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Hepatite

Pacientes portadores de hepatite B possuem risco aumentado para doença


renal, incluindo nefropatia membranosa, glomerulonefrite e outras doenças
associadas a disfunção imune, como a poliarterite nodosa.

Os agentes antivirais tenofovir e entecavir são excretados pelos rins, e


pacientes portadores de doença renal prévia podem necessitar de ajuste de
posologia.
novo PCDT, adiciona-se ao arsenal EC: toxicidade renal e
terapêutico do SUS a desmineralização óssea,
alfapeguinterferona, citocina com principalmente HIV/aids e doença
ação antiviral e imunomoduladora, e renal crônica, osteoporose, além de
ampliase a participação de entecavir pacientes portadores de coinfecção
e tenofovir, análogos nucleos(t)ídeos HIV/HCV em terapia antirretroviral
de maior eficácia e barreira genética. com didanosina.

POSOLOGIA ENTECAVIR (ETV)

• Alfapeguinterferona 2a 40 Utilizado quando houver


KDa – 180 mcg/semana via contraindicação ao uso do tenofovir,
subcutânea (SC) ou presença de alteração da função
• Alfapeguinterferona 2b 12 renal pelo uso do mesmo. Além de
KDa – 1,5 mcg/kg/semana via ser o medicamento de primeira linha
SC para pacientes em tratamento de
• Entecavir 0,5 mg – 0,5-1,0 QUIMIOTERAPIA e
mg/dia via oral (VO) IMUNOSSUPRESSÃO.
• Tenofovir (fumarato de
Interação medicamentosa:
tenofovir desoproxila) 300 mg
lamivudina e telbivudina, redução a
– 300 mg/dia VO
eficácia do entecavir.
TENOFOVIR (TDF)
A posologia recomendada para
1º linha de tratamento para tto pacientes virgens de tratamento e/
hepatite b crônica ou portadores de cirrose
compensada deve ser de 0,5 mg/dia,
MA: análogo de nucleotídeo que
e de 1 mg/dia para pacientes
bloqueia a ação da enzima
portadores de cirrose
transcriptase reversa; apresenta
descompensada. O fármaco deve ser
elevada potência de supressão viral e
administrado por via oral, com ou
alta barreira genética de resistência
sem alimentos.
contra as mutações do HBV.
ALFAPEQUINTERFERONA suspensão obrigatória quando
plaquetas <30.000/mm3 .
Um grupo de proteínas e
glicoproteínas com atividade Monitoramento clinico:
antiviral, antiproliferativa e
➔ hemograma completo a cada
imunomoduladora. Trata-se de uma
12 semanas;
medicação de aplicação subcutânea
➔ AST/ALT na 2º semana de
semanal, indicada para tratamento
tratamento e a cada quatro
alternativo de 48 semanas, reservado
semanas de tratamento;
a pacientes portadores de infecção
➔ Glicemia de jejum, TSH e T4L a
pelo vírus da hepatite B com exame
cada 12 semanas;
HBeAg reagente.
Se após 48sem de tratamento não
CO: consumo atual de alccol ou
apresentar soroconversão do
drogas, cardiopatia grave, disfunção
antiHBs deverá substituir
tireoidiana não controlada,
alfapeguinterferona por tenofovir ou
distúrbios psiquiátricos não tratados,
entecavir.
neoplasia recente, insuficiência
hepática, exacerbação aguda de
hepatite viral e transplante.
Monitoramento clínicos durante o
EC: gravidez, desenvolver depressão, tratamento:
descompensação cardíaca, disfunção
➔ Perfil sorológico;
tireoidiana grave ou diabetes de
➔ Aminotransferases
difícil controle. Plaquetopenia, sendo
➔ Níveis de HBV-DNA – PCR em
tempo real;

Excepcionalmente, o paciente poderá ter o tratamento suspenso se


comprovada indetectabilidade do HBV-DNA e perda sustentada do HbsAg, ou
soroconversão do HBeAg para anti-HBe em dois exames de realização anual.
Essas situações caracterizam o desfecho ideal e o estado de portador inativo,
respectivamente.

