Você está na página 1de 22

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ

CAMPUS DE SOBRAL
EIXO TECNOLÓGICO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA, EXATAS E DA TERRA
CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA

CARLOS HENRIQUE MEDEIROS DIAS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO REALIZADO NA ESCOLA ALZIRA MARIA DE ARAÚJO

SOBRAL
2023
CARLOS HENRIQUE MEDEIROS DIAS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO REALIZADO NA ESCOLA ALZIRA MARIA DE ARAÚJO

DADOS DO LOCAL DO ESTÁGIO

INSTITUIÇÃO: ESCOLA ALZIRA MARIA DE ARAÚJO

PERÍODO DE ESTÁGIO

INÍCIO: 07/03/2023
TÉRMINO: 20/06/2023
JORNADA DE ESTÁGIO: 50 HORAS em 05 MESES
TOTAL DE HORAS CUMPRIDAS: 50 HORAS

SOBRAL
ANO
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
2. REVISÃO DE LITERATURA...............................................................................................5
3. METODOLOGIA.................................................................................................................10
3.1. Abordagem e coleta de dados.........................................................................................10
3.2. Descrição da Instituição.................................................................................................11
3.3. Descrição das Atividades Desenvolvidas........................................................................8
3.4. As observações das aulas e/ou regências ......................................................................11
4. RESULTADOS OBTIDOS...................................................................................................13
5. CONCLUSÃO.......................................................................................................................18
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................19
APÊNDICES..............................................................................Erro! Indicador não definido.
ANEXOS...................................................................................................................................19
4

1. INTRODUÇÃO

O presente estágio de Licenciatura é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional (nº 9394/96). O presente estágio é de fundamental importância no
processo e preparação à formação profissional do professor de licenciatura a fim de adequar
essa formação às expectativas do mercado de trabalho onde o licenciado irá atuar. Assim o
estágio dá oportunidade de fazer uma junção entre a parte pratica e a parte teórica.
Este relatório está direcionado as abordagens e comportamento interpessoal entre
alunos e professor é feita uma observação detalhada do comportamento dos alunos na turma
do 9º ano do ensino fundamental na escola municipal EMTI Alzira Maria de Araújo na
disciplina de Matemática.
O presente estágio supervisionado visa fortalecer a relação teoria e prática baseado
no princípio metodológico de que o desenvolvimento de competências profissionais e se
destina em colocar em práticas conhecimentos que foram adquiridos, tanto na vida acadêmica
tanto na vida profissional e pessoal. Sendo assim, o presente estágio constitui-se em
importante instrumento de conhecimento e de integração do aluno do curso de nível superior
na realidade social e do trabalho em sua área profissional.
Será realizada diversas observações e comportamentos que foram coletados
durante esse período de estágio, ao longo deste relatório que visa identificar como é feita a
interação dos alunos com o professor de matemática, assim identificando processos mais
específicos, como identificar como o professor utiliza sua metodologia de relacionamento
interpessoal e o método com a aprendizagem do aluno, e também identificar como é elaborada
a as avaliações a partir do conteúdo ensinado, e as avaliações de comportamento, é de
fundamental importância e bastante necessário conhecer os meios utilizados pelo professor e
se a estrutura física da escola como o todo ajuda em todo esse processo.
Para que essas características fossem observadas de maneira eficaz foram
necessários realizar alguns procedimentos, desde o reconhecimento estrutural da escola,
observação das aulas para identificar informações sobre os alunos e como o professor explana
suas aulas e quais as técnicas ele utiliza para fazer com que os alunos façam uma relação
com a compreensão dos conteúdos e a parte disciplinar demonstrando toda relação
interpessoal entre ambos.
5

