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2009/10
1
Maria João Cabrita
REGIÕES DEMARCADAS
Parâmetros a cumprir.
1. Delimitação geográfica da área
2. Natureza do solo
3. Encepamento (castas autorizadas e recomendadas e %)
4. Práticas culturais
5. Métodos de vinificação
6. Teor alcoólico mínimo natural
7. Rendimento por hectare
8. Práticas enológicas
9.Características analíticas fisico-químicas e organolépticas
2
Regiões vitivinícolas Portuguesas
1. Minho
2. Trás-os-montes
3. Beiras
4. Estremadura
5. Ribatejo
6. Península de Setúbal
7. Alentejo
8. Algarve
9. Madeira
10. Açores
3
ALGUMAS DEFINIÇÕES
2. Vinhos doces de mesa – são os vinhos doces com teor alcoólico máximo
de 14% v/v e açucares redutores > 5g/L. São conhecidos por vinhos
adamados.
5
3. Vinhos espumantes naturais – os vinhos cuja efervescência resulta de
uma segunda fermentação alcoólica, em garrafas ou outro recipiente
fechado, produzidos pelos processos tecnológicos clássicos.
6
Denominação de Origem
7
VQPRD Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada
8
DOC Denominação de Origem Controlada
10
Vinho Regional
11
Módulo 1
3 - Definições de maturação
5 – A decisão de vindima
12
As características de um vinho dependem de:
A - uvas
B - actividade dos microrganismos
C - tecnologia
D - envelhecimento
A
A B
B
C C
D
D
13
As características das uvas são influenciadas por
variedade clima
clone precipitação
porta-enxerto humidade
solo luz solar
canópia vento
pest microclima
doenças variações sazonais
práticas viticolas
14
Os microrganismos influenciam as características dos vinhos
Saccharomyces
bactérias lácticas
flora natural das uvas
inoculo
contaminações
15
As características dos vinhos e a tecnologia
16
As características dos vinhos e o envelhecimento
tempo oxigénio
temperatura borras
madeira práticas de sanitização
pH agitação
composição do vinho evaporação
17
“terroir”
clima solo
A qualidade
do vinho
casta levedura
tecnologia
18
A maturação das uvas
19
O bago de uva
20
Handbook of Enology: The Microbiology of Wine and Vinifications
Composição dos cachos na maturação
Engaços ( 3 a 6%)
Cacho Película (8 a 20 %)
Bago (94 a 97%) Polpa ( 75 a 85%)
Graínha (0 a 6%)
21
Composição química do engaço (% peso fresco)
Água...........................................78 – 80
Oses...........................................0,5 - 1,5
Compostos fenólicos...................2 – 7
Minerais.......................................2 - 2,5
22
Composição química da película (% peso fresco)
Água.........................................................78 – 80
Antocianinas..............................................0 – 5
Minerais..................................................1,5 - 2,0
Ceras..........................................................1 – 2
Compostos do aroma.......................algumas mg
23
Composição química da graínha (% peso fresco)
Água.........................................................25 – 45
Compostos glucídicos..............................34 – 36
Compostos fenólicos.................................20 - 55
Minerais.....................................................2 – 4
Lípidos.....................................................13 - 20
24
Composição química da polpa (% peso fresco)
Água.........................................................78 – 80
Oses..........................................................10 – 25
Polissacáridos...........................................0,3 - 0,5
Compostos fenólicos...................................0,05
Minerais.................................................0,08 - 0,28
Vitaminas............................................0,025 - 0,08
Compostos do aroma.......................algumas mg
25
A maturação das uvas
26
Transformação da uva e evolução dos principais
constituintes durante a maturação
1 – Crescimento do bago
2 – Acumulação de açucares
3 – Diminuição da acidez
5 – Formação de aromas
28
Evolução dos principais ácidos orgânicos durante a maturação (mg/L)
29
Evolução dos ácidos tartárico e málico durante a maturação das uvas
90%
Ac.tartárico
Ac. málico 30
dias
A maturação das uvas
3 – definições de maturação
31
Podemos distinguir diferentes graus de maturação
32
Cadot et al - J. Agric. Food Chem., Vol. 54, No. 24, 2006
Podemos distinguir diferentes graus de maturação
Maturação fenólica
33
O problema da amostragem para o estudo da maturação
34
Índice de maturação – teor em açucar
35
A maturação das uvas
36
FACTORES QUE INFLUÊNCIAM A MATURAÇÃO DAS UVAS
Casta
Porta-enxerto
Clima
1 - Permanentes Solo
Idade da vinha
Exposição
Densidade de plantação
Temperatura
Insolação
2 - Variáveis
Ritmo de cada um deles (“millésime” ou colheita)
