Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ramos Manuel
Universidade Rovuma
Nampula
2023
Gracinda Tiago
Ramos Manuel
Universidade Rovuma
Nampula
2023
ii
Índice
Introdução...................................................................................................................................4
1. Noção de auto-eficácia............................................................................................................5
5. Conclusão..............................................................................................................................12
6. Referências bibliográficas.....................................................................................................13
iii
iv
Introdução
Assim, é importante reconhecer que, actualmente, vivemos numa época dominada pelas
organizações. Se quisermos obter sucesso na vida somos, de algum modo, forçados a
participar delas. São poucos os grupos de profissionais que conseguem sucesso individual,
como médicos, advogados e escritores. Normalmente as organizações, sejam elas públicas,
privadas, educativas, recreativas, religiosas ou filantrópicas, começam em pequenas e tendem
a evoluir para médias, grandes, tornam-se conglomerados nacionais ou empresas
multinacionais. Entretanto, já em 1938 Chester Barnard anunciava que as organizações bem
sucedidas são a excepção, não a regra. Esses fracassos são frequentemente atribuídos à
perversidade da natureza humana e ao egoísmo, ou, mais especificamente, a defeitos de
estrutura ou fraca administração.
5
1. Noção de auto-eficácia
Segundo Pajares e Olaz (2008), “Auto-eficácia é o conceito da Teoria Social Cognitiva que
trata da capacidade da própria pessoa se organizar e executar acções para atingir metas”
(p.21). Como se pode perceber, o conceito de auto-eficácia foi desenvolvido pela Teoria
Social Cognitiva, na qual a auto-eficácia é entendida como factor determinante no
comportamento que o individuo terá em relação a alguma situação. Ela influencia
directamente na capacidade da agência humana, na qual o individuo escolhe o modo de agir,
influenciando o próprio funcionamento e as circunstâncias de sua vida.
6
O processo afectivo, por sua vez, afecta o volume de estresse e de depressão que as pessoas
experimentam em situações difíceis ou ameaçadoras, bem como seu nível motivacional. E,
por último, o processo de escolha, no qual as pessoas evitam as situações em que acreditam
exceder os seus recursos, mas se comprometem com actividades desafiadoras e escolhem
situações com as quais se julgam capazes de lidar (Boruchovitch e Bzuneck, 2009, p.52).
A outra forma de fortalecer as crenças de auto-eficácia são as experiências vicárias, que são
fornecidas por modelos sociais. Ao observar as atitudes dos outros, o individuo baseia-se
numa avaliação entre as características do modelo e as suas. Assim, observando as
consequências daquela acção, sendo positivas ou negativas, pode vir a adoptar aquele
comportamento, caso haja uma identificação com o modelo, tendo-o como referência.
Para desenvolver a auto-eficácia, o individuo deve: descobrir os seus pontos fracos, ter um
exemplo para seguir, fazer uma lista das suas metas e objectivos, tomar cuidado com as
crenças negativas, aprender a gostar de desafios, acreditar em si mesmo, ter capacidade para
tomar decisões, trabalhar a sua inteligência emocional, conhecer-se, pensar positivo e
valorizar e valorizar seus aprendizados, ser resiliente, ter flexibilidade e versatilidade, ter
forca de vontade e determinação e ter foco e determinação (Boruchovitch e Bzuneck, 2009).
7
Nesse sentido, esses aspectos fazem com que o individuo aplique o conceito de auto-eficácia
em sua vida, exigindo-se que olhe para dentro de si próprio e conheça melhor a sua essência,
isto é, desenvolve a capacidade de autoconhecimento. Nesse sentido, a pessoa presta atenção
aos seus êxitos, o que ajuda a fortalecer a sua auto-estima profissional, sendo um dos
principais benefícios da auto-eficácia. É importante compreender que uma pessoa com auto-
estima aumenta a quantidade de bons feedbacks e faz com que o indivíduo foque-se naquilo
que faz bem, de maneira que se torna mais confiante para enfrentar os desafios e superá-los.
Da noção apresentada acima, percebe-se que a auto-eficácia é uma característica que nos
estimula a alcançar um objectivo, a obter resultados cada vez melhores e a atingir a alta
performance. É ela que nos faz acreditar na nossa capacidade de realizar metas. É o
julgamento que cada um de nós faz da nossa própria capacidade de realizar certas acções.
i. Aumentar a autoconfiança;
ii. Encarar os desafios como oportunidades de crescimento;
iii. Aumentar a satisfação com a vida e o bem-estar;
iv. Lidar melhor com síndrome comuns no meio corporativo, como a síndrome do
impostor e a síndrome de Hulk;
8
v. Equilibrar o emocional ao lidar com adversidades;
vi. Diminuir os níveis de estresse, depressão e ansiedade.
