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DIAGNOSTICO
-Colher história clara do sangramento,
anamnese detalhada e avaliação inicial com
exame físico geral, abdominal e pélvico
-Solicitar beta-hCG e hemograma completo;
ultrassonográfica para afastar causas
estruturais (preferencialmente após o
sangramento); avaliação secundária
(histerossonografia, histeroscopia e biópsia de
endométrio); causas sistêmicas devem ser
pesquisadas através de tempo de sangramento
e de coagulação, de contagem de plaquetas, de
dosagem de prolactina e de provas de função
tiroidiana.
-Biopsia: mulheres sem evidência de lesão
estrutural com espessamento do endométrio,
especialmente nas obesas, com idade acima de
45 anos, ou na presença de fatores de risco
para câncer de endométrio; uso de estrogênio
persistentemente sem oposição por
progestagênio; SUA persistente, com falha das
terapêuticas utilizadas e dúvida no diagnóstico
TRATAMENTO
CAUSAS ESTRUTURAIS:
-Polipos: polipectomia histeroscopica
-Adenomiose: histerectomia ou
medicamentoso
-Leiomiomas: farmacológico;
histeroscopia (maior parte intracavitária);
laparoscopia ou laparotomia (grande
componente intramural); análogo de GnRH
(preparo para cirurgia); histerectomia
(impossibilidade de realização de
miomectomia, ou quando não há desejo de
preservar a fertilidade); embolização das
artérias uterinas (desejo de preservar
fertilidade)
CAUSAS NÃO ESTRUTURAIS:
- Inicialmente é medicamentoso:
Esteroides sexuais (estrogênio e progestagênio
combinados; progestagênio oral cíclico,
contínuo, injetável ou via intratuterina [para as
que apresentam contraindicação ou não
toleram o uso de estrogênios]; progestagênio
injetável; sistema uterino liberador de
levonorgestrel), AINES, controle hemostático
do sangramento
- Os progestagênios podem apresentar
efeitos colaterais como sangramentos
irregulares, mastalgia, cefaleia, edema e acne
- O SIU-LNG libera 20 mcg de
levonorgestrel diariamente, resultando, por
vários mecanismos, em atrofia endometrial,
com redução do sangramento (não deve ser
usado quando a cavidade uterina não é regular
devido ao risco aumentado de expulsão); pode
provocar sangramento inesperado nos
primeiro meses de uso (nesses casos, associar
com AINES)
-Fibrinoliticos em caso de
contraindicação de hormônios (acido
tranexamico; primeira linha para sangramento
intenso CI: histórias de tromboembolismo e de
insuficiência renal)
-AINES: evitar em históricos de ulcera
péptica; geralmente associado a tratamento
hormonal
-GnRH: antes de cirurgias de miomas
grandes
-Cirurgico: quando medicamentoso
falha
POLIPOS:
Mais comum >40 anos (peri e pos menopausa)
Diagnostico: USG ou histeroscopia; exame
especular se cervical
Maioria assintomárico (pode haver outras
causas)
Tratamento: polipectomia
ADENOMIOSE:
Dismenorreia secundária progressiva + SUA;
estrogênio dependente; idade entre 40 e 60
anos;
Dor pélvica, fluuxo menstrual prolongado na
fase folicular; sangramento de maior volume
(dependendo da profundidade do miométrio
atingido)
Diagnóstico: USG, RM, histopatológico
Tratamento:
-Pré-menopausa: Análogos de GnRH;
Antagonista de GnRH; ACO; Mirena; Inibidores
da aromatase
-Pós-menopausa: histerectomia; cirurgia
conservadora (ablação, adenomiectomia,
ressecção parcial)
LEIOMIOMA:
* O US é suficiente para o diagnóstico de
mioma – a RM é indicada se for fazer
embolização uterina
Costuma ser assintomático (investigar se há
outra causa); os submucosos costumam
provocar mais sangramento
Raro em menores de 20 anos (hormônio
dependente, necessita de tempo para o
desenvolviento);
Perimenopausa: aconselhável esperar a
menopausa
Gravidez: tendencia a aumentar sangramento
Se assintomático: conduta expectante
Se sintomático:
Leve e pequeno: expectante
Intenso e nulípara: miomectomia
Intenso e multípara: histerectomia
Tratamento clinico:
- Progestágenos: 1ª escolha para distúrbios
menstruais disfuncionais, mas não diminuem o
tamanho do mioma.
- Gestrinona: faz amenorréia, diminuindo
então anemia e tem como vantagem manter o
volume uterino diminuído após o término do
tratamento por cerca de 18 meses
- Mifepristone: reduz o tamanho do mioma
e melhora a sintomatologia. Pode fazer
hiperplasia endometria
- Moduladores seletivos de progesterona:
reduz o tamanho do mioma e melhora a
sintomatologia
- Análogo de GnRH: consegue diminuir o
tamanho do mioma, parar o sangramento
e compensar a mulher para condições
cirúrgicas melhores.
Tratamento cirúrgico:
- Histerectomia: casos mais avançados
- Cirurgia conservadora: assintomáticas ou
sintomas leves
- Miomectomia: se desejar manter a
fertilidade, mas tem alta taxa de recorrência
- Embolização: melhora a menorragia e
diminui o volume uterino.
* Jovem com desejo de gravidez e sintomático:
medicamentoso com análogo de GnRH porque
bloqueia a função ovariana (entra em
amenorréia) → o mioma involui, faz a cirurgia
de miomectomia e depois ela pode engravidar
MALIGNICADE E HIPERPLASIA:
-Mais prevalente pós-menopausa
COAGULOPATIA:
- Doença de von Willebrand, hemofilia,
disfunções plaquetárias, púrpura
trombocitopênica e distúrbios associados a
hepatopatias, leucemia.
ANOVULATORIOS:
-Extremos do período reprodutivo
OVULATORIOS:
- Insuficiência do corpo lúteo; encurtamento da
fase folicular da pré-menopausa
ENDOMETRIOSE:
-
IATROGENIA:
-Medicamentoso (ACO; anticoagulantes, ácido
acetilsalicílico, antiepilépticos, hormônios da
tiroide, antidepressivos, tamoxifeno e
corticosteroides)
NÃO CLASSIFICADO
- Más-formações arteriovenosas, hipertrofia
miometrial, istmocele, alterações müllerianas
SUD:
-Ovulatorio:
-Dor na ovulação; polimenorreia (ciclos
<24dias); descamação irregular (sangramentos
prolongados e abundantes); sangramento pré-
menstrual (sangue escuro);
-Persistencia do corpo luteo: descartar
gravidez ectópica
-Anovulatorio:
-Não associados a sintomas de TPM
-Mais frequente nos extremos da
menacme
- Causas: queda transitória dos níveis de
estrogênio ou por estímulo estrogênico
constante não estabilizado pela progesterona
-Tratamento:
-Leve a moderado: AINES, antifibrinolítico,
ACO, progesterona oral, Mirena
-Intenso: ACO 8/8hs por 7 dias (é esperado
um sangramento após essa curetagem
química) ou curetagem uterina (redução
temporária). Se não parar de sangrar, não é
disfuncional.
-Histerectomia