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AULA 171

Construindo a política de comunicação


do seu negócio

Já estamos gravando. Fala, meu amigo! Seja muito bem-vindo a mais


uma aula aqui pelo Novo Mercado. Eu me chamo Ícaro de Carvalho. Se você
está assistindo essa aula através de uma gravação, não importa o dia, o
horário, ou a data estelar. A nossa aula de hoje, de número 171, é: Construindo
a política de comunicação do seu negócio — como se comunicar da melhor
maneira possível.
Essa é uma aula que vai entrar no hall das aulas que eu vou recomendar
sempre. Essa é uma aula bem de base. E essa aula fala sobre questões que
eu levo em consideração quando eu penso em construir a proposta do que
quer que seja. Antigamente, eu lidava com mais clientes, hoje eu estou mais
focado no Novo Mercado, mas...
Só para vocês terem ideia: 2016, a gente fez Brasil Paralelo; 2017, Código da
Riqueza; 2018, portal do Primo Rico, Avenue Securities; 2019 agora, ainda
Avenue Securities, Novo Mercado. Fora isso, a gente pegou LSM, Leandro &
Stormer, Liberta Global, Portal do Trader, WeAudit, ShopFácil do Bradesco —
empresas de todos os tipos, empresas de todos os jeitos, empresas de todos
os tamanhos.
Geralmente, eu desenhava a comunicação de todas elas, eu era o copywriter,
eu era aquele que desenhava a estratégia de comunicação, para oferecer um
produto, ou para lançar uma empresa na rua. E o que eu fiz até hoje é seguir
uma receitinha de bolo que dá certo, e vem dando certo, e continua dando
certo, e eu quero passar aqui um pouquinho para vocês.
Napoleão — vamos começar já pesando... O Novo Mercado é isso, o cara já
começa: "Vamos começar, então: 'Napoleão...'"

Napoleão tem uma frase que sentenciou o início desse pensamento, não é?
Napoleão dizia que existem dois elementos fundamentais que produzem
iniciativa no ser humano: o medo da perda, a vontade do ganho. O ser
humano, ele é movido basicamente por isso. Ou você tem medo de perder, ou
você tem vontade de ganhar. Todos nós temos o dois, mas em momentos
determinados...

Sempre na nossa vida, você está vivendo um momento específico.


Por exemplo, eu acho que a maioria das pessoas que estão aqui no Novo
Mercado vivem um momento de vontade de ganhar — o cara tem mais vontade
de ganhar do que medo de perder. Porque está pagando por um treinamento; o
Novo Mercado é um treinamento pesado, é um treinamento longo, é um
treinamento de aulas de uma hora, que não promete receita fácil. Então, acho
que a maioria de vocês estão hoje numa etapa de: "Tenho mais vontade de
ganhar do que medo de perder".
Mas eu já estive com muito medo de perder. Na verdade, não era nem tanto
medo de perder, era o medo de não conseguir nem conquistar. Não tinha nada
para perder, não é?
Então, meu medo maior era: "Puta, cara! Eu sei que eu tenho 10 anos, 15
anos. Será que eu vou conseguir, nesses 15 anos, chegar onde eu quero?
Será que eu vou conseguir, nesses 15 anos, fazer o que eu quero? Será que
eu vou conseguir, nesses 15 anos, entregar para minha esposa, entregar para
os meus filhos, aquilo que na minha cabeça eu ia conseguir fazer?". Então,
você fica com muito medo, muito medo de perder esse futuro. Eu não pensava
nem tanto em: "Tá bom! Como é que eu vou ganhar o dinheiro?". Eu pensava
muito: "Será que eu vou ganhar o dinheiro?".
Então, a primeira coisa que nós fazemos com uma política de comunicação de
um produto, de uma empresa, de uma marca pessoal, é pensar: "A primeira
coisa é: nós vamos construir a política de lançamento, nós vamos construir a
política pré-oferta, o storytelling — e aí pode ser na hora do desafio, ou na hora
da inauguração. Nós vamos construir ela baseada na ganância ou nós vamos
construir ela baseada no medo?". Então, ponto importante porque, a partir
daqui, toda a espinha dorsal da sua comunicação, ela se desenvolve.
Eu não gosto de misturar as coisas. Eu não gosto de fazer uma campanha em
que uma hora você fala sobre ganho, outra hora você fala sobre perda; uma
hora você fala sobre ganância, outra hora você fala sobre medo. Geralmente,
eu pego um único vetor sentimental e insisto nele do início ao fim de uma
campanha.

Se vocês pararem para pensar, existem algumas aulas em que eu falo sobre
isso, existem algumas aulas em que eu já falo sobre isso daí, botei até a foto
do Napoleão. Mas hoje eu quero falar sobre o elemento que não falei com
vocês até então. Esse elemento é o contraste. Eu sempre gostei de jogar no
contraste.

O que é que significa isso?


Eu sempre gostei de montar as minhas campanhas no contrario sensu.
O que é contrario sensu?
Falando o contrário do que está todo mundo falando. Se vocês chegaram a
ver...
Alguém aqui viu aquele post que eu fiz? O cara perguntou: "Por que é que..."

Estão falando que tem aula de contraste, mas é aula de contraste de preço. A
gente está falando aqui de comunicação. Mas vejam a aula de contraste
também. Inclusive, complementem essa aula com a 148, 149 e 150, com as
três aulas de jornada do herói. Quem não viu essas três aulas ainda, veja.
Coloquem na agenda de vocês, assistam as três aulas da jornada do herói.

Vocês viram aquele post... Vocês viram aquele stories que eu postei em que o
rapaz pergunta assim: "Por que é que romantizam tanto o
empreendedorismo?"? E eu falei: "Mas quem romantiza? Você já me viu
romantizando? Você já viu o Flávio romantizando? Vocês que vão atrás do
romantismo".
E hoje alguém postou assim: "Ícaro, você é o anti-herói que o Brasil precisa".
As pessoas chamam de anti-herói porque elas não têm o domínio da técnica. O
meu personagem não é um anti-herói, o meu personagem defende uma
sequência, uma série de elementos de heroísmo, de bondade, de ser correto, e
de valorizar as pessoas, e de agradecer, e de estar próximo, e de ser amigo, e
de não criticar, e essas coisas, não criar polêmica. Não é bem um anti-herói,
não é? Muito menos um fora da lei. Mas as pessoas não sabem as definições
corretas.