2. REVISÃO DE LITERATURA

Como referências para fundamentação desse relatório, foram utilizados escritos


dos autores: Alvarenga (2002), Haydt (1988), Luckesi (2000), Pernigotti et. Al (2000)
Quintana (2003), Serbino e Grande (1995).
Existe uma grande preocupação constante dos professores a respeito das
avaliações, tanto avaliações somativas quanto as avaliações participativas e de relações
interpessoal, de acordo com Haydt (1988, p. 07) “[...] porque faz parte do trabalho docente
verificar e julgar o rendimento dos alunos, avaliando os resultados do ensino”. Para Pernigotti
et. Al (2000, p. 54), especialmente, no período de avaliação “[...] deixa as pessoas mais
desacomodadas e, tanto alunos quanto professores, tensionados. Não é razão, pois, que avaliar
pessoas e seus desempenhos implica, sempre, julgamento”.
Para os alunos, a avaliação é apenas mais prova que faz necessária para obter
resultados somativos e que lhes concedem alguma nota para finalizarem o ano. Já para os
professores, é mais como uma questão burocrática, é necessário analisar se apenas estão ali
pera avaliar seus alunos por uma simples nota, ou se utilizam métodos para avaliar seus alunos
com relação ao comportamento e a parte interpessoal. Isso faz com que ambos sejam
prejudicados, porque isso desmancha a ideia que a avaliação é uma dinamização do processo
de conhecimento. Segundo Luckesi (2002, p. 175), “[...] a avaliação da aprendizagem escolar
auxilia o educador e o educando na sua viagem comum de crescimento [...]”.
Alguns professores que chegam às salas de aula e trazem uma noticia para seus
alunos, dizem a eles que é dia de prova surpresa. Isso para os alunos é como se fosse um
pesadelo, pois acham que não estão preparados e que não vão tirar uma boa nota. A avaliação
torna-se um instrumento de ameaça e de castigo para o educando em vez de ajudar no
processo ensino-aprendizagem. Se ambos tiverem uma boa relação dentro de sala de aula será
uma coisa natural, pode ser que os alunos recebam a ideia de prova surpresa como mais
entusiasmo, tudo isso incentivado pelo processo de convivência entre seus alunos, tudo isso
através do processo interpessoal. Luckesi (2000, p. 08), afirma que, “o ato de avaliar não é um
ato impositivo, mas sim um ato dialógico, amoroso e construtivo”.
O processo de avaliar não se restringe somente a aplicação de provas e aplicar
trabalhos. A partir do momento que entra na sala de aula, o professor já faz uma avaliação ao
olhar para os alunos, pois é a partir daí que se começa o processo avaliativo e interpessoal,
avalia a roupa que eles estão vestindo, o tipo que está o cabelo, a forma que se comunica com
os colegas, etc. Também ao conversar com o aluno, o professor o avalia, nos seus gestos, na
6

sua maneira de se comportar e pensar. A avaliação não acontece em um só momento, ela


acontece o tempo todo. Como ressalta Quintana (2003, p. 163), “[...] temos que ver a
avaliação como um aspecto integral do processo de ensino-aprendizagem e como parte
essencial das tarefas que o docente executa em aula”.
Toda essa avaliação não deve ser feita somente através de um padrão de: o
professor ensina conteúdos, o aluno aprende e depois o professor avalia no final. A avaliação
deve ser feita fazendo uma junção desde o primeiro dia de aula até o ultimo, deve ser
observada como o aluno esta vestido até a forma como se comunica com seus colegas e com
ele mesmo professor, e na maneira como pensa a respeito dos assuntos expostos, assim como
afirma LIBÂNEO: A avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à realização de
provas e atribuição de notas. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógico – didáticas, de
diagnóstico e de controle em relação às quais se recorre a instrumentos de verificação do
rendimento escolar (LIBÂNEO, 1994, p. 195).

2.1. PROCESSO DE AVALIAÇÃO INTERPESSOAL

A avaliação da relação interpessoal entre o professor e o aluno no ambiente escolar


deve fazer parte do cotidiano da sala de aula, sendo utilizado com frequência artifícios para
complementar a ensino-aprendizagem, algumas vezes se necessário trazer atividades
dinâmicas que possam comtemplar toda a turma, de maneira que essas atividades possam
trazer a aproximação desses alunos com o professor. Como diz Haydt (1988, p. 13): “[...] ela
não pode ser esporádica nem improvisada, mas ao contrário, deve ser constante e planejada”.
Toda a avaliação da aprendizagem é um processo fundamental para o acompanhamento da
construção do conhecimento dos alunos. Sendo assim o professor precisa estar sempre
avaliando o educando de maneira cuidadosa para que não distancie o respeito que seus alunos
tem com sigo mesmo, durante todo o tempo de sua aprendizagem. Dessa forma, Haydt (1988)
considera que a avaliação da aprendizagem apresenta três funções básicas: diagnosticar
(investigar), controlar (acompanhar) e classificar (valorar). Pautadas a essas três funções,
existem três modalidades de avaliação: diagnostica, formativa e somativa.
7

A avaliação interpessoal é aquela que acontece geralmente no decorrer do ano


letivo, onde o professor verifica os conhecimentos prévios dos alunos, e também analisa o
perfil de cada aluno, nesse processo de avaliação interpessoal não tem por finalidade atribuir
uma nota. Para Luckesi (2000, p. 09), “[...] para avaliar, o primeiro ato básico é o de
diagnosticar, que implica, como seu primeiro passo, coletar dados relevantes, que configurem
o estado de aprendizagem do educando ou dos educandos”. Assim:
A avaliação diagnóstica é aquela realizada no início de um curso, período letivo ou
unidade de ensino, com a intenção de constatar se os alunos apresentam ou não o
domínio dos pré–requisitos necessários, isto é, se possuem os conhecimentos e
habilidades imprescindíveis para as novas aprendizagens. É também utilizada para
caracterizar eventuais problemas de aprendizagem e identificar suas possíveis causas,
numa tentativa de saná-los. (HAYDT, 1988, p. 16-17).

