, desde que conduzido da vigência desta Norma.
por pro ssional habilitado; 18.39. Glossário.
c) ter experiência comprovada em Carteira de Traba-
lho de pelo menos 6 (seis) meses na função. Acidente Fatal - quando provoca a morte do traba-
18.37.6. Aplicam-se à indústria da construção, nos lhador.
casos omissos, as disposições constantes nas de-
mais Normas Regulamentadoras da Portaria no Acidente Grave - quando provoca lesões incapacitan-
3.214/78 e suas alterações posteriores. tes no trabalhador.

114
Alta-Tensão - é a distribuição primária, em que a ten- Aterramento Elétrico - ligação à terra que assegura a
são é igual ou superior a 2.300 volts. fuga das correntes elétricas indesejáveis.

Amarras - cordas, correntes e cabos de aço que se Atmosfera Perigosa - presença de gases tóxicos, in a-
destinam a amarrar ou prender equipamentos à máveis e explosivos no ambiente de trabalho.
estrutura.
Auto propelida - máquina ou equipamento que pos-
Ancorada (ancorar) - ato de xar por meio de cordas, sui movimento próprio.
cabos de aço e vergalhões, propiciando segurança
e estabilidade. Bancada - mesa de trabalho.

Andaime: Banguela - queda livre do elevador, pela liberação


proposital do freio do tambor.
a) Geral - plataforma para trabalhos em alturas ele-
vadas por estrutura provisória ou dispositivo de Bate-Estacas - equipamento de cravação de estacas
sustentação; por percussão.
b) Simplesmente Apoiado - é aquele cujo estrado
está simplesmente poiado, podendo ser xo ou Blaster - pro ssional habilitado para a atividade e
deslocar-se no sentido horizontal; operação com explosivos.
c) Em Balanço - andaime xo, suportado por viga-
mento em balanço; Borboleta de Pressão - parafuso de xação dos pai-
d) Suspenso Mecânico - é aquele cujo estrado de tra- néis dos elevadores.
balho é sustentado por travessas suspensas por ca-
bos de aço e movimentado por meio de guinchos; Botoeira - dispositivo de partida e parada de máqui-
e) Suspenso Mecânico Leve - andaime cuja estrutu- nas.
ra e dimensões permitem suportar carga total de
trabalho de 300 kgf, respeitando-se os fatores de Braçadeira - correia, faixa ou peça metálica utilizada
segurança de cada um de seus componentes; (ex- para reforçar ou prender.
cluso pela Portaria SIT 157/2006)
f) Suspenso Mecânico Pesado - andaime cuja estru- Cabo-Guia ou de Segurança - cabo ancorado à es-
tura e dimensões permitem suportar carga de tra- trutura, onde são xadas as ligações dos cintos de se-
balho de 400 kgf/m2, respeitando-se os fatores de gurança.
segurança de cada um de seus componentes; (ex-
cluso pela Portaria SIT 157/2006) Cabos de Ancoragem - cabos de aço destinados à -
g) Cadeira Suspensa (balancim) - é o equipamento xação de equipamentos, torres e outros à estrutura.
cuja estrutura e dimensões permitem a utilização
por apenas uma pessoa e o material necessário Cabos de Suspensão - cabo de aço destinado à eleva-
para realizar o serviço; ção (içamento) de materiais e equipamentos.
h) Fachadeiro - andaime metálico simplesmente
apoiado, xado à estrutura na extensão da facha- Cabos de Tração - cabos de aço destinados à movi-
da. mentação de pesos.

Anteparo - designação genérica das peças (tabiques, Caçamba - recipiente metálico para conter ou trans-
biombos, guarda-corpos, para-lamas etc.) que servem portar materiais.
para proteger ou resguardar alguém ou alguma coisa.
Calha Fechada - duto destinado a retirar materiais por
Arco Elétrico ou Voltaico - descarga elétrica produzi- gravidade.
da pela condução de corrente elétrica por meio do ar ou
outro gás, entre dois condutores separados. Calço - acessório utilizado para nivelamento de equi-
pamentos e máquinas em superfície irregular.
Área de Controle das Máquinas - posto de trabalho
do operador. Canteiro de Obra - área de trabalho xa e temporária,
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

onde se desenvolvem operações de apoio e execução de


Áreas de Vivência - áreas destinadas a suprir as uma obra.
necessidades básicas humanas de alimentação, higiene,
Caracteres Indeléveis - qualquer dígito numérico, le-
descanso, lazer, convivência e ambulatória, devendo car
tra do alfabeto ou um símbolo especial, que não se dis-
sicamente separadas das áreas laborais.
sipa, indestrutível.
Armação de Aço - conjunto de barras de aço, molda-
CAT - Comunicação de Acidente do Trabalho.
das conforme sua utilização e parte integrante do con-
creto armado.
ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, segun- CEI - Cadastro Especí co do Instituto Nacional do Se-
do as normas vigentes no sistema CONFEA/CREA. guro Social - INSS, referente à obra.