Mas o que eu faço é simplesmente repetir o que eu faço desde 2015, que é:
posicionar a minha comunicação no contrario sensu daquilo que está todo
mundo falando.
Vamos pegar alguns exemplos disso daqui, não é?
Então, deixa eu vir aqui. Então, a primeira coisa que você vai fazer na hora,
antes de criar uma campanha, produto, negócio, infoproduto, promoção,
desafio... Antes de você pensar nisso tudo, fazer a pergunta: "Criarei uma ação
baseada na ganância ou no medo?", e me manter nela até o fim.
Existe um processo investigativo que você deve fazer com o seu público, e que
ele pode ser feito no Google Forms. Para quem não conhece... Ah! Digitem aí,
eu não vou pegar agora, porque senão vai fechar a tela aqui. Digitem "Google
Forms" no Google, que vocês vão achar. O Google te dá uma ferramenta para
você criar um formulário, e as pessoas podem...
Vamos fazer isso daqui já então. Aqui, olha. Vocês estão vendo? Digitem
"Google Forms" no Google, e ele vai te dar esse site, ou: google.com/forms.
Ele vai te dar a opção aqui “pessoal”. Eu não vou nem usar a do G Suite, não
é? Em que você vai...
Foda-se o que é que está atrás, não importa, cria um negocinho assim. E que
você pode, olha... Você pode criar os seus formulários, olha. Em vez de recriar
a pergunta do zero, você pode reutilizar. Aqui, olha. Tem seus campos. Eu
nunca criei um formulário aqui nessa conta pessoal. Aí você começa: "Quantos
anos você tem?". Opa! Essa é a descrição do formulário. "Formulário de
investigação de dor principal". Isso daqui é o que todos vocês devem fazer.
Isso daqui.
Quando vocês forem criar novos formulários aqui, olha. Pergunta: "Quantos
anos você tem?". Resposta curta, sempre resposta curta, senão o cara fala
demais — talvez lá na última não seja uma curta.
Isso daqui serve para você mandar para os seus seguidores na tentativa de
investigar uma questão que é importantíssima antes do início de uma
campanha, não é? Que é: "Qual é a dor principal do meu público? Qual é a dor
principal do meu público?". E existe uma pergunta que eu gosto de fazer para
identificar a dor principal do meu público, que é...
Porque, assim, você tem um grande problema num processo investigativo: se
você fizer as perguntas erradas ou se você pedir pelas respostas da maneira
errada, você não consegue chegar a uma conclusão, você se confunde.
Dentro de um processo investigativo, dois elementos são importantíssimos.
O primeiro elemento: a pergunta correta, feita da maneira mais clara e direta
possível. E o segundo elemento: exigir do lead uma resposta curta. Por que
uma resposta curta?
Você já viu quando um policial senta para investigar alguém? Ele fala assim:
"Cara, responda Yes ou No... or No". E aí, o cara vai respondendo, e quando
ele começa a divagar, o cara fala: "Vamos voltar à pergunta. Isso daqui, isso
daqui, isso daqui". Daí o cara vai respondendo, quando ele começa a divagar:
"Vamos voltar à pergunta. Isso daqui, isso daqui, isso daqui".
Pessoas, quando são perguntadas sobre coisas, elas tendem a rapidamente
responder à sua pergunta e logo depois começarem a justificar as suas ações.
Então, você pergunta para o cara: "Cara, o seu peso te incomoda?".
O cara começa:
— Incomoda, mas é que, assim, eu sempre comi chocolate quando eu era
pequeno. E minha mãe comprava umas caixas, daí eu comia, aí eu associei
isso...
— Não, não. Tudo bem, tudo bem, tudo bem. Mas não é isso que eu quero
saber, entendeu?
Então, existe uma pergunta que eu sempre faço dentro de um processo
investigativo... E que você pode fazer, por exemplo, uma estratégia bem
simples para você conseguir perceber a principal dor do seu público: você pode
fazer um desafio de uma semana...
Presta atenção. Você faz um desafio de uma semana no Telegram ou no
próprio WhatsApp, se o seu público for menor, e você entrega ele de graça.
Porque o seu objetivo não é monetizar isso, o seu objetivo não é fazer dinheiro
com isso nesse desafio de uma semana. Mas aí, no teu grupo, você chega e
fala assim: "Pessoal, eu quero entender melhor vocês. Vocês podem preencher
esse formulário?". As pessoas já estão lá, ela já estão em estado de gratidão,
elas já exibem reciprocidade, elas já ganharam três, quatro dias aí de
conteúdo; elas vão responder.
Existem algumas perguntas — "Qual é o seu e-mail? Qual é a sua idade? Qual
é o seu sexo?" — que são até interessantes, mas existe uma pergunta central
que nunca está ausente de nenhum formulário, de nenhum processo
investigativo que eu faço, independentemente do cliente que eu esteja
trabalhando. E ela é muito boa e por isso eu a repito, porque ela condiciona a
resposta do lead exatamente para onde eu quero: "Em até três linhas, o que
mais te incomoda?". Ponto.
"Em até três linhas, qual é o seu principal medo? Em até três linhas, o que você
quer resolver em 2020? Em até três linhas, qual é a maior mudança que pode
acontecer em 2020 para você?"
Quando você fala: "Em até três linhas..." Inclusive, eu defendo que talvez isso
possa ser feito em duas linhas, cara. O processo é para que o lead sinta a dor,
entendeu? Na hora de responder. Então, ele vai parar para pensar.
Lembra do processo do micro desconforto? Quando eu escrevo nos meus
stories com a letra menorzinha para esse micro desconforto fazer o cara
pensar e olhar ali. É um micro desconforto. Quando você vira para as pessoas
que estão acostumadas...
Deixa só pôr para carregar aqui, o celular.
Quando você vira para as pessoas que estão acostumadas a falarem tanto e
você fala para elas: "Cara, em até duas linhas, responda isso daqui", isso gera
um micro desconforto, entendeu? Porque aqui você começa a saber qual é a
grande dor do teu público. Eu vou te dar um exemplo do porquê isso é
importante. Porque geralmente as pessoas fazem esse processo de maneira
genérica, alguém vira e fala assim...
Alguém aqui trabalha com emagrecimento? Alguém aqui trabalha com... é
nutricionista, ou profissional de educação física, ou...
A Carol está falando: "Eu", o Alexandre também. Olha só, tem a Carol, o
Alexandre, a Rosineida, a Márcia; tem um monte de gente aqui. O Abner está
lançando um nutricionista. Nutricionista trabalha na área de saúde, mas eu te
garanto que, dependendo do profissional, você vai ter dores completamente
diferentes.