HIV
Terapia inicial: associação de dois ITRN/ITRNt – lamivudina (3TC) e tenofovir (TDF)
– associados ao inibidor de integrase (INI) – dolutegravir (DTG).
❖ TDF é contraindicado como terapia inicial em pacientes com disfunção renal
pré-existente, TFGe <60 mL/min ou insuficiência renal. Uso com precaução
em pacientes com osteoporose/osteopenia, HAS e DM não controladas. Se
usado, ajuste de dose deve ser feita quando TFGe <50 mL/min.
❖ O DTG não é recomendado à mulheres vivendo com HIV (MVHIV) cm
possibilidade de engravidar e que não utilizem métodos contraceptivos
eficazes (DIU ou implantes anticoncepcionais); e para todas as pessoas
vivendo com HIV (PVHIV) em uso de fenitoina, fenobarbital e
oxicarbamazepina.
❖ O DTG aumenta a concentração plasmática da metformina, para manter o
controle glicêmico deve-se fazer um ajuste na dose.
TENOFOVIR + LAMIVUDINA EFEITOS ADVERSOS AZT: ANEMIA,
(TDF/3TC) NEUTROPENIA, LIPOATROFIA.

A associação TDF/3TC é
recomendada para os casos de
DOLUTEGRAVIR (DTG)
coinfecção HIV-HBV;
Esse ARV tem as vantagens de alta
potência, alta barreira genética,
TDF administração em dose única diária e
poucos eventos adversos, garantindo
EF: nefrotoxicidade, particularmente
esquemas antirretrovirais mais
em diabéticos, hipertensos, negros,
duradouros e seguros.
idosos, pessoas com baixo peso
corporal (+ mulheres), doença pelo RISCO DE MÁ FORMAÇÃO
HIV avançada ou insuficiência renal CONGÊNITA.
pré-existente e no uso concomitante
MVHIV em início de tratamento
de outros medicamentos
devem usar esquemas
nefrotóxitocos.
preferencialmente contendo
efavirenz (EFZ) e realizar
genotipagem pré-tratamento.
ABACAVIR + LAMIVUDINA
(ABC/3TC) A combinação abacavir com
lamivudina (ABC/3TC) é alternativa
Alternativa para pacientes com
para os pacientes com
contraindicação aos esquemas com
contraindicação aos esquemas com
TDF/3TC;
TDF/3TC.

