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I. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
Considerando o que está patente no parágrafo inicial, o grupo propõe este tema, com
vista a abordar os aspectos essências numa operação financeira que envolve as opções,
que são consideradas um dos tipos de derivados mais populares. Com isso, através da
investigação feita pelo grupo, o leitor será capaz de compreender como são valorizadas
as opções na data de expiração, o lucro proveniente das mesmas na data de expiração,
entre outros.
1.3. Metodologia
Para a elaboração do trabalho, o grupo procedeu à busca de informação em livros
sobre mercados e investimentos financeiros, gestão de activos financeiros, dentre
outros.
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II. OPÇÕES DE COMPRA E VENDA
Uma opção de compra especifica vários elementos. Por um lado, indica de qual
empresa é que são as acções que o detentor da opção tem direito a comprar. Por outro,
indica o número de acções que podem ser adquiridas e qual é o preço a que elas podem
ser adquiridas. Este preço designa-se por preço de exercício (em inglês, exercise price
ou striking price). Por fim, a opção especifica até quando é que a opção de compra pode
ser exercida, e esta data é conhecida por data de expiração.
Quando uma opção só pode ser exercida na data de expiração é designada por opção
europeia. Quando uma opção pode ser exercida em qualquer momento do tempo até à
data de expiração designa-se por opção americana.
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Este contracto é uma opção de compra americana, com o preço de exercício de
100,00MT e a data de expiração de 6 meses. O investidor B detém o direito de opção, é
o comprador da opção, e o investidor A é o vendedor da opção.
O exemplo acima ilustra os vários elementos presentes num contracto. Mostra que
uma opção pode ser vista como uma “aposta” entre dois investidores, sobre a evolução
futura do preço da acção. O investidor B está convencido que o preço da acção vai subir
acima de 100,00MT durante o período que a opção pode ser exercida. Em contrapartida,
o investidor A está a “apostar” na permanência do preço abaixo dos 100,00MT, mas ao
mesmo tempo está a arriscar quando assina este contracto, porque se o preço da acção
subir, por exemplo, para 140,00MT, o investidor A vai ter de comprar 500 acções a
140,00MT e entregá-las ao investidor B por apenas 100,00MT e, logo, terá uma perda
de 20.000,00MT 1. Por conseguinte, o investidor A só estará disposto a assinar o
contracto se receber algo em troca. O montante que o investidor B paga ao A para ele
estar disposto a assinar este contracto é o preço da opção (também designado por
prémio).
O valor da opção na data de expiração depende do preço da acção que lhe está
subjacente, na data de expiração.
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(500 acções * 140,00MT) – (500 acções – 100,00MT)
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100,00 MT. Por exemplo, se o preço da acção for de 140,00 MT, o detentor da opção
ganha 40,00 MT se exercer a opção de compra.
0 se 𝑆𝑆𝑇𝑇 ≤ 𝐸𝐸
𝐶𝐶𝑇𝑇 = � ⇔ CT = max[0, S T − E ]
𝑆𝑆𝑇𝑇 − 𝐸𝐸 se 𝑆𝑆𝑇𝑇 > 𝐸𝐸.
Valor da
call
E ST
Figura 1: Valor da opção de compra na data de expiração, como função de ST.
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3.2. Valor da opção de venda na data de expiração
Consideremos uma opção de venda ou put option com preço de exercício E , e data
de expiração T, e seja ST o preço da acção naquela data. Se ST ≥ E , o vendedor da put
não vai querer exercer o seu direito de vender a acção por E , porque é possível vender
a acção no mercado de capitais por ST ≥ E . Logo, se ST ≥ E , o valor da opção é nulo.
Em contrapartida, se ST < E o comprador da opção de venda vai querer exercer o seu
direito, porque pode vender por E uma acção que no mercado custa apenas ST < E ,
ganhando assim E − ST . Ou seja, se ST < E , o valor da opção de venda é E − ST . Em
outras palavras, se designarmos por PT o valor da put na data de expiração, ele é dado
por:
Valor da
put
E ST
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IV. LUCROS NA DATA DE EXPIRAÇÃO
Para o cálculo do lucro obtido com a compra ou venda de uma opção temos de ter
em consideração o preço da opção.
−𝐶𝐶 se ST ≤ 𝐸𝐸
∏c=� ⇔ ∏ 𝑐𝑐 = max[0, 𝑆𝑆𝑇𝑇 − 𝐸𝐸] − 𝐶𝐶
𝑆𝑆𝑇𝑇 − 𝐸𝐸 − 𝐶𝐶 se ST > 𝐸𝐸.
E
ST
Preço da
call
Figura 3 (a): Lucro do comprador de uma opção de compra.