2.2. A PARTICIPAÇÃO DO ALUNO E SUA INTERAÇÃO COM O PROFESSOR

É necessário que o professor faça uma avaliação diagnóstica de sua classe no


começo do ano letivo, para saber o que os alunos aprenderam nos anos anteriores, verificar
seus conhecimentos prévios, de fato ali se percebe que muitos não se saem muito bem. Em
outro momento é importante que o professor saiba fazer um elo entre o conhecimento teórico
e a parte disciplinar do seu aluno, visto que mesmo que esse aluno possua domínio dos
conteúdos, se esse mesmo aluno não tiver animo para participar das aulas ele também não
demonstrará interesse nas aulas desse professor.
É aí que entra a parte interpessoal do professor, é nesse momento que ele deve
agir, entrar em ação com seu protagonismo e trazer técnicas que possam aproximar esses
alunos de toda a realidade da turma, que ele possa ganhar a confiança desses alunos, o respeito
e enfim o resultado somativo.
Existem alunos que aprendem de maneiras totalmente diferentes, alguns tem
facilidade maior e mais rápida que os outros. Existem também alunos que tem mais facilidade
de reter o conteúdo, enquanto que outros esquecem mais rapidamente. É através dessa
avaliação diagnóstica interpessoal e somativa, mas quando o professor entra em ação e
demonstra sua autoestima, conseguindo trazer toda a turma de forma respeitosa e divertida
“[...] que o professor vai determinar quais os conhecimentos e habilidades devem ser
retomados, antes de introduzir os conteúdos programáticos específicos”. (HAYDT, 1988, p.
20). Nesse aspecto:
No início de cada unidade de ensino, é recomendável que o professor verifique quais
as informações que seus alunos já têm sobre o assunto, e que habilidades apresentam
para dominar o conteúdo. Isso facilita o desenvolvimento da unidade e ajuda a
garantir a eficácia do processo ensino-aprendizagem. (HAYDT, 1988, p. 20).
8

Através desse processo de interação professor e aluno, o professor analisa as


experiências pessoais, seus raciocínios e estratégias, para adequar seu conteúdo ás
necessidades e dificuldades dos alunos para que estes consigam uma referência de um ponto
de partida. Segundo Luckesi (2002, p. 82), “[...] se o conhecimento ou habilidade é importante
e o aluno não o adquiriu, há que trabalhar para que adquira [...]”.
Em uma abordagem interpessoal é preciso diálogo constante entre professor e
aluno, para auxiliar e fixar na construção do conhecimento e no crescimento de ambos, sendo
assim a melhor forma. Para isso há uma diversidade de artifícios a serem utilizados nesse tipo
de avaliação, de acordo com a criatividade dos professores. Assim
Os instrumentos – portfólio, check-lists, escalas de atitudes, anedotários- são úteis
quando bem elaborados e asseguram a reutilização dos dados como guia para ensino,
assim como instrumento para auto-avaliação. A partir dessas informações, o processo
de ensino e aprendizagem pode ser desencadeado permitindo a apropriação e
elaboração, além de exigir que o sujeito pense sobre os próprios conceitos.
(ALVARENGA, 2002, p. 15).

Todo os conhecimentos básicos dos alunos são de suma importância como destaca
o autor Alvarenga (2002, p.13), “[...] sejam objeto de avaliação para, a partir deles e das
relações entre eles, poder integrar os conhecimentos pretendidos e então verificar se houve
aprendizagem”. Nessa visão:
Descobrir que bagagem os alunos trazem, seus conceitos espontâneos e científicos,
esquemas de aprendizagem, formas como resolvem problemas, fatores atitudinais,
motivacionais e afetivos, curiosidade, estilo cognitivo, crenças, torna-se importante
para proposição de atividades de aprendizagem dos conteúdos a serem ensinados.
(ALVARENGA, 2002, p. 13).

