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Profª MSc Engª Civil Adriana de Assis Ragone Não reproduzir, Não gravar - Direitos autorias reservados – Lei 9610/98. 2
“Uma resposta aproximada para o problema certo vale muito mais do
que uma resposta exata para um problema aproximado.” (John
Wilder Tukey – Estatístico americano)
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0 - MARCO ZERO
Para a maioria das pessoas, pensar no valor de um imóvel tem-se sempre a ideia de que é feito
somando-se o preço do terreno + custo da construção. Se formos ver, eles (leigos) não estão
errados, e neste momento o que eles fazem é definir um dos Métodos de Avaliação de Imóveis,
preconizado na Norma NBR 14.653, como Método Evolutivo.
Como o próprio nome sugere, evoluímos a criação do imóvel, ou seja, à partir do terreno
acrescentamos a edificação.
Porém, para que esta condição de estabeleça de verdade, alguns pontos importantes devem ser
considerados e com isso passamos a incluir conceitos como depreciação, custo da construção, fator
de comercialização, dentre outros.
O que veremos nesta metodologia de cálculo é exatamente o que fazemos quando construímos.
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1 INTRODUÇÃO
Para escolhermos o Método Evolutivo como aquele para a determinação do valor de mercado de um
imóvel, é preciso que anteriormente a esta escolha, o Método Comparativo de Dados de Mercado
não possa ser aplicado, podendo-se então dar sequência no cálculo através de outros métodos e
neste caso trataremos do Evolutivo.
Para entendermos o Método Evolutivo, devemos nos reportar à norma de avaliações, para sua
definição:
“ A composição do valor total do imóvel avaliando pode ser obtida através da conjugação de métodos,
a partir do valor do terreno, considerados o custo de reprodução das benfeitorias devidamente
depreciado e o fator de comercialização, ou seja: “ 8.2.4 Método evolutivo: NBR 14.653:2
(1)
a) o valor do terreno seja determinado pelo método comparativo de dados de mercado ou, na
impossibilidade deste, pelo método involutivo;
b) as benfeitorias sejam apropriadas pelo método comparativo direto de custo ou pelo método da
quantificação de custo;
c) o fator de comercialização seja levado em conta, admitindo-se que pode ser maior ou menor do
que a unidade, em função da conjuntura do mercado na época da avaliação.”
Matematicamente, a equação (1) pode ser utilizada, caso seja conhecida qualquer das suas
parcelas, ou seja:
“O método evolutivo pode também ser empregado quando se deseja obter o valor do terreno ou o
custo de reedição da benfeitoria a partir do conhecimento do seu valor total, considerada a equação
em (1)” adaptado de NBR 14.653:2
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3 FORMAÇÃO DO MÉTODO EVOLUTIVO
Para a obtenção do resultado final, será utilizando o Método Evolutivo, aonde iremos agregar ao
valor do terreno obtido pelo Método Comparativo, o Valor da Benfeitoria que será estimada pelo
Método da Quantificação do Custo.
Terreno Edificação
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4 TABELA DE FUNDAMENTAÇÃO DO MÉTODO EVOLUTIVO
A tabela de fundamentação acima, remete a 2 outros métodos para que possamos estabelecer o
grau final do trabalho, assim, o conhecimento dos métodos COMPARATIVO e CUSTO são
fundamentais.
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5 MÉTODO COMPARATIVO: TRATAMENTO POR FATORES
Tabela 2 – Grau de fundamentação no caso de utilização do tratamento por fatores (NBR 14653:2)
Diferentemente da Regressão Linear, que é o método estatístico para determinação dos coeficientes
que apresentam quantitativamente a influência das variáveis no Valor do Imóvel, o método
tratamento por fatores utiliza o conceito de aplicar FATORES de redução ou aumento, de modo a
tornar as amostras semelhantes ao imóvel avaliando ( ou imóvel paradigma, conforme o caso).