Então, por exemplo, tem uma nutricionista que vai atender mulheres que estão
fora de forma, e elas vão ter uma dor. Essa dor geralmente está ligada à
autoestima, percepção dela em relação ao próprio corpo, como os outros a
veem. O gordo está muito mais preocupado em tentar esconder do que revelar.
Agora, se você chegar numa nutricionista, se você chegar numa profissional...
Sei lá! Numa mandinutri da vida, eu tenho certeza que aquelas pessoas que a
seguem, se contratam os seus serviços, estão muito mais ligados no aumento
da massa muscular, em ganhar mais forma; eles estão preocupados com outra
coisa, o problema do cara já não é emagrecer em si. Então, cada área possui a
sua dor principal.
Se eu fizesse um processo investigativo com os meus próprios alunos, eu
chegaria a uma conclusão bem diferente que o Érico chegaria se ele fizesse
nos próprios alunos dele, porque são empresas diferentes, negócios diferentes,
com preços diferentes, propostas diferentes. Então, o principal ponto é:
descobrir o que mais incomoda no seu cliente ou descobrir aquilo que de fato
ele deseja.
Zig Ziglar, que foi um grande palestrante motivacional, ele tinha uma frase que
mostra como as pessoas sabem exatamente o que fazer, mas elas não fazem.
Zig Ziglar falava o seguinte... Ele falava o seguinte: "Existe alguma mudança
pequena que você poderia implementar hoje que causaria uma melhora..." [...]
ainda que mínima.
Não vou colocar isso daqui, porque isso é anexo meu, não é?
"[...] causaria uma melhora na sua vida nos próximos 30 dias? Que não
dependesse de ninguém? Que não precisasse de dinheiro? Que não
precisasse de grandes investimentos, grandes mudanças?”.
E esse pensamento do Zig, ele é muito bom, porque ele mostra que todo
mundo diz um sim para isso.
Por exemplo, eu tenho, eu tenho uma mudança: parar definitivamente de
dormir às três da manhã em alguns dias. Porque geralmente eu durmo mais
cedo quando eu sei que eu tenho que ir para a academia, mas nos outros eu
acabo exagerando. Não me custa nada, mas eu vou acordar mais disposto.
Ou: ter mais paciência com as crianças.
E aí, quando você responde isso, a primeira coisa que o Zig fazia era: "Então,
por que você não faz isso agora? Não te custa dinheiro, você não depende de
ninguém, você pode fazer isso agora. É uma mudança simples, pequena, que
pode ser implementada hoje, e que vai causar uma melhora sensível na sua
vida. Por que você não faz hoje?".
Então, as pessoas sabem o que fazer, elas só precisam pagar para que outras
pessoas digam para ela o que ela tem que fazer, é uma validação. Simples
assim. E as pessoas fazem isso o tempo todo.
Então, quando você descobre qual é o principal objetivo do seu lead, isso se
torna o centro da sua campanha. Então, eu vou usar aqui como exemplo. E
quando existe o centro da sua campanha... Eu vou usar aqui, por exemplo...
Vamos usar aqui alguns exemplos: qual era o centro...
A gente chama isso de core, não é? Tirar o vermelho, que eu prefiro outra cor.
Qual era o centro do Brasil Paralelo 2016? Congresso Brasil Paralelo 2016. "O
Brasil está em risco". Caramba...
A Lu está perguntando quando o produto é supérfluo. A gente tem algumas
aulas sobre desejo, que eu te mostro que, o produto supérfluo, ele é muito
importante. Eu não sei por que o mercado tachou como isso. Mas você pega
uma cerveja, cerveja é supérfluo. Mas existem horas que a coisa mais
importante que existe para mim é poder tomar um copo de cerveja, ou para a
minha esposa: poder tomar um banho quente usando o xampu que ela
comprou e que custa 15 vezes mais do que o xampu que eu comprei.
Supérfluo é uma maneira que as pessoas de pouca criatividade adequaram
produtos que são extremamente necessários para as pessoas, só que não são
necessários o tempo todo. Então, eu não acredito em produto supérfluo.
Você quer uma coisa mais supérflua do que um carro de 80 mil reais 1.0 aqui
no Brasil? As pessoas compram, porque vem com Kit highline.
Então, assim, as pessoas vão sempre ser movidas pelo desejo, principalmente
agora que elas não têm sete filhos. Elas conseguem ter dinheiro, por isso que
elas vão...
Você quer uma coisa mais supérflua do que iFood? É só o cara ir no mercado,
fazer o mercado do mês, encher a dispensa dele e fazer a comida, mas ele
pede iFood. Cada vez mais, essas gerações mais novas pedem um monte de
iFood. Eu aposto que você come muito mais fora do que o seu pai comia. Meu
pai, talvez, uma vez por semana, ele vá num barzinho ali. Moleque de 20 anos
hoje pede iFood quase todo dia, gasta quase o salário todo pedindo iFood. Ou
Coca-Cola.
Você quer uma coisa mais supérflua do que beber Coca-Cola?
Então, assim, eu não acredito muito nisso.
Qual era o centro do Brasil Paralelo?
"O Brasil está em risco". É isso. "O Brasil está em risco". Só que nós...
Qual que foi a diferença do Brasil Paralelo para todo o resto?
O Brasil Paralelo foi a primeira campanha a tirar o Brasil do nome e substituir
por "Você".
A grande sacada do Brasil Paralelo foi quando nós dissemos: "Cara, a gente
tem que parar de falar do Brasil como o Jornal Nacional fala, como a
GloboNews fala, como o Boechat fala, como o William Bonner fala, e nós
precisamos falar para o cara na primeira pessoa: 'Você está em risco, porque
você é o Brasil, você faz parte do Brasil. Se o Brasil naufragar, você naufraga
também'". E quem era o público-alvo do Brasil Paralelo?
Pessoas ligadas a notícias econômicas, a notícias políticas, naturalmente
pessimistas, naturalmente incrédulas, naturalmente ressabiadas, naturalmente
desconfiadas, insatisfeitas, que acreditavam que nós não estávamos tomando
o rumo correto. Então, toda campanha, ela é baseada no medo, no medo de
que...
Deixa eu desligar esse telefone aqui. Sei lá o que é isso.