115
Cimbramento - escoramento e xação das fôrmas Cutelo Divisor - lâmina de aço que compõe o con-
para concreto armado. junto de serra circular que mantém separadas as partes
serradas da madeira.
Cinto de Segurança Tipo Paraquedista - é o que pos-
sui tiras de tórax e pernas, com ajuste e presilhas; nas Desmonte de Rocha a Fogo - retirada de rochas com
costas possui uma argola para xação de corda de sus- explosivos:
tentação.
a) Fogo - detonação de explosivo para efetuar o des-
CGC - inscrição da empresa no Cadastro Geral de monte;
Contribuintes do Ministério da Fazenda.
b) Fogacho - detonação complementar ao fogo prin-
Chave Blindada - chave elétrica protegida por uma cipal.
caixa metálica, isolando as partes condutoras de conta-
tos elétricos. Dispositivo Limitador de Curso - dispositivo destina-
do a permitir uma sobreposição segura dos montantes
Chave Elétrica de Bloqueio - é a chave interruptora da escada extensível.
de corrente.
Desmonte de Rocha a Frio - retirada manual de rocha
Chave Magnética - dispositivo com dois circuitos bá- d os locais com auxílio de equipamento mecânico.
sicos, de comando e de força, destinados a ligar e desli-
gar quaisquer circuitos elétricos, com comando local ou Doenças Ocupacionais - são aquelas decorrentes de
a distância (controle remoto). exposição a substâncias ou condições perigosas ineren-
tes a processos e atividades pro ssionais ou ocupacio-
Cinto de Segurança Abdominal - cinto de segurança nais.
com xação apenas na cintura, utilizado para limitar a
movimentação do trabalhador. Dutos Transportadores de Concreto - tubulações des-
tinadas ao transporte de concreto sob pressão.
Circuito de Derivação - circuito secundário de distri-
buição. Elementos Estruturais - elementos componentes de
estrutura (pilares, vigas, lages, etc.).
Coifa - dispositivo destinado a con nar o disco da
serra circular. Elevador de Materiais - cabine para transporte vertical
de materiais.
Coletor de Serragem - dispositivo destinado a reco-
lher e lançar em local adequado a serragem proveniente Elevador de Passageiros - cabine fechada para trans-
do corte de madeira. porte vertical de pessoas, com sistema de comando au-
tomático.
Condutor Habilitado - condutor de veículos portador
de carteira de habilitação expedida pelo órgão compe-
Elevador de Caçamba - caixa metálica utilizada no
tente.
transporte vertical de material a granel.
Conexão de Auto xação - conexão que se adapta r-
Em Balanço - sem apoio além da prumada.
memente à válvula dos pneus dos equipamentos para a
insu ação de ar.
Empurrador - dispositivo de madeira utilizado pelo
trabalhador na operação de corte de pequenos pedaços
Contrapino - pequena cavilha de ferro; de duas per-
nas, que se atravessa na ponta de um eixo ou parafuso de madeira na serra circular.
para manter no lugar porcas e arruelas.
Engastamento - xação rígida da peça à estrutura.
Contraventamento - sistema de ligação entre ele-
mentos principais de uma estrutura para aumentar a ri- EPI - Equipamento de Proteção Individual - todo dis-
gidez do conjunto. positivo de uso individual destinado a proteger a saúde e
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

a integridade física do trabalhador.


Contraventos - elemento que interliga peças estrutu-
rais das torres dos elevadores. Equipamento de Guindar - equipamentos utilizados
no transporte vertical de materiais (grua, guincho, guin-
CPN - Comitê Permanente Nacional sobre Condições daste).
e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Constru-
ção. Escada de Abrir - escada de mão constituída de duas
peças articuladas na parte superior.
CPR - Comitê Permanente Regional sobre Condições
Escada de Mão - escada com montantes interligados
e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção
por peças transversais.
(Unidade(s) da Federação).

116
Escada Extensível - escada portátil que pode ser es- Frente de Trabalho - área de trabalho móvel e tempo-
tendida em mais de um lance com segurança. rária, onde se desenvolvem operações de apoio e execu-
ção de uma obra.
Escada Fixa (tipo marinheiro) - escada de mão xada
em uma estrutura dotada de gaiola de proteção. Fumos - vapores provenientes da combustão incom-
pleta de metais.
Escora - peça de madeira ou metálica empregada no
escoramento. Gaiola Protetora - estrutura de proteção usada em
torno de escadas xas para evitar queda de pessoas. Ga-
Estabelecimento - cada uma das unidades da empre- leria - corredor coberto que permite o trânsito de pedes-
sa, funcionando em lugares diferentes. tres com segurança.

Estabilidade Garantida - entende-se como sendo a Gancho de Moitão - acessório para equipamentos de
característica relativa a estruturas, taludes, valas e esco- guindar e transportar utilizados para içar cargas.
ramentos ou outros elementos que não ofereçam risco
de colapso ou desabamento, seja por estarem garantidos Gases Con nados - são gases retidos em ambiente
por meio de estruturas dimensionadas para tal m ou com pouca ventilação.
porque apresentem rigidez decorrente da própria forma-
ção (rochas). A estabilidade garantida de uma estrutura Guia de Alinhamento - dispositivo xado na bancada
será sempre objeto de responsabilidade técnica de pro- da serra circular, destinado a orientar a direção e a largu-
ssional legalmente habilitado. ra do corte na madeira.

Estanque - propriedade do sistema de vedação que Guincheiro - operador de guincho.


não permita a entrada ou saída de líquido.
Guincho - equipamento utilizado no transporte ver-
Estaiamento - utilização de tirantes sob determinado tical de cargas ou pessoas, mediante o enrolamento do
ângulo, para xar os montantes da torre. cabo de tração no tambor.

Estrado - estrutura plana, em geral de madeira, colo- Guincho de Coluna (tipo “Velox”) - guincho xado em
cada sobre o andaime. poste ou coluna, destinado ao içamento de pequenas
cargas.
Estribo de Apoio - peça metálica, componente básico
de andaime suspenso leve que serve de apoio para seu Guindaste - veículo provido de uma lança metálica de
estrado. dimensão variada e motor com potência capaz de levan-
tar e transportar cargas pesadas.
Estronca - peça de esbarro ou escoramento com en-
costo destinado a impedir deslocamento. Grua - equipamento pesado utilizado no transporte
horizontal e vertical de materiais.
Estudo Geotécnico - são os estudos necessários à de-
nição de parâmetros do solo ou rocha, tais como son- Incombustível - material que não se in ama.
dagem, ensaios de campo ou ensaios de laboratório.
Instalações Móveis - contêineres, utilizados como:
Etapas de Execução da Obra - sequência física, alojamento, instalações sanitárias e escritórios.
cronológica, que compreende uma série de modi cações
na evolução da obra. Insu ação de Ar - transferência de ar através de tubo
de um recipiente para outro, por diferença de pressão.
Explosivo - produto que sob certas condições de tem-
peratura, choque mecânico ou ação química se decom- Intempéries - os rigores das variações atmosféricas
põe rapidamente para libertar grandes volumes de gases (temperatura, chuva, ventos e umidade).
ou calor intenso. Isolamento do Local/Acidente - delimitação física do
Ferramenta - utensílio empregado pelo trabalhador local onde ocorreu o acidente, para evitar a descaracte-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

para realização de tarefas. rização do mesmo.

Ferramenta de Fixação a Pólvora - ferramenta utiliza- Isolantes - são materiais que não conduzem corrente
da como meio de xação de pinos acionada a pólvora. elétrica, ou seja, oferecem alta resistência elétrica.

Ferramenta Pneumática - ferramenta acionada por ar Lançamento de Concreto - colocação do concreto nas
comprimido. fôrmas, manualmente ou sob pressão.

