Este documento resume dois textos de Winnicott sobre o desenvolvimento do ego e a jornada da dependência à independência. O primeiro texto discute como o ego da criança precisa ser integrado através do cuidado e estímulo da mãe para que a criança possa se tornar resiliente. O segundo texto descreve como o indivíduo passa da dependência absoluta para a dependência relativa e, eventualmente, para a independência através de um processo de amadurecimento dentro do contexto de suas relações sociais.
Este documento resume dois textos de Winnicott sobre o desenvolvimento do ego e a jornada da dependência à independência. O primeiro texto discute como o ego da criança precisa ser integrado através do cuidado e estímulo da mãe para que a criança possa se tornar resiliente. O segundo texto descreve como o indivíduo passa da dependência absoluta para a dependência relativa e, eventualmente, para a independência através de um processo de amadurecimento dentro do contexto de suas relações sociais.
Este documento resume dois textos de Winnicott sobre o desenvolvimento do ego e a jornada da dependência à independência. O primeiro texto discute como o ego da criança precisa ser integrado através do cuidado e estímulo da mãe para que a criança possa se tornar resiliente. O segundo texto descreve como o indivíduo passa da dependência absoluta para a dependência relativa e, eventualmente, para a independência através de um processo de amadurecimento dentro do contexto de suas relações sociais.
Docente: Camila Machado de Oliveira Discente: Daniele da Silva Carmo – RA: 1520101003
FICHAMENTO DE RESUMO Referência
WINNICOTT, D.W. A integração do ego no desenvolvimento da criança. In: O ambiente
e os processos de Maturação. 1. ed. São Paulo: Artmed, 1983. p. 55-61.
O objetivo deste capítulo é fazer uma exposição sucinta da concepção de Winnicott
do início do ego, se utilizando do conceito de integração do ego, e o papel da integração do ego no início do desenvolvimento emocional da criança. Além disso, o autor avalia a importância do meio real nos estágios mais precoces, isto é, antes que o bebê começou a distinguir o não-eu do eu, contrastando a força do ego do bebê que recebe apoio para o ego do comportamento adaptativo da mãe real, com a fraqueza do ego do bebê cujo propiciar pelo meio é defeituoso neste estágio tão precoce. O texto inicia na introdução que visa descrever a definição do autor com relação ao ego, a serventia do ID e a integração dessas experiências. Na sequência aborda a respeito da necessidade de uma estimulação direta da mãe ao bebê de uma forma suficientemente boa, para que ele tenha condições de se tornar um indivíduo resiliente e se mover rumo a independência. Deste modo, para o autor, só existe no indivíduo um início tanto físico quanto psíquico, após o Ego se iniciar, ou seja, apesar do EGO ser inato e existir desde o nascimento da criança, ele só passa a ter sentido funcional adequado após a sua maturação. Maturação essa que não ocorre de forma independente inicialmente, mas necessita do cuidado e do colo da mãe de uma forma suficientemente boa. Da mesma maneira, vale salientar que para Winnicott, ao contrário de Freud, o ID não tem serventia enquanto não houver o funcionamento do EGO, pois sem ele, não existe organização das experiências instintivas produzidas pelo ID e desta maneira não ocorre a integração delas. Isto significa dizer também que, somente quando o EGO está ativo é possível fortalecê-lo, e para que ele se torne forte, é necessária a estimulação direta da mãe do bebê, que deverá oferecer a ele condições para que compreenda mesmo precocemente que não é uma extensão dela, isto é, ele precisará entender que existem limites para que os seus desejos sejam atendidos, para assim, se tornar uma pessoa resiliente, pois inicialmente o bebê não tem sustentação e mediante a isso, é preciso que ele passe por esse holding materno que irá integrá-lo. Nesse primeiro momento, é o EGO da mãe que auxilia o EGO do bebê e com isso, as experiências do ID podem ser vivenciadas, e quando há uma suspenção e/ou ausência de continuidade nesse processo, o ID vai se desintegrando e ocorre a separação, e caso, essa conexão não seja reestabelecida e continuada de maneira constante, ocorrem as consequências de um apoio deficitário ao EGO do indivíduo que geram ansiedades inimagináveis, que podem ser destrutivas e incluem quadros de: esquizofrenia infantil ou autismo, esquizofrenia latente, falsa autodefesa e personalidade esquizoide. Por esse motivo, é fundamental esse período de integração e estruturação do EGO para que a criança se mova continuamente da dependência absoluta para a relativa, e posteriormente, para independência. Esse processo deve ser conquistado socialmente, para que assim, a pessoa se torne um indivíduo saudável emocionalmente, um ponto que aparece no capítulo 07 e abordarei a seguir. Palavras-chave: Ego; id; integração; estruturação. Referência
WINNICOTT, D.W. Da dependência à independência no desenvolvimento do indivíduo.
In: O ambiente e os processos de Maturação. 1. ed. São Paulo: Artmed, 1983. p. 79-87.
O objetivo desse capítulo é descrever o crescimento emocional em termos da
jornada da dependência à independência do indivíduo, de forma a examinar esse crescimento em termos de dependência, mudando gradualmente no sentido da independência, sem invalidar de modo algum a conceituação que possa ser feita sobre o crescimento em termos de zonas eróticas ou de relações objetais. O texto se introduz descrevendo como se origina a formação do indivíduo, destacando que a sua maturidade se dá mediante a socialização. Na sequência, se refere a esse processo deixando claro que existe uma jornada que cada um de nós precisamos iniciar, que passará por três categorias que são necessárias na visão do autor para alcançarmos o objetivo de amadurecimento do ego. Após abordar o conceito sobre duas delas, a dependência absoluta e dependência relativa, o autor apresenta um estudo de caso clínico, antes de conceituar o termo independência. Ou seja, para o autor não é o ambiente que forma o indivíduo, mas ele se forma dentro do contexto de suas relações ambientais, por isso, existe o termo interdependente. Assim sendo, não tem como enxergar a pessoa sozinha, existe uma relação mútua de socialização que se mantém desde cedo. Para Winnicott, o processo de independência se refere a um processo de amadurecimento, e para que isso seja possível é necessário adotar uma visão para além da que foi adotada por Freud na época. Desta forma, apostar em uma visão que vai além das fases psicossexuais, mesmo as considerando serem parte importante do indivíduo, ele acreditava ser essencial focar na evolução delas, afim de ampliar seus conceitos e inseri-las no processo de um desenvolvimento saudável. Uma vez que, o bebê possui outras necessidades antes das sexuais, que envolvem outros níveis de dependência e que também precisam ser analisadas e amadurecidas. No entanto, para que esse processo de amadurecimento que não é linear seja satisfatório, o indivíduo precisará passar por uma jornada que inclui três categorias: dependência absoluta, relativa e independência, e só após caminhar por essas fases poderá ser considerado uma unidade, isso dependerá de como o bebê será e se manterá acolhido no ambiente em todas as etapas de seu desenvolvimento, respeitando a real importância que implica cada ciclo, incluindo o da separação do bebê de sua mãe, algo que é primordial, assim como, as demais etapas para a construção saudável de seu psiquismo. Palavras-chave: Crescimento emocional; socialização; jornada; dependência; independência.