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Vicissitudes Contratuais -Direito do Trabalho II

Transmissão de Empresa -art.285.º e seguintes PP 176-192;444-447 – “Contrato de Trabalho” -João Leal Amado

Exemplo:
A empresa X que tem como titular Z, aonde trabalha A, Z e Y celebram um contrato, aonde Z
transmite X a Y.
Z- É o transmitente - que transmite a unidade económica
Y-É o adquirente - o novo titular da unidade económica

Pode se tratar de uma transmissão parcial ou total da empresa ou o estabelecimento, sendo que
também se vai aplicar a transmissão da titularidade ou da exploração da unidade económica (Ex:
trespasse, cisão, fusão, doação, concessão de exploração etc…) - (existiu alterações pela norma lei
18/2021)
 art. 285.º nº1 -por força da lei, Z ou Y, não podem excluir os trabalhadores
-Quando existe a transmissão de uma empresa transmite se um negócio, incluindo -se a
transmissão da força do trabalho (trabalhadores)
 art.285.º nº3  logo, A vai estar sujeito á vicissitude contratual – o contrato de trabalho
não se extinguirá, antes disso, o contrato vai sofrer uma modificação subjetiva, do sujeito
do empregador do contrato, sendo que o transmitente é substituído pelo adquirente.
Logo, A, trabalhador, vai passar a trabalhar para Y por força do contrato.
Existindo uma sub-rogação legal do adquirente (Y) na posição jurídica do empregador que
era originalmente de Z – efeito- Transmissão automática dos contratos dos trabalhadores
imposta por lei. -art.285.º resulta de uma diretiva 2021/23 CE.
interesses subjacentes: -salvaguarda do emprego- esta norma vem clarificar a conservação dos
contratos de trabalho; manter operacional a unidade económica operacional
-Uma empresa é transmitida, por vezes, é em virtude dos trabalhadores uma vez que estes
“trouxeram o valor” para a empresa

 art 285.º nº2 -alargamento da aplicação do regime -reversão – existe a transmissão da


empresa (Z para Y), sendo possível reverter a situação (Y para Z)
 art.285.º nº5- (conceito muito amplo). (a lei 14/2018 de 19 de março estabeleceu grandes alterações
neste número)Unidade económica-conjunto de meios organizados, com o objetivo de
prosseguir uma atividade económica, seja ela essencial ou acessório.
 A transmissão da empresa, é uma faculdade inerente á liberdade autónoma do empregador, pois
como a empresa é sua. Este pode fazer o que bem entender no sentido que este é livre para
explorar o negócio, de desistir da exploração ou de alienar a exploração - mas o trabalhador não
pode ser prejudicado:

 Art285.º nº6- Responsabilidade solidária do transmitente e do adquirente pelas dividas


laborais vencidas antes da transmissão durante 2 anos subsequentes a esta.
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Exemplo:
-Existiu uma transmissão no dia 1 de janeiro de 2022, de Z para Y
1/1/2022 1/1/2024

A Tanto pode exigir a Z como a Y A pode exigir a Y mas não a Z

O trabalhador (A) beneficia de uma garantia, pois este poderá reclamar a sua divida ao novo
empregador-adquirente (Y) (este como novo empregador tem essa obrigação) como também ao
antigo empregador-transmitente (Z), tendo 2 anos a partir da data da transmissão para reclamar
ao transmitente.
-337 nº1 ??????

Como se tem visto, o sistema legal concentra esforços na salvaguarda do emprego do trabalhador,
garantindo que a transmissão da unidade económica não implicasse na extinção do respetivo
contrato, ou seja, no processo da transmissão –o trabalhador conserva o seu emprego-ainda que a
identidade do seu empregador mudasse -em regra geral é o que acontece, o trabalhador se
preocupa em manter o seu emprego independentemente da modificação subjetiva do empregador.
-Mas nos casos em que o trabalhador não concorde com a transmissão, surge duvidas, pois este
talvez não tenha o poder de vetar ou de autorização a transmissão da empresa/estabelecimento,
visto que esta é uma faculdade empresarial inerente ao princípio da livre iniciativa
económica(ainda que, porém, no artigo 286.º- é previsto um processo de informação e consulta
pelos trabalhadores em relação a esta matéria)
Tendo sido introduzido a 1º ideia da defesa do direito á oposição, na jurisprudência do TJCE, pelo
reconhecimento deste direito no ordenamento jurídico português:
 Direito de oposição do trabalhador (Á transmissão do seu contrato e não á transmissão
da unidade económica)
O trabalhador pode não querer trabalhar para este novo empregador – neste
3modalidades do
sentido o trabalhador é protegido, em virtude da modalidade do princípio da
princípio da
liberdade que lhe permite fixar o conteúdo contratual.
liberdade:
Liberdade contratual na vertente da escolha do parceiro contratual,
-Celebração do residindo no reconhecimento da dignidade do trabalhador enquanto pessoa,
contrato; atenta a natureza duradoura, assimétrica e pessoalmente envolvente deste vínculo
- a autonomia contratual -o trabalhador não pode ser visto como de uma máquina se tratasse,
privada; como algo inevitável incluído no contexto de bens que compõem a empresa
-Fixar o conteúdo transmitida –
contratual Logo, o respeito devido á dignidade do trabalhador enquanto pessoa implica, este
pode se opor, rompendo, a ligação contratual do vínculo laboral para o adquirente.

