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Transmissão de Empresa -art.285.º e seguintes PP 176-192;444-447 – “Contrato de Trabalho” -João Leal Amado
Exemplo:
A empresa X que tem como titular Z, aonde trabalha A, Z e Y celebram um contrato, aonde Z
transmite X a Y.
Z- É o transmitente - que transmite a unidade económica
Y-É o adquirente - o novo titular da unidade económica
Pode se tratar de uma transmissão parcial ou total da empresa ou o estabelecimento, sendo que
também se vai aplicar a transmissão da titularidade ou da exploração da unidade económica (Ex:
trespasse, cisão, fusão, doação, concessão de exploração etc…) - (existiu alterações pela norma lei
18/2021)
art. 285.º nº1 -por força da lei, Z ou Y, não podem excluir os trabalhadores
-Quando existe a transmissão de uma empresa transmite se um negócio, incluindo -se a
transmissão da força do trabalho (trabalhadores)
art.285.º nº3 logo, A vai estar sujeito á vicissitude contratual – o contrato de trabalho
não se extinguirá, antes disso, o contrato vai sofrer uma modificação subjetiva, do sujeito
do empregador do contrato, sendo que o transmitente é substituído pelo adquirente.
Logo, A, trabalhador, vai passar a trabalhar para Y por força do contrato.
Existindo uma sub-rogação legal do adquirente (Y) na posição jurídica do empregador que
era originalmente de Z – efeito- Transmissão automática dos contratos dos trabalhadores
imposta por lei. -art.285.º resulta de uma diretiva 2021/23 CE.
interesses subjacentes: -salvaguarda do emprego- esta norma vem clarificar a conservação dos
contratos de trabalho; manter operacional a unidade económica operacional
-Uma empresa é transmitida, por vezes, é em virtude dos trabalhadores uma vez que estes
“trouxeram o valor” para a empresa
Exemplo:
-Existiu uma transmissão no dia 1 de janeiro de 2022, de Z para Y
1/1/2022 1/1/2024
O trabalhador (A) beneficia de uma garantia, pois este poderá reclamar a sua divida ao novo
empregador-adquirente (Y) (este como novo empregador tem essa obrigação) como também ao
antigo empregador-transmitente (Z), tendo 2 anos a partir da data da transmissão para reclamar
ao transmitente.
-337 nº1 ??????
Como se tem visto, o sistema legal concentra esforços na salvaguarda do emprego do trabalhador,
garantindo que a transmissão da unidade económica não implicasse na extinção do respetivo
contrato, ou seja, no processo da transmissão –o trabalhador conserva o seu emprego-ainda que a
identidade do seu empregador mudasse -em regra geral é o que acontece, o trabalhador se
preocupa em manter o seu emprego independentemente da modificação subjetiva do empregador.
-Mas nos casos em que o trabalhador não concorde com a transmissão, surge duvidas, pois este
talvez não tenha o poder de vetar ou de autorização a transmissão da empresa/estabelecimento,
visto que esta é uma faculdade empresarial inerente ao princípio da livre iniciativa
económica(ainda que, porém, no artigo 286.º- é previsto um processo de informação e consulta
pelos trabalhadores em relação a esta matéria)
Tendo sido introduzido a 1º ideia da defesa do direito á oposição, na jurisprudência do TJCE, pelo
reconhecimento deste direito no ordenamento jurídico português:
Direito de oposição do trabalhador (Á transmissão do seu contrato e não á transmissão
da unidade económica)
O trabalhador pode não querer trabalhar para este novo empregador – neste
3modalidades do
sentido o trabalhador é protegido, em virtude da modalidade do princípio da
princípio da
liberdade que lhe permite fixar o conteúdo contratual.
liberdade:
Liberdade contratual na vertente da escolha do parceiro contratual,
-Celebração do residindo no reconhecimento da dignidade do trabalhador enquanto pessoa,
contrato; atenta a natureza duradoura, assimétrica e pessoalmente envolvente deste vínculo
- a autonomia contratual -o trabalhador não pode ser visto como de uma máquina se tratasse,
privada; como algo inevitável incluído no contexto de bens que compõem a empresa
-Fixar o conteúdo transmitida –
contratual Logo, o respeito devido á dignidade do trabalhador enquanto pessoa implica, este
pode se opor, rompendo, a ligação contratual do vínculo laboral para o adquirente.