Humidade
37
FACTORES QUE INFLUÊNCIAM A MATURAÇÃO DAS UVAS
Forma de condução
Poda
Desfolha
3 - Modificáveis
Fertilizações
Tratamentos fitossanitários
vindima
Doenças
4 - Acidentais Acidentes meteorológicos
Pragas
38
Efeito da exposição solar nas características das uvas
39
J. Agric. Food Chem., Vol. 54, No. 18, 2006 Pereira et al.
Cabernet Sauvignon
Control,
Highly Exposed
Shaded Fruit
40
Distribuição de frequência do teor em taninos
25
20 sombra
25
10 sol
5
0
2000 4000 6000 8000 mg/L
20
sol
25
sombra
10
5
0
41
0 500 1000 1500 mg/L
Efeito da altitude da vinha nas características das uvas
42
Mateus et al., Cienc.Tecnol. Aliment. 2001, 3(2):102-110
Composição em antocianas (mg/g bago) nas películas de Touriga Nacional e
Touriga Francesa - Influência da altitude da vinha à data de vindima
43
Mateus et al., Cienc.Tecnol. Aliment. 2001, 3(2):102-110
A maturação das uvas
5 – A decisão de vindima
44
Decisão de vindima
45
açúcar
46
pH
47
ácidos
48
balanço entre açucares e acidez
brix / AT = 30 ou menos
22 brix / 0,8 AT = 27,5
49
rácio malato tartarato
sabor
taninos e antocianas
50
Opções de vindima
1 - Temperatura
2 - Vindima manual
3 - Vindima mecanizada
51
Opções de vindima
1 - Temperatura da vindima
Temperaturas baixas
menor perda de aromas
menor extracção das películas
menor actividade microbiana
Temperaturas altas
maior extracção
maior facilidade de iniciar a fermentação
52
Influência da vindima
vantagens inconvenientes
53
Opções de vindima
2 – Vindima manual
Mais lenta
Trabalho intensivo
Mais cara
Maior selecção de cachos
Cachos menos danificados
Menor rendimento
Menos material vegetal (que não uvas)
54
Opções de vindima
3 – Vindima mecânica
Rápida
Mais barata
Menos gentil para os cachos
Mistura bons e maus cachos
Mais material vegetal (que não uvas)
Bagos podem romper
Persa de sumo
Oxidações
Crescimento de microrganismos
55
Opções de vindima
56
Módulo 2
2 – Os açucares
3 - Os compostos azotados
4 - Os compostos fenólicos
5 – Os compostos aromáticos
Origem:
•Uvas
•Tecnologia
Importância:
90%
Ac.tartárico
Ac. málico 60
dias
Os ácidos provenientes dos mostos e das fermentações
C1
C2 ác. acético
• Ácidos gordos saturados
C18
Ác ceto-glutárico HOOC-CH2-CH2-CO-COOH 61
As diversas formas de acidez
63
A noção de pH
A importância do pH
maturação
problemas
Acúcares
Glucose fermentescive
Fructose is do mosto
Simples
Não fermentesciveis: Arabinose, xilose y ribose
Unidades
Ácidos urónicos estructurais das
pectinas
67
Monossacáridos ou oses simples: - molécula constituída por uma
única unidade (monómero).
68
Oligossacáridos: Sacarose, .Melobiose, Lactose
Parte
Oligósidos Oligoheterossacáridos: glucídica de
moléculas
mais
complexas
Compostos
glúcidos Terpenos
Antocianos
Paredes das
Polissacáridos
células vegetais
69
Oligossacáridos: - polímeros constituídos por 2 a 10 monossacáridos
ligados por uma ligação glicosídica.
70
Polissacáridos: - polímeros formados por um número elevado de
monossacáridos (superior a 10).
71
3 – Os compostos azotados
os aminoácidos
os péptidos
as proteínas
3. Valor alimentar
4. Características organolépticas
5. Caracterização varietal
73
Os aminoácidos livres, juntamente com o azoto amoniacal, são a principal fonte
de azoto assimilável e utilizável pelas leveduras
Estado de maturação
das uvas
teor de sais de
amónio no mosto leveduras
Estado fitossanitário
das uvas
75
Os aminoácidos como precursores dos alcoois superiores
COOH
NAD NADH2 CO2
R- CH2-OH R-C-OH C=O
R
aldeído cetoácido 76
Os aminoácidos como precursores dos esteres
COOH COOC2H5
77
As proteínas
da própria uva
Carência de N.F.A.
Problemas de fermentações
secundarias
Aumento de produtos
que se combinam com o SO2 Aumento de alcoois
e diminuição ésteres
79
As aminas biogénicas
HN
N
OH
os seres vivos
-fenetilamina
(CH 2 ) 2 NH 2
triptamina 80
As aminas biogénicas
putrescina NH2-(CH2)4-NH2
cadaverina NH2-(CH2)5-NH2
deficientes condições
sanitárias dos mostos
spermidina NH2-(CH2)4-NH-(CH2)3-NH2
ou do processo de
vinificação spermina NH2-(CH2)3-NH-(CH2)4-NH-(CH2)3-NH2
81
As aminas biogénicas
etilamina CH3-CH2-NH2
82
Aminoácido Amina
Histidina histamina
Tirosina tiramina
Fenilalanina fenetilamina
Triptofano triptamina
Serina etanolamina
Glicina metilamina
Alanina etilamina
Isoleucina isoamilamina
Lisina cadaverina
Arginina, ornitina putrescina
83
4 – Os compostos fenólicos
ANTOCIANAS
Películas
TANINOS
películas
graínhas
• Sensoriais
• São responsáveis pela cor.