Assim, diversos fatores podem sem pensados e aplicados para produzir esta semelhança, dentre
eles os mais comuns são:
FATOR DE TOPOGRAFIA
FATOR DE LOCALIZAÇÃO
FATOR DE FRENTE
FATOR DE FUNDOS
FATOR PADRÃO CONSTRUTIVO
FATOR IDADE –CONSERVAÇÃO
FATOR DE OFERTA
Dentre outros.
Os fatores devem ser justificados do ponto de vista teórico e prático, com a inclusão de validação,
quando pertinente. Devem caracterizar claramente sua validade temporal e abrangência regional e
ser revisados no prazo máximo de quatro anos ou em prazo inferior, sempre que for necessário.
Podem ser:
a) calculados e divulgados, juntamente com os estudos que lhe deram origem, pelas entidades
técnicas regionais reconhecidas, conceituadas em 3.20, bem como por universidades ou entidades
públicas com registro no sistema CONFEA/CREA, desde que os estudos sejam de autoria de
profissionais de engenharia ou arquitetura;
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b) deduzidos ou referendados pelo próprio engenheiro de avaliações, com a utilização de
metodologia científica, conforme 8.2.1.4.3, desde que a metodologia, a amostragem e os cálculos
que lhes deram origem sejam anexados ao laudo de avaliação. (fonte: NBR 14.653:2)
Tabela 3 – Grau de fundamentação no caso de utilização do tratamento por fatores (NBR 14653:2)
Podemos entender também que existem alguns entendimentos gerais sobre a participação de cada
característica do imóvel em seu preço, veja a imagem de uma publicação em que estas são
mostradas através de %
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5.2 DETERMINANDO O VALOR DOS FATORES:
108,00
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 = = 0,545 = 0,55
198,00
Alguns casos ì𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑓𝑖𝑠𝑐𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑖𝑚ó𝑣𝑒𝑙 𝑎𝑣𝑎𝑙𝑖𝑎𝑛𝑑𝑜
especiais de 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 =
fatores de
í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑓𝑖𝑠𝑐𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑒𝑠𝑞𝑢𝑖𝑠𝑎𝑑𝑜
localização
—Em lojas térreas e sobrelojas de esquina, ao endereço em si deve-
se aplicar um fator adicional, usualmente de até 1,2, por causa das frentes
do imóvel;
—Em apartamentos de fundos, aplica-se um fator de desvalorização
de 0,9 ou até maior, se os preços unitários assim o indicarem, porém, se o
apartamento de fundos dá vista para a floresta e o de frente, vista para uma
rua barulhenta, os fatores se invertem;
—Existem outros fatores possíveis e indica-se a literatura técnica que
os apresenta em profusão, levando-se em consideração que alguns são
pouco confiáveis.
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B ) FATOR DE LOCALIZAÇÃO OU TRANSPOSIÇÃO:
Destinado a adequar as diferenças de nível construtivo dos imóveis da nossa amostra ao padrão do
imóvel em avaliação.
Utiliza-se como base, de modo geral, os valores apresentados mensalmente pelo SINDUSCON-
(padrão baixo, normal e alto, podendo interpolar) aplicado apenas à parte de cada preço unitário
colhido na nossa pesquisa referente, aproximadamente, à benfeitoria.
𝟏. 𝟑𝟔𝟕, 𝟒𝟖
𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒑𝒂𝒅𝒓ã𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒓𝒖𝒕𝒊𝒗𝒐 = = 𝟎, 𝟖𝟑
𝟏. 𝟔𝟒𝟑, 𝟔𝟖
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B ) FATOR IDADE -CONSERVAÇÃO:
Destinado a adequar as diferenças entre imóveis mais velhos ou mais novos que o avaliando, ou
ainda, se está melhor conservado ou com problemas que necessitem de reformas importantes.
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B ) FATOR de TOPOGRAFIA:
Fator que procura mostrar a condição topográfica do terreno.
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Tabela 5 – valores IBAPE nacional
B ) FATOR de TESTADA:
Testadas em esquinas têm acréscimo em relação ao lote comum, assim como terrenos de pouca
profundidade e com frente maior do que a usual no local.