[...] naturalmente baseado no medo de que: "Cara, se a economia naufragar, a
inflação vai lá para cima". A gente falava de inflação de 20%. Não sei se vocês
lembram, mas tinha título sendo travado a 16, 18, 22% pelos próximos 20 ou
30 anos. Imagina o cara que se travou nisso no Brasil até hoje, travado em
20% ao ano. O cara está fazendo o que fez o Warren Buffet para o resto da
vida, só numa renda fixa, sem precisar tomar uma única decisão na vida dele.
Então, assim, esse era o centro do Brasil Paralelo. E quando o Brasil Paralelo
começou a comunicar isso, o senso comum era outro. As pessoas não falavam
nisso exatamente.
Eu quero usar um outro exemplo de contraste onde fica ainda mais evidente
isso daqui: quando a Empiricus fez o Fim do Brasil. O Fim do Brasil foi: o
Brasilzão lá, ainda estava... Não havia ainda sido revelado quanto custou para
o país toda essa brincadeira de Copa do mundo, Olimpíada, PT, Oderbrecht e
toda essa corrupção, e todo esse aparelhamento. Não havia.
Então, a Empiricus chegou e falou: "Cara, vai acabar o Brasil". Eu não sei se
vocês lembram... Olha como as coisas ficam claras quando a gente olha pelo
retrovisor. Olha como as coisas...
O Alexandre: "Ah! O Fim do Brasil foi modelado no Fim da América?".
Exatamente, só que se tornou uma campanha ainda melhor, na minha opinião.
Porque, de fato, nós estávamos muito mais próximos do Fim do Brasil do que a
América do Fim da América.
Olha que interessante. Quem aqui gosta de acompanhar as notícias, não é?
Vocês vão lembrar que teve uma analista do Santander que foi demitida ao
alegar que não estava tão otimista em relação ao próximo ano do país.
Vocês lembram disso?
Não sei se vocês lembram. Digita no Google: "Analista Santander demitida
Dilma". A analista, ela fez um paper, rodou no banco, falou para os seus
clientes: "Olha, eu não estou tão otimista, não, cara. Esse negócio aí de
heterodoxia econômica, esse negócio aí de abandonar o tripé, essa nova
matriz econômica; isso daí está meio esquisito".
Olha lá! Alguém já postou até. Ela foi demitida! Então, não era simples criticar o
PT naquela época. Hoje em dia é bonito, hoje em dia o cara passa ali o Lula na
frente dele: "Aí! Lula ladrão!". Hoje em dia o cara é machão. Vai naquela
época, cara.
Pega governo Lula 1, governo Lula 2. Governo Lula 2: Brasil cresceu 6.75 num
ano, cara. Concurso público aberto para tudo quanto era canto, Minha Casa
Minha Vida rodando para caralho, todo mundo fazendo empresa para pegar
100 mil, 200 mil em cartão BNDES a deus-dará. Todo mundo na Minha Casa
Minha Vida, Caixa lotada, todo mundo ia para a Caixa fazer simulado de
imóvel. A farra da expansão do crédito.
E aí, a Empiricus vem e fala assim: "Cara, pode ser que nós estejamos vivendo
o fim do Brasil, hein". Contraste.
Por que é tão importante contrastar?
Presta atenção, que esse é o ponto central da tese.
Por que é tão importante você contrastar?
Porque é a única forma que existe de você chamar atenção sendo
pequeno. Ponto.
Como é que eu chamei a atenção na internet antes de vocês me verem?
É que agora vocês me veem no Instagram, 300 mil pessoas: "Oh, meu Deus!",
dando palestra, tirando foto com o Flavio. Agora vocês olham: "Ah! É porque o
Ícaro é só escrever qualquer coisa que dá certo", mas há dois, três anos atrás
não era assim, cara.
Como é que eu fiz para começar a chamar a atenção das pessoas?
Eu fiz um textinho chamado... Nem lembro do título do texto, para falar a
verdade. Digitem empreendedor de palco... Empreendedorismo de palco...
Como o empreendedorismo de palco vai destruir você. É alguma coisa assim.
Eu fiz esse texto, está lá no Medium. Milhões de leitores. Por quê? Porque era
o contraste. Vocês lembram...
Olha lá! Como o empreendedorismo de palco (nem sei) vai destruir você.
Alguma coisa assim. Naquele momento, nós vivíamos o auge dos coachs. Não
parece que os coachs sumiram? Nós vivíamos o auge dos coachs. Todo
mundo era coach, todo mundo era trainer, todo mundo era isso, e todo mundo
subia nos palcos, e tinha evento de coach todo dia; todo mundo com aquelas
fotinhos assim. E de repente, pessoas que trabalhavam com áreas
completamente diferentes viravam coachs.
O que eu fiz?
Catalizei esse evento... Catalizei esse evento e falei: "Cara, isso daqui não é
certo, isso daqui não é bom, isso daqui tem excessos".
Hoje, mais maduro, mais posicionado, com mais medo de perder do que
vontade de ganhar, eu faria um texto bem menos agressivo, mostrando que
existem pessoas boas no meio, mas que existem excessos. Mas naquela
época eu só tinha a agressão para me ajudar, então eu fui lá e apontei: "Olha,
isso daqui é uma merda". E aí, ganhei... tive a grande sorte, como a Empiricus
teve a grande sorte dela...
Qual foi a grande sorte da Empiricus na ação O Fim do Brasil?
O Palácio do Planalto respondeu.
Quando eu fiz o texto do empreendedorismo de palco, logo depois veio o
evento da Bel Pesce. Não sei se vocês lembram. Eu fiz o empreendedorismo
de palco, aconteceu a Bel Pesce. Eu fiz o empreendedorismo de palco, o Izzy
Nobre fez um vídeo e, se não me engano, naquele vídeo ele fala: "Cara,
inclusive, isso é um comportamento chamado empreendedorismo de palco".
Aí...
Sobre uma figura, não é? Sobre uma pessoa que era a menina do vale.
Enfim, era um símbolo, não é? Ela ia para o Danilo Gentili, cara. Nenhum
player do mercado, nenhum cara de markerting, nenhum empreendedor da
internet já tinha ido para o Danilo Gentili. E aí, você percebe como as coisas
são. E o que aconteceu?
O Brasil, de fato, ele começa a cobrar o seu preço, a gente começa a
desacelerar, a gente começa a perder tração, a gente começa a entrar numa
recessão, que duraria quase dez anos, não é? Ainda estamos aí, colhendo
essa desaceleração.
E aí, no ano passado, no auge do processo, a Empiricus vai lá e solta...