Foi estabelecida uma diretiva em relação a esta matéria, o meio de reação, não esta consagrada
nesta, cada estado tem o seu meio de prosseguir o objetivo da diretiva: -proteger o trabalhador
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A diretiva estabelece o direito á oposição do trabalhador em relação á transmissão do seu contrato


de trabalho, mas não á transmissão da empresa: 2 opções:
-Cessação do contrato de trabalho
-Conservar o seu contrato de trabalho- no sentido em que existe uma transmissão parcial, e
este vai trabalhar com o empregador originário -verdadeiro direito de oposição.

Com a lei nº14/2018, de 19 de março, alterou se o regime jurídico aplicável á transmissão de


estabelecimento reforçando os direitos dos trabalhadores introduzindo novas formas como este
regime pode ser exercido bem como as consequências
criando uma nova norma- artigo 286.ºA

 2 Vertentes/ dimensões do direito á oposição do trabalhador:

1. Manutenção do seu contrato com o transmitente -direito de oposição


propriamente dito – artigo 286.º -A
nº1-o trabalhador pode exercer o direito de oposição á transmissão da posição do
empregador no seu contrato de trabalho:
DUPLO FUNDAMENTO:
 Se mostre suscetível a causar Prejuízo Sério ao trabalhador, por falta de
solvabilidade ou situação financeira difícil do adquirente
-Trata se de um fundamento racional, demonstrável, suscetível de prova e
contraprova – poderá ser apreciado em tribunal -em função dos dados
objetivos -que lhe permite formular um juízo de prognose sobre a transmissão
causar ou não um prejuízo sério.
OU
 A Política de organização do trabalho do adquirente não merece confiança ao
trabalhador. (ausência de confiança)
-Trata se de um sentimento, uma crença, de algo emocional e do foro
puramente interno do trabalhador (juízo subjetivo), algo insuscetível de ser
demostrado ou desmentido em tribunal- (é difícil de ser provado pelo
trabalhador ou de ser desmentido pelo empregador) não existindo
fundamentação, torna se vazio
-

2. Direito á resolução do seu contrato de trabalho -artigo 394.º nº3 alinhas a);
b) e artigo 396.º nº5
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-A substituição da posição jurídica do empregador, que decorria da transmissão da


empresa constitui, uma modificação substancial do contrato no qual habilita nos termos do
artigo 394.º nº3 -b) -o trabalhador pode resolver contrato com justa causa,

Objetiva: não dá aviso prévio


Subjetiva: tem de indemnizar -resulta do comportamento ilícito e culposo do
empregador

A escolha para quem se trabalha -não é relevante uma vez que o trabalhador está em subordinação
jurídica, prestação pessoal