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Lucro Vendedor da call
Preço da
Call
E ST
Uma call option envolve apenas, uma transacção entre dois indivíduos, o comprador
e o vendedor. O comprador tem lucros positivos quando o preço da acção é elevado na
data de expiração, o vendedor da opção tem lucros positivos quando o preço da acção é
baixo na data de expiração. O comprador da opção está a “apostar” num preço da acção
elevado, e o vendedor “aposta” num preço baixo.
𝐸𝐸 − ST − 𝑃𝑃 se ST < 𝐸𝐸
∏p=� ⇔ ∏ p = max[E− ST , 0] − P
−𝑃𝑃 se ST ≥ 𝐸𝐸.
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O lucro do vendedor da opção de venda é simétrico do lucro do comprador.
E
ST
Preço da
put
Preço da
put
E ST
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Para além das opções de compra e venda, há muitos produtos que podem ser obtidos
combinando os vários tipos de opções. A seguir apresentamos alguns exemplos deste
tipo de carteiras. O objectivo da apresentação destes exemplos, é familiarizar o leitor ao
cálculo do lucro na data de expiração.
𝐸𝐸 − ST − (𝑃𝑃 + 𝐶𝐶)
� � se ST < 𝐸𝐸 , ST ≥ 𝐸𝐸.
ST − 𝐸𝐸 − (𝑃𝑃 + 𝐶𝐶)
E
custo da ST
call e put
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Lucro Vendedor da straddle
E ST
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𝐸𝐸 − ST − (P + 2C) 𝑠𝑠𝑠𝑠 ST < 𝐸𝐸
�
2� ST − E� − (P + 2C) 𝑠𝑠𝑠𝑠 ST ≥ 𝐸𝐸.
O investidor também pode combinar uma opção com a acção que lhe serve de base.
Por exemplo, o investidor pode deter uma acção e vender uma opção de compra sobre
essa acção. Esta combinação aumenta a rentabilidade se o preço da acção for baixo, mas
diminui a rentabilidade se o preço da acção for elevado.
Se o investidor combinar uma acção com uma put option reduz a rentabilidade se o
preço da acção no futuro for elevado, mas garante uma rentabilidade mínima se o preço
da acção for baixo.
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Lucro Comprador da butterfly spread
E1 E2
E2 ST
E2
E1 E2 ST
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V. ALGUMAS PROPRIEDADES IMPORTANTES DO VALOR DAS
OPÇÕES
O que podemos dizer sobre o valor relativo de uma opção de compra americana e
de uma opção de compra europeia, sobre uma mesma acção, com a mesma data de
expiração e o mesmo preço de exercício?
Se tivermos uma opção de compra americana e outra europeia sobre uma mesma
acção, tendo ambas a mesma data de expiração e o mesmo preço de exercício, a opção
de compra europeia não pode ter um preço superior à opção americana. Isto porque a
opção de compra americana, oferece ao seu detentor as mesmas oportunidades que a
opção europeia, e oferece-lhe ainda a possibilidade de exercer antes da data de
expiração. Este direito de exercer antes da data de expiração não pode ter valor
negativo. Por conseguinte, a opção americana não pode valer menos que a europeia.
Se tivermos duas opções de compra sobre a mesma acção, com a mesma data de
expiração, aquela que tiver um preço de exercício mais baixo não pode valer menos do
que a de preço de exercício mais alto.
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5.2. Valor mínimo de uma opção de compra europeia
Uma propriedade importante de uma opção de compra europeia é que o seu valor,
que não pode ser inferior a 0, nem pode ser inferior à diferença entre o preço da acção e
o valor actualizado do preço do exercício.
Seja r a taxa de juro sem risco entre o momento em que a opção de compra está a
ser avaliada e a data de expiração. Designemos por 𝑆𝑆0 o preço corrente da acção, por 𝐶𝐶0
o preço corrente da opção de compra, e por 𝐸𝐸 o preço de exercício. Em termos formais,
a propriedade anterior diz-nos que:
𝐸𝐸
𝐶𝐶0 ≥ max �0, 𝑆𝑆0 − �
1 + 𝑟𝑟
Como a opção de compra não pode ter um valor negativo porque o seu detentor só
vai exercer o direito de aquisição quando isso é lucrativo, na pior das hipóteses, a opção
não é exercida e tem valor nulo.
segunda carteira é acção que está subjacente à opção. A tabela seguinte representa o
valor de cada uma destas carteiras na data de expiração, em função do preço da acção na
data de expiração, 𝑆𝑆𝑇𝑇 .