Qual que era o nome da ação da Empiricus? Era a volta por cima? A grande
retomada? O grande crescimento? Alguém lembra desse nome exatamente
como é que era? A volta... A grande virada! A grande virada.
A Empiricus vai lá e fala: "Pessoal, agora é a hora de dar uma grande virada".
E todo mundo: "Não, mas a inflação... Petrobrás vai estar dois reais. Petrobrás
vai zerar. O dólar vai para 6". "Pessoal, a grande virada". O que é que eu
observei...
Aí novamente, aí eu venho para o Instagram.
O que é que eu percebo no Instagram? O Instagram, qual é o senso?
Pensa sempre o seguinte: quando você quiser começar a montar...
Quando você quiser começar a montar uma campanha, pensa da seguinte
maneira: "Qual é o senso? Qual é o senso comum? E qual é o contrario
sensu?". Sempre pense nisso. Sempre pense nisso.
Entrei no Instagram: qual é o senso comum?
Felicidade, sucesso, beleza, amenidades, fotos bonitas, muitas imagens e
muitos textos. Quando eu via o Instagram, eu via isso.
Qual era o contrario sensu?
O contrario sensu era aquilo que o Ítalo estava fazendo, sozinho. O Ítalo estava
fazendo sozinho. Bem-vindo ao mundo real. O Ítalo, mesmo sem ser redator; o
Arno, mesmo sem ser redator, eles tinham encontrado o zeitgeist deles, eles
tinham encontrado o empreendedorismo de palco deles, que era: "Cara, bem-
vindo ao mundo real. O mundo real não é esse. A maternidade real não é essa.
A paternidade real não é essa. Não é esse".
E aí, eu falei: "Bom, eu não tenho aptidão visual, eu não estou no Haiti, eu não
tenho um pote de sashimi para tirar foto todo dia, eu não sou um influencer, eu
não sou trincado, eu não posso competir com esses caras nos vídeos. O que é
que eu posso fazer então? Texto. Texto, ninguém me pega".
Então, eu criei um modelo novo para poder competir com esses caras, que foi
justamente a caixa de perguntas. Eu via que as pessoas perguntavam...
As pessoas sempre usaram a caixa de perguntas errada. As pessoas abriam a
caixa de perguntas e falavam: "Qual é o seu queijo preferido?". E aí, o cara ele
respondia na caixa de perguntas. Não faz o menor sentido. Aí o cara
respondia: "Muçarela", daí o cara compartilhava a muçarela: "Hummm! O meu
também". Tudo errado.
Falei: "Porra! Essa caixa está sendo usada errada", aí eu criei o consultoria
grátis e respondi em texto. Só que o texto era uma merda, porque eu tinha que
ficar tirando foto toda hora de onde eu estava. Chegava uma hora que acabava
o ângulo. Então, eu tinha que ficar reinventando, que nem o Ítalo faz. O Ítalo
pega tipo um ângulo d'um pedaço da cama. Aí tem que ficar se reinventando,
daí eu falei: "Cara, deixa eu alimentar isso com arquétipo, não é? Com figuras".
Então, qual era o contrario sensu do meu meio? Qual era o senso comum do
meu meio...
Qual é o senso comum do meu meio dentro do Instagram?
"Empreender é muito fácil, qualquer um pode fazer. O Instagram vai te deixar
milionário. Instagram é só você fazer uns truquezinhos aqui. A vida é muito
boa. Vamos ganhar dinheiro. Marketing digital é fácil".
Qual é o meu contrario sensu?
Quando eu soltei a frase: "Não existe hack", que é uma coisa tão óbvia, é uma
coisa que eu falaria para o Matteo, para minha esposa. Eu falaria: "Meu, não
existe hack". Mas quando eu soltei: "Não existe hack", as pessoas: "Meu Deus!
Não existe hack?".
Claro que não existe hack, cara. Você precisava que eu te falasse isso?
Só que, os termos, eles não são... eles não colam como um chiclete, eles não
colam... Você tem que repetir. Então, eu comecei: "Não existe hack, é trabalho
duro. Não existe hack, não existe hack, não existe hack".
Depois de quatro meses falando isso, é que parece que é um jargão.
"Por que é que vocês não ouvem o pai? Por que é que vocês não ouvem o
pai? Por que é que vocês não ouvem o pai?"
Um monte de gente me chama de pai, mas "pai" é um termo muito novo na
minha história. Em 12 anos de trabalho, as pessoas me chamam por pai há 5
meses. "Foda-se o nióbio". Sei lá! Existe há 5 meses.
Então, você tem que repetir, repetir, repetir, repetir, assumir essa posição.
Hoje...
É como eu te falei. Hoje, eu olho, por exemplo, para arquitetas, eu olho para...
Teve um rapaz até que falou isso como fotografia, não é?
"O que fazer se eu sou um fotógrafo?"
Cara, fotografia para mim é extremamente mal trabalhado. O que é que as
pessoas fazem? Os fotógrafos, eles são maravilhosos na produção, seus perfis
são lindos, são muito chamativos, mas o fotógrafo não fala dele, o fotógrafo só
fala através de imagem. E na boa, por que é que você vai seguir um perfil de
imagem? Por quê?
Se a Lara fizesse um curso de fotografia e decidisse vender as fotos dela, ela
teria uma agenda idêntica à agenda que ela tem sendo nutricionista, porque as
pessoas não contratam a Lara porque ela é nutricionista, as pessoas contratam
a Lara. As pessoas contratam a Lara. Então, qual o processo para se...
Seth Godin fala que marketing é permissão e presença. Como é que você
aumenta a sua presença? Falando sobre você, falando sobre o que você
pensa, gerando conteúdo sobre o que você acredita, falando sobre coisas que
aconteceram.
Vejam uma das primeiras aulas no Novo Mercado, umas das primeiras,
chamada Timing post. Timing post. Fale sobre os temas que estão
acontecendo. Veja lá a Timing post.
E aí, por sinal, você tira foto. E a pessoa te acompanha. Como ela te
acompanha, ela se aproxima de você, ela gosta do seu conteúdo, ela gosta
daquilo que você produz, ela naturalmente está inclinada... Naturalmente, ela
está inclinada a acompanhar o seu conteúdo diariamente. Quando na vida dela
ela tiver necessidade de uma foto, cara, vai ser sempre você que ela vai
lembrar, entendeu?
Então, hoje, qual é o meu contrario sensu? O meu contrario sensu é: "Cara,
para você que desistiu de: empreendedorismo fácil, 'é só ligar o computador',
'ganhe dinheiro na praia...'". O que é que eu fiz quando eu estava em Miami? A
primeira coisa que eu fiz com aquele...
