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INTRODUÇÃO
2. EPIDEMIOLOGIA
A coqueluche é considerada uma síndrome que pode ser causada por
vários agentes, mas apenas a Bordetella pertussis está associada com as
coqueluches endêmica e epidêmica e com o cortejo de complicações e de
mortes em humanos.Os humanos (mucosa respiratória) são os hospedeiros
da Bordetella pertussis e da Bordetella parapertussis. O grupo de maior risco é o
das crianças com menos de seis meses de idade cujo calendário de
vacinação ainda não está completo, mas qualquer pessoa pode ser
suscetível,com exceção daquelas que já foram vacinadas ou aquelas que já
adquiriram a doença.
A transmissão se dá, principalmente, pelo contato direto de pessoa
doente com pessoa suscetível, através de gotículas de secreção da
orofaringe eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. Em menor incidência,
pode ocorrer por transmissão por objetos recentemente contaminados com
secreções do doente.
Considera-se que o período de transmissão se entende de sete dias
após o contato com o doente – fase catarral – até três semanas após o
inicio dos acessos de tosse típicos da doença –fase paroxística – caso não
haja uso de terapia com antibióticos. A maior transmissibilidade da doença
ocorre na fase catarral (inicio da doença, logo após o período de
incubação).
A coqueluche é muito comum em muitos países em desenvolvimento.
No Brasil, a morbidade da coqueluche já foi elevada. Na década de 1980,
foram notificados mais de 40mil casos anuais, e o coeficiente de incidência
era superior a 30/100.000 habitantes. A partir de 1983 houve uma queda
acentuada da incidência e, desde então, uma tendência decrescente em
relação a estes números, mantendo-se um coeficiente de incidência em
torno de 1/100.000habitantes.
3. MORFOLOGIA E COLORAÇÃO
4. CONDIÇÕES DE CULTIVO
Bordetella pertussis tem sido isolada somente do trato respiratório humano. Elas
têm crescimento lento e se duplicam somente uma vez a cada 4 horas, sob
condições ótimas. Elas podem ter dificuldade pra obter crescimento
logarítmico, sugerindo que sob condições semelhantes somente um sub-
sistema da bactéria sofre replicação, até mesmo se a densidade da cultura
é aumentada. Bordetella pertussis é sensível a ácidos gordurosos, e Dacron
swabs,em vez de algodão, são usados para transferir a bactéria. Bordet-
Gengou Agar é o meio decrescimento mais comumente usado para cultivo
em laboratório. O meio base contém infusão de batata, cloreto de sódio e
glicerol, e pode ser complementado com caseína ou peptona digerida.
Depois de autoclavado, 15% de sangue desfibrinado estéril (normalmente
sangue de ovelha) é adicionado ao Agar resfriado. Uma vantagem para o
uso de Agar Bordet-Gengou éque é permitida a visualização de hemólise,
que é mediada pela toxina Adenil Ciclase, uma proteína que só é
expressada quando a bactéria está em estado virulento. Muitos laboratórios
clínicos usam Regan- Lowe charcoal Agar para cultivar B. pertussis de uma
amostra clínica apropriada. O meio Regan-lowe tem maior tempo de uso
que Bordet-Gengou,o que é importante visto que geralmente pertussis é
esporádica e é caro manter constante o estoque do meio que somente é
adequado para o cultivo dela. Colônias de B. pertussis podem ser identificadas
em qualquer um dos dois meios como pequenas colônias cinza que podem levar 7
dias para se desenvolver. As colônias tem um aspecto de “ gotinhade
mercúrio”, ou de “pérola” num campo dissecado. Elas são oxidase positivas
e não crescem em Agar chocolate.
8. TRATAMENTO
9. PREVENÇÃO
10. BIBLIOGRAFIA
http://www.cdc.gov/ncidod/dbmd/diseaseinfo/pertussis_t.htm
http://gsbs.utmb.edu/microbook/ch031.htm
http://medic.med.uth.tmc.edu/path/00001492.htm
http://www.petservice.com/libraries/bordatella.html
http://www.phac-aspc.gc.ca/msds-ftss/msds19e.html
http://www.medvet.hpg.ig.com.br/microbordetella.html
http://www.cidlab.com.br/ex_descr/bordetella_pertussis.htm
http://www.santalucia.com.br/pediatria/coqueluche/
http://www.saude.mg.gov.br/coqueluche.htm
http://www.vacinas.org.br/Beecham05.htm
http://www.pomerode.vicofarma.com.br/ver_noticias.asp?id=17
http://www.worldwidevaccines.com/pertussis_sp/bacteria.asp
http://www.pomerode.vicofarma.com.br
Resumo
Abstract
Introdução
A doença pode apresentar variações cíclicas em sua incidência e as epidemias ocorrem a cada
3 a 5 anos1,2. A coqueluche é considerada uma doença reemergente nos países desenvolvidos,
em todas as faixas etárias3,4. No Estado de São Paulo não se observa um aumento do número
de casos em adolescentes ou adultos, até o presente momento (Gráficos1 e 2) 4,5.