O ato de avaliar e ao mesmo tempo tentar trazer para dentro de sala de aula uma
relação de convivência interpessoal, como mostra Luckesi (2000, p. 08), “[...] implica dois
processos articulados e indissociáveis: diagnosticar e decidir. Não é possível uma decisão sem
um diagnóstico, e um diagnóstico, sem uma decisão, é um processo abortado”. Inicialmente
deve-se diagnosticar, constatando e qualificando o objeto da avaliação.
O ato de avaliar um aluno inicia-se pela constatação, de como o objeto é, “Não há
possibilidade de avaliação sem a constatação” (LUCKESI, 2000, p.08). Após o esse processo
da utilização de técnicas de melhorar a relação com seus alunos, atribui-se uma qualidade,
positiva ou negativa ao objeto avaliado. Assim é necessário tomar uma decisão sobre ele. A
partir disso :

O ato de qualificar, por si, implica uma tomada de posição - positiva ou negativa -,
que, por sua vez, conduz a uma tomada de decisão. Caso um objeto seja qualificado
9

como satisfatório, o que fazer com ele? Caso seja qualificado como insatisfatório, o
que fazer com ele? O ato de avaliar não é um ato neutro que se encerra na constatação.
Ele é um ato dinâmico, que implica na decisão de “o que fazer”. Sem este ato de
decidir, o ato de avaliar não se completa. Ele não se realiza. (LUCKESI, 2000, p. 08)

No processo de avaliação tanto diagnóstica com interpessoal, a interação do


professor com seu aluno deve ser constata pelo próprio professor se os alunos estão
preparados ou não para adquirir novos conhecimentos e identificar as dificuldades de
aprendizagens, mas também observar se estão evoluindo na questão disciplinar, se estão se
relacionando melhor com a turma, se estão participando de todas as atividades propostas pelo
professor. Desse modo, Luckesi (2000, p. 08), ressalta que a avaliação auxilia uma vida mais
plena, “[...] desde que constata, qualifica e orienta possibilidades novas e, certamente mais
adequadas”. Diante disso:
[...] a avaliação diagnóstica será, com certeza, um instrumento fundamental para
auxiliar cada educando no seu processo de competência e crescimento para a
autonomia, situação que lhe garantirá sempre relações de reciprocidade. (LUCKESI,
2002, p. 44).

2.3. PROCESSO FORMATIVO E O PROCESSO INTERPESSOAL DO ALUNOS

É importante verificar o processo formativo desses alunos, analisar de que forma


esta acontecendo. Durante o processo de ensino, com a função de repensar o ensino, pensar
em outra proposta para o aluno aprender. Fornecer dados para esses alunos para aperfeiçoarem
o processo ensino e aprendizagem deles mesmos, o professor deve verificar se os objetivos
estão sendo ou não atingidos. Também não é atribuída nota.
De acordo com Haydt (1988, p. 11), “[...] a formação pode ser útil para orientar
tanto o aluno como o professor: fornece informações sobre o aluno para melhorar sua atuação
e dá elementos ao professor para aperfeiçoar seus procedimentos didáticos”. Nesse aspecto:
A avaliação formativa, com função de controle, é realizada durante todo o decorrer do
período letivo, com o intuito de verificar se os alunos estão atingindo os objetivos
previstos, isto é, quais os resultados alcançados durante o desenvolvimento das
atividades. [...] É principalmente através da avaliação formativa que o aluno conhece
seus erros e acertos e encontra estímulo para um estudo sistemático. (HAYDT, 1988,
p. 17-18).

Para avaliar se esse aluno está realmente em uma processo continuo de formação, é
preciso ter um objetivo planejado. Sem estabelecer objetivo, o professor não conseguirá
avaliar se tudo quilo que ele está planejando para melhorar sua relação interpessoal com seus
alunos.
Pois não saberá se os mesmos atingiram ou não determinado objetivo. Isso não
ajudará o processo ensino aprendizagem e só atrapalhará o desenvolvimento do aluno, sendo
10

assim ele não estará evoluindo no processo de formação. A avaliação, portanto, com base em
Haydt (1988) se alcança em função dos objetivos. Estes formam o elemento que norteiam a
avaliação. Diante disso:
A avaliação é um processo contínuo e sistemático. Portanto, ela não pode ser
esporádica nem improvisada, mas, ao contrário, deve ser constante e planejada. Nessa
perspectiva, a avaliação faz parte de um sistema mais amplo que é o processo ensino –
aprendizagem, nele se integrando. Como tal, ela deve ser planejada para ocorrer
normalmente ao longo de todo esse processo, fornecendo feedback e permitindo a
recuperação imediata quando for necessário. (HAYDT, 1988, p. 13-14).

3. METODOLOGIA

3.1. ABORDAGEM E OBSERVAÇÃO DE DADOS DO ESTÁGIO

Trata-se de uma pesquisa que busca através de observações de aulas, informações


obtidas tanto no comportamento dos alunos como do professor, que responderam perguntas a
respeito da avaliação de aprendizagem na disciplina de Matemática e da avaliação da atuação
interpessoal do professor no 9º ano do ensino fundamental.
Este trabalho foi realizado na escola municipal EMTI Alzira Maria de Araújo,
através de observação e questionários realizados com 5 alunos do 9º ano da instituição acima
citada e com o professor da disciplina de Matemática. Foram observadas aulas no turno
vespertino, observações essas realizadas divididas em 3 dias, onde foram coletadas
informações a respeito da didática utilizada pelo professor, a participação dos alunos e os seus
resultados de forma interpessoal com seu professor.