Presta atenção, que vocês têm a possibilidade de verem o meu trabalho
acontecendo em tempo real e ter a explicação deles de maneira que as outras
pessoas não têm.
O que eu tenho que sustentar?
Eu tenho que sustentar a espinha dorsal da minha comunicação.
Qual é a espinha dorsal da minha comunicação?
"Eu tenho muita coisa para te ensinar. Isso daqui pode te dar muito resultado,
mas isso daqui é trabalho duro. Isso daqui é uma vida modesta. O que vai te
fazer ganhar dinheiro é o que você ganha, e não ficar colocando 150 reais em
Tesouro Direto".
Eu estou lá em Miami, em frente à praia, no mar azul-turquesa.
Qual é a tentação?
Tirar uma foto e falar: "Uau! Como o marketing digital possibilita coisas
incríveis. Uau! Viva essa vida você também!". Essa é a tentação. Essa é a
tentação, ir lá na praia e pedir para a Anna tirar uma foto dos meus pés com o
notebook aberto assim: "Estou trabalhando em qualquer lugar do mundo. Seja
você também um cara tão felizardo quanto eu".
Só que o que aconteceria se eu fizesse isso? Eu perderia. Eu perderia e minha
mensagem estaria diluída na mensagem de um monte de gente que só faz
isso, entendeu? Não causaria impacto nenhum, seria mais uma foto passando
ali no meio, tipo: "Ah! Mais um cara que está vendendo uma Lamborghini...
Hahaha... que está andando de Lamborghini".
Então, o que é que eu faço? Eu gravo justamente um vídeo aplicando
contraste: "Olha só! Se você está vendo isso daqui e você acha que isso daqui
foi fácil, isso daqui foi difícil para caralho, eu tive que tomar no cu para cacete,
eu tive que me esforçar durante 12 anos. E agora eu estou aqui e ainda estou
comprando coisinha no mercado para deixar aqui, porque a água aqui custa 8
dólares, e eu respeito o meu dinheiro".
Puta! Contraste! Contrario sensu! Eu tenho certeza que todo mundo que tem
um amigo que está nessas porras de pirâmide, pegou meu vídeo, passou para
o cara e falou: "Olha, cara, tem um cara te alertando aqui, viu? Olha, tem um
cara com uma outra mensagem aqui, viu?". A grande... O grande conselho
dessa aula...
Para quem gosta de aula rápida, só se ferra, não é? Porque eu sempre boto as
coisas melhores lá depois de uma hora de aula.
Treine o seu olho. Treine o seu olho para agir no contrario sensu.
Vocês, mocinhas lindas, lindas, que trabalham com ginástica, treinamento, e
trabalham com nutrição, ao invés de só reforçarem a mesma coisa, as
mesmas blueberries, o mesmo corpo bonito, o mesmo pezinho para cima com
a bunda na nuca... Isso é bom? É, é o resultado do seu trabalho, mas comece
a mostrar que não é só isso, comece a mostrar o trabalho que dá, comece a
mostrar que é possível ser menos e ser plenamente feliz.
Cara, a primeira vez que uma mensagem tua cair no canal de um influenciador
que vai olhar e vai falar: "Puta! Essa menina falou uma realidade que ninguém
fala". Aí você começa a subir. Só que eles nunca vão fazer isso se a sua
mensagem for só a mesma.
A Lara foi uma das principais responsáveis pelo crescimento desse perfil, do
meu. A Lara nunca compartilharia um conteúdo meu se tivesse só foto minha
no computador digitando e falando assim: "Venha ganhar dinheiro enquanto
dorme! Receita passiva! Eu tenho fontes de renda! Eu ganho dinheiro
dormindo! Venha fazer parte dessa onda! Uau! Família Novo Mercado..." Ela
falaria: "Meu, que babaquice! Por que eu vou fazer propaganda para esse
cara?".
Não se comporte como uma empresa.
Presta atenção. Presta atenção. Presta atenção nisso.
Não se comporte como uma empresa, se comporte como uma pessoa.
Não se comporte como uma empresa, se comporte como uma pessoa.
De novo: não se comporte como uma empresa, se comporte como uma
pessoa.
Pessoas só seguem pessoas. Quantas empresas você segue? Você segue a
Fiat? Você segue a Nestlé? Você segue Chrysler? Você segue a Hinode? Você
segue a Prudential? Você segue a XP? Por que você acha que as pessoas vão
te seguir? Por que você acha que as pessoas vão te seguir?
Alguém perguntou ali...
Alguém perguntou: "E para um psicólogo?".
Pessoal, esquece o que você faz. Esquece o você faz. Você pode ser
psicólogo, você pode ser advogado, você pode ser dentista, você pode ser
médico, você pode ser o que seja. Investigue o que todo mundo faz, e faça o
contrário. Investigue o que todo mundo...
"Eu sou psicólogo".
O que é que todo psicólogo faz? Faça o contrário. Todo psicólogo só fica
postando aquelas imagens de feed: "Vamos nos conscientizar contra a
depressão. A depressão é uma arma, é a doença do século XXI. Você sabe o
que é burnout?".
Eu não quero saber que porra é burnout, eu quero saber: "Eu sinto isso daqui.
Como é que eu resolvo? Eu não quero saber o que é burnout...".
— Burnout se caracteriza pela sensação X devido ao excesso de trabalho.
— Foda-se, cara! Eu quero tirar isso que existe em mim, entendeu? Eu quero
tirar isso que existe em mim.
Não fale sobre as coisas, fale de pessoa para pessoa, cara. Fale de pessoa
para pessoa. Então, se eu sou um psicólogo, qual é a primeira coisa que eu
faria? A primeira coisa que eu faria... Como é que as pessoas compram? As
pessoas compram quando elas estão dentro de você.
"Ai, Ícaro! Agora você virou holístico. Puta! Agora você virou coach".
Isso é um jargão de redator. As pessoas compram quando elas estão dentro do
livro. As pessoas compram quando elas estão dentro da propaganda. As
pessoas compram quando elas estão entram na Apple, olham um telefone,
olham uma caixinha dessa, e elas fazem: "Ah!", e elas lembram como elas
estariam se sentindo se elas estivessem com essa caixinha.
Então, as pessoas só vão comprar seu conteúdo se elas estiverem dentro de
você, porque você é o produto. Como é que elas entram em você? Quando
você tem uma casca. Todo mundo tem uma casa, todo mundo anda com uma
armadura na rua, todo mundo está cheio de escudo.
