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Dércia Albino Manangule


Nilza Pedro Cumbane
Paciência armando Sitoi

Necessidades Educativas Especiais Motrizes

(3º Ano de Licenciatura em Ensino de História)

Universidade Pedagógica
Maputo
2023
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Dércia Albino Manangule


Nilza Pedro Cumbane
Paciência armando Sitoi

Necessidades Educativas Especiais Motrizes

(3º Ano de Licenciatura em Ensino de História)

Trabalho da cadeira de
Necessidades
Educativas Especiais, a
ser entregue ao docente
da cadeira, para questões
de avaliação.

Universidade pedagógica
Maputo
2023
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Índice
1.Introdução .................................................................................................................................... 3

2.Problemas de Motricidade ........................................................................................................... 4

3.Necessidades Educativas Especiais Motrizes .............................................................................. 4

3.1.Condições que Produzem N.E.E. Motrizes ............................................................................... 5

3.2.Tipos de Necessidades Educativas Especiais Motoras ........................................................... 56

4.Conclusão ..................................................................................................................................... 8

5.Bibliografia .................................................................................................................................. 9
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1.Introdução
As crianças com Necessidades Educativas Especiais são aquelas que podem necessitar de apoios
e serviços de educação especial durante todo ou parte do seu percurso escolar, por forma a facilitar
o seu desenvolvimento académico, pessoal e socio emocional, por exibirem determinadas
condições específicas como o autismo, a hiperatividade, as dificuldades de concentração, as
dificuldades motoras, as dificuldades sensoriais, as dificuldades de aprendizagem e as dificuldades
de compreensão e expressão. É neste contexto que surge o presente trabalho da cadeira de
Necessidades educativas Especiais subordinado ao tema: Necessidades Educativas especiais
Motrizes. O mesmo abordará aspectos relacionados com os problemas de motricidade, e tipos de
necessidades educativas especiais motoras. De referir que o trabalho foi elaborado graças a
consulta bibliográfica, obedecendo a seguinte estrutura: Introdução, Desenvolvimento, conclusão
e Bibliografia.
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2.Problemas de Motricidade
De acordo com STRABELI (2019), os problemas de motricidade, estão associadas a diversos
distúrbios do sistema nervoso central. Assim, crianças com paralisia cerebral, síndromes genéticas
e deficiência intelectual, por exemplo, podem apresentar esses problemas que são conhecidos e
esperados. Entretanto, quando não há nenhuma causa aparente para o deficit motor, ou seja,
nenhuma condição que explique o problema, o ideal é consultar um especialista para uma
avaliação.

Ainda de acordo com a autora acima, a falta de jeito é um sinal bem característico de problemas
de motricidade, assim como uma coordenação motora abaixo do esperado para a idade. Problemas
de ritmo, tensão corporal e excesso da atividade muscular durante a execução de tarefas motoras
são outros sinais importantes. É interessante observar que quando os pais contam a história da
criança, quase sempre relatam que houve atraso nos marcos do desenvolvimento motor, como
engatinhar, ficar de pé e andar.

STRABELI (2019), afirma que segundo estudos, o TDC afeta entre 6 a 10% das crianças em idade
escolar, portanto é um problema frequente na infância, que pode ter grande impacto no
desempenho escolar e nas relações sociais. Entre as causas, alguns estudos apontam que problemas
na gravidez, parto, prematuridade, baixo peso no nascimento e fatores ambientais podem estar
ligados ao déficit motor.
“Além disso, os problemas motores quase sempre aparecem associados a dificuldades de
aprendizagem e em crianças com diagnóstico de Transtorno de deficit de atenção e Hiperatividade.

3.Necessidades Educativas Especiais Motrizes

De acordo com CADETE (2012), as necessidades educativas especiais motrizes, abarcam crianças
e adolescentes cujas capacidades físicas foram alteradas por um problema de origem orgânica ou
ambiental, que lhes provocou incapacidades do tipo manual e/ou de mobilidade. Podemos citar a
paralisia cerebral, a espinha bífida, a distrofia muscular, amputações, poliomielite e acidentes que
afetam a mobilidade.
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3.1.Condições que Produzem N.E.E. Motrizes


De acordo com CADETE (2012:45), essas necessidades motoras são danos cerebrais que podem
ser adquiridos, ou seja, uma lesão súbita no cérebro ou paralisia cerebral, neste caso estamos
falando de uma afetação crônica que foi gerada durante o desenvolvimento cerebral do feto.
Outras condições podem ser danos na medula espinhal. Esses danos ocorrem quando muita pressão
é exercida ou o fornecimento de sangue e oxigênio é cortado. Outros danos podem ocorrer na
espinha bífida, nos casos mais graves, pode levar a incapacidades físicas, como paralisia dos
membros inferiores.
Falamos também da esclerose múltipla, a lesão da bainha de mielina, que é a que reveste a medula
espinhal, pode causar vários sintomas. Por fim, indicam danos aos músculos, conferindo à distrofia
muscular um enfraquecimento e perda de massa muscular.