Por conseguinte, se 𝑆𝑆𝑇𝑇 > 𝐸𝐸 ambas as carteiras têm o mesmo valor, mas se 𝑆𝑆𝑇𝑇 ≤ 𝐸𝐸 a
carteira formada pela opção e pela obrigação tem um valor superior à acção. Mas então
o preço da carteira não pode ser inferior ao preço da acção:
𝐸𝐸 𝐸𝐸
𝐶𝐶0 + ≥ 𝑆𝑆0 ↔ 𝐶𝐶0 ≥ 𝑆𝑆0 − .
1 + 𝑟𝑟 1 + 𝑟𝑟
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5.3. Exercício antecipado de uma operação americana
Uma propriedade curiosa de uma opção americana é que nunca compensa exercer a
opção antes da data de exercício se a acção não pagar dividendos ou se o preço de
exercício for ajustado pelo pagamento de dividendos. Por outras palavras, uma opção de
compra americana vale mais viva do que morta. Vale mais manter a opção viva e não a
exercer, do que exercer a opção, e deixar assim de ter a opção de exercício no futuro.
Suponha que uma acção esteja sendo vendida por 60,00MT e que um investidor
detenha uma opção de compra americana com preço de exercício de 50,00MT.
Suponha, ademais, que o investidor acredite que o preço da acção vá cair entre agora e a
data de vencimento.
Nestas condições, sem dúvidas, o investidor irá preferir exercer a opção de compra
hoje, do que mantê-la e exercer a opção mais tarde. Mas também, existe outra opção:
vendê-la a outro investidor. Portanto, se a opção de compra, tem preço de mercado
superior aos 10,00MT que o investidor obteria exercendo a opção 2, é preferível vender a
opção de compra.
Este exemplo mostra que a opção americana tem duas fontes de valor. A primeira
fonte é o valor de exercer imediatamente a opção, a segunda é o valor do direito de
opção entre o momento presente e a data de expiração.
Em termos mais formais é fácil demonstrar que nunca compensa exercer uma opção
americana sobre uma acção que não pague dividendos até à data de expiração. Sabemos
que uma opção americana vale pelo menos tanto como uma opção europeia. Sabemos
também que o valor de uma opção europeia nunca pode ser inferior ao máximo entre 0 e
E
S0 − .
1+ r
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Preço da acção de 60,00MT – preço de exercício de 50,00MT.
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Resumindo:
E
Valor da opção americana ≥ Valor da opção europeia ≥ S 0 − > S0 − E .
1+ r
O que mostra que, o valor de uma opção americana se não for exercida é superior ao
valor obtido se for exercida, S 0 − E .
Note-se que este resultado admite que a acção não paga dividendos. Se a acção pagar
dividendos pode compensar exercê-la já na expectativa de receber os dividendos.
Podemos combinar uma opção de venda a acção sobre a qual a opção está escrita e
um empréstimo, para que os payoffs obtidos sejam exactamente iguais aos de uma
opção de compra. Mas isso implica que o preço daquela carteira terá de ser igual ao
preço de uma opção de compra. Esta é a ideia básica para deduzirmos a relação entre o
preço da opção de compra e o preço da opção de venda.
ST + E − ST = E
ST + 0 = ST
Consideremos uma opção de compra e uma opção de venda, sendo ambas opções
europeias com data de expiração T , e preço de exercício E . Designemos por C o
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preço da opção de compra e por P o preço da opção de venda. Vamos admitir que a
acção que serve de base às opções não paga dividendos até à data de expiração e que é
possível emprestar ou pedir emprestado à taxa de juro sem risco, sendo r a taxa de juro
entre a data de aquisição e a data de expiração.
Carteiras Se ST ≤ E Se ST > E
Acção ST ST
Put E − ST 0
Empréstimo −E −E
Carteira A 0 ST − E
Call 0 ST − E
E
C = S +P−
1+ r
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Se as opções fossem americanas, o argumento de arbitragem que usamos não seria
valido porque o facto de as carteiras terem o mesmo valor na data de expiração não
significa que tenham o mesmo valor antes dessa data.
Pode compensar exercer uma opção de venda americana antes da data de exercício.
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VI. CONCLUSÃO
É também imprescindível, citar a importância que este tema possui na área da gestão
financeira, ou em termos mais usais, para o gestor financeiro. O investimento em
opções (generalizando em derivados), impulsionam os retornos e reduzem os riscos,
com a finalidade de contribuir positivamente para o objectivo de maximizar o preço da
acção de empresa.
Finalizando, o grupo pôde concluir que o crescimento dos mercados de opções tem
sido acompanhado de enorme interesse por avaliar contratos de opções, tanto entre
académicos quanto entre o pessoal envolvido em actividades práticas no mercado
financeiro.
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VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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