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Docente: Iago
Discente: Ana Luiza Cerqueira Beraldo Figueira
Resenha crítica
Hul Han e foi publicado em 2012 na Alemanha. A obra é dividida em noves pequenos
capítulos, quais sejam, (1) Sociedade positiva, (2) Sociedade da Exposição, (3) Sociedade
Intimidade, (7) Sociedade da Informação, (8) Sociedade do Descobrimento e, por fim, (9)
dimensões sociais que têm sido afetadas pelo uso excessivo das redes sociais.
Nesse sentindo, uma das reflexões trazidas pelo autor é no sentido de que,
atualmente e com ajuda das redes sociais, as relações foram trocadas pelas conexões, nas
redes - permite que o sujeito exclua aquilo que não gosta ou que o frusta (a lógica, ainda
que inconsciente, é: o que se gosta, não frusta). Consequentemente, o autor conclui que
tal dinâmica (o sujeito apenas se conectar com o que curte) tem homogeneizado as
relações sociais, que, para Han, seria uma nova forma – própria da Sociedade da
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transparência – de vigiar seus habitantes, moldando-os através da transparência e vigia
mostram as partes que agradam e cativam e, assim, as conexões que os sujeitos fazem
através das redes não os aproximam dos outros. Em verdade, seguindo essa lógica do
recorte, as redes sociais aproximam indivíduos que pensam igual e afastam ainda mais
aqueles que pensam de maneira diferente. Tal dinâmica admite que as relações e os
Nesse contexto, Han questiona como a apropriação de tais dados, por determinadas
empresas, podem causar impactos direto no modo de agir das pessoas, principalmente no
indivíduos descartam na mesma intensidade e velocidade com a qual consumem, vez que
recíproco de vigiar a vida um dos outros. A dinâmica nas redes acaba por submeter os
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apesar de desejarem se mostrar diferentes, acabam se comportando de maneira igual, a
Ademais, ao tratar do aspecto da vigilância nas redes sociais, Han pontua que os
compartilhar suas vidas belas e positivas, sendo que é nesse momento que se concorda
em ser supervisionado, sem que de fato tenham dado permissão para tal. Em síntese, é
possível concluir que nas redes sociais os sujeitos ficam sob o olhar de todos os demais,
sendo todos vigiados reciprocamente e, ainda, há a sensação de que o que não está na
rede, não existe, o que faz com que as pessoas fiquem nesse looping de expor e vigiar.
Além disso, o autor provoca a reflexão sobre o hábito atual que os indivíduos
possuem de organizar a sua vida em torno das notificações dos celulares, em que é
solicitado dos sujeitos um imediatismo e uma relação constante e acelerada nas respostas,
afastando os momentos vazios e/ou espontâneos. Aqui há um novo padrão (ou, um padrão
contemporâneo), qual seja, o de ser rápido nas respostas, sendo estranho aquele que
demora ou que se ausenta dessa relação por meio e/ou com o tecnológico.
Com efeito, Han chama atenção para o fato de que a demora para contemplar as
contemplação e de maneira líquida, pois os sujeitos já não têm mais paciência. O sujeito
perdeu a noção do que significa esperar e ser paciente, tudo acontece de maneira precoce
e não é para menos, já que na sociedade da transparência o segredo e o suspense são vistos
negativamente pelos indivíduos que a compõem, já que esses anseiam pela exposição e
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Nessa linha de raciocínio, o imediatismo, próprio da Sociedade da transparência
vigilância sobre o que está sendo exposto nas redes, para não perder nada e, por isso, se
dimensões da vida do sujeito pressupõem algum tipo de conexão às redes, seja para saber
o que vai acontecer nas aulas na universidade (uso de whatssap e plataforma digital da
instituição), seja para pagar uma conta (uso de aplicativos de banco), seja para se informar
contemporaneidade, aquele que não se rende – em parte – às redes, fica, de fato, excluído
do fluxo de informações que, muitas vezes, se faz necessário para tocar a sua vida no dia
a dia.
Por exemplo, o estudante que não usa o whatssap (e não participa dos grupos
direcionados aos temas da sua turma) fica desinformado sobre as eventuais mudanças nas
aulas, trabalhos, etc. Logo, aquele aluno engajado no seu curso se sentirá obrigado a
utilizar as redes como forma de se manter atualizado e em dia com as suas obrigações
a dia – pode gerar impactos negativos na sua saúde mental (ocasionado pela ansiedade,
etc) e, ainda, tal obrigatoriedade de uso das redes expõe – cada vez mais – o sujeito a esta.
indivíduos a desejarem expor as suas particularidades e, conclui que, isso ocorre pois eles
pretendem gerar uma publicidade sobre si próprios. É nesse contexto que, nas lições do
pessoa se torna seu próprio objeto de publicidade bem como passa a pensar em si e,
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especialmente, no que os outros vão pensar e como vão reagir sobre suas ações. Logo, os
indivíduos pautam suas ações, na rede, de acordo com a vigia que será exercida sobre
aquilo que irá expor. Nesse sentido, Han afirma em seu livro que “o excesso de exposição
faz de tudo uma mercadoria, na qual tudo é entregue, nu, sem segredo, à devoração
imediata”.
indivíduo se despe não por coação externa, mas sim por conta de uma necessidade criada
em si próprio, isto é, “quando o medo de ter de renunciar à sua esfera privada e íntima
transparência seria contemplar os momentos vazios, e não auto explorar a partir das redes
sociais, lembrando sempre que o uso das redes é apenas um meio e não um fim em si
mesmo. De fato, o uso consciente das redes sociais bem como uma reflexão crítica sobre