Prejuízo sério

Desde 2018 ex altice


Introduz o art 286.º A 8
Divergências doutrinais:
i) Leal Amado - 2 fundamentos distintos: PS e ausência de confiança- argumentos gramatical e
racional
ii) O fundamento será sempre o Prejuízo Sério – sendo a ausência de confiança um 3.º exemplo de
PS, ao lado da falta de solvabilidade ou situação financeira difícil do adquirente
– Pedro Romano Martinez; David Carvalho Martins; Joana Vasconcelos;
6. Procedimento – obrigações do transmitente e /ou adquirente
7. Estruturas representativas dos trabalhadores *O Direito de Oposição - particularidades do seu regime
jurídico e divergências doutrinais: Vertentes ou Dimensões:
a) Manutenção do seu contrato com transmitente;- direito de oposição propriamente dito- art. 286.º A
do CT -o seu exercício inviabiliza a transmissão do contrato; - fundamentos e prazos - e se inviável da
parte do transmitente manter o trabalhador: - caduca o contrato de trabalho (art.343.º, al b) do CT) - ou,
eventualmente, posterior extinção por despedimento colectivo ou por extinção do posto de trabalho ; b)
Direito de resolução do contrato de trabalho – art . 394.º, n.º 3 al. d) e 396.º, n.º 5 do CT: -consagração
expressa como JC objectiva de resolução do Contrato de Trabalho; - com os fundamentos previstos no
art.286.º-A do CT - com direito a compensação nos termos do art.396.ºdo CT - no entanto, Leal Amado
sustenta interpretação restritiva do art. no sentido de apenas conferir compensação quando o
fundamento for o prejuízo sério (e já não quando o fundamento for a ausência de confiança…).

Jurisprudência relativamente á matéria da transmissão de empresas:


-Ac. TRP de 20.09.2021 (António Luis Carvalhão);
- Ac. TRG de 07.05.2020 (Antero Veiga)
- Ac. STJ de 11.09.2019 (Ferreira Pinto);
-Ac. TRG de 03.02.2022 (Mª Leonor Chaves de Santos Barroso)
- Ac STJ de 30.04.2019 (Júlio Gomes)- antes da Lei 14/2018..
- Ac. STJ de 03.03.2021 (Chambel Mourisco) transmissão 2021 (antes da Lei 14/2018..) caso
MEO
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Suspensão do contrato de trabalho -Art. 294.º -327.º; Art.25.º-31.- L 105/2009 de 15/09


PP. 325-338 -manual

O contrato de trabalho pode ficar durante um período- suspenso, mantém se adormecido,


tratando se na coexistência temporária da subsistência de um vínculo contratual (uma relação
contratual) com a paralisação de algum ou alguns direitos e deveres dele emergentes (Ex: não
existe a prestação do serviço por parte do trabalhador), assim dizendo, alguns efeitos emergentes
desta relação ficam suspensos e outros mantém se ativos – o contrato subsiste, não cessa/ não se
extingue.
Tem como fundamento no princípio da conservação do contrato, traduz se numa
manifestação do direito da estabilidade do emprego, visa proteger o trabalhador que esta
impossibilitado de exercer a sua prestação de trabalho durante um período de tempo,
através da garantia do “direito ao lugar “
 Redução Existe situação que não se trata de uma total suspensão, mas sim de uma parcial
suspensão (uma parte suspensa e outra ativa)

 Modalidades da suspensão:
1. Suspensão individual art.294.ºnº1; (296.º--297. º);
2. Suspensão coletiva- art.294.ºnº1 e nº2 -a) (art.298.º-316.º)
3. Suspensão consensual-art. 294.ºnº2 -b) (art.317.º-- 322.º)
4. Suspensão por decisão do trabalhador com a fundamentação na falta de
retribuição -art. 294.º nº3 (325.º -327.º) + (art.25.º a 31.º -lei 105/2009 de 14/09)

 Princípio geral da suspensão -artigo 295.º -os efeitos gerais:


 nº1
- Suspensão de poderes e deveres que pressupõe a prestação efetiva de trabalho: assiduidade;
obediência
-Direitos e deveres que não pressupõe a prestação efetiva de trabalho: o dever de lealdade nas
suas diversas manifestações: não concorrência; sigilo -mantém se atuante.
-Poderes do empregador:
-Direção- suspenso
-Disciplinar -ativo
-o dever da retribuição- vai depender do tipo de suspensão contratual em causa
n.º 2 -O tempo de suspensão conta se para efeitos de antiguidade
n. º3 a suspensão não tem efeitos no decurso do prazo de caducidade do contrato a
termo ou a antiguidade, isto é, como o contrato continuasse plenamente ativo.
Então o contrato pode acabar por cessar, mesmo que este esteja suspenso: -pode ser:
-O trabalhador pode demitir se- Demissão;
-O trabalhador ser alvo de um- Despedimento;
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-Pode ser acordado entre as partes -Revogação;


n. º4 o contrato que esta totalmente suspenso volte a estar ativo.