Portanto, um indivíduo que não desenvolve esses aspectos é uma pessoa com baixo
autoconceito de si mesma que se conforma com tudo que ocorre na sua vida. Uma pessoa com
baixa auto-eficácia é um individuo com crescimento pessoa estagnado, infeliz e sem
motivação pela vida.
Desse modo, as crenças de eficácia podem determinar o modo como as pessoas se sentem,
pensam, se motivam e se comportam em relação a determinados eventos. E os autores
concordam que desenvolvimento organizacional é a mudança organizacional planejada, isto é,
um esforço educacional complexo destinado a mudar os comportamentos e a estrutura da
organização para que ela possa se adaptar melhor às exigências de novos mercados,
tecnologias e toda ordem de desafios impostos pelo seu funcionamento interno e pelo
ambiente.
Segundo Bennis (2016), essa mudança planeada passa normalmente por quatro etapas:
Diagnóstico, quando se faz um levantamento da situação real; Planeamento da mudança,
quando se determina aonde chegar e com quais procedimentos; Implementação ou
Intervenção, quando se aplica os procedimentos necessários; e Avaliação, quando se analisa
os resultados e se fornece.
De acordo com Christofoli e Weymer (2022), a percepção positiva dos funcionários quanto à
reputação da empresa pode estar relacionada ao reconhecimento (por parte da empresa)
expresso em recompensa pelo esforço. Em outras palavras, os indicadores de retorno sobre o
investimento pessoal e organizacional somente serão relacionados quando os funcionários
mais qualificados forem seleccionados para oportunidades de treinamento e,
consequentemente, promovidos por utilizarem tais oportunidades para aprimorar seus
conjuntos de habilidades. É nesse momento que o conceito de autoeficácia assume
importância significativa, uma vez que indivíduos que acreditam em suas capacidades
assumem desafios tencionando o desenvolvimento de novas competências, o que pode
contribuir para os resultados organizacionais.
10
Dessa forma, a reputação organizacional não se limita somente à perspectiva interna, mas
também a todos os stakeholders, na medida em que resultados organizacionais mais amplos
são alcançados. Portanto, a auto-eficácia estimula o desenvolvimento de competências
individuais e colectivas, aprimorando a mobilização dos recursos e melhorando a reputação
organizacional.
O estilo do líder é considerado como factor crítico para atingir metas organizacionais. A
respeito disso, Bass (1990) aponta dois tipos de liderança organizacional distintas: a liderança
transaccional e a liderança transformacional. O primeiro baseado em transacções, e o segundo
baseado em uma relação humanista entre líder e subordinado
Por sua vez, a liderança transformacional adopta uma postura intelectualmente estimulante,
amplia o interesse sobre seus funcionários, gera conscientização de grupo, está atento para a
diferença entre os funcionários e atuam como mentores para o desenvolvimento e crescimento
(Bass, 1990). Essa influência é denominada como uma liderança que enfoca pessoas e
relacionamentos, que visa motivar as pessoas a fazer mais do que elas acreditam ser possíveis.
Ao contrário da liderança transaccional, o líder transformacional é visionário e entusiasta,
dotado de capacidades de motivar seus subordinados.
11
3. Conclusão
12
4. Referências bibliográficas
Azzi, A.G. (2014). Introdução à Teoria Social Cognitiva. Série Teoria Cognitiva em Contexto
Educativo. Vol. 1. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Azzi, R.G.; Polydoro, S.A.J. (2006). Autoeficácia proposta por Albert Bandura: algumas
discussões. Campinas: Editora Alinea.
Bass, B. (1990). From Transactional to transformational Leadership: Learning to share the
vision. Elsevier Science Publishing.
Boruchovitch, E.; Bzuneck, J.A. (2009). Motivação do aluno: Contribuições da Psicologia
contemporânea. 4ª ed. Petrólis, RJ: Vozes.
Christofoli, V; Weymer, A.S. (2022), A relação entre autoeficácia e reputação
organizacional em organizações cooperativas. Vol.21. Cad. Rio de Janeiro: EBAPE.BR.
Pajares, F.; Olaz, F. (2008). Teoria social cognitiva e autoeficácia: Uma visão geral. Porto
Alegre, Artimed.
13