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Roteiro de Aula Prática

Preparo de Canais Radiculares pela Técnica de Oregon


por Eduardo Luiz Barbin

Técnica de Oregon Adaptada/Modificada por Berbert e Colaboradores para Canais Classe I


(LEONARDO, 2008, Capítulo 17, p. 670)

Registros Preliminares no Portfólio


1 Registro do CAD
2 Registro dos 2/3 CAD
3 Registro do CTP, onde CTP = CAD - 2 a 3 mm
Ações Preliminares ao PBM/PQM
4 Localização dos Canais (embocaduras)
=> com sonda nº 9 e/ou sondagem superficial com lima tipo k nº 10 ou 15 de 21mm (2/3 CAD)
5 Negociação/Sondagem/Glide Path dos Canais: => 2/3 CAD => (intercalada ou não c/AR) => CTP
=> técnica tradicional
- cinemática oscilatória associada a avanços e recuos, sendo os avanços maiores que os recuos
-- limas tipo nº 10 (08 e/ou 06, se constrito) n º 15 (=> 2/3 CAD => (intercalada ou não c/AR) => CTP)
6 Localização do Forame Apical (Necropulpectomia II)
PREPARO PROPRIAMENTE DITO DO CANAL RADICULAR
Avanço Escalonado Anatômico (1ª parte): Acesso Radicular (Ação prévia às Brocas GG)
7 após RIAI, aferir o calibre do canal em 2/3 do CAD inicialmente com tipo K nº 40
=> o tope da 40 NÃO toca referência => selecionada Sequencia I (40, 35, 30, 25)
=> o tope da 40 toca referência, mas o da lima nº 60 NÃO toca => selecionada Sequencia II (60, 55, 50 e 45)
=> os topes da 40 e da 60 tocam a referência, mas o da 80 NÃO toca => selecionada Sequencia III (80, 70 e 60)
=> o tope da 80 toca referência => selecionada a lima tipo K nº 80
8 dispor, no tamborel, a sequência selecionada com cursor em 2/3 CAD;
9 aplicar a sequência selecionada
=> iniciando a penetração passiva sem pressão apical com a lima de maior calibre, em 2/3
CAD, com cinemática oscilatória associada à penetração até o ajuste/acomodação no canal,
neste ponto, efetuar a cinemática de Roane, de Schilder e/ou de Leonardo até que se observe o instrumento
levemente solto ou que se possa rotacioná-lo livremente em 360° no sentido horário;
=> após RIAI, repetir o procedimento anterior com o instrumento de calibre imediatamente menor, em 2/3
do CAD, até que o cursor de um dos instrumentos da sequência toque a referência coronária ou após a
utilização do instrumento de menor calibre da sequência empregada sem forçar o toque do tope desse
instrumento na referência coronária;

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Avanço Escalonado Anatômico (2ª parte): Acesso Radicular (Emprego das Brocas GG)
10 após RIAI, utilizar as brocas GG nº 2, nº 3 e nº 4 e/ou nº 5, da menor para maior,
=> utilizar a GG em 2/3 CAD,
=> com giro no sentido horário,
=> direção de inserção igual a do intermediário e cabo da lima de “Glide Path” (última lima tipo K utilizada)
- remover a lima de referência antes da utilização da Broca GG
=> introduz-se a GG girando e, ainda girando, efetua-se pressão leve e contínua na direção apical até
observar-se dificuldade de penetração, e retira-se a GG girando,
=> em canais curtos, utilizar a GG nos terços coronários após a determinação do CRT,
=> a GG subsequente deve ser empregada em um comprimento de trabalho (CT) menor que a anterior (ex.:
subtração de 1 mm do CT da GG a cada troca de broca),
=> Efetuar RIAI previamente e após o uso de cada broca GG;