 Efeitos e tipos de cada modalidade:

1.Suspensão individual- art.294.º nº1


-Requisitos(cumulativos) -art.296.º:
n.º1:
1-Resulta do impedimento na esfera jurídica do trabalhador;

2-Tem de ser temporário -se for definitivo-caducidade art.296.º nº4; art.343.ºb)

3-tem de ser superior a 1 mês -se for inferior -aplica se o regime das faltas justificadas
art.296.º n.3º o contrato suspende se antes de se verificar o prazo
estabelecido, caso seja previsível que o impedimento vai ser superior a este

4-Por facto não é imputável ao trabalhador -o facto gerador do impedimento não lhe é
imputável.
Isto é, a não imputabilidade significa não voluntariedade, o impedimento
contrário á vontade do trabalhador (ainda que resulte de um comportamento
negligente e censurável) -uma consequência não desejada pelo trabalhador
Na hipótese de o facto lhe ser imputável -o contrato não se suspende –, ou seja a suspensão
depende da previsão expressa na leiart.296.º nº5
Vai ser suspendia a retribuição do trabalhador

REQUISITOS: ARTS. 296.º do CT 1- Impossibilidade do trabalhador prestar trabalho – impedimento na esfera


do trabalhador 2-Impedimento Transitório (se definitivo- caducidaden.º4) 3- Superior a 1 mês (se duração
inferior, regime das faltas) 4- Não imputabilidade - por facto não imputável ao trabalhador (o facto gerador
do impedimento não deverá ser imputável ao trabalhador. Como deve ser interpretado este último
requisito? Não imputabilidade significa não voluntariedade – o impedimento é contrário à vontade do
trabalhador (ainda que resulte de um comportamento negligente e censurável, o impedimento é uma
consequência não desejada pelo trabalhador. (Exs.) Na hipótese de o facto ser imputável ao trabalhador, em
princípio, o contrato não se suspenderá. A suspensão depende de previsão expressa na lei, só ocorrerá nos
casos previstos na lei – art.296.º, n.º 5 do CT II. EFEITOS NO CONTRATO de TRAB (particularidades)
a)Obrigação de retribuição b) O direito a férias * III. A CESSAÇÃO DO IMPEDIMENTO – art.297.º do C
IV. ALGUMAS QUESTÕES CONTROVERSAS: 1. O cumprimento do serviço militar 2. A prisão do trabalhador -
resulta de medida de coacção de prisão preventiva; -cumprimento de pena de prisão ao abrigo de sentença
condenatória: (doutrina diverge) 3. impedimento definitivo- não necessariamente eterno ou irreversível –
Conceito jurídico e não naturalístico (Hip. De 4 anos como limite – esse o limite do cont a termo incerto) *b)
EFEITOS DA SUSPENSÃO NO DIREITO A FÉRIAS A.Regra Geral O impedimento inicia-se e cessa no mesmo
ano: não afectará, havendo uma remarcação das férias (Art.237.º,n.2 e art. 244.º, n.º 1 e 2do CT) B.
Situações especiais: O impedimento inicia-se num ano e cessa num ano subsequente. Terá que distinguir-se:
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a) as férias a gozar no ano do inicio do impedimento; art.244º, n.º 3 CT b) as férias a gozar no ano da
cessação do impedimento ; art.239.º, n.º6 (+n.ºs 1 e2) CT (Se o trabalhador não chega a regressar – hipótese
em que à suspensão segue-se a cessação do contrato de trabalho – Art.245.º, n.º4 do CT

Contrato individual -art.294 nº1

Suspensão coletiva -artigo 294.º nº1 e nº2 a)


-Efeitos gerais -artigo 295.º
-É do impedimento da prestação e trabalho que resulta na esfera jurídica do empregador
Tanto pode resultar de:
-Uma impossibilidade temporária de este receber a prestação de trabalho-artigo 294.º nº1
-Ou porque se mostre necessário para assegurar a viabilidade da empresa, uma manutenção
dos postos de trabalho- em situações de crise -artigo 294.º nº2 a)
 2 situações/ modalidades para o impedimento por facto respeitante do empregador:

1. Situação de crise empresarial -artigo 298.º -308.º


Exemplo: LAW OFF (medida excecional do Covid -19)
Esta situação pode levar á:
1-Redução do PNT-É chamada da redução de trabalho -uma suspensão parcial – Modalidade
de Lay-off não suspensiva: n.º2 do art. 298.º
Medida da Redução do PNT:
interrupção da atividade por um ou mais períodos normais de trabalho, diários ou
semanais, podendo abranger diferentes grupos de trabalhadores, rotativamente;
 diminuição do número de horas do período normal de trabalho, diário ou
semanal.
Pagamento em caso de REDUÇÃO DO PNT (n.º 2 do art.305.ª):
Durante a redução,
- a retribuição do trabalhador é calculada na proporção das horas de trabalho
prestadas¸
- Podendo ser cumulável com compensação retributiva nos exatos termos do n.º 3
deste art.305.º CT