Pode ser utilizada a função exponencial da proporção entre a frente projetada (Fp) e a de referência
(Fr), pela seguinte expressão:
𝒇 𝟎,𝟐𝟓
𝑭𝒓 𝒇𝒑
𝑪𝒇 = 𝒇𝒇 =
𝑭𝒑 𝒇𝒂
Sendo Sendo
Fr = frente de referência ff = fator de frente
Fp = frente projetada ( da amostra) fp = frente paradigma (adotada)
E, ficando dentro dos limites Fa = frente da amostra
Fr /2 < Fp < 2 Fr
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B ) FATOR DE OFERTA:
Fator que busca refletir a diferença entre os Preços Ofertados e os Preços Transacionados.
Procura refletir a elasticidade dos preços no mercado como desconto na transação (venda).
Existe uma prática muito comum em adotar o Foferta em 10% ou seja usar 0,90. Mas sugiro cuidado
pois com a entrada da Inferência Estatística na norma de Avaliações, seria necessário fundamentar
este fator.
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5.3 SANEAMENTO DA AMOSTRA
Existem diversos métodos para eliminação de dados discrepantes (atípicos), vamos apresentar o
Critério de Chauvenet.
Para isto é preciso que a amostra tenha comportamento de Distribuição Normal ( Curva de
Gauss).
O critério de Chauvenet que consiste no cálculo do valor de (e/s) da amostragem e sua comparação
com o valor (e/s crítico) tabelado
Como o teste é específico para cada elemento, o usual é testar-se as extremidades, ou seja, o maior
e o menor elementos. Caso estes sejam inferiores ao e/s tabelado, não há necessidade de
saneamento amostral.
Fórmulas e critério:
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Pontos Críticos Tabela de Chauvenet
Identifique o(s) elemento(s) discrepante(s) para os dados da coluna Valor Total (R$)
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Como sugestão podemos usar o programa Excel, e a Análise de Dados, na opção Estatística
Descritiva, para obter a média e o desvio padrão dos elementos.
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5.4 CÁLCULO DO VALOR HOMOGENEIZADO
RESULTADO HOMOGENEIZADO
RH = q x FC x FF x FT x FP etc
O resultado é feito pela média aritmética dos resultados homogeneizados. Sendo a média uma
estimador muito sensível a dados discrepantes devemos analisar os dados e eliminar os dados
discrepantes utilizando-se o Critério de Chauvenet.
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5.5.2 DETERMINAÇÃO DO GRAU DE PRECISÃO
O enquadramento da Precisão do cálculo, pelo Método Tratamento por Fatores, utiliza a mesma
tabela de Precisão que a Regressão Linear.
Apresentamos o cálculo do intervalo de confiança de 80% conforme exigência da NBR 14653, para
avaliações.
Deste cálculo obtém-se o Grau de Precisão do trabalho, e podemos afirmar com 80% de certeza
que o Valor encontrado para o imóvel segue os padrões estruturais do Mercado e portanto pertence
ao esperado no momento da sua comercialização.
Para o cálculo, usamos o conceito de Intervalo, ou seja, todo valor estimado tem uma parcela de
erro, e este erro, é exatamente o parte que acrescida e subtraída do valor pontual estabelece os
limites do intervalo, ou seja:
Intervalo: 𝑋 − 𝐸 ≤ µ ≤ 𝑋 + 𝐸
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s
3. Obtenha a estimativa E = erro máximo E = tc
n
Intervalo: 𝑋 − 𝐸 ≤ µ ≤ 𝑋 + 𝐸
𝒈𝒍 = 𝝋 = 𝒏 − 𝟏
𝐺𝑟𝑎𝑢 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑒𝑐𝑖𝑠ã𝑜 =
𝐴𝑚𝑝𝑙𝑖𝑡𝑢𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝐼𝐶
𝑋
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5.5.3 DETERMINAÇÃO DO GRAU DE FUNDAMENTAÇÃO
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6 MÉTODO DO CUSTO
“Utilizado para identificar o custo de reedição de benfeitorias. Pode ser apropriado pelo
custo unitário básico de construção ou por orçamento, com citação das fontes consultadas.”