Avanço Escalonado Anatômico (3ª parte): Preparo da Matriz Apical


11 completar, no tamburel, a sequência do maior para o menor calibre até a nº 10, com tope no CTP;
12 após RIAI, retomar a última lima tipo K utilizado antes da GG, a partir deste ponto, no CTP, com
cinemática de Roane, de Schilder e/ou de Leonardo, seguindo-se com a penetração dos instrumentos sem
pressão apical, do maior para o menor calibre, intercalando RIAI, até que o tope de um dos instrumentos
atinja a referência coronária penetrando no CTP;
13 realizar a radiografia com a lima endodôntico no CTP (lima de mensuração) para o cálculo do CRT

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14 cálculo do CRD (Odontometria) e determinação do CRT (Técnica de Ingle);

15 Após RIAI, Negociação/Sondagem/Glide Path dos Canais, até o CRT (técnica tradicional)
=> cinemática oscilatória associada a avanços e recuos, sendo os avanços maiores que os recuos
- limas tipo n º 10 (08 e ou 06, se constrito) e n º 15 no CRT
16 após RIAI, retomar o último instrumento tipo K utilizado, a partir deste ponto, no CRT, aplicando-se
cinemática de Roane, de Schilder e/ou de Leonardo, seguindo-se com a penetração dos instrumentos sem
pressão apical, do maior para o menor calibre, até que o tope de um dos instrumentos atinja a referência
coronária penetrando no CRT;
17 realizar a tomada radiográfica de confirmação de odontomentria,
- comprovação radiográfica do CRT (do limite apical de trabalho) se a ponta do
instrumento endodôntico encontra-se a 1 (Necrop. II) ou de 1 a 2 mm (Biop. e
Necrop I) do ápice radiográfico;
18 o instrumento que atingir o CRT deverá ser anotado como lima apical inicial
(LAI), a LAI corresponde ao diâmetro anatômico do canal;

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Instrumentação Apical: Modelagem do Batente Apical
19 após RIAI, a partir da LAI, realiza-se a escultura do batente apical, no limite apical de trabalho,
ampliando-se o canal, no CRT, de 0,10 a 0,15 mm (1 a 3 instrumentos), acima da LAI (LAI + 1, + 2 ou + 3)
=> cinemática de Roane, de Schilder e/ou de Leonardo;
=> intercaladas com RIAI,
20 o último instrumento utilizado no CRT é a lima apical final (LAF) ou Instrumento de Memória;
Recuo Escalonado Programado
21 após RIAI, realiza-se o escalonamento (recuo escalonado) programado (com viés anatómico)
=> até o comprimento ampliado pela GG nº 2 ou LAF + 4
intercalando-se com RIAI,
=> com lima tipo k, aplicando-se a cinemática de Roane ou de
Leonardo (2008),
=> a partir do instrumento de calibre imediatamente maior que o
da LAF no CRT subtraído de 1 mm,
=> Exemplo (LAF + 4): se LAF = 30 no CRT, a sequência do
escalonamento programado se dará pelo emprego da lima tipo k
nº 35 no CRT - 1 mm, nº 40 no CRT - 2 mm, nº 45 no CRT - 3 mm
e nº 50 no CRT - 4 mm,
=> antes da ação da lima de escalonamento, executar RIAI e
recapitular com a LAF no CRT (Biopulpectomia e Necropulpectomia I) ou Lima de Patência no CRD
(Necropulpectomia II);
=> Teste da LAF: se ok, ela deve penetrar no CRT e estar levemente solta ao ser movimentada/retirada
- se o tope da LAF não tocar a referência coronária, há uma complicação que deve ser resolvida (recapitulação parcial ou completa)
Ações Complementares
22 irrigação, aspiração e secagem (aspiração cânula finam, no CRT - 2 mm) do canal radicular;
23 inundação com EDTA (CRT – 2 mm) por 3 minutos e ativação manual com a LAF (CRT) no 1º minuto;
24 remoção hidrodinâmica do EDTA com hipoclorito de sódio de 1 a 2,5% (PÉCORA apud LEONARDO, 2008);
25 aspiração com cânula fina e secagem com pontas de papel absorventes esterilizadas;
26 curativo de demora (Calen ou Calen PMCC), aplicação de mecha de algodão estéril e selamento
provisório (pelo período de 14 a 60 dias) ou obturação.

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