3.2. DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO

O estágio aconteceu na Escola Municipal de Ensino fundamental EMTI Alzira


Maria de Araújo na cidade de Pires Ferreira – CE.
11

Em relação à estrutura física, que essa possui 12 salas de aula no total, 01 sala dos
professores, 01 diretoria, 01 sala dos coordenadores de turma, 01 biblioteca, 01 cantina e 05
banheiros masculinos e 05 banheiros femininos.
A escolar tem atualmente 211 alunos, divididos entre os turnos da manhã e tarde,
funciona nos horários de 07:00hs às 11:25hs e de 13:00hs às 17:25hs. A escolar trabalha com
alunos do ensino fundamental I e II.
A escola conta com 01 diretora , 33 professores, em seu quadro de funcionários,
que são 10 responsáveis pelos serviços gerais, 02 merendeiras e 02 porteiros sendo que um
trabalha no período da manhã e outro no período da tarde.
Tem como público alvo os alunos oriundos das proximidades da sede do
município. O projeto politico pedagógico (PPP) tem por finalidade de estabelecer relação
entre os sistemas de Educação; Comunidade Escolar e Comunidade Local e juntos a
Administração Municipal pleitear avanços nos setores organizacionais, físicos e humanos, no
intuito de atender a clientela alvo (o aluno) preparando-os para o mundo globalizado e para
uma melhor condição de vida.
3.3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

A primeira atividade foi a visita a instituição onde foi realizado todo o estágio,
visita esta que durou quatro horas, visto que o estagiário já conhecia a instituição e estudou na
mesma.
A segunda atividade foi a apresentação da carta de apresentação e o termo de
autorização à escola, atividade esta que durou duas horas. Com duração de duas horas a
terceira atividade foi reservada para o conhecimento da estrutura escolar.
Definir a turma foi a quarta etapa, onde conheci também o professor de
Matemática Jorge Henrique no qual eu iria observar as aulas, etapa esta que teve a duração de
2 horas.
A quinta etapa, com duração de duas horas teve como objetivo a coleta da
autorização do professor com sua assinatura.
A sexta etapa foram as observações dentro da sala de aula, na turma do 9º ano do
ensino fundamental, que totalizou 30 horas de duração.
A próxima etapa foi a observação do planejamento do professor que teve a
duração de quatro horas. Foram usadas quatro horas para observação de eventos promovidos
pela escola.
12

A nona etapa, consistiu na observação dos matérias didáticos usados pelo professor
que demandou quatro horas de duração.
A decima etapa durou oito horas que foram divididas em dois dias, para a
aplicação de questionários à alunos e ao professor.

3.4 OBSERVAÇÃO DAS AULAS NO ENSINO FUNDAMENTAL

As horas observadas foram divididas em seis dias. O primeiro dia de observação


iniciou-se as 07:00 horas e terminando as 9:45 horas na turma do 9º ano. Primeiramente após
entrar na sala e dar bom dia, o professor me apresentou a turma e explicou os motivos da
minha presença ao decorrer desse convívio com a classe.
Após a apresentação o professor de Matemática fez uma revisão sobre potências,
deu uma explicação sobre a propriedade das potências.
O professor demonstra extremo “controle de sala” sem demonstrar quaisquer
hostilidades para intimidar os alunos a fazer o que o mesmo pede a eles, pelo contrário
permite que os alunos interajam durante a resolução de problemas, mas prendendo a atenção
dos alunos durante a explicação, pouco antes do final da aula o professor realiza a frequência
diária.
A sala não é tão bem ventilada, porem é espaçosa e encontrasse em bom estado de
conservação, algumas carteiras e mesas não se encontram em perfeito estado.
A segunda observação foi feita dia 10 de março com início as 9:45 na turma do 9º
ano. O professor entra em sala, cumprimenta os alunos e brinca um pouco para descontrai-los
antes da aula. Depois de uma breve conversa com os alunos ele começa uma revisão geral
sobre o assunto de expressões numéricas.
Foi mostrado os tipos de resolução, que são: primeiro resolver na ordem em que
aparecerem, se aparecer multiplicação ou divisão resolver na ordem em que vierem, parentes
primeiro, colchetes e por fim as chaves. O professor tem uma relação de amizade com os
alunos, facilitando a comunicação entre ambos.
A terceira observação foi realizada na turma do 9º ano, essa tendo foco em
realização de exercícios para fixação e preparação para a prova da secretaria de educação que
seria realizada na semana seguinte.
O quarto dia de observação, foi a realização da avaliação na turma do 9º ano, todo
o tempo de aula foi usada na aplicação da avaliação, pude observar que ali alguns alunos se
mostravam meio ansiosos e corriqueiramente recorriam ao professor.
13

