Você está na página 1de 1

Felipe da Silva Corralo Chagas – 9D – tia 41680235.

A arbitragem no direito do trabalho.

Conforme dispõe o artigo 507-A da CLT, o qual foi incluído pela


chamada Reforma Trabalhista (lei nº 13.467/2017), os empregados de
remuneração superior a 4 vezes o teto do Regime Geral de Previdência
Social poderão pactuar cláusula compromissória de arbitragem.
Desta forma, a reforma trabalhista inovou ao permitir a arbitragem
para dissídios trabalhistas individuais. Antes da reforma trabalhista, com
base apenas no artigo 114 § 1º da Constituição Federal, a arbitragem só
era admitida no âmbito trabalhista nos dissídios coletivos.
Mesmo com a admissão da arbitragem nos dissídios individuais no
direito do trabalho, a reforma trabalhista continuou mantendo um certo
caráter de proteção ao empregado mais vulnerável (o menos remunerado
e pela lógica geral por consequência com menor formação escolar), pois
este trabalhador mais vulnerável aceitaria a cláusula sem entender bem
do que se trata e não teria as condições financeiras de arcar com eventual
arbitragem, além da impossibilidade de pleitear os seus direitos na justiça
do trabalho, caso tivesse estipulado cláusula compromissória de
arbitragem.
. Esta proteção se dá pela barreira estipulada pelo artigo 507-A, que
só permite que a cláusula compromissória de arbitragem seja pactuada
por empregados que recebem mais de 4 vezes o teto do Regime Geral da
Previdência Social, o que deixa a imensa maioria dos trabalhadores
brasileiros de fora da possibilidade da arbitragem como resolução de seus
conflitos trabalhistas.

Bibliografia:
SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. 15. ed. São Paulo:
LTr, 2019
https://www.conjur.com.br/2018-jan-23/guilherme-amaral-arbitragem-conflitos-
trabalhistas-individuais
https://jus.com.br/artigos/70596/a-arbitragem-no-ambito-do-direito-do-trabalho .

Você também pode gostar