2-Suspensão do contrato de trabalho -O contrato pode ser suspenso, não é quando o


empregador quer tem de ser respeitado nos termos: artigo 298.º -REQUESITOS:
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 Por motivos de mercado, estruturais, ou tecnológicos, catástrofes que


afetem gravemente a atividade normal da empresa

+
 e tal medida revela-se indispensável para assegurar a viabilidade da
empresa e a manutenção dos postos de trabalho

LIMITE do artigo 298. - Aº

Procedimento para que em caso se realiza uma suspensão ou uma redução -artigo 299.º a
302.º:
Tem de existir uma fase das comunicações á estruturas representativas aos trabalhadores em
caso de não existir, a cada trabalhador (este que num prazo de 5 dias posterior á receção podem
designar entre eles uma comissão). Artigo 299.º nº1 e nº3- caso não seja feito, constitui uma
violação -nº5
Juntamente com a comunicação deve se disponibilizar documentos em que se demostra a
alegada crise empresarial – artigo 299.º nº2-iniciado a fase de informação, e de negociação entre
as partes com vista em um acordo relativamente a matéria- artigo 300.º- envio da ata de
negociação

Quando se inicia o regime de LAW OFF???- A redução / suspensão pode iniciar se:
-Após o decurso de 5 dias sobre a data da comunicação por escrito a cada trabalhador da
medida -artigo 300.º nº1, ou;
-Imediatamente (se tiver havido acordo com os trabalhadores ou seus representantes).
Artigo 301.º nº2
Logo, a suspensão do contrato pode resultar do acordo com a estrutura representativa dos
trabalhadores, ou ser unilateralmente decidida pelo empregador --É uma decisão do empregador
não dependendo de qualquer autorização administrativa.
A duração da suspensão tem de ser previamente definida, não superior a 6 meses – nº1 do
artigo 301.º- prazo do qual pode ser prorrogado para mais 6 meses-artigo 301.º nº3 – desde que o
empregador, comunique a sua intenção de forma bem fundamentada.
Direitos e obrigações das partes:

 Direitos do trabalhadores e obrigações:


Têm direito a receber uma compensação retributiva mensal da entidade empregadora =2/3
retribuição normal ilíquida, (art. 305.º, n.º1, al. a) e n.º3
-Com garantia de um valor mínimo =RMMG - €705
-E um valor máximo = a 3 x RMMG - 2115€
A compensação é paga pela entidade empregadora, mas suportada: (n.º4):
- 30% pela entidade empregadora
- 70% pela Segurança Social
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(Redução dos custos salariais)


 Mantêm o direito às regalias sociais e às prestações de Segurança Social - (art. 305.º, n.º1,
al. b) do CT);
Podem exercer outra atividade remunerada fora da empresa em conjunto. Porém, é possível
descontar na compensação retributiva e tem de se fazer a comunicação obrigatória ao
empregador – (art. 304.º,n.º1, al.b) e n.º 2
 Recebem o subsídio de Natal por inteiro, que é pago pela entidade empregadora
(a Segurança Social comparticipa a entidade empregadora com um valor igual a 50% da
compensação retributiva) – art.306.º
Eventual acesso a Formação Profissional – pagamento de 30% do IAS (443,20€ x 0,3 =
132.96€) pelo IEFP a acrescer à compensação retributiva – arts. 302º e 305º, n.º 5
 Obrigações do empregador -art303.º nº1
Pagar pontualmente a compensação retributiva
 Pagar pontualmente as contribuições para a SS
Não distribuir lucros
Não aumentar a retribuição ou (…) a membros dos corpos sociais
 Não proceder a admissão ou a renovação de contratos para preencher o posto de trabalho
suscetível de ser assegurado por trabalhador que esteja em situação de redução /suspensão
(n.º 2) - O empregador não pode fazer cessar o contrato de trabalhador abrangido por tal
medida:
- quer durante esse período,
-quer nos 30/60 dias subsequentes (consoante dure <=/> a 6 meses), com exceção da
cessação
-de comissão serviço;
-de contrato de trabalho a termo;
- Despedimento por facto imputável ao trabalhador.
Sob pena de sanção do n.º 3 do art.303.º

