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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
JACP
Nº 70062260724 (N° CNJ: 0418635-66.2014.8.21.7000)
2014/CRIME
HABEAS CORPUS.
CRIME DE ENTORPECENTES (ARTIGO 33- CAPUT,
DA LEI N° 11.343/06).
PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM
PREVENTIVA.
Verifica-se que o paciente foi preso em flagrante
na data de 16OUT2014, pela prática, em tese, do
delito tipificado no artigo 33, caput, da Lei n.º
11.343/06 (Nota de Culpa – fl. 15 do feito originário -
autos em apenso), obtendo o auto respectivo a
homologação judicial (fls. 27/30 do feito originário –
autos em apenso), o que possui previsão
constitucional (artigo 5º-LXI, da CF).
A mesma decisão, de forma suficientemente
fundamentada, converteu o aludido flagrante em
preventiva, tendo a Dra. Juíza de Direito
sublinhado a gravidade do delito praticado, que em
muito tumultua a ordem pública, sendo substrato
para o cometimento de outros crimes.
Posteriormente a constrição cautelar restou
mantida (fls. 106/110 do feito originário – autos em
apenso).
Aduz o impetrante, agora, que o auto de prisão em
flagrante é nulo, uma vez que o ora paciente,
durante a lavratura do referido procedimento, não
foi assistido por advogado. Adianto, então, que a
referida tese não tem a mínima probabilidade de
êxito.
Primeiro, porque a ausência de advogado quando
da lavratura do auto de prisão em flagrante não
implica em sua nulidade, conforme já deixei
assentado quando do julgamento do habeas
corpus n.º 70056644180. (...)
Segundo, porque no caso em tela, foi garantido ao
ora paciente a nomeação de defensor constituído,
tendo, contudo, permanecido em silêncio (fl. 14 do
feito originário – autos em apenso) . Diante disso,
foram encaminhadas cópias do auto de prisão em
flagrante à Defensoria Pública (fl. 16 do feito
originário – autos em apenso) , tudo em conformidade
com o disposto no artigo 306, § 1º, do Código de
Processo Penal.
Terceiro, porque convertido o flagrante em prisão
preventiva, resta superada eventual existência de
nulidade. (...)
Assim sendo, afasto a preliminar suscitada.
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Dados obtidos do Of. nº 574/99-LAB, do Instituto-Geral de Periciais, constantes no Habeas
Corpus n.º 70058202730; j. 20.03.2014.
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2
Lei de drogas anotada: Lei n. 11.343/2006 – 2. ed.rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2008;
pág. 105.
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ACÓRDÃO
RELATÓRIO
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VOTOS
DES. JOSÉ ANTÔNIO CIDADE PITREZ (RELATOR)
Adianto que denego a ordem impetrada, nos termos da decisão
de fls. 14/26, que indeferiu a liminar, por não vislumbrar qualquer coação
ilegal a ser reparada.
Naquela oportunidade, proferi a seguinte decisão:
“Vistos.
Indefiro o pedido de concessão da ordem impetrada em caráter
liminar, figura de criação pretoriana e destinada a casos excepcionais, nos
quais não se enquadra o presente, malgrado os ponderáveis argumentos
expostos na inicial.
Verifica-se que o paciente foi preso em flagrante na data de
16OUT2014, pela prática, em tese, do delito tipificado no artigo 33, caput, da
Lei n.º 11.343/06 (Nota de Culpa – fl. 15 do feito originário - autos em apenso),
obtendo o auto respectivo a homologação judicial (fls. 27/30 do feito originário –
autos em apenso), o que possui previsão constitucional (artigo 5º-LXI, da CF).
A mesma decisão, de forma suficientemente fundamentada,
converteu o aludido flagrante em preventiva, tendo a Dra. Juíza de Direito
sublinhado a gravidade do delito praticado, que em muito tumultua a ordem
pública, sendo substrato para o cometimento de outros crimes.
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Dados obtidos do Of. nº 574/99-LAB, do Instituto-Geral de Periciais, constantes no Habeas
Corpus n.º 70058202730; j. 20.03.2014.
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4
Lei de drogas anotada: Lei n. 11.343/2006 – 2. ed.rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2008;
pág. 105.
5
Legislação Criminal Especial Comentada - 2ª ed. rev, atual. – Salvador: JusPodivm, 2014;
pág 740.
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defesa não demonstrou, à primeira vista, que o paciente não possa ser
tratado no estabelecimento penitenciário em que se encontra.
Destarte, presentes os requisitos do artigo 312, do Código de
Processo Penal, mostra-se inviável a concessão de medida cautelar diversa
da prisão.
Assim sendo, reitero, indefiro a liminar.
Oficie-se à autoridade apontada como coatora, solicitando-lhe
que preste as informações de praxe, com a possível brevidade, sobretudo
se o paciente vem recebendo o devido acompanhamento médico.
Após, colha-se o parecer escrito da douta Procuradoria de
Justiça”.
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STF - HC n. 102732, Tribunal Pleno, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 04/03/2010,
publicado no Dj de 07/05/2010.
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STJ - HC n. 188527, 5ª Turma, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em 17/03/2011, publicado no
Dj de
04/04/2011.
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Sem razão.
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STJ, RHC 22471-SC, 7ª Turma, Rel. Min. Og Fernandes, Dje 08/06/09.
9
Habeas Corpus n. 70032508905, Segunda Câmara Criminal do TJRS, Relator: Marco
Aurélio de Oliveira Canosa, julgado em 19/11/2009.
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Julgador(a) de 1º Grau:
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