1) O Ministério Público denuncia Kely Cristina por roubo após ela agredir uma atendente de farmácia para roubar uma barra de cereal e ameaçar os presentes com uma navalha.
2) Kely confessou o crime durante interrogatório na delegacia de polícia.
3) O Ministério Público pede a condenação de Kely pelo crime de roubo qualificado pelo uso de arma branca.
Descrição original:
Título original
EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE MINEIROS DO ESTADO DE GOIÁS
1) O Ministério Público denuncia Kely Cristina por roubo após ela agredir uma atendente de farmácia para roubar uma barra de cereal e ameaçar os presentes com uma navalha.
2) Kely confessou o crime durante interrogatório na delegacia de polícia.
3) O Ministério Público pede a condenação de Kely pelo crime de roubo qualificado pelo uso de arma branca.
1) O Ministério Público denuncia Kely Cristina por roubo após ela agredir uma atendente de farmácia para roubar uma barra de cereal e ameaçar os presentes com uma navalha.
2) Kely confessou o crime durante interrogatório na delegacia de polícia.
3) O Ministério Público pede a condenação de Kely pelo crime de roubo qualificado pelo uso de arma branca.
EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE SÃO PAULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
O MINISTÉRIO PÚBLICO, por seus Promotores de Justiça que se
subscrevem, no uso de suas atribuições constitucionais (art. 129, I, CRFB/88) e legais (art. 41 do CPP), em face do Inquérito Policial registrado sob no. 2007/2020, vem, respeitosamente, perante este insigne Juízo, oferecer
DENÚNCIA
Contra KELY CRISTINA, brasileira, solteira, natural de SÃO
PAULO, nascido em 2/3/2000, com 20 (vinte) anos de idade, desempregada, órfã, RG 7465923, sem endereço fixo, pelos seguintes fatos:
Consta no aludido Inquérito Policial baixado nesse Juízo
sob os autos que, no dia 20 de julho de 2020, a denunciada, dois anos após o cumprimento de sua pena pelo crime previsto no Art. 155, Código Penal , Kely Cristina ingressou em uma farmácia e pediu de modo agressivo para que à atendente lhe desse uma barra de cereal, a qual se recusou por ausência de pagamento da ré. Após a recusa desta, Cristina lhe desfere um soco no rosto de modo intencional causando uma grave lesão no rosto da vítima, causando pânico para a mesma é os demais que ali se encontravam, logo após utilizou se de uma navalha de barbearia o qual estavam em sua posse como meio de ameaça é intimidação dos que estavam ali presentes no recinto, colocando em risco a integridade física da vítima é demais. A mesma apropriou-se dá barra de cereal exposta no estabelecimento, momento no qual é presa em fragrante por um policial “a paisana” que encontrava se em seu horário de folga com sua família no referido estabelecimento.
Após os fatos apresentados anteriormente, a mesma foi
encaminhada para a 12° Delegacia de Furtos e Roubo da cidade de SÃO PAULO, para proceder-se às oitivas da vítima, testemunhas e interrogado o acusado na Delegacia de Polícia Civil. Durante o interrogatório à ré confessou a pratica dos crimes é negou se a responder quaisquer outras perguntas feitas pelo delegado responsável, veja-se:
“Dr., o Sr. sabe o que é viver na
rua e não ter o que comer? Se prostituir porque é a única forma de sobreviver? Ou, simplesmente, ser descartada depois de velha e todos te olharem como indigente? Se nunca teve que passar por isso, então não me venha com essa baboseira e com perguntas idiotas”.
Por conseguinte, em face das provas testemunhais,
induvidosa, a subtração de coisa move alheia da vítima é o emprego de violência para assegurar a posse do mesmo, daí a materialidade do crime de roubo próprio, consumado, subsumindo-se a hipótese dos autos à situação prevista no CP, 157, parágrafo, 2º, inc. VII. O delito de roubo consiste na subtração, para si ou para outrem, de coisa alheia móvel, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência. Necessário, portanto, que o detentor perca o poder de guarda da coisa e a disponibilidade física da mesma. O objeto da tutela penal é a posse, seja qual for a sua origem, pouco importando que a ela se encontre reunido o direito de propriedade ou qualquer outro direito.
Para consumação do roubo é irrelevante a restituição
do objeto subtraído, pois o que importa é a subtração da coisa alheia e que isto tenha ocorrido mediante violência ou ameaça, consumando-se o delito no momento em que o agente se torna possuidor da res subtraída mediante grave ameaça ou violência.
Desta feita, os fatos e provas colhidas é induvidosa acerca da
materialidade e da autoria do crime de roubo, majorante pelo uso de arma branca.
Por fim, a acusada tem propensão à criminalidade, o que é
demonstrado pela reincidência genérica de fatos.
“A REINCIDÊNCIA E OS MAUS ANTECEDENTES PODEM COEXISTIR, DESDE QUE FUNDADOS EM CONDENAÇÕES DISTINTAS E TRANSITADAS EM JULGADO. "2 O uso de condenações distintas para caracterizar maus antecedentes e reincidência não configura bis in idem, nem viola a Súmula 241/STJ. (...) Doutrina e jurisprudência admitem o uso de condenações definitivas distintas para caracterizar os maus antecedentes e a reincidência, sem caracterizar bis in idem, nem violar a Súmula 241/STJ." (APR 20150110093863)”
III - DO PEDIDO
ISTO POSTO, o Órgão Ministerial requer a procedência
total do pedido inaugural, com a CONDENAÇÃO do Acusado como autor do crime tipificado no CP, 157, parágrafo, 2º, inc. VII.