O que é que você faz?
Você tira o escudo, você tira a armadura, você se fragiliza. Quem aqui viu meu
post falando: "Devido as minhas condições, sempre foi difícil para mim..." As
pessoas ficaram loucas: "Que condição? Que condição? Que condição? O que
aconteceu? Por que você não fala da sua mãe? Por que você nunca cita sua
mãe? Onde está sua mãe? Onde estão seus irmãos? Por que você não cita
essas pessoas?".
O que é que, em tese, isso muda na vida delas? Por que elas não querem
saber só do Novo Mercado? Por que elas querem saber onde é que está minha
mãe?
Porque elas já estão dentro de mim, entendeu? Então, você tem que tirar as
armaduras. Então, se eu sou um psicólogo, qual é a primeira coisa que eu
falaria?
"O que me fez optar pela psicologia?"
Hahaha! "Os caras adoram estar dentro de você".
"O que me fez optar pela psicologia? Pode ser que eu tenha optado por
psicologia porque eu tive depressão, ou porque meu pai teve depressão".
Vocês lembram da live que eu fiz com o Ítalo, quando o Ítalo falou que ele
entrou no necrotério e o médico estava batendo na cara do cadáver que matou
uma criança?
É isso, entendeu?
E quando você é advogado, a última coisa que você quer fazer como advogado
é: "Então, o Código Civil, agora ele foi atualizado. E o Código Comercial está
em trâmite no Congresso".
Não interessa! Presta atenção, vocês que são advogados. Deve ter um monte
de advogado aqui. Ninguém se interessa pelo Direito. Ninguém se...
Vocês só falam para vocês. Quando vocês ficam fazendo posts sobre o Código
Civil, o Código Penal, o Código de Processo, o Código Eleitoral. Vocês só
estão falando para vocês, mas advogados não vão ser seus clientes.
Você tem que falar sobre a vida. Fala sobre justiça, fala o que aconteceu
naquele dia, fala como é que estava lento, fala como é que foi aquela
audiência, fala como é que as coisas acontecem no Brasil.
Presta atenção, para advogado. Vocês sempre dizem que eu não falo sobre
advogado. Eu fiz oito semestres dessa merda e foram os oito piores semestres
da minha vida. Se você é advogado...
Presta atenção. Se você é advogado, se você passar três meses...
Presta atenção. Se você passar três meses postando conteúdo coerente sobre
qualquer coisa da vida...
Experimenta, faça uma promessa consigo mesmo: "Não vou postar coisas
sobre Direito. Nada! Nada, nada, nada, nada. Nada! Vou falar sobre outras
coisas. Vou falar sobre o meu dia a dia, vou falar sobre o que eu gosto de ler,
vou falar sobre minha opinião sobre alguma coisa que está acontecendo no
mundo, vou falar sobre... Puta! Um filme que eu vi. Vou falar sobre como esse
filme reflete o conceito de justiça e que isso me levou para a faculdade. Vou
falar sobre causos da época da faculdade. Vou falar sobre professores que me
inspiravam. Vou falar sobre..."
Se você passar três meses falando sobre coisas coerentes, as pessoas vão
começar a falar: "Ô! Você advoga onde? Ô! Você atende onde? Ô Você presta
que serviços?", sem você nunca ter feito uma propaganda.
E aí, os advogados veem e me dizem assim: "Ah! Ícaro, é que, a Ordem, ela
proíbe que faça propaganda". Cara, não importa! Só fale sobre você, só mostre
que você é uma pessoa razoável, coerente, inteligente, sensível, que se
preocupa com o cara, que é honesto. Pronto.
As pessoas vão querem que você seja advogado delas, mesmo sem você ter
falado uma linha sobre processo Civil, porque as pessoas vão falar: "Meu, esse
cara é inteligente". Quando eu falo sobre investimentos, eu falo...
Quando eu falo sobre investimentos, eu falo: "Eu não sou um investidor
profissional, eu não tenho CNPI, eu não tenho AI, eu não tenho ANCOR, eu
não tenho CPA, eu não sou um gestor credenciado. Eu não sou nada disso. Eu
vou só falar um pouquinho sobre dinheiro". Todo mundo: "Ícaro! Ícaro! Onde eu
vou investir?". Porque não importa...
Aí o Marlon... É incrível isso assim. As pessoas falam: "Ícaro, você não acha
que uma hora as pessoas não vão precisar mais ouvir isso?".
As pessoas vão precisar ouvir isso para sempre, porque eu estou dando essa
aula há uma hora e o Marlon acabou de perguntar: "E nós que somos
arquitetos?".
É a mesma coisa, cara. Pelo amor de Deus, tira o arquiteto e fala sobre coisas.
Fale sobre suas impressões, fale sobre o que você acha, fale sobre seus
trabalhos, fale sobre... qualquer coisa. As pessoas ficarão perto do Marlon
porque o Marlon fala coisas, e elas querem ouvir aquelas coisas. E
naturalmente, entre uma coisa e outra, elas vão descobrir que você é arquiteto,
e elas vão te contratar porque elas gostam de você.
A única coisa que você tem que fazer é: guiar o seu conteúdo para falar algo
diferente do que todo mundo fala. Essa aula combina muito para... com a aula
141. Combina muito.
Então, por exemplo, se eu fosse um arquiteto...
Cara, eu conheci as arquitetas dos milionários lá em Miami. Cara, é um
negócio constrangedor assim, o tamanho dos caras, o tamanho do mercado,
como eles estão bem vestidos, como tudo é muito voltado ao cara que tem
muita renda. Então, tem o arquiteto que pega o cara quando ele chega no
aeroporto, tem arquiteto que dá Roland Garros para o cara, tem arquiteto que
consegue ticket de Roland Garros e dá para o cliente para ele ir para a França
assistir.
O que é que os arquitetos normais ficam fazendo?
Presta atenção. O que é que os arquitetos normais ficam fazendo?
Eles ficam tentando criar minis arquitetinhos de milionários. Aí você entra no
perfil da arquiteta, ela só mostra 3D de mansão, ela só mostra projeto fodido,
ela só fica aparecendo de Louis Vuitton, ela só fala de roupa social. Aí você
pergunta: "Qual que é o ticket médio do teu cliente?". Daí ela fala: "Ah! Uma
reforma de 50 mil, 100 mil, 200 mil". Daí eu falo: "Cara, mas por que você está
se vestindo, falando e mostrando casa de milhão?".