3.2.Tipos de Necessidades Educativas Especiais Motoras


De acordo com CADETE (2012), existem as seguintes necessidades educativas especiais motoras:

Monoplegia

Segundo o mesmo autor, A monoplegia acontece quando um único membro é acometido por uma
paralisia, podendo ser membro inferior ou superior. A monoplegia também pode se referir à
paralisia de um grupo de músculos.

É comum que a monoplegia aconteça por causa de lesões do sistema nervoso como encefalite,
esclerose múltipla, traumatismo craniano e AVC. A má formação congênita também pode causar a
monoplegia. Entretanto, em alguns desses casos é possível realizar cirurgias locais para reduzir as
dores e melhorar a mobilidade da pessoa.

Em alguns casos a monoplegia pode ser tratada, havendo recuperação total ou parcial da parte do
corpo prejudicada.

Embora seja uma forma mais branda de deficiência, as pessoas com monoplegia precisam manter
acompanhamento médico para promover a reabilitação adequada.

Hemiplegia
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Segundo CADETE (2012), a hemiplegia é a paralisia de um dos lados do corpo, ou seja, do lado
direito ou do lado esquerdo. Ela pode ser congênita, por problemas na gestação, por exemplo, ou
adquirida, resultado de um AVC, esclerose ou tumores neurológicos.

Em casos mais graves a pessoa com deficiência pode desenvolver dificuldades para se alimentar,
por não conseguir mover os músculos envolvidos.

Paraplegia

Segundo CADETE (2012), certamente esse é um dos tipos mais conhecidos de deficiência física
motora. Ela ocorre quando há perda dos movimentos dos membros inferiores. Ela sempre é
resultado de lesões na medula que podem ocorrer por doenças infeciosas, doenças degenerativas
ósseas, doenças congênitas ou traumatismos na medula espinhal, principalmente decorrentes de
acidentes.

Quando não há corte na medula espinhal, pode haver reversão do quadro. Entretanto, para isso é
preciso intensa atenção médica e um forte trabalho de reabilitação.

A paraplegia pode ser dividida em flácida, quando há perda de tônus muscular, ou espática, quando
há aumento anormal do tônus, a hipertonia.

As pessoas paraplégicas necessitam de cadeira de rodas para se locomover e de acessórios para


melhorar o conforto e as dores causadas pelos longos períodos sentadas.

Tetraplegia

Segundo CADETE (2012), a tetraplegia afeta os membros superiores e os inferiores, em


consequência de lesão medular alta. Quando afeta os quatro membros temos a quadriplegia, que é
consequência de lesão encefálica.

Contudo, ambas geram o mesmo resultado prático, sendo diferenciadas apenas pela causa. A
tetraplegia é causada por traumatismos entre a primeira e a sétima vértebra cervical.
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Em muitos casos de tetraplegia, a pessoa precisa de ajuda para realizar atividades básicas e também
e aparelhos para respirar. Mas existem casos em que o tratamento permite a recuperação parcial.

Amputação

Segundo CADETE (2012), a amputação significa que uma parte do corpo foi totalmente separada,
seja através de acidente ou por cirurgia. Quando a separação é acidental é chamada de amputação
traumática.

A amputação por cirurgia pode ser necessária para tratamentos de trombose, câncer ou outras
doenças que afetam as extremidades do corpo e que podem comprometer órgãos vitais.

Quem sofreu algum tipo de amputação precisa manter acompanhamento médico e psicológico.
Dessa forma será mais fácil lidar com efeitos possíveis, até mesmo como dores no membro
perdido.

Na maioria dos casos de amputação de membros superiores ou inferiores é possível implantar uma
prótese. Isso ajuda a retomar as atividades normais.
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4.Conclusão
Com a elaboração do presente trabalho foi possível aferir que existem varias necessidades
educativas especiais motoras originadas por diferentes factores, porém em todos os tipos de
deficiência motora o corpo reage de uma maneira diferente aos tratamentos propostos. Contudo, o
importante é focar no processo de recuperação e evitar comparações. Foi possível aferir ainda que,
a ciência e a medicina estão sempre em evolução. Portanto, estão em constante busca de novas
soluções para melhorar a qualidade de vida das pessoas com necessidades. Por fim, aferiu-se que,
o mais importante no contacto com as crianças com necessidades educativas especiais é
disponibilizar ajuda, incentivar e elogiar as mesmas quando o merecem, respeitando o seu espaço
e privacidade sem as excluir de atividades e “brincadeiras”, promovendo ativamente a criação de
oportunidades para que elas mostrem o seu verdadeiro potencial.
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5.Bibliografia
CADETE Henriques, Julieta. A Inclusão de Crianças com Necessidades Educativas Especiais
no 1º Ciclo. Lisboa, 2012

STRABELI, Márcia. Transtorno de coordenação Motora. Porto, 2019

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