Neste momento é fundamental definir o que são considerados como BENFEITORIAS, de modo a
não cairmos no senso comum do deste conceito.
“ Benfeitoria: resultado de obra ou serviço realizado em um bem e que não pode ser retirado sem
destruição, fratura ou dano.” Grifo próprio.
benfeitoria útil : que aumenta ou facilita o seu uso, embora possa ser dispensável.
benfeitoria voluptuária: que visa simples deleite ou recreio, sem aumentar o uso normal do
bem.
Importante ressaltar que estas definições estão dentro da norma de avaliações e que compartilham
com o Código Civil (LEI N 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002) estes conceitos, porém, quando
utilizamos o método do custo para determinação do valor das benfeitorias, neste momento não
estamos considerando sua validade, ou seja, não estamos julgando sua utilização. Situação que
pode se tornar diferente quando de um processo judicial, por exemplo.
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço
ou das quantias que pagou:
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da
evicção;
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em
que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada,
exceto havendo dolo do adquirente.
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado
a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante.
Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão
pagas pelo alienante.
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6.1 MÉTODO PARA OBTENÇÃO DO CUSTO DO IMÓVEL
Este método trabalha com a idéia de se recriar o bem imóvel, ou seja, reproduzir as benfeitorias.
Pode ser apropriado pelo custo unitário básico de construção ou por orçamento, com citação das
fontes consultadas. (NBR).
A tabela abaixo, apresenta os 3 Graus de Fundamentação para o item 1 – Estimativa do custo direto,
que será pontuado conforme a escolha do avaliador em apresentar o custo das benfeitorias.
Etapas:
1) Vistoria
Tem como objetivo principal examinar as especificações dos materiais aplicados, para estimação do
padrão construtivo, a tipologia, o estado de conservação e a idade aparente.
Neste tópico a NBR 14.653:2 no item “8.3.1.1.2 Cálculo da área equivalente de construção”
apresenta apenas a fórmula para prédios em condomínio.
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Devemos considerar também a equivalência de áreas para as demais edificações, como imóveis
residenciais, comerciais, etc.
A referência para obtenção da área equivalente é a NBR 12.721. Nesta Norma temos os valores a
serem considerados para obter a área equivalente, de acordo com as áreas edificadas e seus
fatores.
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j) Área de serviço – residência unifamiliar padrão baixo: 0,50
A área final EQUIVALENTE ( S )será dada pela soma das áreas, consideradas na sua totalidade (ou
seja, coeficiente igual a1,00) acrescida das áreas que foram reduzidas pelos coeficientes.
𝑆 = 𝐴𝑝 + 𝐴𝑞𝑖 . 𝑃𝑖
Aqi = área diferente da área padrão ( que será multiplicada pelo coeficiente)
Pi = Coeficiente
Para obtenção do custo da construção, a NBR 14653:2 traz uma fórmula que pode ser empregada
para obter esta quantia monetária, porém é importante ressaltar que os componentes desta fórmula
serão de fato aquelas unidades que existem no imóvel, ou seja, a parcela OE (orçamento de
elevadores), por exemplo, no caso de imóvel sem elevador não será considerada (terá valor zero).
Da mesma forma, elementos não citados nesta fórmula e existentes no imóvel devem ser somados,
como por exemplo, custos com implantação de acessibilidade do imóvel, condição atualmente
exigida em vários tipos de edificações, como escolas, faculdades, bancos, etc.
Outro ponto a se considerar, é o cuidado em não somar repetidas parcelas, ou seja, se o tipo de
fundação for especial, não deve-se considerar a parcela de fundação direta, mesmo que estas
estejam apresentadas na fórmula abaixo.