Freio Automático - dispositivo mecânico que realiza o Lançamento de Partículas - pequenos pedaços de
acionamento de parada brusca do equipamento. material sólido lançados no ambiente em consequência
de ruptura mecânica ou corte do material.

117
Lençol Freático - depósito natural de água no subso- Plataforma de Trabalho - plataforma onde cam os
lo, podendo estar ou não sob pressão. trabalhadores e materiais necessários à execução dos
serviços.
Legalmente Habilitado - pro ssional que possui habi-
litação exigida pela lei. Plataforma Principal de Proteção - plataforma de pro-
teção instalada na primeira laje.
Locais Con nados - qualquer espaço com a abertura
limitada de entrada e saída da ventilação natural. Plataforma Secundária de Proteção - plataforma de
proteção instalada de 3 (três) em 3 (três) lajes, a partir da
Material Combustível - aquele que possui ponto de plataforma principal e acima desta.
fulgor 70ºC e £ a 93,3ºC.
Plataforma Terciária de Proteção - plataforma de pro-
Material In amável - aquele que possui ponto de ful- teção instalada de 2 (duas) em 2 (duas) lajes, a partir da
gor £ a 70ºC. plataforma principal e abaixo desta.

Máquina - aparelho próprio para transmitir movi- Prancha –1. peça de madeira com largura maior que
mento ou para utilizar e pôr em ação uma fonte natural 0,20m (vinte centímetros) e espessura entre 0,04m (qua-
de energia. tro centímetros) e 0,07m (sete centímetros).

Montante - peça estrutural vertical de andaime, torres 2. plataforma móvel do elevador de materiais, onde
e escadas. são transportadas as cargas.

NR - Norma Regulamentadora. Pranchão - peça de madeira com largura e espessura


superiores às de uma prancha.
Parafuso Esticador - dispositivo utilizado no tensio-
namento do cabo de aço para o estaiamento de torre de Prisma de Iluminação e Ventilação - espaço livre den-
elevador. tro de uma edi cação em toda a sua altura e que se des-
tina a garantir a iluminação e a ventilação dos compar-
timentos.
Para-raios - conjunto composto por um terminal aé-
reo, um sistema de descida e um terminal de aterramen-
Protetor Removível - dispositivo destinado à proteção
to, com a nalidade de captar descargas elétricas atmos-
das partes móveis e de transmissão de força mecânica de
féricas e dissipá-las com segurança.
máquinas e equipamentos.
Passarela - ligação entre dois ambientes de trabalho
Protensão de Cabos - operação de aplicar tensão nos
no mesmo nível, para movimentação de trabalhadores
cabos ou os de aço usados no concreto protendido.
e materiais, construída solidamente, com piso completo,
rodapé e guarda-corpo. Prumagem - colocação de peças no sentido vertical
(linha de prumo).
Patamar - plataforma entre dois lances de uma es-
cada. Rampa - ligação entre 2 (dois) ambientes de trabalho
com diferença de nível, para movimentação de trabalha-
PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente dores e materiais, construída solidamente com piso com-
do Trabalho na Indústria da Construção. pleto, rodapé e guarda-corpo.
Perímetro da Obra - linha que delimita o contorno RTP - Regulamentos Técnicos de Procedimentos - es-
da obra. peci cam as condições mínimas exigíveis para a imple-
mentação das disposições da NR.
Pilão - peça utilizada para imprimir golpes, por gravi-
dade, força hidráulica, pneumática ou explosão. Rampa de Acesso - plano inclinado que interliga dois
Piso Resistente - piso capaz de resistir sem deforma- ambientes de trabalho.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ção ou ruptura aos esforços submetidos.


Rede de Proteção - rede de material resistente e elás-
Plataforma de Proteção - plataforma instalada no pe- tico com a nalidade de amortecer o choque da queda
rímetro da edi cação destinada a aparar materiais em do trabalhador.
queda livre.
Roldana - disco com borda canelada que gira em tor-
Plataforma de Retenção de Entulho - plataforma de no de um eixo central.
proteção com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus)
com caimento para o interior da obra, utilizada no pro- Rosca de Protensão - dispositivo de ancoragem dos
cesso de demolição. cabos de protensão.

118
Sapatilha - peça metálica utilizada para a proteção do Vias de Circulação - locais destinados à movimenta-
olhal de cabos de aço. ção de veículos, equipamentos e/ou pedestres.

Sinaleiro - pessoa responsável pela sinalização, emi- Vigas de Sustentação - vigas metálicas onde são pre-
tindo ordens por meio de sinais visuais e/ou sonoros. sos os cabos de sustentação dos andaimes móveis.

Sobrecarga - excesso de carga (peso) considerada ou Glossário Adicionado pela Portaria SIT 157/2006:
não no cálculo estrutural.
Rede de Segurança - rede suportada por uma corda
Soldagem - operações de unir ou remendar peças perimetral e outros elementos de sustentação. Panagem
metálicas com solda. - tecido da rede. Malha - série de cordas organizadas
em um modelo geométrico (quadrado ou losango) for-
Talude - inclinação ou declive nas paredes de uma es- mando uma rede. Tamanho da Malha - distância medida
cavação. entre duas sequências de nós, estando o o entre estes
pontos estendidos. Nó - cada um dos vértices dos polí-
Tambor do Guincho - dispositivo utilizado para en-
gonos que formam a malha.
rolar e desenrolar o cabo de aço de sustentação do ele-
vador.
Estrutura de Sustentação - estrutura a qual as redes
estão conectadas e que contribuem para absorção da
Tapume - divisória de isolamento.
energia cinética em caso de ações dinâmicas.
Tinta - produto de mistura de pigmento inorgânico
com tíner, terebintina e outros diluentes. In amável e ge- Corda Perimétrica - corda que passa através de cada
ralmente tóxica. malha nas bordas de uma rede e que determina as di-
mensões de uma rede de segurança.
Tirante - cabo de aço tracionado.
Cordas de Sustentação ou de Amarração - cordas uti-
Torre de Elevador - sistema metálico responsável pela lizadas para atar a corda perimétrica a um suporte ade-
sustentação do elevador. quado.

