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“A função social da escola é o desenvolvimento das potencialidades físicas, cognitivas e

efectivas de indivíduo, capacitando-o a tornar um cidadão participativo na sociedade em


que vive”.

Afirmando o trecho acima, de acordo com o Manual da UCM das Práticas Pedagógicas, a escola
desempenha um papel social na vida das comunidades. Muitas vezes este papel é atribuído ao
Estado, como entidade macro da organização social, para este gerir as necessidades educativas
dos cidadãos.
Libâneo (2003), na sua exposição sobre a gestão da escola escreve:

Há pelo menos duas maneiras de ver a gestão centrada na escola.


Conforme o ideário neoliberal, colocar a escola como centro das políticas
significa liberar boa parte das responsabilidades do Estado, dentro da
lógica do mercado, deixando às comnidades e às escolas a iniciativa de
planejar, organizar e avaliar os serviços educacionais. Na perspectiva
sócio-crítica significa valorizar as acções concretas dos profissionais na
escola, decorrente de sua iniciativa, de seus interesses, de suas
interacções (autonomia e participação) em funçaão dpo interesse público
dos serviços educacionais prestados (…), (p. 20).

Isto quer dizer que, uma escola com fins discriminatórios não pode melhorar as vidas das pessoas,
as relações sociais justas e inscritas no quadro da participação e inclusão das massas populares.
O valor emancipatório que a escola pretende tomar e apregoado por quase todas as instituições
de ensino, pode ter a sua expressão significativa quando assente sob uma base organizacional
que reconhece a cultura oraganizacional que é assumida por todos os actores que a integram.
Uma das formas de abrandamento das diferenças culturais dos actores da cominudade escolar é a
participação responsável dos professores na gestão do currículo.

Tal participação veicula aprendizagens e várias nestes profissionais de ensino, como algumas
apontadas por Líbâneo (2003), “ tomar decisões colectivamente, formular o projecto pedagógico,
dividir com os colegas as preocupações, desenvolver o espírito de solidariedade, assumir
colectivamente a responsabilidade pela escola, investir no desenvolvimento profissional”, (p.
23).
Desta forma, é preciso conceptualizar a escola como o espaço em que os actores apreendem
(principalmente alunos e professores) a construir a sua identidade profissional e académica
paulatinamente num espírito de colaboração profissional.
Numa outra perspectiva e sob o leque de construção colaborativa do conhecimento, podem
reflectir-se na sala de aula um clima descontraído facilitador do processo de
ensino/aprendizagem, em que a logística das relações interpessoais e humanas é assumida e
assegurada equitativamente, fomentando um ambiente de confiança mútua.
Sob este olhar, importa avaliar o papel e as funções que os membros da direcção da escola
desempenham para a consecução dos objectivos fixados. Importa também perceber os diferentes
papéis que o director pode assumir no seu relacionamento com os professores e os restantes
funcionários da escola, papel este que pode ser constrangedor se não for observada a questão da
liderança.

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