Você está na página 1de 8

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS


Instituto de Biociências – IBIO
Departamento de Ciências Naturais – DCN

Disciplina: Química Geral e Inorgânica

Professora: Cláudia Jorge do Nascimento

Aluno: Carole Sant’ana Massolar da Silva

Curso: Biomedicina

Turma: A Nº da prática: 02

Prática realizada no dia: 27/05/2013

Medições e erros

Rio de Janeiro

Semestre 01 ano 01
I) Introdução
As medições são sempre imprecisas. Ao realiza-las, mesmo com a utilização de
instrumentos mais sofisticados em condições ambientais controladas, os resultados
obtidos nunca serão exatos, havendo sempre algum tipo de erro. Por isso, ao obter o
resultado de qualquer medição é necessário mencionar a incerteza associada a este.
É importante ressaltar que nenhuma medida é um valor exato, mas sim uma faixa
mais ou menos larga de valores, dependendo da precisão do aparelho usado. Ao calcular
um resultado por aproximação, é preciso ter a noção de como estimar e delimitar o erro
cometido nessa aproximação. A partir desse conhecimento, é possível um melhor
entendimento sobre erro absoluto (incerteza) e erro relativo. No primeiro, o erro é inerente
ao instrumento, e pode ser definido como a diferença entre o valor obtido e o valor
verdadeiro. Numa proveta, o erro absoluto é de ±0,5 mL, logo, uma leitura de volume 7,90
mL corresponde a um valor entre 7,85 mL e 7,95 mL. No caso do erro relativo, é levado
em conta, além do instrumento, a quantidade medida. O erro relativo pode ser obtido
através da razão entre o erro absoluto e a quantidade obtida na medição. Numa bureta de
25 mL, o erro relativo será menor ao medir-se um valor acima de 20 mL do que ao medir-
se um valor abaixo de 5 mL.
Os erros, pela forma como influenciam as medições, podem ser classificados
como: erros grosseiros, resultados da falta de atenção (por exemplo, erros de leitura e
cálculo); erros sistemáticos, causados por fontes identificáveis, e podem ser eliminados
ou compensados; erros aleatórios, que persistem numa medição mesmo após a remoção
dos erros grosseiros e sistemáticos, e podem decorrer da limitação do equipamento ou do
procedimento de medição.

II) Objetivos

Compreensão de como fazer as leituras em instrumentos de medição e quais o erros


inerentes aos instrumentos e aos métodos utilizados.

III) Materiais e Métodos

i. Materiais utilizados

 Água destilada
 Proveta de 50 mL
 Pipeta graduada de 10 mL
 Pipeta volumétrica de 10 mL
 Pipeta volumétrica de 25 mL
 Balão volumétrico de 100 mL
 Balão volumétrico de 250 mL
 Espátula
 Cloreto de sódio
 Bureta de 25 mL
 Balança
 Vidro de relógio

ii. Metodologia

Medições foram feitas com instrumentos distintos e diversas medidas foram


coletadas.
Primeiramente utilizou-se uma proveta de 50 mL com uma pera na parte superior e
acrescentou-se água destilada a um volume inferior a 10 mL e posteriormente a um
volume superior a 30 mL.
Logo após, adotou-se uma pipeta graduada de 10 mL, com um pipetador manual
encaixado no fim do instrumento. A água destilada foi pipetada acima do traço de
referência (zero), secou-se a parte externa com um papel toalha e o zero foi acertado.
Mediu-se um valor inferior e um superior a 5 mL.
A seguir foi utilizada uma pipeta volumétrica de 10 mL e uma de 25 mL,
prosseguindo de maneira semelhante à pipeta graduada para acertar o traço de
referência. Mediu-se o volume escoado, transferindo a água para um erlenmeyer.
Posteriormente, dois balões volumétricos foram utilizados, sendo um de 100 mL e o
outro de 250 mL. Inseriu-se uma ponta de espátula de NaCl (cloreto de sódio) e
acrescentou-se água para que o sal fosse dissolvido. Após a dissolução o traço de
referência foi atingido com a introdução de água.
Apanhou-se uma bureta de 25 mL e introduziu-se água até que esta ficasse cheia.
Escoou-se um pouco de água para que a parte inferior da bureta se completasse.
Acrescentou-se mais água até que ultrapassasse o traço de referência, para, assim,
acertar o zero. Após isso, mediu-se um volume inferior a 5 mL e um valor acima de 20
mL, havendo a transferência do líquido para um erlenmeyer.
Em seguida, ocorreu a pesagem do NaCl, medindo-se valores abaixo de 1g e
acima de 10g.
Por fim, alguns dados foram analisados e substituídos na fórmula fornecida, com o
intuito de encontrar a porcentagem peso por volume de H2O2 na água oxigenada.

iii. Esquema de aparelhagem

Todos os instrumentos a seguir foram utilizados na aula prática do dia 27/05/2013.