Transbordo - transferência de trabalhadores de em- 5. Norma Regulamentadora nº 35: Trabalho em


barcação para plataforma de trabalho, através de equi- Altura
pamento de guindar.
A NR-35 estabelece os requisitos mínimos e as
Transporte Semimecanizado - é aquele que utiliza, em medidas de proteção para o trabalho em altura, como
conjunto, meios mecânicos e esforços físicos do traba- o planejamento, a organização e a execução, a m de
lhador. garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores com
atividades executadas acima de dois metros do nível in-
Trava de Segurança - sistema de segurança de trava- ferior, onde haja risco de queda.
mento de máquinas e elevadores.

Trava-Queda - dispositivo automático de travamento 35.1. Objetivo e Campo de Aplicação


destinado à ligação do cinto de segurança ao cabo de 35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos
segurança. e as medidas de proteção para o trabalho em al-
tura, envolvendo o planejamento, a organização e
Válvula de Retenção - a que possui em seu interior um a execução, de forma a garantir a segurança e a
dispositivo de vedação que sirva para determinar único saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indi-
sentido de direção do uxo. retamente com esta atividade.
Veículo Precário - veículo automotor que apresente 35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade
as condições mínimas de segurança previstas pelo Códi- executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível
go Nacional de Trânsito - CONTRAN. inferior, onde haja risco de queda.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

35.1.3 Esta norma se complementa com as normas


Vergalhões de Aço - barras de aço de diferentes diâ- técnicas o ciais estabelecidas pelos Órgãos com-
metros e resistências, utilizadas como parte integrante petentes e, na ausência ou omissão dessas, com as
do concreto armado. normas internacionais aplicáveis.
35.2. Responsabilidades
Verniz - revestimento translúcido, que se aplica sobre
35.2.1 Cabe ao empregador:
uma superfície; solução resinosa em álcool ou em óleos
a) garantir a implementação das medidas de prote-
voláteis.
ção estabelecidas nesta Norma;
b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e,
Vestimenta - roupa adequada para a atividade desen-
quando aplicável, a emissão da Permissão de Tra-
volvida pelo trabalhador.
balho - PT;

119
c) desenvolver procedimento operacional para as ati- f) acidentes típicos em trabalhos em altura;
vidades rotineiras de trabalho em altura; g) condutas em situações de emergência, incluindo
d) assegurar a realização de avaliação prévia das con- noções de técnicas de resgate e de primeiros so-
dições no local do trabalho em altura, pelo estudo, corros.
planejamento e implementação das ações e das 35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve ter car-
medidas complementares de segurança aplicáveis; ga horária mínima de oito horas, conforme conteú-
e) adotar as providências necessárias para acompa- do programático de nido pelo empregador.
nhar o cumprimento das medidas de proteção es- 35.3.6 O treinamento deve ser ministrado por instru-
tabelecidas nesta Norma pelas empresas contra- tores com comprovada pro ciência no assunto,
tadas; sob a responsabilidade de pro ssional quali cado
f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas em segurança no trabalho.
sobre os riscos e as medidas de controle; 35.4. Planejamento, Organização e Execução
g) garantir que qualquer trabalho em altura só se ini- 35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado,
cie depois de adotadas as medidas de proteção organizado e executado por trabalhador capacita-
de nidas nesta Norma; do e autorizado.
h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura 35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para
quando veri car situação ou condição de risco não trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado
prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto
não seja possível; para executar essa atividade e que possua anuên-
i) estabelecer uma sistemática de autorização dos tra- cia formal da empresa.
balhadores para trabalho em altura; 35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saú-
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realiza- de dos trabalhadores que exercem atividades em
do sob supervisão, cuja forma será de nida pela altura, garantindo que:
análise de riscos de acordo com as peculiaridades a) os exames e a sistemática de avaliação sejam par-
da atividade; tes integrantes do Programa de Controle Médico
k) assegurar a organização e o arquivamento da do- de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar
cumentação prevista nesta Norma. nele consignados;
35.2.2 Cabe aos trabalhadores: b) a avaliação seja efetuada periodicamente, conside-
a) cumprir as disposições legais e regulamentares so- rando os riscos envolvidos em cada situação;
bre trabalho em altura, inclusive os procedimentos c) seja realizado exame médico voltado às patologias
expedidos pelo empregador; que poderão originar mal súbito e queda de altura,
b) colaborar com o empregador na implementação considerando também os fatores psicossociais.
das disposições contidas nesta Norma; 35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser
c) interromper suas atividades exercendo o direito consignada no atestado de saúde ocupacional do
de recusa, sempre que constatarem evidências trabalhador.
de riscos graves e iminentes para sua segurança e 35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado
saúde ou a de outras pessoas, comunicando ime- que permita conhecer a abrangência da autoriza-
diatamente o fato a seu superior hierárquico, que ção de cada trabalhador para trabalho em altura.
diligenciará as medidas cabíveis;(Dispositivo revo- 35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser ado-
gado pela Portaria n° 915/2019 - DOU 31/07/2019) tadas, de acordo com a seguinte hierarquia:
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pes- a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre
soas que possam ser afetadas por suas ações ou que existir meio alternativo de execução;
omissões no trabalho. b) medidas que eliminem o risco de queda dos traba-
35.3. Capacitação e Treinamento lhadores, na impossibilidade de execução do tra-
35.3.1 O empregador deve promover programa para balho de outra forma;
capacitação dos trabalhadores à realização de tra- c) medidas que minimizem as consequências da que-
balho em altura.(Dispositivo revogado pela Porta- da, quando o risco de queda não puder ser elimi-
ria n° 915/2019 - DOU 31/07/2019) nado.
35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para tra- 35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob
balho em altura aquele que foi submetido e apro- supervisão, cuja forma será de nida pela análise de
vado em treinamento, teórico e prático, com carga risco de acordo com as peculiaridades da ativida-
horária mínima de oito horas, cujo conteúdo pro- de.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

gramático deve, no mínimo, incluir: 35.4.4 A execução do serviço deve considerar as in-
a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em uências externas que possam alterar as condições
altura; do local de trabalho já previstas na análise de risco.
b)análise de risco e condições impeditivas; 35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de
c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e Análise de Risco.
medidas de prevenção e controle; 35.4.5.1 A Análise de Risco deve, além dos riscos ine-
d) sistemas, equipamentos e procedimentos de pro- rentes ao trabalho em altura, considerar:
teção coletiva; a) o local em que os serviços serão executados e seu
e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho entorno;
em altura: seleção, inspeção, conservação e limita- b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de
ção de uso; trabalho;

