RECONHECIMENTO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA. Embora a ausência de justo título dos autores-apelantes, mostra-se possível a análise da pretensão como usucapião extraordinária, com base no art. 550 do CC/16, incidente por força da regra de transição do art. 2.028 do CC/02. A usucapião extraordinária tem como requisitos: a posse com animus domini, ininterrupta e sem oposição, por vinte anos. Situação em que os recorrentes comprovaram, de forma satisfatória e estreme de dúvidas, o exercício de posse, com o ânimo de donos, pelo lapso temporal legalmente exigido. Sentença reformada. DERAM PROVIMENTO AO APELO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70070201322, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marlene Marlei de Souza, Julgado em 29/08/2017). 2) RECONHECIMENTO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA. REQUISITOS. ART. 1.238 DO CCB. REFORMA. REEXAME DE PROVAS. ANÁLISE OBSTADA PELA SÚMULA 7/STJ. AGRAVO NÃO PROVIDO. . Em se tratando de aquisição originária por usucapião extraordinária, que, para sua configuração, exige um tempo mais prolongado da posse (no CC , de 16, 20 anos; no CC , de 2002, 15 anos), em comparação com as demais modalidades de usucapião, a ela dispensam-se as exigências de justo título e de posse de boa-fé. 2. A reforma do aresto quanto à comprovação dos requisitos para o reconhecimento da usucapião extraordinária, demandaria, necessariamente, o revolvimento do complexo fático-probatório dos autos, o que encontra óbice na Súmula 7/STJ. STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL AgRg no AREsp 499882 RS 2014/0080746- 2 (STJ) 3) APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO (BENS IMÓVEIS). AÇÃO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO. ARTIGO 550 DO CÓDIGO CIVIL DE 1916 . REQUISITOS PRESENTES. DEMANDA PROCEDENTE. O pedido de usucapião, por constituir forma originária de aquisição de propriedade, deve vir acompanhado de todos os requisitos legais autorizadores. Para tanto, há que estar presente a prova da posse, elemento essencial ao reconhecimento do direito pleiteado, de forma ininterrupta e com ânimo de dono, pelo prazo previsto em lei, que, na espécie, é de vinte anos. Caso em que a prova produzida é suficiente a propiciar julgamento favorável aos autores, ante a comprovação dos requisitos legais previstos no art. 550 do CC/1916 para aquisição da propriedade por usucapião. (Apelação Cível Nº 70074761495, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Celso Dal Pra, Julgado em 14/09/2017) 4) APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE USUCAPIÃO URBANO EXTRAORDINÁRIO – RECONHECIMENTO - POSSE MANSA E ININTERRUPTA - SENTENÇA MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO. Se restar comprovada a posse sobre o imóvel descrito na peça de ingresso, de forma ininterrupta e sem oposição, por tempo suficiente para a prescrição aquisitiva, mesmo que computada a posse do antecessor, há de ser reconhecida a prescrição aquisitiva. TJ-MS - Apelação APL 08005857220118120018 MS 0800585-72.2011.8.12.0018 (TJ-MS) 5) APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO (BENS IMÓVEIS). AÇÃO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO. ARTIGO 550 DO CÓDIGO CIVIL DE 1916 . REQUISITOS PRESENTES. DEMANDA PROCEDENTE. O pedido de usucapião, por constituir forma originária de aquisição de propriedade, deve vir acompanhado de todos os requisitos legais autorizadores. Caso em que a prova produzida revela-se suficiente, ante a comprovação dos requisitos legais para aquisição da propriedade por usucapião. Posse superior a 20 anos e com ânimo de dono, ante o reconhecimento da acessio possessionis, com a junção de posses - da parte autora com a de possuidores anteriores. (Apelação Cível Nº 70069481620, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Celso Dal Pra, Julgado em 25/08/2016). 6) APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA. REQUISITOS PREENCHIDOS. ÔNUS DA PROVA. Para o reconhecimento da usucapião extraordinária, deve-se perquirir a comprovação da posse pelo prazo de quinze anos, sem interrupção (posse contínua), sem oposição (posse pacífica) e com animus domini. Não se desincumbiu o contestante de sua tarefa processual de comprovar que autora agiu de má-fé, não desconstituindo o conjunto probatório apresentado pela requerente, que demonstrou ter preenchidos os requisitos da prescrição aquisitiva. TJ-MG - Apelação Cível AC 10112080824025001 MG (TJ-MG) Data de publicação: 23/05/2014 7) APELAÇÃO CÍVEL. RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL. DISSOLUÇÃO. PARTILHA. IMÓVEL USUCAPIDO. REQUISITOS PARA USUCAPIÃO ANTERIOR À UNIÃO. IMPOSSIBILIDADE. SENTENÇA UNICAMENTE DECLARATÓRIA. EFEITOS EX TUNC. EXCLUSÃO DA PARTILHA DO BEM USUCAPIDO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. DESPROVIMENTO. Se à época que o companheiro adquiriu os requisitos legais para usucapir, ou seja, quando foi considerado proprietário do imóvel objeto da lide, não convivia em união estável com a companheira, não há partilha do bem usucapido, pois a sentença proferida na Ação de Usucapião é de natureza declaratória, produzindo efeitos ex tunc. (TJPB - ACÓRDÃO/DECISÃO do Processo Nº 00010938320148150011, 3ª Câmara Especializada Cível, Relator DESA. MARIA DAS GRAÇAS MORAIS GUEDES , j. em 29-03-2016) 8) USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO - POSSE MANSA, PACÍFICA E COM ANIMUS DOMINI - PROVA INDUVIDOSA DESSES PRESSUPOSTOS - CONSERVAÇÃO DA POSSE, ADEMAIS, PELO SIMPLES FATO DE DISPOR DA COISA -DOMÍNIO PÚBLICO - PROVA INEXISTENTE - REGISTRO IMOBILIÁRIO SUPERADO PELA POSSE AD USUCAPIONEM - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - SENTENÇA DECLARATÓRIA - ART. 20 , § 4o. , CPC - AÇÃO PROCEDENTE - RECURSO PROVIDO EM PARTE. "Uma vez operada a usucapião, só se pode alegar direito de domínio invocando-se outro título de aquisição, e não o título ou os títulos que a usucapião superou" (Pontes de Miranda). A sentença proferida na ação de usucapião é de natureza declaratória, como tal, a verba honorária deve ser arbitrada conforme dispõe o § 4o. , do art. 20 , do Código de Processo Civil. TJ-SC - Apelacao Civel AC 473715 SC 1988.047371-5 (TJ-SC)