Figura 1: Instrumentos utilizados para fazer a sucção de água para as pipetas.
1. Pipetador manual
2. Pera

Figura 2: Proveta de 50 mL. Figura 3: Pipeta graduada de 10 mL.


Figura 4: Pipeta volumétrica de 10 mL Figura 5: Balão volumétrico de 100 mL
E 25 mL, respectivamente. e 250 mL, respectivamente.

Figura 6: Bureta de 25 mL suspensa por um suporte universal.


Figura 7: NaCl (cloreto de sódio). Figura 8: Instrumentos utilizados na
pesagem do sal.
3. Vidro de relógio
4. Balança

IV) Resultados e Discussão

A partir das diversas medições com instrumentos diferenciados é possível perceber


a melhor exatidão levando em conta o erro absoluto, relacionado a cada instrumento, e o
erro relativo, relacionado não só ao instrumento, mas também a quantidade medida.
Sendo assim, ao ser realizado algum experimento que necessite de uma maior exatidão
dos resultados, é possível escolher o melhor instrumento a partir do erro relativo
percentual, que quanto menor, mais exata será a medida.
Na pipeta graduada, ao medir um escoamento de 4,5 mL, o erro relativo percentual
é de 1,1%, e ao medir um escoamento de 6,48 mL o erro é de 0,7%. Entretanto, ao
utilizar-se de uma pipeta volumétrica de 10 mL, o erro relativo percentual diminui para
0,2%; ao usar uma pipeta volumétrica de 25 mL, o erro passa a ser de 0,08%. Ou seja,
para uma melhor exatidão, dependendo do que se pretende medir, é aconselhável o uso
da pipeta volumétrica.
É possível observar que na proveta de 50 mL ao medir o volume de 7,9 mL, o erro
relativo percentual é de 6%. Já ao ser medir-se 37,8 mL, que é mais aproximado ao
volume da proveta, o erro relativo percentual cai para 1%.
Tabela 1: Os dados coletados foram inseridos, e a partir deles mediu-se o erro percentual
relativo de cada instrumento em determinada quantidade para que esse fosse comparado.

Erro
Erro Nº
Quantidade absoluto do
Instrumento relativo algarismos
medida instrumento
percentual significativos
de medida

Proveta 7,9 mL ±0,5 mL 6% 2

Proveta 37,8 mL ±0,5 mL 1% 3

Pipeta
4,50 mL ±0,5 mL 1,1% 3
graduada

Pipeta
6,48 mL ±0,5 mL 0,7% 3
graduada

Pipeta
10,00 mL ±0,02 0,2% 4
volumétrica

Pipeta
25,00 mL ±0,02 0,08% 4
volumétrica

Balão
100,00 mL ±0,02 0,02% 5
volumétrico

Balão
250,00 mL ±0,02 0,008% 5
volumétrico

Bureta 2,28 mL ±0,01 0,4% 3

Bureta 22,68 mL ±0,01 0,04% 4

Balança 0,69 g ±0,01 1% 2

Balança 11,66 g ±0,01 0,08% 4

Por fim, a partir de dados e da fórmula fornecida, foi possível encontrar a


porcentagem peso por volume de H2O2 na água oxigenada, sendo esta o valor de 2,9%.

V) Conclusão

A partir dos resultados obtidos é possível concluir que independente do que se faça
para que os erros sejam evitados, todas as medições serão afetadas por eles. Resultados
com exatidão são utópicos e a única solução para tentar amenizar os erros é buscar
instrumentos propícios para cada tipo de medição e para determinada quantidade medida.
VI) Referências Bibliográficas

 Páginas da internet

Medições e erros. Disponível em <


http://coimbra.lip.pt/~vitaly/TFM_2007/Capitulo1.pdf>. Acessado em 05 de
junho de 2013.
Erros e Medidas – Algarismos significativos. Disponível
em < http://educar.sc.usp.br/fisica/erro.html>. Acessado em 05 de
junho de 2013.
Introdução aos Erros e Medições. Disponível em <
http://www.estig.ipbeja.pt/~legvm/tmo/apontamentos/__aula01-05.pdf>.
Acessado em 05 de junho de 2013.
CABRAL, PAULO. Erros e Incertezas nas Medições, Julho de
2003. Disponível em <
http://www.peb.ufrj.br/cursos/ErrosIncertezas.pdf>. Acessado em 05 de
junho de 2013.

Você também pode gostar