120
c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de an- 35.5.2 O sistema de proteção contra quedas deve:
coragem; a) ser adequado à tarefa a ser executada;
d) as condições meteorológicas adversas; b) ser selecionado de acordo com Análise de Risco,
e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação considerando, além dos riscos a que o trabalhador
de uso dos sistemas de proteção coletiva e indi- está exposto, os riscos adicionais;
vidual, atendendo às normas técnicas vigentes, às c) ser selecionado por pro ssional quali cado em se-
orientações dos fabricantes e aos princípios da re- gurança do trabalho;
dução do impacto e dos fatores de queda; d) ter resistência para suportar a força máxima aplicá-
f) o risco de queda de materiais e ferramentas; vel prevista quando de uma queda;
g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos e) atender às normas técnicas nacionais ou na sua
especí cos; inexistência às normas internacionais aplicáveis;
h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde f) ter todos os seus elementos compatíveis e subme-
contidos nas demais normas regulamentadoras; tidos a uma sistemática de inspeção.
i) os riscos adicionais;
35.5.3 A seleção do sistema de proteção contra que-
j) as condições impeditivas;
das deve considerar a utilização:
k) as situações de emergência e o planejamento do
a) de sistema de proteção coletiva contra quedas -
resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o
tempo da suspensão inerte do trabalhador; SPCQ;
l) a necessidade de sistema de comunicação; b) de sistema de proteção individual contra quedas -
m) a forma de supervisão. SPIQ, nas seguintes situações:
35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura b.1) na impossibilidade de adoção do SPCQ;
a análise de risco pode estar contemplada no res- b.2) sempre que o SPCQ não ofereça completa prote-
pectivo procedimento operacional. ção contra os riscos de queda;
35.4.6.1 Os procedimentos operacionais para as ativi- b.3) para atender situações de emergência.
dades rotineiras de trabalho em altura devem con- 35.5.3.1 O SPCQ deve ser projetado por pro ssional
ter, no mínimo: legalmente habilitado.
a) as diretrizes e requisitos da tarefa; 35.5.3.2 O trabalhador deve permanecer conectado
b) as orientações administrativas; ao sistema de ancoragem durante todo o período
c) o detalhamento da tarefa; de exposição ao risco de queda.
d) as medidas de controle dos riscos características à 35.5.3.3 O talabarte e o dispositivo trava-quedas de-
rotina; e)as condições impeditivas; vem estar xados acima do nível da cintura do tra-
f) os sistemas de proteção coletiva e individual ne- balhador, ajustados de modo a restringir a altura
cessários; de queda e assegurar que, em caso de ocorrência,
g) as competências e responsabilidades. minimize as chances do trabalhador colidir com
35.4.7 As atividades de trabalho em altura não roti- estrutura inferior.
neiras devem ser previamente autorizadas me- 35.5.3.4 É obrigatório o uso de absorvedor de energia
diante Permissão de Trabalho. nas seguintes situações:
35.4.7.1 Para as atividades não rotineiras as medidas a) fator de queda for maior que 1;
de controle devem ser evidenciadas na Análise de b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m.
Risco e na Permissão de Trabalho. 35.5.4 O SPIQ pode ser de restrição de movimenta-
35.4.8 A Permissão de Trabalho deve ser emitida, ção, de retenção de queda, de posicionamento no
aprovada pelo responsável pela autorização da
trabalho ou de acesso por cordas.
permissão, disponibilizada no local de execução da
35.5.5 O SPIQ é constituído dos seguintes elementos:
atividade e, ao nal, encerrada e arquivada de for-
a) sistema de ancoragem;
ma a permitir sua rastreabilidade.
35.4.8.1 A Permissão de Trabalho deve conter: b) elemento de ligação;
a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a c) equipamento de proteção individual.
execução dos trabalhos; 35.5.5.1 Os equipamentos de proteção individual de-
b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise vem ser:
de Risco; a) certi cados;
c) a relação de todos os envolvidos e suas autoriza- b) adequados para a utilização pretendida;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ções. c) utilizados considerando os limites de uso;


d) ajustados ao peso e à altura do trabalhador.
35.4.8.2 A Permissão de Trabalho deve ter validade li-
35.5.5.1.1 O fabricante e/ou o fornecedor de EPI deve
mitada à duração da atividade, restrita ao turno de
disponibilizar informações quanto ao desempenho
trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável
dos equipamentos e os limites de uso, consideran-
pela aprovação nas situações em que não ocorram
do a massa total aplicada ao sistema (trabalhador
mudanças nas condições estabelecidas ou na equi-
e equipamentos) e os demais aspectos previstos
pe de trabalho.
no item 35.5.11.
35.5 Sistemas de Proteção contra quedas.
35.5.6 Na aquisição e periodicamente devem ser efe-
35.5.1 É obrigatória a utilização de sistema de pro-
tuadas inspeções do SPIQ, recusando-se os ele-
teção contra quedas sempre que não for possível mentos que apresentem defeitos ou deformações.
evitar o trabalho em altura.