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onde
C é o custo unitário de construção por metro quadrado de área equivalente de construção;
CUB é o custo unitário básico;
OE é o orçamento de elevadores;
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6.1.2 MÉTODO DA QUANTIFICAÇÃO DO CUSTO DE REPOSIÇÃO
Alguns autores consideram este método mais direto e rápido, por utilizar custos unitários como base
de tabelas de preços conhecidas e publicadas em periódicas, revistas técnicas, etc.
Neste método, obtendo-se o custo do imóvel somando aos custos indiretos, e dessa forma tendo o
imóvel como novo. A partir daí, deve-se aplicar o fator de depreciação ( também chamado de
obsolescência) para que o número obtido represente o imóvel na sua real e atual condição e
somando-se os custos indiretos
SITUAÇÃO ATUAL
DATA PRESENTE
PAGAMENTO À VISTA
Intervalo adotado
d) Eventuais: 5%
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6.1.2.1 PROCEDIMENTOS PARA O CÁLCULO
Esta taxa podendo ser inserida na composição dos custos unitários como pode ser aplicada ao final
do orçamento, sobre o custo total. Dessa forma, o preço de execução de um serviço de construção
civil (preço de venda ou valor final) é igual ao custo da obra mais a taxa de BDI.
PV = PC X ( 1 + BDI).
Como exemplo, o valor do BDI, pode ser considerando dos valores abaixo, como referência para
obras semelhantes na região:
Diversos fatores influenciam o BDI, então para cada caso é importante considerar, também:
Impostos municipais;
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B. DEPRECIAÇÃO
Não cabe considerar nestes casos imóveis em situações especiais, como Museus e alguns
Patrimônios Históricos, pois estes tem particularidades tratadas de outras formas. Veja por exemplo,
o caso do Museu Casa de Rui Barbosa, na cidade do Rio de Janeiro ( foto abaixo).
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Tabela de Ross-Heideck (*)
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Outra tabela de Ross-Heideck:
Na segunda tabela, na sua primeira coluna, temos aIDADE EM % DE VIDA, onde encontramos o
percentual de vida útil de um bem avaliando, numa escala de2%a100%, seguida pelos códigos dos
diversos estados de conservação.
Como a tabela não proporciona uma leitura direta, é necessário que conheçamos aVida Útil dos
Imóveis, estabelecida peloBureau ofInternalRevenue,para aplicarmos a regra de três simples e
descobrirmos aIDADE EM % DE VIDAdo imóvel avaliando:
EDIFÍCIOS DE
ESCRITÓRIOS
70 anos
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ESTADO DE CONSERVAÇÃO
IDADE EM
% DE VIDA
A B C D E F G H
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48,00 35,60 35,50 37,10 40,70 47,20 56,90 69,40 84,00
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100,00 100,00 100,00 100,0 100,00 100,00 100,0 100,0 100,0
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C. O CUB
O CUB/m² possui um aparato legal que é a Lei 4.591/64 e pela Norma Brasileira que estabelece a
metodologia de cálculo do CUB/m² é a ABNT NBR 12721:2006.
Projetos-
Padrão CUB NOME E DESCRIÇÃO Padrão
SINDUSCON
Residência unifamiliar padrão baixo: 1 pavto., c/ 2 dormitórios,
Baixo
sala, banheiro, cozinha e área para tanque.
Tabela 12 – Valores do R$/m2 para padrões construtivos – SINDUSCON/SP – data base JUNHO / 2020.
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Tabela 13 – Valores do R$/m2 para padrões construtivos – SINDUSCON/SP – data base JUNHO / 2019.
Tabela 14 – Valores do R$/m2 para padrões construtivos – SINDUSCON/MG – data base JUNHO / 2020.
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E. MEMÓRIA DE CÁLCULO DA AVALIAÇÃO DO IMÓVEL
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F. TABELA DE FUNDAMENTAÇÃO PARA QUANTIFICAÇÃO DO CUSTO
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H. VALOR DE MERCADO DO AVALIANDO
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