2.Situações de encerramento e diminuição temporários da


atividade de empresa ou estabelecimento. -Artigo 309.º 316.º
O trabalhador tem direito a:
-Sendo devido a caso fortuito ou de força maior, 75 % da retribuição;
-Sendo devido a facto imputável ao empregador ou por motivo de interesse deste,
a totalidade da retribuição.
Ao valor da retribuição deduz-se o que o trabalhador receba no período em causa por outra
atividade que tenha passado a exercer por efeito do encerramento ou diminuição de atividade.
Procedimento no caso de encerramento por facto imputável ao trabalhador:
1. Procedimento art. 311.º
2. Caução art. 312.º
3. Atos proibidos art. 313.º
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.4. Anulabilidade de ato de disposição art. 314.º


5.Responsabilidade penal art. 316.º
 Regime extensível ao encerramento definitivo da empresa (por
despedimento coletivo ou no caso de 346.º, n. 4) -artigo 315

Suspensão consensual-art. 294.ºnº2 -b) (art.317.º-- 322.º)


-A suspensão resulta de um mútuo acordo entre as partes, o trabalhador e o empregador. trata se
do caso, em princípio da licença sem vencimento, bem como chamada a pré-reforma
Pode ser concedida:
-artigo 317.º nº1nº2 o trabalhador tem direito a licença sem vencimento para a formação
ou para a frequência de um curso-nº4 – com os efeitos previsto do artigo 295.º
-Artigo 318.º por acordo entre o empregador e o trabalhador com idade igual ou superior a
55anos – tem direito a receber do empregador uma prestação pecuniária –a pré-reforma
Este acordo tem de estar reduzido a forma escrita- artigo 319.º - devendo conter entre outras
indicações a do montante da prestação da pré-reforma – esta que não deve ser inferior a 25 % da
retribuição do trabalhador na data do acordo -320.º -se não pagara pontualmente, o trabalhador
poderá retornar a pleno exercício de funções -321.º
Cessação da pré-reforma -322.º

Suspensão por decisão do trabalhador com a fundamentação na falta de


retribuição -art. 294.º nº3 (325.º -327.º) + (art.25.º a 31.º -lei 105/2009 de 14/09)
Artigo 323.ºnº3 -a falta da retribuição confere ao trabalhador a faculdade de suspender ou fazer
cessar o contrato 325.º nº1 -o trabalhador pode se recusar a prestar trabalho por vista do atraso
de pagamento da retribuição
Na falta do pagamento – a obrigação do empregador de este não cumprir resulta juros mora
decorrentes deste incumprimento.
O trabalhador não pode imediatamente recusar se á prestação de trabalho-nos termos do artigo
325.º -depois de 15 dias da falta de retribuição, o trabalhador tem de comunicar a suspensão sob
forma escrita ao empregador, e ao SIMRAL-com antecedência de 8 dias
 No qual demora 3 semanas para a suspensão do contrato
Possíveis efeitos :
Nº1 do artigo 324.º -> 313 – a articulação destes 2 regimes – na falta de pagamento, e que se
avizinhe uma possível situação difícil- de insolvência – a LEI pode acautelar – caso o empregador
venda o estabelecimento ou os bens imoveis correspondentes á empresa-os trabalhadores
podem alegar a ilegalidade do ato e assim anular -nº2 314.º
Este tipo de suspensão -trata se de um regime especial de exceção ao não cumprimento do
contrato – ou seja trata se de uma resposta por parte do trabalhador á falta de cumprimento do
empregador -um meio puramente defensivo
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Durante a suspensão mantem se os direitos e deveres e garantias das partes na medida em que não
pressuponham a efetiva prestação de trabalho -326.º
A suspensão pode cessar por qualquer uma das partes-nos termos previstos 327.º:
Ou o trabalhador terá de limitar se 1.º a adormecer o contrato, e mais tarde se mantendo a falta
de pagamento (isto é a retribuição + os juros mora ) ele poderá matar o vinculo contratual,
resolvendo o contrato por justa causa -394.º -mas o CT vem dificultar estes meios uma vez que o
prazo para a resolução do contrato esgotar se á rapidamente – ao parece após 90 dias de mora
patronal – como resultado do conjugado no dispostos nº1 e nº2 do artigo 395.º

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