O quinto dia de observação foi realizada na turma do 9º ano, está aula em questão
foi regida em torno do conteúdo de expressões numéricas.
No sexto dia de observação também realizada na turma do 9º ano, foi feita a
apresentação de questões respondidas pelos alunos, onde os alunos recebiam uma folha de
questões, e então teriam quem montar as respostas no quadro branco, valendo essa atividade
também como meio avaliativo, e demonstrando aqueles alunos que estavam interagindo com a
turma e com o professor.

4. RESULTADOS OBTIDOS

A primeira questão a ser respondida pelos alunos foi a seguinte. A relação entre a
metodologia de conteúdo e a didática servem como um meio de criar uma boa relação entre
você aluno e seu professor de matemática? Justifique.
Os alunos não divergiram de opiniões nessa pergunta, pois alguns acham as o
conteúdo em si algumas vezes de difícil compreensão, porém a forma divertida com que o
professor lhes repassa os assuntos acabam tornando as aulas cada vez mais divertidas.
Um dos alunos respondeu o seguinte: “O tio Jorge é uma pessoa muito divertida,
sempre fico empolgada para assistir suas aulas.
Grande parte dos alunos responderam de maneira semelhante, alegando que
compreendem mas existem assuntos complicadas que demandam um pouco mais de atenção.
Porém três dos alunos responderam de maneira divergente, alegando que são de fácil
compreensão, e um até colocando o professor como facilitador através da sua didática:
Sim, porque o professor Jorge é um dos melhores professores que eu já estudei faz a
explanação muito boa, quando os colegas não entendem ele explica de novo o
conteúdo de uma forma ainda mais divertida, as vezes ele se torna um professor bem
brincalhão (RISOS)(Aluno A). A Matemática do professor é muito bem explicada e
fácil de compreender.(Aluno B)

Fica explicito que há diferentes níveis de aprendizagem dentro da sala quando


existe uma divergência de opiniões a respeito da dificuldade dos alunos em compreender os
assuntos apresentados. Pois como respondeu um dos alunos: “ Sim, é só prestar atenção”
(ALUNO C) isso representa os diferentes modos de aprender de cada aluno, podendo ser
também uma falta de conhecimento prévio das series anteriores. Assim o professor precisa
14

trabalhar com a diversidade dentro de sala para que o desempenho de todos seja satisfatório,
como fala Serbino e Grande (1995).
A formação do educador na atualidade precisa considerar, com grande seriedade os
aspectos e requisitos diversos, de naturezas diferentes, que vêm constituindo o
universo da instituição escolar e o universo cultural da clientela escolar que estão
frequentando. Serbino e Grande (1995, p. 9)

De acordo com Aquino (1996, p. 34), a relação professor-aluno é muito


importante, a ponto de estabelecer posicionamentos pessoais em relação à metodologia, à
avaliação e aos conteúdos. Se a relação entre ambos for positiva, a probabilidade de um maior
aprendizado aumenta.
A segunda pergunta tratou-se do seguinte questionamento: Quando se fala de
avaliação, você aluno acha que o professor irá lhe avaliar apenas pelo conteúdo estudado, ou
você acha que seu comportamento e sua relação com ele nas aulas ajudará nessa avaliação?
Justifique.
Todos os alunos entrevistados e que responderem essa pergunta falaram que o
professor cobra exatamente o que ensina sem acrescentar ou retirar da prova conteúdos. E
ressaltam que a abordagem cotidiana facilita sua aprendizagem e desenvoltura diante da
prova. Como responde um dos alunos: “Sim. Muitas das vezes eu acho que a minha
participação nas aulas, o meu comportamento e o meu respeito com o professor Jorge são de
fundamental importância, se eu preciso ter uma boa relação com meus colegas, primeiramente
eu terei que ser um aluno exemplar e me tornar amigo do meu professor.” (Aluno C).
No estudo etnográfico, principalmente da escola, deve-se colocar uma lente na
dinâmica das relações interpessoais identificando as estruturas de poder e os modos
de organização escolar e compreendendo o papel e situações de cada sujeito nesse
contexto interacional onde ações, relações, conteúdos são construídos, negados,
reconstruídos e modificados. (ANDRÉ, 1997, pág.41).