121
35.5.6.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetu- 35.5.11.1.1 O talabarte, exceto quando especi cado
ada inspeção rotineira de todos os elementos do pelo fabricante e considerando suas limitações
SPIQ. de uso, não pode ser utilizado: (Acrescentado
35.5.6.2 Devem-se registrar os resultados das inspe- pela Portaria nº 1.113/2016 - DOU 22/09/2016)
ções: a) conectado a outro talabarte, elemento de ligação
a) na aquisição; (NR)
ou extensor;
b) periódicas e rotineiras quando os elementos do
SPIQ forem recusados. b) com nós ou laços.
35.5.6.3 Os elementos do SPIQ que apresentarem de- 35.6. Emergência e Salvamento
feitos, degradação, deformações ou sofrerem im- 35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para
pactos de queda devem ser inutilizados e descar- respostas em caso de emergências para trabalho
tados, exceto quando sua restauração for prevista em altura.
em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, 35.6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou com-
em normas internacionais e de acordo com as re- posta pelos próprios trabalhadores que executam
comendações do fabricante. o trabalho em altura, em função das características
35.5.7 O SPIQ deve ser selecionado de forma que a
das atividades.
força de impacto transmitida ao trabalhador seja
de no máximo 6kN quando de uma eventual que- 35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe
da; possua os recursos necessários para as respostas
35.5.8 Os sistemas de ancoragem destinados à restri- a emergências.
ção de movimentação devem ser dimensionados 35.6.3 As ações de respostas às emergências que
para resistir às forças que possam vir a ser aplica- envolvam o trabalho em altura devem constar do
das. plano de emergência da empresa.
35.5.8.1 Havendo possibilidade de ocorrência de que- 35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das
da com diferença de nível, em conformidade com a medidas de salvamento devem estar capacitadas
análise de risco, o sistema deve ser dimensionado
a executar o resgate, prestar primeiros socorros e
como de retenção de queda.
35.5.9 No SPIQ de retenção de queda e no sistema possuir aptidão física e mental compatível com a
de acesso por cordas, o equipamento de proteção atividade a desempenhar.
individual deve ser o cinturão de segurança tipo
paraquedista.
35.5.9.1 O cinturão de segurança tipo paraquedista,
quando utilizado em retenção de queda, deve es- EXERCÍCIO COMENTADO
tar conectado pelo seu elemento de engate para
retenção de queda indicado pelo fabricante.
35.5.10 A utilização do sistema de retenção de queda 1.(SERPRO – ENGENHARIA MECÂNICA-ANALISTA –
por trava-queda deslizante guiado deve atender CESPE – 2013) Considere que uma empresa, atuante na
às recomendações do fabricante, em particular no área de projetos e execução de instalação de sistemas
que se refere: de refrigeração, possua pro ssionais de diversas áreas
a) à compatibilidade do trava-quedas deslizante guia- da engenharia, e tenha uma diretoria composta exclusi-
do com a linha de vida vertical; vamente de economistas. Com base nessas informações,
b) ao comprimento máximo dos extensores.
julgue os itens a seguir.
35.5.11 A Análise de Risco prevista nesta norma deve
considerar para o SPIQ minimamente os seguintes Por possuir engenheiros em seu quadro de funcionários,
aspectos: a empresa poderá utilizar o termo engenharia em sua
a) que o trabalhador deve permanecer conectado ao denominação.
sistema durante todo o período de exposição ao
risco de queda; ( ) CERTO ( ) ERRADO
b) distância de queda livre;
c) o fator de queda;
Resposta: Errado. Segundo o artigo 5º da Lei
d) a utilização de um elemento de ligação que garan-
5.194/1966, Só poderá ter em sua denominação as
ta um impacto de no máximo 6 kN seja transmitido
ao trabalhador quando da retenção de uma queda; palavras engenharia, arquitetura ou agronomia a r-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

e) a zona livre de queda; ma comercial ou industrial cuja diretoria for compos-


f) compatibilidade entre os elementos do SPIQ. ta, em sua maioria, de pro ssionais registrados nos
35.5.11.1 O talabarte e o dispositivo trava-quedas de- Conselhos Regionais. Assim, a empresa não pode
vem ser posicionados: utilizar do termo “engenharia” em sua denominação,
a) quando aplicável, acima da altura do elemento de visto que sua diretoria é composta apenas por eco-
engate para retenção de quedas do equipamento nomistas.
de proteção individual;
b) de modo a restringir a distância de queda livre;
c) de forma a assegurar que, em caso de ocorrência
de queda, o trabalhador não colida com estrutura
inferior.

122
2.(SERPRO – ENGENHARIA MECÂNICA-ANALISTA –
CESPE – 2013) Considere que uma empresa, atuante na
área de projetos e execução de instalação de sistemas
HORA DE PRATICAR!
de refrigeração, possua pro ssionais de diversas áreas
da engenharia, e tenha uma diretoria composta exclusi- 1. (CREA-MG – PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR-
vamente de economistas. Com base nessas informações, -DIREITO – MS CONCURSOS – 2014) Assinale a alterna-
julgue os itens a seguir. tiva em desconformidade com as disposições do Código
O funcionário dessa empresa que seja técnico de nível Civil acerca da sociedade limitada:
médio em instalações de refrigeração não poderá emitir
laudos técnicos relativos à instalação de sistemas de re- a) Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada só-
frigeração, mesmo possuindo registro em um CREA. cio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos res-
pondem solidariamente pela integralização do capital
( ) CERTO ( ) ERRADO social.
b) A designação de administradores não sócios depen-
Resposta: Certo. Na verdade a competência para re- derá de aprovação da unanimidade dos sócios, en-
alizar vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo quanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3
e parecer técnico; são atribuições dos técnicos de ní- (dois terços), no mínimo, após a integralização.
vel superior, conforme dispõe o art. 23, II, da Lei nº c) Pela exata estimação de bens conferidos ao capital so-
5.194/1966. cial respondem solidariamente todos os sócios, até o
prazo de três anos da data do registro da sociedade.
d) O uso da rma ou denominação social é privativo dos
3.(SERPRO – ENGENHARIA MECÂNICA-ANALISTA – administradores que tenham os necessários poderes.
CESPE – 2013) Ainda acerca da ART, julgue os itens que
se seguem. 2. (CREA-MG – PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR-
O falecimento do pro ssional indicado na ART é motivo -DIREITO – MS CONCURSOS – 2014) Das decisões de-
de baixa automática dessa ART pelo Consel o Regional nitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de
de Engenharia e Agronomia responsável. 8(oito) dias, é cabível para a instância superior:

( ) CERTO ( ) ERRADO a) Agravo de Petição.


b) Embargos.
Resposta: Certo. O que deve ser objeto de baixa au- c) Recurso Ordinário.
tomárica pelo CREA está disposto no artigo 19 da Lei d) Recurso de Revista.
nº 5.194/1966: Deverá ser objeto de baixa automática
pelo Crea: I – a ART que indicar pro ssional que tenha
falecido ou que teve o seu registro cancelado ou sus- 3. (CREA-MG – PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR-
penso após a anotação da responsabilidade técnica. -DIREITO – MS CONCURSOS – 2014) Atribua C para a
assertiva correta e E para a errada, depois marque a al-
ternativa que traz a sequência correta, de cima para bai-
xo, de acordo com a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de
1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor.
( ) No caso de fornecimento de produtos in natura, será
responsável perante o consumidor o fornecedor ime-
diato, exceto quando identi cado claramente seu pro-
dutor.
( ) Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que ad-
quire ou utiliza produto ou serviço como destinatário
nal. Equipara-se a consumidor a coletividade de pes-
soas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo
nas relações de consumo.
( ) Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os


entes despersonalizados, que desenvolvem atividade
de produção, montagem, criação, construção, trans-
formação, importação, exportação, distribuição ou co-
mercialização de produtos ou prestação de serviços.
( ) Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado
de consumo, mediante remuneração, inclusive as de
natureza bancária, nanceira, de crédito e securitária,
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhis-
ta.