Foi estabelecida uma diretiva em relação a esta matéria, o meio de reação, não esta consagrada
nesta, cada estado tem o seu meio de prosseguir o objetivo da diretiva: -proteger o trabalhador
Vicissitudes Contratuais -Direito do Trabalho II
2. Direito á resolução do seu contrato de trabalho -artigo 394.º nº3 alinhas a);
b) e artigo 396.º nº5
Vicissitudes Contratuais -Direito do Trabalho II
A escolha para quem se trabalha -não é relevante uma vez que o trabalhador está em subordinação
jurídica, prestação pessoal
Prejuízo sério
Modalidades da suspensão:
1. Suspensão individual art.294.ºnº1; (296.º--297. º);
2. Suspensão coletiva- art.294.ºnº1 e nº2 -a) (art.298.º-316.º)
3. Suspensão consensual-art. 294.ºnº2 -b) (art.317.º-- 322.º)
4. Suspensão por decisão do trabalhador com a fundamentação na falta de
retribuição -art. 294.º nº3 (325.º -327.º) + (art.25.º a 31.º -lei 105/2009 de 14/09)
3-tem de ser superior a 1 mês -se for inferior -aplica se o regime das faltas justificadas
art.296.º n.3º o contrato suspende se antes de se verificar o prazo
estabelecido, caso seja previsível que o impedimento vai ser superior a este
4-Por facto não é imputável ao trabalhador -o facto gerador do impedimento não lhe é
imputável.
Isto é, a não imputabilidade significa não voluntariedade, o impedimento
contrário á vontade do trabalhador (ainda que resulte de um comportamento
negligente e censurável) -uma consequência não desejada pelo trabalhador
Na hipótese de o facto lhe ser imputável -o contrato não se suspende –, ou seja a suspensão
depende da previsão expressa na leiart.296.º nº5
Vai ser suspendia a retribuição do trabalhador
a) as férias a gozar no ano do inicio do impedimento; art.244º, n.º 3 CT b) as férias a gozar no ano da
cessação do impedimento ; art.239.º, n.º6 (+n.ºs 1 e2) CT (Se o trabalhador não chega a regressar – hipótese
em que à suspensão segue-se a cessação do contrato de trabalho – Art.245.º, n.º4 do CT
+
e tal medida revela-se indispensável para assegurar a viabilidade da
empresa e a manutenção dos postos de trabalho
Procedimento para que em caso se realiza uma suspensão ou uma redução -artigo 299.º a
302.º:
Tem de existir uma fase das comunicações á estruturas representativas aos trabalhadores em
caso de não existir, a cada trabalhador (este que num prazo de 5 dias posterior á receção podem
designar entre eles uma comissão). Artigo 299.º nº1 e nº3- caso não seja feito, constitui uma
violação -nº5
Juntamente com a comunicação deve se disponibilizar documentos em que se demostra a
alegada crise empresarial – artigo 299.º nº2-iniciado a fase de informação, e de negociação entre
as partes com vista em um acordo relativamente a matéria- artigo 300.º- envio da ata de
negociação
Quando se inicia o regime de LAW OFF???- A redução / suspensão pode iniciar se:
-Após o decurso de 5 dias sobre a data da comunicação por escrito a cada trabalhador da
medida -artigo 300.º nº1, ou;
-Imediatamente (se tiver havido acordo com os trabalhadores ou seus representantes).
Artigo 301.º nº2
Logo, a suspensão do contrato pode resultar do acordo com a estrutura representativa dos
trabalhadores, ou ser unilateralmente decidida pelo empregador --É uma decisão do empregador
não dependendo de qualquer autorização administrativa.
A duração da suspensão tem de ser previamente definida, não superior a 6 meses – nº1 do
artigo 301.º- prazo do qual pode ser prorrogado para mais 6 meses-artigo 301.º nº3 – desde que o
empregador, comunique a sua intenção de forma bem fundamentada.
Direitos e obrigações das partes:
Durante a suspensão mantem se os direitos e deveres e garantias das partes na medida em que não
pressuponham a efetiva prestação de trabalho -326.º
A suspensão pode cessar por qualquer uma das partes-nos termos previstos 327.º:
Ou o trabalhador terá de limitar se 1.º a adormecer o contrato, e mais tarde se mantendo a falta
de pagamento (isto é a retribuição + os juros mora ) ele poderá matar o vinculo contratual,
resolvendo o contrato por justa causa -394.º -mas o CT vem dificultar estes meios uma vez que o
prazo para a resolução do contrato esgotar se á rapidamente – ao parece após 90 dias de mora
patronal – como resultado do conjugado no dispostos nº1 e nº2 do artigo 395.º