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Desistência voluntária, arrependimento eficaz e arrependimento posterior

 Desistência voluntária – o agente pode continuar a atividade, pode completar os


atos executórios e consumar o crime pretendido, mas opta por não fazê-lo, de
maneira voluntária. É importante apontar o seguinte: ele não exaure os meios
para consumar o crime. Sua desistência – voluntária, não provocada por
qualquer fator exterior – ocorre durante a execução, antes da consumação. No
caso do homicídio, ocorre antes do agente exaurir todos os meios. Ele desiste
durante a execução. Responde pelos atos praticados, mas não pela tentativa, pois
só se configura a tentativa com a interrupção involuntária e externa.
 O arrependimento eficaz ocorre depois da execução e depois do que seria a
consumação, tendo o agente exaurido os meios dos quais dispunha e optando por
reverter seus atos, de maneira a restabelecer o estado de naturalidade das coisas,
agindo para tanto. Seria a prestação de socorro na tentativa de homicídio. Assim
como na desistência voluntária, se responde somente pelos atos praticados. Não
se fala em tentativa, pois não há elemento externo que impeça o ato do agente.
 Arrependimento posterior – se aplica somente em crimes sem violência ou grave
ameaça. Ocorre entre a consumação e o recebimento de denúncia ou queixa. É
quando o agente repara o dano ou restitui a coisa voluntariamente, reduzindo a
pena de um a dois terços. É cabível o arrependimento posterior quando a
violência é notadamente culposa. Caso a reparação do dano ou restituição da
coisa se deem depois de recebida queixa ou denúncia, configurará somente
atenuante genérica.

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