123
( ) O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fá- 6. (CREA-MG – PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR-
cil constatação caduca em: trinta dias, tratando-se de -DIREITO – MS CONCURSOS – 2014) Os Ministros do
fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre bra-
sessenta dias, tratando-se de fornecimento de serviço sileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:
e de produtos duráveis. I – Mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco
anos de idade.
a) E, C, E, C, C. II – Idoneidade moral e reputação ilibada.
b) E, C, C, C, C. III – Notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econô-
c) C, C, C, C, C. micos e nanceiros ou de administração pública.
d) C, C, C, C, E. IV – Mais de dez anos de exercício de função ou de efe-
tiva atividade pro ssional que exija conhecimentos
4. (CREA-MG – PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR- jurídicos, contábeis, econômicos e nanceiros ou de
-DIREITO – MS CONCURSOS – 2014) Analise o texto a administração pública.
seguir e marque a alternativa que faz a a rmação correta.
O exercício da especialização de Engenheiro de Seguran- É correto o que se a rma em:
ça do Trabalho, de que trata a Lei no 7.410, de 27 de no-
vembro de 1985, será permitido exclusivamente ao: a) I, II e III, somente.
I – Engenheiro ou Arquiteto, portador de certi cado de b) II e III, somente.
conclusão de curso de especialização em Engenharia c) II, III e IV, somente.
de Segurança do Trabalho, a ser ministrado no País, d) I, II, III e IV.
em nível de pós-graduação;
II – portador de certi cado de curso de especialização em
Engenharia de Segurança do Trabalho, realizado em 7. (CREA-MG – PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR-
caráter prioritário, pelo Ministério da Educação. -DIREITO – MS CONCURSOS – 2014) Diante do que
III – possuidor de diploma de Engenheiro de Segurança dispõe a Lei nº 8.429/92 (Lei de Improbidade Administra-
do Trabalho, expedido pelo Ministério da Educação. tiva), assinale a alternativa incorreta:
IV – possuidor de registro de Supervisor de Segurança do
Trabalho, expedido pelo Ministério do Trabalho. a) Constitui crime a representação por ato de improbi-
dade contra agente público ou terceiro bene ciário,
a) São verdadeiras somente as a rmações dos itens I e III. quando o autor da denúncia o sabe inocente.
b) São verdadeiras as a rmações dos itens I, II, III e IV. b) A perda da função pública e a suspensão dos direitos
c) É verdadeira somente a a rmação do item I. políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da
d) São verdadeiras somente as a rmações dos itens I, III sentença condenatória.
e IV. c) A autoridade judicial ou administrativa competen-
te determinará o afastamento do agente público do
exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo
5. (CREA-MG – PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR- da remuneração.
-DIREITO – MS CONCURSOS – 2014) Assinale a alter- d) O Ministério Público, se não intervir no processo como
nativa incorreta acerca da ação de descumprimento de parte, atuará obrigatoriamente, como scal da lei, sob
preceito fundamental, tendo em vista o que dispõe a Lei pena de nulidade.
nº 9.882/1999:

a) A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo re- 8. (CREA-MG – PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR-
lator, quando não for o caso de arguição de descum- -DIREITO – MS CONCURSOS – 2014) De acordo com a
primento de preceito fundamental, faltar algum dos Constituição Federal do Brasil, de 1988, é de competên-
requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta. cia privativa da União legislar sobre:
b) Não será admitida arguição de descumprimento de
preceito fundamental quando houver qualquer outro I – Direito Tributário
meio e caz de sanar a lesividade. II – Direito Eleitoral
c) O Supremo Tribunal Federal, por decisão de 3/5 de III – Direito do Trabalho
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

seus membros, poderá deferir pedido de medida li- IV – Direito Penitenciário


minar na arguição de descumprimento de preceito
fundamental. Estão corretos somente os itens:
d) A decisão sobre a arguição de descumprimento de
preceito fundamental somente será tomada se pre- a) I e II.
sentes na sessão pelo menos dois terços dos Minis- b) II e III.
tros. c) I e III.
d) I, II e IV.