Gráfico 1. Coeficiente de incidência de coqueluche por faixa etária no Estado de São Paulo,
2000-20075.
Gráfico 2. Coqueluche: coeficiente de incidência e cobertura vacinal em menores de 1 ano no
Estado de São Paulo, 2000-20075,6.
Etiologia
Transmissão
O paciente transmite a doença por até três semanas após o início do período paroxístico, caso
não faça uso de antibióticos ou até cinco dias após o início do tratamento com os mesmos. Em
crianças mais velhas, adolescentes e adultos a coqueluche pode não ser diagnosticada por
apresentar um curso atípico; no entanto, estes grupos representam importante fonte de
infecção para as faixas etárias mais jovens suscetíveis1,2,3.
Suscetibilidade
Sinais e sintomas
fase catarral: caracteriza-se por coriza nasal, febre baixa e tosse, semelhantes a um
resfriado comum, com duração de 7 a 14 dias;
fase paroxística: caracterizada por acessos paroxísticos de tosse, seguidos de guincho
inspiratório com expectoração de muco claro, viscoso e espesso, seguidos de vômitos,
com duração de 4 a 6 semanas;
Vale lembrar que em crianças pequenas, em especial no primeiro ano de vida, o quadro clínico
é mais grave e inespecífico. Os guinchos podem não ocorrer e apnéia, cianose e complicações
neurológicas são comuns nesta faixa etária.
Crianças parcialmente imunizadas podem apresentar doença menos grave. Nos adolescentes
e adultos, tosse persistente e pouco característica pode ser a única manifestação da doença,
com duração de vários meses1,2.
Complicações
As complicações são mais comuns entre crianças pequenas e incluem hipóxia, apnéia,
pneumonia e neurológicas, como encefalopatia e convulsões. Em crianças pequenas pode
ocorrer óbito por coqueluche1,2. A maioria das mortes ocorre em crianças menores de 1 ano de
idade (Gráfico 3) 5.
Diagnóstico
Sistema de notificação
A coqueluche é uma doença de notificação compulsória em todo território nacional. Todo caso
suspeito deve ser notificado à vigilância epidemiológica e registrado no Sistema Nacional de
Agravos de Notificação (Sinan).
Prevenção
A cobertura vacinal da DTP (difteria, tétano, pertussis) no Estado de São Paulo nos últimos
anos é de aproximadamente 95%, semelhante a dos países desenvolvidos (Gráfico 2) 3,6.
Existem quatro vacinas que podem auxiliar na prevenção da coqueluche. A vacina tríplice
bacteriana DTP (difteria, tétano, pertussis) é recomendada a partir de 2 meses de idade. As
crianças devem receber três doses até 1 ano de idade, um reforço após 1 ano e outro entre
4 a 6 anos. A DPT pode ser administrada concomitante a outras vacinas.
A vacina dTpa (difteria, tétano, pertussis acelular) pode ser utilizada a partir dos 11 anos, ou
seja, pode ser administrada a adolescentes e adultos em substituição a uma das doses de
reforço, já que a vacina dT não contém o componente pertussis. Recentemente, a Sociedade
Brasileira de Pediatria recomendou o uso da vacina dTpa aos 14-16 anos como proteção
adicional a coqueluche3,8.
Para as pessoas que tiveram contato próximo com o doente com coqueluche (comunicante), a
vacinação de bloqueio e a quimioprofilaxia são recomendadas. A eritromicina é a droga de
escolha. Outros antibióticos, como a azitromicina e a claritromicina, também podem ser usados.
O hábito de lavar as mãos freqüentemente e evitar compartilhar alimentos, bebidas, pratos,
copos e talheres podem ajudar a interromper a disseminação desta bactéria 1,2.
Tratamento
O antibiótico de escolha é a eritromicina, um macrolídeo, pela sua boa penetração nas vias
respiratórias. Vale ressaltar que o estolato de eritromicina atua melhor, uma vez que o
estearato e o etilsuccinato não atingem concentrações séricas favoráveis à erradicação da
bactéria, levando a falhas terapêuticas. A dose recomendada é de 40 a 50 mg/kg/dia por via
oral a cada 6 horas, por 14 dias, com dose máxima de 2g por dia. Iniciar o mais precocemente
possível a terapia, de preferência até a fase catarral a fim de atenuar a doença.