Porque é isso que ela foi ensinada a fazer.
Então, se eu fosse arquiteto, a primeira coisa que eu faria era mostrar que a
arquitetura precisa descer do seu pedestal, a arquitetura precisa se aproximar
das pessoas, a arquitetura precisa se aproximar... se desnudar dessa ideia que
é só coisa de rico.
Aí vocês vão falar: "Ah, mas, Ícaro! Você vai atrair muito pobre".
Cara, você está fazendo uma comunicação para milionários, e os seus clientes
não são milionários. É isso que você precisa entender. Não adianta você ter
uma clínica estética e você tentar copiar o que fazem as clínicas estéticas lá da
Vila Nova Conceição, porque o seu cliente não é da Vila Nova Conceição. E
em nenhuma cidade do país existe gente para clínicas como existe em São
Paulo, Brasília e Rio. Acabou.
Por que é que o Dr. Consulta fez sucesso?
O Dr. Consulta fez sucesso porque ele botou uma placa popular, com um nome
popular, e a mensagem popular dizendo: "Entrem aqui e eu vou fazer uma
consulta para você". Dr. Consulta não tentou imitar o São Luís, Dr. Consulta
não tentou imitar o Albert Einstein, Dr. Consulta falou: "Cara, você quer ter uma
consulta por 50 mangos? Vem para cá". Pronto. Simples assim.
Então, você tem que trabalhar no contraste, você tem que procurar o oposto
daquilo que as pessoas fazem. Por exemplo, eu sei que tem alunas minhas
aqui, nutricionistas, que são...
Cara, eu divido os nutricionistas e os personais pelo corpo deles, não é? Eu sei
que isso não define competência, mas eu sei que é a primeira chamada, não
é?
É o visual.
Eu sei que tem meninas aqui que são nutricionistas que são robô, Cristiano
Ronaldo assim, a menina é trincada que, se eu olhar o perfil, a Anna vem com
o olho assim: "O que é que você está olhando aí?". Eu falo: "Ô! É minha aluna".
[Risos]. Mas está lá, menina trincada.
O que acontece?
Você tende a manter no perfil só pessoas que já são naturalmente parecidas
com você. Porque vocês são tão fortes, vocês são tão perfeitas, que uma
mocinha gordinha vai falar: "Puta! Essa daqui não é para mim". E todas as
comidas são muito complicadas, e todas as dietas são muito caras, e todas as
comidas são muito... É farelo disso, daquilo. A pessoa fala: "Meu, eu nem sei
onde comprar isso".
Então, a primeira coisa que eu faria se eu fosse uma dessas meninas perfeitas
era mostrar: "Pessoal, isso daqui é o meu trabalho, é o que eu gosto, é o que
eu amo, e é por isso que eu faço isso e cheguei a esses resultados, mas eu
quero mostrar para vocês como é a nutrição da vida real". E criaria um
processo... E criaria um lançamento, um desafio: "Comida de gente".
Olha a consultoria grátis dessa porra.
Comida de gente. Porque toda vez que alguém vai comer eu viro e falo assim:
"Puta! Isso daí nem é comida de gente, cara". Então, é Comida de gente.
— Eu vou te mostrar como é que você tem resultados excelentes, como é que
você passa por todo o processo, comendo que nem gente.
— Ah! Mas o que é que significa 'comer que nem gente'? Haha! Comer frutinha
azul é de gente?
— Não, cara, eu vou falar sobre comida que você compra no mercado.
E aí, você cai no perfil de uma dessas comunicadoras, sei lá, que promove que
as mulheres podem ter o corpo que quiserem e ela vira e fala assim: "Olha,
essa nutricionista teve coragem de fazer um desafio só com comida de gente".
Poof! Acabou. Verticalizou. Verticalizou. Então, é assim. É pensar em falar
aquilo que não está sendo falado. Se comunicar com as pessoas, com a base.
Se você não for a Tharsia, se você não for a Nativozza, se você não for a Lala
Rudi, cara, tu não vai conseguir ganhar no jogo delas, porque elas têm dinheiro
infinito, cara. Porque a hora que você fizer um puta sacrifício financeiro para
postar uma foto, elas aparecem com Hermès de 50 mil. Você não ganha no
jogo delas, porque esse é o jogo delas.
Eu não ganho do jogo dos caras que postam fotos milionárias. Eu não ganho
no jogo do Pedro Superti, porque eu não sou o Pedro Superti, eu não sou
aquele cara super boa pinta, com o terno alinhando, que aparece assim com
cara de vencedor. Se eu for jogar o jogo desse cara, eu perco sempre. Então,
eu fico no meu canto, fazendo o meu jogo.
É, ele inclusive está fazendo desafio de 21 dias, hein. Porque é o pai, cara.
O pai não é bonito, o pai não é sarado, mas o pai faz o negócio que funciona,
cara. Pelo amor de Deus, meu jogo é esse.
Então, assim, não tente jogar um jogo que você não pode vencer, cara, ou que
para vencer você vai custar tanto, tanto, tanto, tanto que não vai valer a pena.
A primeira coisa que eu falei para o meu personal foi assim:
"Cara, eu quero emagrecer. Eu quero emagrecer pela minha marca, eu quero
emagrecer pela minha família, eu quero emagrecer pela minha imagem, mas
eu não tenho nenhuma pretensão de ser como você. Por quê? Porque aí eu
teria que assumir muitos sacrifícios, teria que parar de beber de fato. Eu não
quero. Teria que parar de comer tal, e tal, e tal comida de fato. Eu não quero".
Então, assim, saiba até onde você quer jogar. Aplique o contraste, descubra
qual é o principal medo do seu cliente e construa a narrativa em cima disso.
Basicamente isso que eu faço para qualquer cliente.
Entendido? Eu espero que vocês tenham gostado dessa aula. É uma aula que
vai e vem, fala aqui, fala aqui, puxa aqui, puxa aqui. Eu vou aproveitando o que
vocês vão mandando de mensagem também. Mas é isso, porque, assim,
ninguém é capaz de te dizer isso. Por quê?
Porque muitas vezes as pessoas que fazem, fazem de maneira inconsciente.
Como esse é o meu trabalho, eu consigo transformar isso num processo.
Fechado? Vou pegar as crianças. Vou dormir pela primeira vez com eles em
dez dias.
Muito obrigado pela presença de todos e até a próxima.
Bibliografia citada:
Não houve citação/recomendação direta de livro.

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