O DTG não é recomendado em


ZIDOVUDINA + LAMIVUDINA PVHIV em uso de fenitoína,
(AZT/3TC) fenobarbital, oxicarbamazepina,
carbamazepina, dofetilida e
Os ITRN estão mais associados a
pilsicainida. Pacientes devem ser
toxicidade mitocondrial,
avaliados quanto à possibilidade de
hiperlactatemia e acidose lática. A
troca dessas medicações a fim de
toxicidade hematológica é um dos
viabilizar o uso do DTG.
principais efeitos adversos do AZT, o
que pode resultar na sua Antiácidos contendo cátions
substituição. Recomenda-se evitar o polivalentes (ex.: Al/Mg), quando
uso desse medicamento em casos de prescritos, devem ser tomados seis
anemia (Hb abaixo de 10g/dL) e/ou horas antes ou duas horas depois da
neutropenia (neutrófilos abaixo de tomada do DTG.
1.000 céls/mm3).
Suplementos de cálcio ou ferro cause, não havendo necessidade de
devem ser tomados seis horas antes ajuste de dose do medicamento.
ou duas horas depois da tomada do
DTG. Quando acompanhado de
alimentos, o DTG pode ser EFAVIRENS (EFV)
administrado ao mesmo tempo que
O EFV pertence à classe de ARV dos
esses suplementos.
ITRNN. Apresenta posologia
O DTG aumenta a concentração confortável (um comprimido ao dia),
plasmática da metformina. Não é facilitando a adesão ao tratamento.
necessário o ajuste de dose do DTG. Promove supressão da replicação
Para manter o controle glicêmico, viral por longo prazo e possui perfil
recomenda-se um ajuste na dose da de toxicidade favorável.
metformina (dose máxima: 1g/dia) e
As principais desvantagens do EFV e
acompanhamento
de outros ITRNN são a prevalência de
clínico/laboratorial da DM. É
resistência primária em pacientes
aconselhável monitorização dos
virgens de tratamento e a baixa
efeitos adversos da metformina.
barreira genética para o
O DTG é geralmente bem tolerado. desenvolvimento de resistência.
As reações adversas mais frequentes Resistência completa a todos os
de intensidade moderada a grave ITRNN (exceto ETR) pode ocorrer
foram insônia e cefaleia. Os casos de com apenas uma única mutação viral
RHS foram relatados em <1% DOS para a classe.
PACIENTES.
efeitos adversos mais comuns –
AOS PACIENTES COM INSÔNIA EM tonturas, alterações do sono, sonhos
USO DE DTG, RECOMENDA-SE vívidos e alucinações – costumam
UTILIZÁ-LO PLEA MANHÃ. desaparecer após as primeiras duas a
quatro semanas de uso. A indicação
O DTG diminui a secreção tubular de
do EFV deve ser avaliada
creatinina sem afetar a função
criteriosamente em pessoas com
glomerular, com possível aumento
depressão ou que necessitam ficar
na creatinina sérica observado nas
em vigília durante a noite.
primeiras quatro semanas de
tratamento. Entretanto, não há RALTEGRAVIR (RAL)
redução do clearance medido por
Deve ser administrado duas vezes ao
iomalato ou inulina (padrão-ouro
dia, o que representa um potencial
para avaliar filtração glomerular).
desvantagem em relação a esquemas
Não há dados que contraindiquem
de tomada única diária.
uso de DTG em casos de insuficiência
renal, nem tampouco que o DTG a eventos adversos pouco frequentes e
segurança para o uso em coinfecções
como hepatites e tuberculose. › Comorbidades que aumentam o
Apresenta barreira genética superior risco de efeitos adversos ou os
quando comparado aos ITRNN, mas exacerbam (ex.: etilismo ou
não aos IP/r e ao DTG. coinfecção com hepatites virais
podem aumentar o risco de
hepatotoxicidade; distúrbios
EVENTOS ADVERSOS DOS ARV psiquiátricos podem ser exacerbados
por EFV; disfunção renal aumenta o
a TARV é agora recomendada para
risco de nefrotoxicidade por TDF).
todas as PVHIV, independentemente
da contagem de LT-CD4+, e a terapia › Interações medicamentosas que
não deve ser interrompida, o podem aumentar a toxicidade dos
tratamento da PVHIV deve ser ARV ou de outros fármacos em uso
individualizado, evitando efeitos concomitante.
adversos em longo prazo, tais como
› Fatores genéticos (ex.: reação de
toxicidade óssea ou renal,
hipersensibilidade a ABC, toxicidade
dislipidemia, resistência à insulina ou
neuropsiquiátrica por EFV,
doença cardiovascular.
hiperbilirrubinemia associada a ATV).
Vários fatores podem predispor os
indivíduos a efeitos adversos de
medicamentos ARV, tais como:
Profilaxia pré-exposição de risco
Consiste no uso preventivo de medicamentos antirretrovirais antes da exposição
sexual ao vírus, para reduzir a probabilidade de infecção pelo HIV. O objetivo da
PrEP é previnir a infecção pelo HIV e promover uma vida sexual mais saudável.

FUNÇÃO

É uma combinação de dois medicamentos (tenofovir e entricitabina) em um único


comprimido, que impede que o HIV se estabeleça e se espalhe pelo corpo. A PrEP
não previne outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e, portanto, deve
ser combinada com outras formas de prevenção.

INDICAÇÃO

• Gays e homens que fazem sexo com homens;


• Travestis e transexuais;
• Trabalhadores(as) do sexo;
• Casais sorodiferentes que, por repetidas vezes, têm relações sexuais (anais
ou vaginais) sem usar camisinha ou que têm usado a PEP (Profilaxia Pós-
Exposição) repetidamente, ou que apresentem infecções sexualmente
transmissíveis (IST).

OBS: não abandonar o uso de preservativo.

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