Logo isso nos mostra que uma abordagem mais dinâmica por parte do professor
pode contribuir para o aprendizado do aluno, e a colaboração do aluno e demonstrando
respeito com ele, acaba facilitando sua compreensão de conteúdos que até então pareceriam
mais difíceis. De acordo com Vygotski (apud DAVIS, 1993) o desenvolvimento do
conhecimento individual surge da constante interação com o meio que ele vive. Partindo dessa
perspectiva a interação das questões com o cotidiano dos alunos facilita bastante sua
aprendizagem.
15

Ultima questão apresentada aos alunos foi a seguinte: O professor da turma de


vocês, costuma escutar vocês com que frequência, trata vocês de forma igual, ele desenvolve
atividades que atrai você para as aulas e para convivência no dia-a-dia? Explique.
Grande maioria dos alunos entrevistados respondeu que sempre, ele sempre está
atento as nossas perguntas, é um professor que está sempre pronto pra nos escutar. Pois muitas
das vezes as precisamos de ajuda, e o professor não demonstra em nenhum momento um
desconforto nos alunos, fazendo com que sempre façam questionamentos.
Como cita o seguinte aluno: “Muitas das vezes acabo até chamando demais o
professor, por que as vezes sempre estou com duvidas nas aulas.”. Essa declaração demonstra
o quanto o professor participa do processo de formação e interação com seus alunos. Isso
acaba tirando a tensão imposta pelas avaliações somativas que acabam não só por passar de
ano no caso de um bom desempenho, ou rotula-lo como inferior no caso de desempenho
negativo. Como fala Luckesi (2003) a avaliação de aprendizagem não esta sendo usada
somente como um método de diagnostico, mas também como um artificio para impor medo
aos alunos, isso gera uma tensão que pode ter impacto negativo para os alunos.

4.1 ANALISANDO AS RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO APLICADO AO PROFESSOR

A primeira questão apresentada ao professor aborda é a seguinte: Como você


escolhe as questões na hora de avaliar seus alunos? Considera observações a respeito da
aprendizagem do aluno e do comportamento deles, com relação a interação interpessoal?
Diante dessa questão o professor se pronunciou da seguinte forma: “ As questões
da prova, são escolhidas de acordo com os assuntos estudados, mas sempre tento levar em
consideração o nível de cada aluno, tento amenizar, porque sou amigo desses alunos conheço
suas limitações. As observações a respeito da aprendizagem do aluno são levada em conta
para elaborar questões e suas dificuldades.” (Professor de Matemática).
Assim o professor elabora a prova usando dos conteúdo apresentados, variando de
dificuldade de acordo com observações feitas em sala.
A segunda pergunta tratou explicitamente o seguinte: De que forma o aluno
intervém na aula? Usa algum método de avaliação previa?
Para esse questionamento o professor deu a seguinte resposta: “As dificuldade das
matérias são nítidas, porém mesmo assim os alunos acabam sempre intervindo nas aulas de
forma bastante positiva. É usado um método de avaliação previa com conversas informais e as
ações desses alunos são uma grande parte dessa avaliação previa”. (Professor de Matemática)
16

Aqui pode-se ver que o professor usa uma avaliação diagnostica que é citada por
Haydt (1988) que trata de um avaliação sem atribuição de uma nota, que auxilia o professor a
identificar o nível de conhecimento do aluno a respeito daquele assunto, isso facilita ao
professor uma elaboração didática para melhorar a aprendizagem dos alunos.
A terceira questão apresentado foi a seguir: A escola interfere na elaboração da
dessa avaliação de relação interpessoal com seus aluno?
A resposta para essa questão foi a seguinte: “A escola não interfere na elaboração
desse tipo de avaliação, visto que esse processo varia de professores para professores, mas
sempre nos orienta como professores a elaborar provas de modo interdisciplinar e
contextualizada”. (Professor de Matemática).
Essa interação entre disciplinas é um artificio usado para melhorar a compreensão
do aluno em ambas, ainda trazendo para o lado cotidiano, melhorando seu entendimento tanto
do conteúdo como da sua aplicação em sua vida. Como cita Vygotski (1993) o aprendizado é
facilitado quando ele entra no âmbito social e cotidiano dos alunos.
A última pergunta realizada ao professor foi esta: Gostaria de aplicar uma forma
alternativa de avaliação que não a escrita, ou se já aplicou, qual forma seria?
O professor responde da seguinte maneira: “Já apliquei provas de modo
alternativo, uma aula de campo e oralmente os alunos descrevem em equipes os pontos a
serem estudados.” (Professor de Matemática).
Isso acaba por mostrar que, por mais que a escola não influencie diretamente no
planejamento do professor, os próprios professores acabam por ser influenciados para “tentar
ajudar” os alunos em um bom desempenho na sua vida futura como um bom cidadão.
Diante desses métodos apresentados pelo professor vemos o uso da aprendizagem
colaborativa onde os alunos interagem entre si auxiliando uns aos outros em caso de dúvidas
assim havendo uma aprendizagem mútua. Aprendizagem colaborativa essa que é defendida
por diversos autores como um meio bastante eficiente de disseminação de conhecimento.