124
9. (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP – 11. (TRF-4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA AD-
PROCURADOR DO MUNICÍPIO – VUNESP – 2019) So- MINISTRATIVA – FCC – 2019) Ademar, ocupante de car-
bre as sanções previstas na Lei n° 8.429/92 para os atos go em comissão em empresa pública, recebia pagamen-
de improbidade administrativa, é correto a rmar: tos para não certi car o inadimplemento de entidades
conveniadas que não apresentavam prestação de contas
a) aplicam-se tão somente aos agentes públicos no exer- na forma convencionada, o que seria obrigação do servi-
cício de mandato ou servidores públicos e ocupantes dor. Com isso, as entidades em questão não eram intima-
das a devolver os recursos recebidos. Independentemen-
de emprego público na Administração Pública.
te do vínculo jurídico rmado entre a empresa pública e
b) aplicam-se aos agentes públicos no exercício de man- as entidades mencionadas,
dato ou servidores públicos e ocupantes de empre-
go público na Administração Pública, bem como, no a) o servidor público pode ser responsabilizado por ato
tocante ao setor privado, exclusivamente aos agentes administrativo que gera prejuízo ao erário, desde que
que pratiquem atos de improbidade contra o patrimô- se con rme e comprove que agiu com dolo e má-fé.
nio de entidade para cuja criação ou custeio o erário b) o empregado em questão não poderá ser responsa-
haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta bilizado por ato de improbidade, porque não possui
por cento do patrimônio ou da receita anual. vínculo estatutário com a empresa pública.
c) aplicam-se aos agentes públicos no exercício de man- c) a empresa pública não se enquadra na condição de
dato ou servidores públicos e ocupantes de empre- sujeito passivo de improbidade, porque possui gera-
go público na Administração Pública, bem como, no ção de receitas próprias e ns lucrativos, podendo a
tocante ao setor privado, aos agentes que pratiquem conduta, no entanto, tipi car ilícito penal.
d) diante do comprovado enriquecimento ilícito do ser-
atos de improbidade contra o patrimônio de entidade
vidor, que intencionalmente deixou de emitir certidão
que receba subvenção, benefício ou incentivo, scal
declarando a inadimplência das entidades, resta tipi -
ou creditício, de órgão público bem como de entidade cado ato de improbidade.
para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido e) o servidor não poderá ser processado por ato de im-
ou concorra com parcela do patrimônio ou da receita probidade que gera prejuízo ao erário, eis que des-
anual. caracterizado o enriquecimento ilícito pelo fato de os
d) aplicam-se exclusivamente em face de atos dolosos recursos não advirem do Tesouro.
cometidos pelos agentes alcançados pela lei.
e) podem ser objeto de medida judicial cuja proposição
é de competência e iniciativa exclusiva do Ministério 12. (TRF-4ª REGIÃO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIA-
DOR FEDERAL – FCC – 2019) O Diretor de um Parque
Público.
Nacional emitiu autorização para que a organização
ambientalista “A” promovesse a reunião anual de seus
10. (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP – membros no interior do Parque, utilizando-se de suas
PROCURADOR DO MUNICÍPIO – VUNESP – 2019) No instalações administrativas e das áreas abertas à visita-
ção. Sabendo do evento, a organização ambientalista “B”
que diz respeito à responsabilidade civil, decorrente de
interpôs recurso contra o deferimento da autorização,
atos de improbidade administrativa, assinale a alterna- alegando que: a) o uso era ilegal, pois incompatível com
tiva correta. o Plano de Manejo; b) ainda que fosse legal, não seria
conveniente à proteção ambiental, dado o impacto que
a) São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário a atividade causará no ecossistema do parque. Conforme
fundadas na prática de ato culposo tipi cado na Lei de dispõe a Lei de Processo Administrativo Federal, Lei n°
Improbidade Administrativa. 9.784/1999, o:
b) Prescrevem em 3 (três) anos as ações de ressarcimento
ao erário fundadas na prática de ato culposo tipi cado a) recurso não deve sequer ser apreciado, pois a organi-
na Lei de Improbidade Administrativa. zação ambientalista “B” não participa da relação jurídi-
c) Há possibilidade de ação regressiva contra o servidor ca, não tendo legitimidade para recorrer.
apenas nos casos dolosos. b) Diretor não tem competência para anular ou revogar a
d) Para a responsabilização civil decorrente de ato de im- decisão, devendo submeter imediatamente a questão
ao superior hierárquico, a quem é dirigido o recurso.
probidade administrativa, é dispensável a comprova-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

c) ato objeto do recurso somente pode ser anulado, caso


ção de efetivo prejuízo aos cofres públicos.
se constate ilegalidade; não se sujeita, porém, à revo-
e) É inadmissível a responsabilidade objetiva nos casos gação, em vista da natureza vinculada da decisão.
de improbidade administrativa, exigindo-se a presen- d) Diretor pode reconsiderar sua decisão, anulando-a ou
ça de dolo para todos os casos previstos na legislação. revogando-a, no prazo de cinco dias; se não a recon-
siderar, encaminhará o recurso à apreciação da auto-
ridade superior.
e) Diretor pode reconsiderar sua decisão, anulando-a;
mas a revisão do mérito somente pode ser realizada
pelo grau hierárquico superior, pois esgotada a com-
petência decisória discricionária.

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13. (UFRR – TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS 15. (UFRR – TÉCNICO EM TECNOLOGIA DA INFORMA-
– UFRR – 2019) Quanto à instrução do processo admi- ÇÃO – UFRR – 2019) Quanto à competência do processo
nistrativo da Administração Pública Federal, é defeso administrativo da Administração Pública Federal, é defe-
a rmar. so a rmar.

a) O interessado poderá, na fase instrutória e antes da a) Será permitida, em caráter excepcional e por motivos
relevantes devidamente justi cados, a avocação tem-
tomada da decisão, juntar documentos e pareceres,
porária de competência atribuída a órgão hierarquica-
requerer diligências e perícias, bem como aduzir ale-
mente inferior.
gações referentes à matéria objeto do processo. b) A competência é irrenunciável e se exerce pelos ór-
b) Os atos de instrução que exijam a atuação dos inte- gãos administrativos a que foi atribuída como própria,
ressados devem realizar-se do modo menos oneroso salvo os casos de delegação e avocação legalmente
para estes. admitidos.
c) Encerrada a instrução, o interessado não pode mais c) O ato de delegação é irrevogável pela autoridade de-
manifestar-se no processo administrativo. legante.
d) Quando necessária à instrução do processo, a audi- d) As decisões adotadas por delegação devem mencio-
ência de outros órgãos ou entidades administrativas nar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão
poderá ser realizada em reunião conjunta, com a par- editadas pelo delegado.
ticipação de titulares ou representantes dos órgãos e) Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não
competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser jun- houver impedimento legal, delegar parte da sua com-
tada aos autos. petência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes
não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quan-
e) Somente poderão ser recusadas, mediante decisão
do for conveniente, em razão de circunstâncias de ín-
fundamentada, as provas propostas pelos interessa-
dole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
dos quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessá-
rias ou protelatórias.

14. (UFRR – TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS


– UFRR – 2019) Em conformidade com o processo ad-
ministrativo da Administração Pública Federal, assinale a
alternativa correta.

a) Inexistindo competência legal especí ca, o processo


administrativo deverá ser iniciado perante a autorida-
de de maior grau hierárquico para decidir.
b) A autenticação de documentos exigidos em cópia
deve ser providenciada no Cartório de Notas, não po-
dendo ser feita pelo órgão administrativo.
c) O processo administrativo pode iniciar-se a pedido do
interessado, mas não de ofício.
d) Os atos administrativos independem de motivação.
e) Não podem ser objeto de delegação a edição de atos
de caráter normativo, a decisão de recursos adminis-
trativos e as matérias de competência exclusiva do ór-
gão ou autoridade.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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ANOTAÇÕES
GABARITO

________________________________________________
1 C _________________________________________________
2 C _________________________________________________
3 D _________________________________________________
4 C _________________________________________________
5 C _________________________________________________
6 D _________________________________________________
7 C _________________________________________________
8 B _________________________________________________
9 C _________________________________________________
10 D _________________________________________________
11 D _________________________________________________
12 D _________________________________________________
13 C _________________________________________________
14 E
_________________________________________________
15 C
_________________________________________________
_________________________________________________

_________________________________________________
_________________________________________________

_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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