Na fase paroxística, apesar de não diminuir o curso da doença, o uso do antibiótico reduz a
transmissibilidade. Outras opções terapêuticas são o sulfametoxazol-trimetropim, a azitromicina
e a claritromicina. Não se deve utilizar ampicilina, pois a mesma não atinge boas
concentrações em secreções das vias respiratórias1,2.
Conclusões
Referências bibliográfica
Epidemiologia
A B. pertussis existe em todo o mundo e só infecta seres humanos. Estima-se que
ocorram cerca de 30 a 50 milhões de casos por ano que resultam em 300 000 mortes.
Em termos gerais, os pacientes são crianças com menos de um ano de idade, 90% dos
casos ocorrendo em países em via de desenvolvimento.
Progressão e sintomas
Após período de incubação de 5 a 10 dias, surge a fase de expulsão de catarro, com
rinorreia, espirros e tosse moderada, que dura duas semanas. A inflamação dos
bronquios, com áreas de necrose, aumenta nesta fase.
Após esta fase estabelece-se um tipo de tosse diferente, convulsiva, continua e dolorosa
durante em média três semanas e pode ser seguida de vómitos. A tosse segue-se a uma
inspiração com som caracteristico, tipo silvo (mais conhecido como "guincho").
Complicações
As complicações mais comuns afetam as vias respiratórias. Os lactentes apresentam um
risco especial de lesão devido à falta de oxigênio após períodos de apneia (paradas
respiratórias transitórias) ou episódios de tosse. As crianças podem apresentar
pneumonia, a qual pode ser fatal. Durante os episódios de tosse, o ar pode ser
impulsionado dos pulmões para o interior dos tecidos que os circundam ou os pulmões
podem romper e colapsar (pneumotórax). Os episódios de tosse intensa podem causar
hemorragia ocular, nas membranas mucosas e, ocasionalmente, na pele ou no cérebro.
Pode ocorrer a formação de uma úlcera sob a língua quando esta é comprimida contra
os dentes inferiores durante os episódios de tosse. Ocasionalmente, a tosse pode causar
prolapso retal (exteriorização do reto) ou uma hérnia umbilical, a qual pode ser
observada como uma protuberância.
Os lactentes podem apresentar convulsões, mas elas são raras em crianças maiores. A
hemorragia, o edema ou a inflamação cerebral podem causar lesão cerebral e retardo
mental, paralisia ou outros distúrbios neurológicos. A otite média também ocorre
frequentemente em consequência da coqueluche.
Diagnóstico
Em média, os sintomas começam 7 a 10 dias após a exposição à bactéria causadora da
coqueluche. As bactérias invadem o revestimento da garganta, da traqueia e das vias
aéreas, aumentando a secreção de muco. A princípio, o muco é fluido, mas, a seguir, ele
torna-se mais espesso e viscoso. A infecção dura aproximadamente 6 semanas,
evoluindo em três estágios: estágio catarral (sintomas leves semelhantes ao de um
resfriado), estágio paroxísmico (episódios de tosse intensa) e estágio de convalescença
(recuperação gradual). O médico que examina uma criança no primeiro estágio
(catarral) tem de saber diferenciar a coqueluche da bronquite, da gripe e de outras
infecções virais e inclusive da tuberculose, uma vez que todas essas doenças produzem
sintomas parecidos. O médico coleta amostras de muco do nariz e da garganta com uma
zaragatoa. A seguir, é realizada a cultura da amostra em laboratório. Quando a criança
se encontra no estágio inicial da doença, a cultura do material consegue identificar as
bactérias responsáveis pela coqueluche em 80 a 90% dos casos. Infelizmente, a cultura
dessas bactérias nas fases mais avançadas da doença é difícil, embora a tosse esteja em
sua pior fase. Os resultados podem ser obtidos mais rapidamente através do exame de
amostras para detectar bactérias da coqueluche utilizando corantes de anticorpos
especiais, mas esta técnica é menos confiável.
Tratamento
A prevenção com vacina, obrigatória segundo os esquemas de vacinação (é incluída na
antiga tríplice agora, tetravalente) é a única medida eficaz. A vacinação erradicou a
doença dos países onde é praticada eficientemente.
Incidência
A doença foi uma das principais causas de mortalidade antes da última década de 40 nos
Estados Unidos, período que antecedeu o advento da vacina. Desde a última década de
80, são registrados aumentos cíclicos a cada 3 e 4 anos.[1]
Prevenção
As crianças são vacinadas sistematicamente contra a coqueluche. Em geral, a vacina
contra coqueluche é combinada com as vacinas contra a difteria e o tétano, a vacina
DTP (difteria-tétano-pertússis). O antibiótico eritromicina é administrado como medida
profilática às pessoas expostas à coqueluche.