4.2 DADOS MOSTRANDO AS MÉDIAS BIMESTRAIS DOS DISCENTES


17

Fonte: Dados fornecidos pela Secretaria da Escola Alzira Maria de Araújo

O gráfico mostra o desempenho dos alunos nos 2 primeiro bimestres, período esse
que aconteceu a observação do estagio supervisionado, com o auxilio do professor foi
constatado que os alunos com melhor desempenho, são muitos, alunos esses participativos e
interativos nas aulas e que mantém uma boa relação interpessoal com o professor assim com
os demais alunos, perguntam, dão opinião e ajudam colegas na resolução de problemas.
Os piores desempenhos vêm de alunos mais retraídos, que mesmo diante de
estímulos permanecem passivos, mas sempre mantendo uma boa relação com seu professor,
segundo o professor de Matemática: “Esses alunos não tem medo de perguntar, ou medo de
ser rotulado por estar errado, mas sempre que posso converso com eles, até brinco com eles as
vezes, mas algumas vezes permanecem calados e algumas vezes não querem tirar suas
duvidas”.
Existem também aqueles alunos que não perguntam diretamente ao professor, mas
preferem procurar outros colegas para ajuda-los, criando uma socialização entre alunos.
Portanto, percebe-se que mesmo usando de artifícios dinâmicos dentro de sala,
pode haver aspectos que dificultam a aprendizagem dos alunos e fogem do território do
professor, como problemas familiares, por exemplo, assim faz-se necessário um
acompanhamento especial fora do âmbito escolar.

5. CONCLUSÃO
18

Pode-se observar que os alunos do 9º ano da escola Alzira Maria de Araújo, tem
ótimo relacionamento com o professor da disciplina de Matemática, que segundo os mesmos
tem ótima didática, e facilita a compreensão dos assuntos. Porém ainda existem dificuldades
ao avaliar não só o aprendizado do aluno, mas o que está interferindo nesse processo.
Sendo assim o estágio é de suma importância na vida acadêmica, pois a formação
profissional do professor implica numa continua interpretação entre teoria e prática.
Assim como se sabe que mais tempo de experiência ajuda no desempenho
profissional. Entretanto, o domínio das bases teóricas e técnicas, como as exigências de
ensino, permitem maior segurança profissional, de modo, o docente ganha base para pensar
sua prática e aprimorar sempre a qualidade do seu trabalho.
Por isso o estágio é uma experiência de grande importância. Onde através do
mesmo, pude notar que lecionar é um exercício constante de aprendizado. Exemplo disso é
que para planejar uma aula é necessária uma atenção especial, levando em conta imprevistos,
sabendo improvisar quando necessário e acima de tudo, buscando atingir o objetivo proposto,
que é uma relação professor/aluno em que o aprendizado e a construção do conhecimento
sejam mútuos.

REFERÊNCIAS
19

FONTES, Carlos. Modelos Organizativos de Escolas e Métodos Pedagógicos.1998.


Disponível em: < http://www.filorbis.pt/educar/metpedagog.htm >. Acesso em: 15 de Abril
de 2023.

ROSA, C. W. Concepções teórico metodológicas no laboratório didático de física na


Universidade de Passo Fundo. Universidade de Passo Fundo – SP, v. 5, n. 2, outubro de
2003.

ARAGÃO, R. M. R. Ensino de Ciências: fundamentos e abordagens. Campinas,


UNIMEP/CAPES, 2000.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem – Componente do ato pedagógico. 


CORTEZ Editora, 2011

HAYDT, R. C. C. Avaliação do processo ensino-aprendizagem. São Paulo: Ática, 1988.

GRANDE, Maria Aparecida Rodrigues de Lima; SERBINO, Raquel Volpato (Org.). A escola
e seus alunos: estudos sobre a diversidade cultural. São Paulo: Universidade Estadual Paulista
- Campus Marília, 1995.
20
21
22

CARLOS HENRIQUE MEDEIROS DIAS

RELATÓRIO DE ESTAGIO REALIZADO NA ESCOLA ALZIRA MARIA DE ARAÚJO

Relatório de estágio apresentado ao Curso de Licenciatura em Física do Instituto Federal de


Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – Campus de Sobral, para obtenção de nota para a
disciplina de Estágio.

Aprovado em _____/_____/_________

(entregar assinado pelo aluno)

_________________________________________________
Nome (Estagiário)

___________________________________________________
Professora Nórlia Nabuco Parente (Orientadora)

Você também pode gostar