• São responsáveis pela adstringência
• São responsáveis por certos sabores amargos
• São substratos de acastanhamento dos vinhos
brancos
86
Importância dos
polifenois (II)
IMPORTÂNCIA TECNOLÓGICA
São responsáveis pela maioria das alterações e reacções que ocorrem nos vinhos
•Copigmentação e copolimerizaçãp 87
Classificação dos compostos fenólicos
os flavanois
compostos flavonóides os flavonóis
(C6-C3-C6)
as antocianinas
estilbenos
88
Compostos de natureza não flavonoide
Ácidos fenólicos
ácido vanílico
ácido siríngico ligados às paredes celulares
ácido salicílico
1. derivados do o ácido gálico éster dos flavanóis
ácido benzóico
protocatéquico
o gentísico menor quantidade
p-hidroxibenzóico
livres ou combinados 89
2. derivados do ácido cinâmico
O O
CH CH C
CH CH C
OH OH
COOH
R O R=H Ác. p-cumaroiltartárico
C OH
R=OH Ác. cafeoiltartárico
HO CH CH C O C H
R=OMe Ác. ferúliltartárico
COOH
91
Compostos de natureza flavonoide
Caracterizam-se por um esqueleto C6 – C3 – C6
1 . Flavonóis
R1
R1=H R 2=H Quempferol
São compostos flavonóides
HO
OH
R1=OH R 2=H Quercetina
caracterizados pela
presença de uma
O
R2
R1=OH R 2=OH Miricetina
OH insaturação no anel
OH O
heterocíclico e um grupo
hidroxilo na posição 3
2. Flavanois
Estruturas dos 3-flavanois
OH OH OH
OH OH OH
HO O HO O
HO O OH
H
H
O C OH
OH OH
OH OH
OH OH
(+)- Catequina
(-)- Epicatequina Galato de (-)- epicatequina 92
Os flavanois encontram-se:
monomeros
polimerizados
93
3. Antocianinas
94
R1
R 1 =OH R 2 =H 3-G-Cianidina
OH
R 1 =OH R 2 =OH 3-G-Delfinidina
OH O
+
R2
R 1 =OCH 3 R 2 =H 3-G-Peonidina
O
O OH R 1 =OH R 2 =OCH 3 3-G-Petunidina
HO
OH
OH
OH R 1 =OCH 3 R 2 =OCH 3 3-G-Malvidina
Glucose
Ligação em C3 – 3-monoglucósidos
Galactose
Ramnose
Ligação em C3 e em C5 – 3,5 diglucósidos
Arabinose
OH OH
O O OH O
+
R2 +H + R2
OG OG
Em solução:
OH OH
A AH +
A – base quinonica corada
B – base hemiacetal incolor
+H 2 O
C – chalcona amarela -H + R1
R1
AH+ - catião flavilium vermelho
OH
OH
OH O
OH OH
OH
O R2
R2
OG
OG
OH
OH
B C
97
Importância enológica das procianidinas
98
O aroma do mosto e do vinho
Aroma varietal
Aroma pre-fermentativo
Aroma de fermentação
Aroma de envelhecimento
99
1. Os aromas varietais
sumo 20
polpa 12
pelicula 49
0 100
100
O aroma varietal
Devem
Aroma varietal ligado transformar-se em
Precursores de aromas livres para serem
detectados
101
o aroma varietal
Compostos terpénicos
Norisoprenoides
benzenoicos
102
Terpenos
glucósidos
Resto
Molécula glucídico
odorífera (arabinosa,
(nerol, ramnosa,
linalol, apiosa)
geraniol)
Hidrólise enzimática
ou ácida
103
CAUSAS DE VARIAÇÃO DO POTENCIAL
AROMÁTICO
Cinsaut
Cariñena
Variedade de uva
precursores
C.Sauvignon
terpenos libres
Riesling
Moscatel
7
6
5
4 terpenos
Maturação 3 precursores
2
1
0 104
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63
CAUSAS DE VARIAÇÃO DO POTENCIAL
AROMÁTICO
TECNOLOGIA
•Envelhecimento na garrafa
105
2. Os aromas pré -fermentativos
aldeídos álcoois em C6
o hexanol,
o hexanal,
o cis-2-hexenal, o cis e o trans-3-
o trans-2-hexenal hexenol trans-2-
hexenol
Álcoois
Cetonas
Ésteres Compostos de S
Aldeídos pirazinas
Ácidos gordos
107
O aroma fermentativo
Temperatura Oxigenação
Leveduras
Clarificação
Coadjuvantes de
fermentação Nutrientes
108
Álcoois
Propanol
isobutanol Butanol
2-metilpropanol 2-fenil etanol
3-metilpropanol
109
Ésteres
Butírico
Isobutírico Manteiga rançosa
Valerianico
111
Compostos carbonílos
Aldeídos Acetaldeído
Cetonas butirolactona
Compostos de S mercaptanos
(ovos podres)
112
4. Os aromas pós fermentativos
113